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História Apaixonante cinza - Um beijo?


Escrita por: annietwager

Notas do Autor


Hey pessoal, capítulo novo o/.
Boa leitura.

Capítulo 2 - Um beijo?


Passaram-se anos e anos, e agora os Wattersons eram meus pais de criação, assim como Gumball era meu irmão, também nascerá nesse período a Anais, a caçulinha, uma garotinha dona de cabelos rosados, e olhos esverdeados. Erámos uma família unida e feliz, tirando o fato que viajávamos bem pouco juntos pelo meu trauma infantil, sim, eu havia ficado paralisado com aquela situação e não conseguia mais nem pensar na ideia sobre jornadas. O que me fazia me sentir culpado, mas eles diziam que estava tudo bem, e que mesmo sem esse meu medo não viajariam, pois minha tia além de estar sempre cansada pelas inúmeras viagens que fazia a trabalho era bem caseira e não gostava de sair, irônico não? Porém isso me animava um pouco.

Quando completei 11 anos, ganhei um presente dos meus pais(tios), muito querido por mim, de extremo valor sentimental que se tornou praticamente parte da minha personalidade, um moletom de tecido fino alaranjado...sim, um moletom, não me zoem ok? Sabia que estavam esperando algo mais “caramba, que foda”. Enfim, ele possuía desenhos detalhados de escamas nas partes dos ombros e pouco acima do colo, em sua toca, na parte inferior, continha pequenos rasgos com o intuito de parecerem guelras. Não me largava daquela peça de roupa, literalmente, o que levou meus pais a terem que comprar outras iguais.

Quando eu completei 14 anos e Gumball 15, nosso passatempo favorito era ir ao cinema e, embora eu fosse bem caseiro e anti-social, as vezes íamos a festas, era incrível a quantidade delas, pelo amor, como podia ter tantas? Quantos amigos aquele azulado atrapalhado tinha afinal? Não ia nem na metade delas, também, não estava a fim de segurar vela né? Vela não, tocha olímpica mesmo, pois é, o garoto tinha uma namorada chamada Penny que tinham recentemente começado a relação, ele vivia comentando sobre ela, falando como estava feliz por ter dado certo e tudo mais, eu em resposta sorria simpático e sempre falava “Que legal”, mas no fundo, por algum motivo, me sentia desconfortável. Porém, adorava quando ele e eu, e às vezes até a Anais, fazíamos maratona de filmes ou séries em casa, fazíamos pipocas e comprávamos um monte de refrigerantes, ficando na sala até três, quatro horas da madrugada. É claro que a Anais ia dormir bem mais cedo e só ficávamos nós naquela sala escura e ampla, quando era maratona de filmes de terror cobríamos dos pés a cabeça, ok...não a cabeça...mas quase isso ai, e dávamos as mãos, tá bom, eu confesso...eu é que tomava a iniciativa de darmos as mãos porque eu era medroso sim, e era covarde sim...triste realidade, costumava apertar tanto que ele sempre saia da situação hilária com ela doendo...tadinho.

Mas foi em uma dessas noites que aconteceu algo que mudou totalmente minha vida. Eu já me encontrava com 16 anos, 1.71m, altura mediana, e Gumball com 17, devia estar com 1.80m, provavelmente não iria crescer mais, nunca havia apresentado nenhum interesse em garotas ou algo do tipo... na verdade nem em garotos,...ok, apresentava um pouco no azulado, mas era tão pouco que eu mesmo não percebia, estava totalmente escondido e isolado em algum lugar do meu coração. Faltava apenas 1 ano para o garoto com características de gato acabar o colegial e ir para faculdade que tanto sonhava, (ah, esqueci de lhes contar não é mesmo? Desculpem, Gumball e Nicole eram halfnekos, não sabem o que significa? Pois bem...halfnekos eram seres com algumas características e habilidades de gatos, sim, gatos, eles possuíam orelhinhas de bichano fazendo com que sua audição fossem bem mais sensível, tinham reflexos felinos, e flexibilidade, ou seja, eram muito woww..., e não, não possuíam caudas ok),  meu coração apertava muito com a situação, não queria nunca despedir-me daquele atrapalhado de extremo valor para mim.

Enfim, nesse intervalo, em uma dessas noites, estávamos assistindo um filme, só que dessa vez no nosso quarto, ambos na parte de baixo da enorme beliche, sentados... sim, dormíamos no mesmo quarto, por que? Bom... pelo simples fato de queremos continuar no mesmo quarto, era mais divertido assim, Gumball estava com sono e se despencava em meus ombros, fazendo seus cabelos azuis relarem no meu rosto causando-me sensações de cócegas, seus fios lisos e macios batiam sucessivamente contra seus olhos, incomodando-o,  eu cuidadosamente tentava os retirar do lugar que incomodava o maior, deixando-o  ainda mais desalinhado, em meio as tentativas via seu rosto pálido com as bochechas levemente e naturalmente coradas, estava calmo e cristalino, nem parecia ele, um garoto tão extrovertido e energético, não havia percebido como sua face havia amadurecido, ele realmente já era um homem, minhas bochechas ficaram rubras, e senti meu rosto esquentar vagarosamente, me movi por instinto sem pensar nos meus atos e roubei-lhe um selinho tímido e doce, fazendo nossa bocas se relarem por cerca de 2 ou 3 segundos, foi tão suave que ele não acordou, apenas moveu os lábios após o acontecido e o inclinou em um biquinho parecendo solicitar por mais, achei aquilo extremamente fofo, e fiquei ainda mais ruborizado, pensando comigo mesmo que droga que eu tinha feito afinal, e como ele e a namorada iam me matar se descobrissem por obra do destino. Levantei lentamente e discretamente de sua cama apoiando-lhe a cabeça levemente em um dos travesseiros jogados no colchão, por fim eu o cobri e me dirigi à parte de cima do beliche. Fiquei pensando na loucura que eu havia feito, totalmente envergonhado e surpreendido, o que me levou a passar a incansável noite em claro por causa de um ocorrido de 3 segundos e o medo das torturas que sofreria nas mãos da Penny...

No dia seguinte, levantei às 5 horas da manhã e fui direto ao banheiro, tomei banho, escovei os dentes e penteei os cabelos ruivos que necessitavam ser cortados... grande demais... já caiam sobre os ombros. E como esperado, me veio novamente a lembrança da noite passada, ficando totalmente corado. Do nada aparece a criatura atrás de mim dando-me um leve abraço desejando-me bom dia, isso foi o suficiente para fazer com que todos as minhas defesas do sub- consciente declinassem e os pensamentos mais insanos possíveis invadissem meu cérebro fazendo-me estremecer,  cumprimentei-o o mais rapidamente e sai o quanto antes do banheiro, meu coração estava acelerado, minhas penas bambas e meu estômago embriagado, que droga era aquela afinal? Eu não quero morrer, pensava eu em estado de choque com os olhos marejados.


Notas Finais


Thanks por terem lido :3 bjs.


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