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História Apaixonante cinza - Ponto de vista do halfneko


Escrita por: annietwager

Notas do Autor


Hey pessoal o/ tudo bom? Desculpem pela demora e.e'. Enfim, chegou capítulo novo o/ boa leitura u.u

Capítulo 5 - Ponto de vista do halfneko


Minha vida mudou completamente quando Darwin foi colocado nela, quando tinha 5 anos, o alaranjado entrou de uma forma incrível nela, porém por um motivo trágico e melancólico, a morte de seus pais, a primeira vez que o vi foi em minha festa de aniversário de 3 anos, e a segunda foi em um hospital, o garotinho estava totalmente confuso e arrasado, nem se quer parecia uma criança, seus olhos estavam frios e paralisados, embora ainda houve-se uma ponta imensa de calor que se escondia em meio ao trauma e escuridão, logo ele teve alta do hospital  e começou a morar comigo e meus pais, no primeiro dia eu o vi chorar em posição fetal e falar entre gemidos o nome de seus pais, aquilo me deixou em choque, eu simplesmente não sabia o que fazer, fiquei o fitando por alguns minutos e deitei-me no chão junto a ele e tentei o reconfortar falando que tudo ficaria bem, depois daquele ocorrido o ruivo começou a voltar ao normal, começamos a conversar mais, e minhas tentativas de faze-lo rir começaram a ser mais bem sucedidas, viramos melhores amigos, e logo depois nasceu Anais, a caçulinha que sempre nos dava trabalho.

Quando ficamos maiores, aproximadamente 13 e 14 anos respectivamente para Darwin e eu, começamos a fazer maratonas de filmes, e quando completei 16, vivia o levando para sair, o que era bem difícil já que o peixinho era caseiro e anti-social, o motivo de ir a tantas festas era a Penny, minha namorada...bom...ex para ser mais exato, ela era líder de torcida e por isso era bem popular, e me arrastava para todas as festas que era chamada, consequentemente eu arrastava o alaranjado, o que as vezes fracassava porque ele odiava segurar vela...da para entender. Enfim, em uma das noites de maratona que fazíamos aconteceu algo que realmente me surpreendeu, era aproximadamente 00:15h quando acabei caindo no sono, nesse intervalo de tempo acabei sentindo uma sensação de pressão leve e estranha sobre meus lábios, me encontrava tão dormente e alucinado que nem me dei conta do que era, e continuei “desacordado”, ainda estava com um pouco de consciência, a pressão durou apenas poucos segundos, mas eu estava achando-a tão boa que acabei mexendo os lábios em sinal para continuação, não aconteceu, me senti sendo deitado na cama delicadamente por mãos macias que logo depois me largaram, apenas no outro dia que me dei conta que se não fosse ilusão, Darwin havia me beijado, mas até hoje não sei dizer oque realmente aconteceu.

Depois daquilo, no dia seguinte, me deparei com ele no banheiro e o achei estranho, talvez tenha sido apenas impressão, mas isso fez com que eu me sentisse ainda mais esquisito, tomei um banho e voltei para o quarto, e logo comecei a pensar seriamente sobre minha relação com a Penny, aquilo era realmente real? Meu sentimento por ela? Estava me sentindo louco.

E alguns meses atrás, antes da chegada de Darwin em Londres, nós havíamos terminado, a garota havia me traído, com um amigo ainda por cima, Tobias, nunca imaginei que tal coisa aconteceria comigo, mas por algum motivo não me senti com tanta raiva, nem frustrado, na verdade minha maior indignação foi em relação ao garoto que parecia um arco-íris ambulante, eu realmente confiava nele, depois de Darwin ele era um amigo muito importante para mim, isso fez com que eu me sentisse triste em relação à garota também porque achei que eu realmente gostava dela, pelo menos eu tinha certeza de meu sentimento até aquela noite, depois disso nosso romance não foi o mesmo, eu a olhava e não sentia mais um frio na barriga, não sentia-me mais tímido e sem jeito em sua presença, comecei a enxergar seu verdadeiro lado, que antes não via por estar cego, que era o fato de ela ser totalmente atirada, essas sensações boas, estranhamente, começaram a se destacar, e em um nível muito maior, com o ruivinho.

Quando fui busca-lo no aeroporto estava tão feliz que não conseguia acreditar que Darwin voltaria a viver comigo, ele havia ganhado bolsa de estudos igual a mim, o que tornaria a situação ainda melhor, a bolsa de estudos é feita para bancar o curso e os materiais educacionais, mas na maioria das vezes também conseguia ajudar em despesas e algumas outras coisas, era uma quantia de dinheiro invariável depositado em sua conta, e você consequentemente gastava em coisas necessárias, e sendo uma bolsa de estudo o aluno sortudo deveria, é claro, manter notas exemplares. Observação: eu fazia vários estágios na faculdade e isso aumentava bem a minha renda, era um tipo de trabalho, então não jovens, não sou um desocupado sem trabalho okay? Haha, enfim, poderíamos nos divertir tanto juntos, estava tão empolgado para ver novamente o garotinho do casaco de peixe, minha orelhas se moviam e fixavam no alto da cabeça, e ao mesmo tempo se abaixavam por conta do frio. Eu havia chegado ao local com antecedência as 15:39h, faltava ainda em torno de meia hora para o peixinho chegar, havia ido de bicicleta para busca-lo e o aguardava ansioso, quando o vi chegar meu coração praticamente pulou para fora da boca, o menor estava lindo, continuava com aquele seu casaco do animal marinho aberto, só que dessa vez a blusa de frio possuía um novo estilo, com uma camiseta preta por baixo, com uma estampa de tuxedo(smoking), estava com calças jeans pretas e alls stars inteiramente vinho, segurando várias malas ao seu redor, alguns de seus fios ruivos caiam sobre seu rosto por conta do vento, o que lhe deixava ainda mais atraente, a-atraente, wtf?? O que me deixava feliz era que seu ar de inocência continuava o mesmo.

Darwin assim que me viu saiu correndo em minha direção e deu um salto, caindo logo em seguida em cima de mim, o que nos levou para o chão gélido do aeroporto, e nós dois nos colocamos a rir, ficamos deitados por um tempo até que me levantei e logo lhe dei minha mão ajudando-o a se erguer.

Dispus-me a carregar umas de suas malas para ajuda-lo, levando-o em seguida para um passeio pela linda capital da Inglaterra. Ficamos andando e matando o tempo por cerca de três divertidas horas, andávamos próximos um do outro vendo as diversas vitrines de lojas, adentrando umas delas para Darwin comprar algumas peças de roupas ou acessórios, em um dos estabelecimentos haviam inúmeras pelúcias, uma mais fofa que a outra, a primeira que me chamou mais atenção foi a de um peixinho dourado, sem me dar conta de meus atos eu o abracei sentindo a incrível maciez, e logo em seguida paguei uma quantia de money a dona da lojinha, seria meu novo travesseiro, observei Darwin atrás de mim, que se encontrava pouco corado e sem jeito, a cena fez com que eu me tocasse do que acabará de fazer, causando um leve rubor em minhas bochechas que consegui esconder do alaranjado virando meu rosto em direção a um local oposto ao dele. Não sei se foi para se vingar, ou por realmente ter se interessado, isso pouco importa, mas o menor havia também escolhido uma pelúcia que por sinal tinha semelhanças comigo, era um gatinho azul, de aproximadamente 30cm, o fitei por alguns segundos e logo conduzi meu olhar ao ruivo, rapidamente meu rosto adquiriu uma cor avermelhada, tentei disfarçar a timidez, o que parece não ter dado certo pois avistei nele um sorriso singelo no canto dos lábios, levei uma de minhas mãos a face e a coloquei em minha testa fingindo medir a temperatura, talvez ele caísse nesse truque barato e idiota que ninguém mais é capaz de deixar-se enganar...ok, provavelmente ele percebeu, tornado a situação ainda mais constrangedora e engraçada. Como se não bastasse a situação cômica, ainda me dei o direito de me dirigir a ele e dizer “Aqui está meio abafado não é”, putz, qual meu problema? Está um frio do caramba, sou muito idiota.

Depois do ocorrido totalmente constrangedor passado por minha pessoa finalmente chegamos a casa, percebi que Darwin havia amado a decoração, pois ficava cativado a cada “canto” que ia, sem demora ele começou a ajeitar suas coisas cuidadosamente com minha ajuda e acabamos rapidamente. O alaranjadinho se encontrava super cansado e já despencava em uma das camas, mas como assim? Eu não ia deixa-lo dormir agora, ainda tínhamos que nos divertir um pouco pelo menos, pulei em cima do menor e comecei a fazer cócegas no peixinho na tentativa de faze-lo levantar, ele me olhou com uma cara de cansado me xingando internamente, mas eu não ligava, não queria que apagasse agora, por fim ele me chamou de criança e dirigiu-me um pequeno sorriso. Coloquei um filme na TV do quarto, e logo me conduzi a cozinha para fazer pipoca amanteigada no micro-ondas, estourei dois pacotinhos e peguei uma garrafa de coca acompanhada de dois copos. Nós assistimos ao filme, e eu observava cada reação do menor, ele era tão fofo e inocente, as vezes não aguentava e soltava pequenas risadas, fazendo-o me fitar algumas vezes timidamente em escondida, o que não deu muito certo porque percebi várias olhadas dele para mim, será que ele também percebeu meus olhares? Espero que não...

Quando acabou “Os Estagiários” ambos encaminhamos ao banho, cada um entrando em um toalete, assim que entrei, comecei tranquilamente a retirar minhas roupas, blusa, calça, e as outras peças, uma por uma, coloquei “Do I Wanna Know?” e “R U Mine” de Arctic Monkeys para tocar e adentrei o chuveiro, deixando a água aquecida bater levemente contra o meu corpo e derramar-se em meus cabelos, encharcando-me, fazendo-me suavizar, enfraquecer e me perder em devaneios, corei ao me pegar em um dos pensamentos que me veio a memória, o singelo beijo de Darwin que até agora não tinha total certeza se realmente havia acontecido, desliguei o aparelho e pus-me a conduzir a toalha seca sobre minha pele suavemente, jogando uma delas sobre os fios azuis molhados, enrolei a outra em meu quadril, tapando a área íntima, e sai do banheiro me dirigindo ao quarto esquecendo que o ruivinho estava no apartamento, quando me dei conta já era tarde, já estava no quarto, por sorte ele ainda estava no banho, ouvi a porta se abrindo e entrei em desespero, como que eu esqueço que Darwin está na minha casa, me explica? Peguei a primeira coisa que vi pela frente e coloquei... uma cueca box... mas nem parei para pensar no meu atual estado , apenas me joguei sobre minha cama e fingi estar dormindo.

O alaranjado finalmente atravessou a porta e acendeu uma das luzes do quarto, apagando logo em seguida após perceber minha presença, não pude observar claramente sua face, porém percebi a formação de um leve rubor nos poucos segundos de claridade. Já estava atônico, meu rosto queimava percebendo a situação constrangedora da cueca boxer no frio, eu queria me cobrir, mas por um motivo optei por ficar imóvel, talvez tenha sido pelo nervosismo ou pela simples ponta de curiosidade forçando-me a querer saber o que aconteceria em um momento como esse. O menor aproximou-se e se sentou sobre minha cama fixando seu olhar tímido em mim por um período de tempo, suas mãos gentis passeavam pelos fios azuis de meu cabelo, delicadamente acariciando-os, segurava-me para permanecer na temperatura normal e apenas deliciar-se das carícias e mimos do ruivo, quando por surpresa, Darwin pegou-me desprevenido, e beijou calidamente minha testa, pude sentir o seu doce aroma emanando, me desconcertando, levando-me a deseja-lo ainda mais, espontaneamente, encostei meu nariz  em seu pescoço e inalei singelamente o cheiro viciante, provocando todo meu subconsciente, fazendo-me despertar um “lugar” que deveria permanecer sempre inalterado, não aguentei, fiquei extremamente constrangido, a condição em que me encontrava não estava sendo nem mesmo um pouco favorável, acabando a gemer baixinho por conta da situação, pensei que aquele seria meu fim, mas por pura sorte e milagre do destino, o alaranjado cobriu-me e dirigiu-se como um tiro para sua cama.

 



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