História Apartamento 301 - GaaDeidara - Prólogo

Acordei no outro dia cedo e queria ir tomar um banho, mas o banheiro estava ocupado, na hora só imaginei que fosse Hinata, as outras duas moradoras não gostavam muito de acordar mais cedo que o necessário. Fui até a cozinha e no caminho vi que o quarto da morena estava com a porta fechada.

Ela não costumava manter sua porta aberta mais, depois que Ino tinha levado Neji lá pra dentro, mas ela nunca fechava quando estava dentro de casa, então achei estranho, fui até o da loira e vi que a porta estava fechada, então me dirigi ao último quarto, que estava com a porta aberta.

Voltei até o banheiro e bati na porta, aquilo não fazia sentido, o quarto de Karin tinha um banheiro, não era necessário que ela estivesse no social, vi que ele estava programado para ficar o mais quente possível, e achei estranho.

- Karin?

- Oi testuda!

- Seu banheiro está com problema?

- Uhum, a água está saindo quente demais, então resolvi vir tomar banho aqui. - Ela então abriu a porta, saindo de lá com a toalha em seu corpo. - Vai querer usar?

- Vou sim.

Entrei no banheiro e a ruiva foi para seu quarto, tomei um banho delicioso e entrei novamente no quarto, onde Sasuke estava deitado dormindo tranquilamente. Pensei em retribuir a gentileza e fazer um café pro moreno, então fui até a cozinha.

PLOT

Ouvi um barulho alto vindo do quarto da ruiva e corri até lá preocupada, cheguei lá e a vi juntando suas coisas desesperadamente e tentando colocar na mala que tinha acabado de cair no chão.

- O que você...

- Shiii. - Ela me interrompeu. - Por favor, não faz barulho.

- O que está acontecendo? - Sussurrei.

- Eu estou fugindo.

- Quê? - Minha voz saiu mais alta do que eu esperava.

- Shiiiiii. - Ela me repreendeu. - Porra Sakura!

- Desculpa... Por quê está fugindo?

- Olha testuda, eu agradeço por você ter conseguido um advogado pra mim... - Ela continuava guardando as coisas na mala. - Mas o julgamento está chegando, eu tenho certeza que serei condenada... Eu preciso fugir com Suigetsu.

- Mas o quê? - A olhei incrédula. - Karin, nós precisamos conversar.

- Agora?

- Sim. - Fechei a porta nos prendendo naquele quarto. - Eu queria ter conversado com você antes, mas não tive oportunidade. - A ruiva se sentou na cama. - Por que raios você começou a vender drogas, Karin?

- Suigetsu...  - A ruiva abaixou sua cabeça. - Eu... O amo! - Seus olhos se encheram de lágrimas. - Ele precisava de ajuda pra esconder as "mercadorias" e eu ofereci meu carro, fomos pegos por uma blitz e acabamos sendo presos... Foi só isso!

- Só isso Karin? - A fitei boquiaberta. - Sério? - Fui até ela e a abracei. - Escuta, Karin... Se esse cara te amasse mesmo, ele nunca envolveria você nisso... Já pensou que ele pode só estar te usando?

A ruiva me ignorou e aproveitou que eu estava longe da porta pra fugir do quarto, carregando sua mala, ela saiu do apartamento às pressas e eu a segui, ela chamou um táxi e entrou. Fiquei encarando aquela cena boquiaberta. O que raios estava acontecendo aqui?

Vi Gaara indo em direção à sua moto e corri até ele.

- Gaara! - O ruivo me olhou assustado. - Segue aquele carro pelo amor de Deus.

- Quê? - Ele riu incrédulo, mas me entregou um capacete e montou na moto, subi rapidamente e seguimos o táxi em que Karin estava, o táxi parou em frente a um barzinho e minha amiga desceu, entrando no bar.

Gaara parou sua moto na rua e eu desci correndo, indo atrás de Karin, quando senti uma mão me segurando.

- O que foi?

- Sakura, eu conheço esse lugar... - O encarei. - Isso aqui é o esconderijo de alguns traficantes... Onde os "donos da boca" repassam a mercadoria pros vendedores.

- Como você sabe disso? - Fiquei boquiaberta.

- É uma longa história...

O ignorei, e fiz força pra me soltar de seus braços, correndo para dentro do bar, o ruivo apenas me olhou, não me seguiu.
Entrei no lugar, parecia calmo por dentro, vasculhei o interior com os olhos, buscando por Karin. Um homem moreno estava atrás do balcão, limpando algumas taças, percebi que ele me encarava e me sentei de frente pra bancada.

- O que deseja? - Ele perguntou.

- A ruiva... Eu sei que ela entrou aqui.

- Hm. - Ele sorriu de canto. - Tudo bem, entre por aquela porta. - Ele apontou pra um canto isolado.

- Ok, obrigada. - Fui até o local que ele indicou.

Abri a porta com cautela e segui pelo longo corredor, não era bem como eu imaginava, eu pensei que me depararia com um lugar escuro, com apenas tochas iluminando o caminho, mas não, era um corredor com paredes pintadas de branco, iluminados por várias luminárias.

Vi uma porta ao fundo e me aproximei, antes que eu pudesse abri-la e conversar com Karin ouvi uma voz conhecida do outro lado da porta, então apenas colei meu ouvido ali para poder ouvir melhor a conversa, enquanto rezava pra que ninguém me visse ali.

- Você é louca?

- E-Eu preciso de ajuda!

- E o que te leva a pensar que eu irei te ajudar? - Uma risada alta ecoou.

- Se eu for presa, eu vou contar todo o esquema! - Karin gritou.

Ouvi um estrondo na parede e me afastei assustada.

- Escuta aqui sua merdinha ruiva... - Era a voz da... Temari? - Você está muito longe de poder me ameaçar. Entendeu? - Houve um silêncio. - NÃO ESTOU TE OUVINDO KARIN, EU TE FIZ UMA PERGUNTA.

- E-Entendi.

- E nunca mais volte aqui. Você deve estar louca mesmo... Vir pra cá sendo que a polícia está atrás de você... Eu deveria te matar...

- Puta merda! - Abri aquela porta, entrando na sala e vendo Temari com as mãos no pescoço de Karin, enforcando a ruiva e pressionando-a na parede.

- S-Sakura? - A ruiva me encarou boquiaberta.

- Rosada! - Temari sorriu de forma perversa. - VOCÊ TROUXE ALGUÉM DE FORA AQUI PRA DENTRO? - A loira bateu a cabeça de

Karin na parede e a soltou, fazendo a ruiva cair no chão, e seu óculos voar longe.

- D- Desculpa. - Karin estava chorando. - N-Não foi culpa minha.

Corri e a ajudei a se levantar do chão e ficamos encarando Temari, espantadas.

- Você vai morrer, ruiva. - A loira disse de forma calma. - Você conhece as regras...

Senti um empurrão, e me virei assustada pra ver o que tinha acontecido, e vi que era Karin que havia me empurrado, seus olhos expressavam uma mistura de desespero e medo.

- C-Corra! - A voz da ruiva saiu baixa. - Fuja daqui... Por favor...

- N-Não! - Gritei. - Não vou te deixar aqui assim!

- Ah, mas que fofas. - Temari ria. - Como se alguma das duas fosse sair daqui.

- Tsc. - Me aproximei de Karin, tentando puxá-la.

- KANKURO! - A loira gritou. - ACHO BOM VOCÊ DESCER AQUI!

Não demorou nem um minuto e o homem moreno que antes estava no bar agora estava ali, de frente pra nós.

- Por que está gritando comigo? - Ele sorriu de forma irônica. - Você por acaso está ficando louca, irmãzinha?

- Desculpe... - A loira abaixou a cabeça e se aproximou dele.

- Hm. - O homem cruzou os braços. - O que você quer?

TAP

Temari deu um tapa na cara do homem que fez com que eu e Karin nos assustássemos, então ficamos encarando aquilo boquiabertas.

- POR QUE DEIXOU ESSA ROSADA ENTRAR? - Ele a encarava confuso, enquanto ela gritava. - EU QUE TE PERGUNTO, VOCÊ ESTÁ LOUCO?

- Tsc. - Ele rangeu dentes. - Faça isso de novo... E EU TE MATO, SUA VADIAZINHA. - Ele então a empurrou, pressionando-a agora contra a parede. - Nossos pais não te deram educação não?

Tentei puxar Karin pra fora dali enquanto os dois brigavam, mas a ruiva estava ferida, e ainda estava um pouco sem reação, portanto não conseguiria me seguir caso eu começasse a correr.

- Me solte, idiota! - A loira gritou e seu irmão assentiu. - Agora temos que resolver isso aqui. - Ela se ajeitou, olhando pra mim e pra ruiva.

- Será que eu posso lidar com a rosada? - Ele sorriu malicioso. - A ruiva eu não quero. -  Ele se aproximou dela, colocando a mão em seu queixo. - Nós já nos divertimos muito juntos. - Ela virou seu rosto, desviando-se da mão daquele homem.

- Não. - A loira disse séria. - Ela é amiga de Gaara.

- Como se eu ligasse pra isso. - Ele cerrou os punhos. - Aquele merdinha... Não é meu irmão!

BOOOM!

Ouvimos um estrondo bem alto e todos nos olhamos, sem entender o que estava acontecendo, o homem pegou uma arma, mas Temari o repreendeu, fazendo-o largar aquilo e pegar um taco de baseball.

- Eu vou lá. - O moreno se dirigiu para fora.