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História Apenas Amigos? - Qual é o peso da culpa?


Escrita por: Tifioni-chan

Notas do Autor


OI OI GENTE!
Cá estou eu, e comigo trouxe o que a todos interessa *PUXA AS CORTINAS E REVELA*

~ CAPÍTULO NOVOOO ~

YEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY

Cof, enfim, muito obrigada pelos favoritos na fic e também pelos comentários (VOCES SÃO INCRIVEIS SABIA??)
Espero que gostem desse capítulo gente. Afinal, eu escrevo pra vocês, tá? Meu objetivo é vê-los felizes.

Muito obrigada por ler "Apenas amigos".

Capítulo 11 - Qual é o peso da culpa?


— Eu quero mais uma! – Natsu bateu a caneca vazia com força no balcão do bar da Fairy Tail. Era a quarta ou quinta que ele tomava e sua voz já começava a ficar meio embolada devido à bebida.

— Eu acho que já chega, né mano. – Falei com uma paciência que eu não sabia que tinha, tirando a enorme caneca da mão de Natsu. Ele nunca fora muito de beber, afinal, não se mistura fogo e álcool.

— Gray me deixa... – Natsu pareceu engasgar com a própria saliva. Tossiu e então suspirou. Ele estava meio bêbado, mas ainda tinha uma leve consciência do que fazia. Tinha consciência de que as respostas para seus problemas não estavam no fundo do copo.

— O que vamos fazer agora? – Eu tomei um gole da minha própria caneca, já quase no fim. – Quer ir atrás da Lucy?

— Quando é que as coisas chegaram nesse ponto, Gray? – Meu colega passou a mão pela nuca, nitidamente desorientado. Era estranho ver aquele cabeça de fósforo, geralmente tão seguro de suas ações, assim tão perdido.

— Ah cara... – Eu lhe dei um soco de leve no ombro e ele não reagiu. Ele realmente não estava nada bem. Observei Happy tentando enfiar um peixe maior que ele na boca, um pouco a frente de onde estávamos sentados. – As coisas não estão perdidas, você sabe...

— Gray, merda! – Natsu bateu com força no balcão e ele tremeu. – Você ouviu o que ela me disse agora pouco, não ouviu? Ela me odeia. Aliás, eu também me odeio. Quem não odeia um covarde? Eu... – Ele pegou a minha caneca de minha mão e virou o restante do conteúdo dela. Fez uma careta ao engolir. – Eu devia ter sido sincero com ela, mas eu tive medo. Sim, eu tive medo e to com medo agora! – As mãos de Natsu tremiam. Ele as fechou em punho com força, tentando forçá-las a parar. – E se não bastasse a minha incrível capacidade de ser um borra botas filho da puta, a Lisanna ainda teve que ajudar a piorar tudo!

Eu suspirei, sentindo a cabeça pesar. Realmente... Lisanna fora o fator X para desencadear essa confusão toda.

— Sinceramente... – Natsu parecia cuspir as palavras, nitidamente furioso. – Eu não quero nunca mais falar com ela... Lisanna já me arranjou confusão demais... Não quero nem olhar pra cara dela. – Ele elevou a cabeça e pareceu ignorar a minha presença ali. – Mira, me dá mais uma cerveja!

Era inútil tentar ajudar agora.

Desci do banco e enfiei as mãos nos bolsos da calça. Vi Cana sentada no extremo oposto da guilda e fui andando em direção a ela. Ela era uma amiga muito próxima da Lucy... Se ela conversasse com ela, talvez...

— Gray. – Uma mão pequenina tocou meu braço e eu já sabia quem era antes mesmo de me virar pra ver.Ela sorria pra mim. Essa garota, realmente, não tinha um pingo de vergonha na cara.

— Lisanna... – Falei entre dentes, cansado dos joguinhos dela.

— Antes que você comece um discurso, eu quero dizer que vim me desculpar. – Sua franja estava grudada na testa e ela estava arfando, como se tivesse corrido muito para chegar até ali.

— Se desculpar? Você? – Eu ri cinicamente para ela. Lisanna ficou claramente desconfortável com aquilo. Ótimo.

— Desculpe pelo modo como te tratei ao telefone, sim? – Ela disse, embora seus olhos denunciassem sua verdadeira vontade naquele momento: dar um chilique.

— Olha, quanto a mim, foda-se. Eu nem liguei mesmo. Tô nem aí pro que você fala. – Eu dei de ombros e ela engoliu em seco, com raiva de minha reação. Obviamente ela queria que eu beijasse seus pés e dissesse que, não, imagina, ela nem precisava se desculpar, ser vítima de seus caprichos era uma honra para mim, pobre mortal. Há-Há. Até parece. Minha vontade era rir da cara de indignação dela. – Não é a mim que você magoou. – Indiquei Natsu, sentado perto dali, com a cabeça. Ele estava cabisbaixo, encarando a madeira escura do balcão.

Ao vê-lo a expressão de Lisanna se desarmou e ela suspirou pesadamente. Talvez ela realmente gostasse dele. De um modo doentio, possessivo e destrutivo, mas gostasse.

— Olha Gray... – A voz dela agora era doce. – Eu estou ciente de toda a confusão e toda a... dor que causei... Eu só quero me desculpar.

— Natsu não vai te ouvir agora. – A intenção dela parecia legítima, mas era fácil ser enganado por aqueles enormes olhos azuis e rosto de boneca. – Aliás, acho que ele não quer ouvir você nunca mais.

— Gray, você não tá ajudando. – Ela cruzou os braços e fez beicinho, numa postura de menina mimada que combinava muito bem com ela.

— Eu to falando sério! – Ergui as sobrancelhas. – Ele disse isso agora pouco. Disse que nunca mais queria te ver.

— Mas eu preciso falar com ele! – Lisanna bateu o pé, já indo em direção a ele.

— Lisanna. – Eu a segurei com o braço esquerdo. – Uma vez na vida, você pode parar de ser egoísta e resp...

— Eu falei com a Lucy, Gray. – Isso me surpreendeu. – Eu vi o quanto ela está mal... Ela o ama muito e... – Ela abaixou a cabeça, tentando esconder algumas lágrimas que brotaram em seus olhos. – Eu vejo que ele também a ama muito. Eu só quero consertar tudo... Ou pelo menos tentar.

Diante disso, eu não soube o que responder. Eu apenas dei de ombros, me apegando a esperança de que ela estivesse sendo verdadeira e que conseguisse por um basta nessa confusão toda.

— Eu sei que ele não vai querer me ouvir Gray. – Ela disse, impaciente. – Mas eu conheço Natsu. Eu sei o tipo de abordagem que funcionará nessa situação.

— Espero que você consiga. – Disse, por fim.

— E quando foi que eu não consegui algo? – Ela disse, se forçando a sorrir. Por um segundo, temi o que ela pudesse fazer. Mas seria possível causar um estrago ainda maior?

— Não... – Eu murmurei pra mim mesmo. – Acho que não... Aliás... Eu espero que não.

 

***

 

A guilda estava barulhenta, mas mesmo assim o som não conseguia se sobrepor a algazarra que se passava dentro da minha mente.

Eu a tinha perdido.

Eu tinha perdido Lucy.

E isso doía mais do que qualquer dor física que eu já tivesse experimentado.

Eu preferia ser pisoteado por um dragão a ter de passar por essa dor.

“Ah, Natsu...” Pensei. “Cada vez mais covarde.”

Eu não reparei quando Gray saiu do lugar onde estava sentado, ao meu lado. Por isso eu odiava bebidas. Deixavam meus sentidos inebriados.

Foda-se.

Naquele momento tudo o que eu menos queria era sentir.

Mas mesmo assim eu sentia. Me sentia um merda. Como eu podia ter fodido tudo, dessa forma? Eu tinha estragado tudo, tudo com Lucy. A culpa era minha. Lisanna também tinha culpa, mas era eu quem deveria ter dado um basta na criancice dela, eu que deveria ter percebido o quanto minha negligencia machucava Lucy... Eu que deveria, não fiz... A culpa pesava um milhão de toneladas e eu não tinha ninguém com que dividir esse fardo.

Mira me trouxe outra cerveja, com um olhar bondoso no rosto. Como as duas, tão parecidas fisicamente poderiam ser tão diferentes? Como Mirajane poderia ser tão adorável enquanto a irmã era tão... tão... Arghhh! Eu me lembro de uma época em que Mira era bastante arrogante, mas foi só uma fase. Durou pouquíssimo... Já Lisanna parecia estar presa nesse estágio pro resto da vida...

Tomei um enorme gole do líquido grosso e amargo de minha caneca. Eu odeio cerveja. Tomei mais um gole. Aquilo era uma espécie de punição por minha idiotice.

Eu só queria dar um jeito em tudo. Se Lucy estivesse aqui saberia o que fazer...

Mas ela não estava. E nunca mais estaria graças a minha ínfima estupidez. Ela agora me odiava. Aquelas palavras ainda me dilaceravam por dentro.

Eu tinha perdido minha melhor amiga, minha companheira de missão e a mulher que eu amava no mesmo dia.

Passei a encarar os desenhos da madeira escura do balcão, procurando respostas nele. Talvez eu realmente estivesse bêbado demais, porque eles pareciam girar e se mover. Pisquei algumas vezes para fazê-los parar.

O balcão tinha a cor dos olhos de Lucy, essa era a verdade. Castanho quente e intenso. Aconchegante.

Duvido muito que esses olhos que eu tanto amo me transmitam aconchego daqui em diante. Apenas ódio. E talvez desprezo, ouso dizer.

Mas tudo bem. Eu mereço.

Eu sempre me julgara forte. Mas agora eu estava com dores insuportáveis. Como eu disse a Gray, eu estava com medo. Medo de como os dias seriam daqui pra frente.

— Lucy... – Eu suspirei, sentindo meus olhos arderem. O melhor era eu ir para casa ou acabaria caindo no choro ali mesmo. Olhei para Happy, sentado em cima do balcão, bem próximo de mim. Ele já dormia, com a barriga estufada. Eu tentaria levá-lo para casa sem que acordasse. Me levantei de meu banco e o mundo girou.

Não, não só pela bebida.

A única coisa que me manteve de pé foi o choque de vê-la ali.

— Natsu! – Ela sorriu pra mim, prendendo uma mecha de cabelo atrás da orelha. – Pensei que te acharia aqui mesmo.

Minhas mãos tremiam. Céus, eu estava com tanta raiva dela que não conseguia nem me mover.

— Estou aqui pra dizer que sinto muito. – Ela disse, enquanto se sentava, cruzando as pernas.

— Suma da minha vista Lisanna! Suma! Antes que eu não seja responsável pelas minhas ações! – Eu disse num rugido.  A guilda inteira se silenciou. – Eu não quero as suas malditas desculp...

— Quem disse que estou me desculpando? – Ela endireitou os ombros. – Sinto muito por você, é isso que eu quis dizer, por ter dispensado tudo isso... – Ela passou as mãos pelo quadril e cintura teatralmente. – Pra ficar com umazinha aí...

— Lisanna... – Gray surgiu de trás dela, tentado intervir.

— Sabia que eu falei agora pouco com Lucy? – Lisanna entrelaçou os dedos, apoiando os cotovelos no balcão. – Tadinha, tava chorando tanto...

Aquilo embrulhou meu estômago. O que Lisanna estava querendo? Queria que eu acabasse fazendo algo contra ela pra que todos da guilda ficassem contra mim?

— O que você disse a ela? – Consegui dizer entre dentes.

— Fui só dizer que agora eu não queria mais saber de você! – Ela me olhou, erguendo uma sobrancelha. – Você acredita que ela achava que nós estávamos namorando? Eu disse, obviamente, que bem que te dei uma chance mas agora, Natsu... – Lisanna mexeu a cabeça e apontou um dedo pra mim. – Agora sua chance já passou, meu bem! Nem adianta chorar!

— Então você disse que nunca estivemos juntos? – Eu não entendia onde Lisanna queria chegar.

— Não estivemos porque eu não quis, né? – Lisanna se pôs de pé num pulo. Será que ela se sentia bem contando aquelas mentiras pra si mesma? Todos sabíamos que era ela quem queria ter um relacionamento comigo. – Eu só achava você bonitinho, mas olha, sinceramente... Nem isso mais. E sabe, daí a ridícula da Lucy...

— Não abra a boca para ofender a Lucy! – Gritei e Lisanna simplesmente me ignorou. Ela era boa nisso, em ignorar.

— ...veio me dar sermão, acredita? Veio dizendo que eu devia ter mais consciência dos meus atos, blá blá blá, que ela te amava e não admitiria esse tipo de atitude, que eu deveria ir me catar, que...

— Ela disse o que? – Eu atropelei as palavras. Meu coração palpitava com força no peito.

— Que eu deveria ir me catar, olha o atrevimento! – Lisanna disse, fazendo um biquinho.

— Não, não isso! – A essa altura eu já tinha até da raiva que eu sentia de Lisanna. – Ela disse... Que... Me ama?

— Ah! – A voz de Lisanna estava carregada de desprezo. – Disse. Pois é, ridícula né? Então depois do showzinho dela, eu decidi vir aqui avisar pra você que eu já estou em outra tá? Nem adianta você correr atrás, ficar chorando enquanto enche a cara aqui no bar e...

— Lisanna... – A mão de Mira pousou no ombro da irmã. – Já chega, meu bem.

— Mas...

— Já chega. – Dessa vez a voz da mais velha dos Strauss soou mais severa. Lisanna abaixou a cabeça, mas eu juro tê-la visto piscar para Gray antes.

— Enfrentou fogo com fogo. – Gray retribuiu a piscadela de Lisanna.

— O que? – Eu disse, sem entender nada.

— Nada não. – Gray veio, socando meu ombro. Eu o soquei de volta. Ele riu, parecendo aliviado. – O que vamos fazer agora.

A resposta era óbvia. Chega de fugir.

— Preciso encontrar Lucy. – Eu sai correndo e ouvi os passos de Gray logo atrás. Happy, que havia acordado com meus gritos, voava acima de nós dois. Atrás de nosso pequeno grupo, uma guilda toda nos ovacionava, gritando palavras de incentivo. Eu senti minhas bochechas corarem por isso, mas pouco me importei. – Caras... Eu tenho uma ideia. Mas vou precisar da ajuda de vocês dois.

— Pode falar. – Gray disse, sendo sobreposto por um sonoro “Aye” de Happy, que já pousava em minha cabeça.

— Okay, mas primeiro, prometam que não vão rir! – Meu rosto ardeu de vergonha quando os dois começaram a gargalhar antes mesmo de eu explicar meu plano. Mas eu não me importei.

Nada importava.

Nem Lisanna, nem meu medo, nem minha vergonha.

Nada importava.

Só Lucy.


Notas Finais


TCHAN TCHAN TCHARAAAAAAAAAAAM
O que será que o Natsu ta planejando? *tomara que seja um strip surpesa -parei* sdudhfuidshfauifhfd

E AÍ GENTE.
o que acharam do capítulo? *U*
Espero que tenham gostado!
Comenta, deixa sua opinião ai em baixo! Juro que respondo. Eu a-m-o interagir com vocês!
Ah é, se gostou meeeeeeeeeesmo, não esquece de favoritar a fic, tá? HHAHAHDUHUIASDH por favorzinho coberto de açúcar!

Muito obrigada por ler, favoritar e comentar a fic. Vocês fazem esse projeto de autora muito feliz.
Beijos, se cuidem. Tudo de bom <3

E até o próximo capítulo <3
Chu~<3


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