História Apenas desejamos viver até amanhã. - Apenas mais uma história comum - K

Dia 3 de outubro 
03:45
Algumas horas após o acidente

Finalmente encontrei algo que me satisfaça, pensava enquanto saia de dentro de um prédio em chamas cheio de cadáveres dentro com uma shotgun na mão esquerda. Mesmo tendo passado apenas poucas horas desde a aparição da primeira criatura, o mundo inteiro já entrou em declínio, não que isso vá mudar muito minha rotina de matanças.
Vocês devem estar se perguntando “O que diabos esse cara ta falando?” Então  vou contar a historia a partir de alguns dias atrás.

Washington DC,Estados Unidos
Dia 29 de setembro
05:35 PM
3 dias e 18:25 horas antes do acidente 
 
Ouvia o som de sirenes ao longe cada vez mais próximo. Depois de um tempo eles passam por mim indo em direção da casa do presidente, tão inocentes, já  até  sentia a gargalhada surgindo na minha garganta. Sinto um tremor… Parece que eles encontraram minha pequena surpresa. Olho para trás e vejo os restos da casa do presidente em chamas. Pego meu celular e ligo para um de meus capangas.

                - Bill, bring my chopper (Bill traga meu helicóptero) - Digo para Bill, me preparando para a viagem.

                - Yes, Sir! -  Bill assente e parte em direção ao hangar.

Alguns minutos depois vejo a silhueta do helicóptero se aproximando junto do nascer do sol. Quando ele chega até o heliporto onde eu esperava, entro e falo para o piloto me levar para casa.

Pousamos perto de minha casa provisória, entro em me sento em minha poltrona, esperando por novas notícias sobre a missão. De repente, meu telefone toca.

             - Sem falhas novamente, Karma. Apesar de que os explosivos foram desnecessários, o dinheiro já foi transferido para sua conta - O contato me fala.

                - O que você quis dizer com “Os explosivos foram desnecessários” ? Explosivos sempre são necessários, dão um ar de fodice na cena, ué.

                                  - Claro, claro, desde que você não seja pego, eu não me importo - Disse ele desligando.

Me jogo no sofá do meu apartamento de luxo na cobertura do hotel e ligo a TV.

Yesterday News

- Bom dia. Hoje, um dia muito triste para todo o país. A casa branca caiu. Um possível ataque terrorista atingiu a residência presidencial, matando o presidente e sua família. O país está em luto.

Quando a apresentadora começou a chorar eu apenas ri e coloquei em algum filme aleatório da Betflix. Entediado, acabo pegando no sono.

Acordo com o cheiro de fumaça e quando olho ao redor fica bem evidente o motivo. Minha casa está pegando fogo. E, claro, na hora meu cu já  fechou, mas não  entrei em desespero já que este tipo de situação  e normal, pelo menos para mim.

                - Incêndio ou… Sabotagem? Não importa, não muda o fato de que eu tenho que fugir daqui. - Levanto do sofá rapidamente e aperto um botão em baixo da minha mesa para chamar o helicóptero. Pego a toalha da mesa e me cubro com ela para não me queimar. Com chutes e destruindo  algumas paredes, crio uma passagem no prédio até o terraço, aonde fica o 
heliporto.

Quando chego lá, já consigo ver meu helicóptero ao lado, somos profissionais então ele não precisou pousar. Fui correndo e, quando cheguei a beirada, pulei. Por pouco eu consigo, me segurei pela barra de apoio do helicóptero, ia começar a tentar entrar no helicóptero quando uma mão veio de dentro e me ajudou. Era Griek, meu parceiro de negócios, parece que ele passou numa situação dessas também, seu cabelo estava coberto de cinzas

                - Parece que você estava numa situação ruim também, hein Griek? - Digo enquanto me sento a sua frente

                - Não posso fazer nada quanto a isso, mas já estava na hora da gente se mudar, já que nosso serviço acabou - Quando ele diz isso eu recebo uma mensagem no meu celular. Rapidamente leio o que está escrito e já abro um sorriso.

                - Foi bem a tempo essa nossa mudança repentina, temos um novo serviço - Falo com entusiasmo.

                - Onde? - Griek questiona.

                - Recife, Brasil.

Recife, Brasil
Dia 30 de setembro
15:35
2 dias, 8 horas e 25 minutos antes do acidente

Saio do aeroporto, sem malas (pois elas foram queimadas um tempo atrás:b), e chamo um táxi. Como destino eu coloquei uma localização perto da que foi mandada para mim,que provavelmente seria meu novo apartamento.

O lugar em que chegamos era praticamente deserto, com exceção de alguns mendigos e cachorros.

                - Obrigado pela carona - Digo saindo do carro enquanto jogo uma quantia de dinheiro.

                - Sem problemas - Ele me diz com uma cara de bosta.

Quando o carro já estava um pouco longe, eu pego uma pistola com silenciador e, mesmo sem mirar, eu lhe acerto um tiro na cabeça.

                -  Ele sabia de mais - Digo dando de ombros.  

  
Continuo andando até chegar na localização que me pediram para ficar. Era apenas um galpão comum. Abro o portão e não encontro nada de mais. Em cima de uma mesinha, que ficava no canto do cômodo, encontro um papel e nele estava desenhado a planta do galpão.
Uma área estava marcada, então eu fui explorar e encontrei um botão, quando apertei, várias estantes saíram do chão e elas continham um monte de armas de diversos tipos.   
                -              Parece que eu vou conseguir me divertir nessa cidade - Digo sorrindo pela minha sorte. - Bem acho que por enquanto não vou ter nenhum trabalho, então vou apenas ficar explorando a cidade.

Recife, Brasil
Dia 2 de outubro
23:55
5 minutos antes do acidente

Estava numa missão  de assassinato e havia entrado no prédio em que meu alvo está pelo terraço,minhas únicas armas eram uma shotgun e uma pistola com silenciador além de uma faca de combate.
Diferente de muitos jogos stealths na vida real você tem que matar todos se não você se ferra. Já perdi a conta de quantas pessoas matei até agora, já desertifiquei três andares. Quando finalmente encontro meu alvo, ele me percebe, mas  não  parecia surpreso, na verdade a feição dele não mostrava nada. Estava envolto nesses pensamentos quando me assusto com um grito que nem de longe parecia humano, e adivinhem quem era? , exatamente, meu alvo.
Ele veio correndo para cima de mim tão rapidamente que eu só tive tempo de sacar a pistola e dar três tiros diretos no torso dele. Com os tiros ele caiu no chão e eu já estava andando para longe do corpo quando percebo que o mesmo ainda se movia.

                - O maldito ainda está vivo?! - digo talvez um pouco surpreso
Ele se levanta e vem correndo de novo na minha direção,o que será que ele ta pensando?, mas como ele sobreviveu vou dar um presentinho para ele, saco a shotgun e enfio o cano na boca dele quando ele tenta me morder e atiro.

                - Qual será o gosto da morte? - Pergunto a mim mesmo, em deboche

.
Bem não importa muito, sai andando agora calmamente atirando apenas nas cabeças do resto das pessoas (as de cima e de baixo) porém no último andar havia muitas, com todas elas vi do para cima de mim ao mesmo tempo eu fiquei sem balas de pistola e tive de usar minha shotgun, apenas não  sei por que eles estão tão parecidos com animais selvagens. Vou abrindo meu caminho passando por essas pessoas estranhas, porém, um tiro acabou acertando a tubulação de gás e tudo dentro do prédio começou a pegar fogo.
Sai do prédio com a shotgun numa mão e olho o relógio  , “03:45” , me enrolei bastante nesse serviço. Até aquele momento eu não  havia percebido o que estava acontecendo, mas ao olhar para a cidade descobri o que era, tudo estava um caos, a primeira palavra que me veio a cabeça foi apocalipse e julgando o comportamento das pessoas que eu havia matado, a outra coisa que veio a cabeça foi zumbis.

Na hora já comecei a gargalhar, parece que minha rotina vai ficar um pouco mais divertida.