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História Apenas Ela - Rendição


Escrita por: DanyPS

Notas do Autor


Terceira e última parte desses dias intensos que elas passaram juntas.
Preparadas? Apreciem sem moderação.

Capítulo 16 - Rendição


- Que feitiço foi esse que você jogou em mim, Taylor Jane Schilling?

Ainda deitada sobre Taylor e totalmente hipnotizada por aqueles olhinhos azuis que pareciam brilhar como se fossem pedras preciosas, Laura esperou uma resposta que não veio. Vendo a expressão engraçada que a loirinha apresentava, enfim Prepon se recompôs, deu um selinho nela e levantou da cama.

Bateu de leve na coxa de Taylor e disse:

- Vamos, temos que nos arrumar.

Laura respirou fundo assim que saiu para o corredor. Sentia a visão embaçada e achou o caminho para o quarto de hóspedes por instinto. Entrou, fechou a porta e teve de ficar por quase cinco minutos apoiada nela pra recuperar a sanidade.

Acontecera, de novo. Da primeira vez ficou totalmente confusa com o fato de Taylor tê-la beijado, com a forma como aquilo parecia errado, como se estivessem misturando ficção e realidade. Agora seus sentimentos estavam confusos por outro motivo: além de ter que admitir que o beijo partira dela, tinha de admitir também que gostara muito mais do que deveria. Finalmente havia se permitido ceder à sua vontade e estava com medo da descoberta pela qual passava. O que sentia pela loira tinha ultrapassado o limite da amizade. Era cedo pra pensar em um nome para aquilo, mas já não eram mais apenas amigas.

Laura foi tomar banho, precisavam sair em breve. Tinha uma surpresa pra Schilling. Mas o tempo todo em que esteve no chuveiro e depois enquanto se arrumava, a mente trabalhava em torno daqueles pensamentos.

A loira vinha tomando cada vez mais espaço em sua vida desde que voltara de Paris. Aproximaram-se tanto que entrou em pânico quando Taylor expôs em voz alta o que estava acontecendo entre elas. No período que ficou em Los Angeles fizera de tudo para esquecer o que tinha acontecido, mas bastou pôr os olhos nela na viagem pra Chicago e as lembranças voltaram com força total. Ficou tão desnorteada com a doença de Schilling, que nem parou pra pensar que a ideia das duas sozinhas ali naquele apartamento seria sua perdição final.

Ver Chloe deitada ao lado de Taylor na noite anterior fez surgir dentro dela um ciúme que não tinha noção que poderia sentir. Ficou tão mal quando a loira saiu de casa sozinha, que decidiu que devia ir embora. Mas não podia deixá-la ali simplesmente e voltar pra casa, tinha que esperar que ela voltasse. E ouvir Schilling lhe pedindo pra ficar, apagou qualquer decisão que tivesse tomado. Dormir com ela e passar grande parte daquela manhã abraçadas no sofá foi um largo passo em direção ao abismo. E tê-la beijado foi o mergulho final no desconhecido.

Bem, então era isso. Estava perdida e não tinha mais como escapar. E se tivesse coragem de ser sincera consigo mesma, sabia que não queria mais fugir daquele par de olhos azuis que a deixava tão extasiada. O que iria fazer a seguir era um mistério até mesmo pra ela, mas estava disposta a descobrir.

Quando finalmente saiu do quarto, encontrou Taylor na cozinha. A carinha de medo dela assim que a viu, fez Laura sentir um aperto no coração. Não estava preparada para conversar sobre o que tinha acontecido, mas tinha que passar alguma tranquilidade para a loira.

- Demorei? Tive que trocar de roupa três vezes pra acabar vestindo essa calça jeans e essa blusa branca. – Laura mostrava seu look com um olhar divertido.

- Já estava pensando em ir lá te resgatar – Taylor pareceu relaxar um pouco ao perceber que estava tudo bem.

- Pronta? – ao receber um aceno afirmativo, completou: - Então vamos.

Permaneceram em silêncio enquanto desciam no elevador e assim que entraram no carro, Laura achou melhor ligar o rádio. Aquele clima estava começando a deixá-la desconfortável.

- Onde vamos? – Taylor também parecia querer desfazer a tensão que surgia ao redor delas.

- Logo você verá. Se importa de passarmos rapidinho na casa da Natasha antes? Ela ficou de me emprestar um livro que tô pedindo há tempos. – Prepon falou de forma casual.

- E como sabe que ela está em casa?

- Ela mandou mensagem mais cedo dizendo que eu podia passar por lá.

- Certo, sem problemas.

Taylor não morava muito longe de Natasha, então chegaram ao local em menos de quinze minutos.

- Quer que eu te espere aqui no carro mesmo? – a loira estava com preguiça de sair dali.

- De jeito nenhum. Tenho certeza que ela vai querer te ver. Vai ser rápido. Deixa de preguiça, Schilling.

No elevador Laura enviou uma mensagem informando que estavam chegando.  Quando pararam em frente à porta do apartamento, ela nem se deu ao trabalho de tocar a campainha, girou a maçaneta e entrou.

Ao ver a cara de espanto de Taylor, justificou:

- Ela avisou que deixaria a porta aberta, porque ia ficar lá em cima no terraço e que eu poderia subir direto.

Passaram do hall de entrada para a sala e em seguida Laura foi até a escada que levava à cobertura. Lá em cima, fez questão de ficar de frente para Taylor e ver sua reação à bela surpresa que lhe esperava. E a cena foi realmente maravilhosa: a loira levou às mãos a boca, os olhinhos piscavam sem parar como se não acreditasse no que via e logo lágrimas surgiram. Ela estava tão linda daquele jeitinho que Laura teve de se controlar para não trazê-la para seus braços.

O terraço de Natasha tinha recebido uma decoração improvisada para o que ela chamara de “Almoço para Tayloface”. Fitas e balões coloridos se misturavam à cartazes escritos a mão. Uma grande churrasqueira montada no canto já estava repleta de carnes na grelha. Havia uma mesa contendo vários pratos quentes e frios e um freezer armazenava as bebidas. Laura ficou abismada com a habilidade de Lyonne em organizar um evento de forma tão rápida.

Mas o melhor de tudo era a presença das meninas. Samira, Danie, Uzo, Yael, Kate, Dascha, Laverne, Jackie eTaryn também estavam ali. As demais não puderam ir porque foram avisadas em cima da hora e já tinham compromisso, mas as presentes já eram suficientes para fazer uma grande bagunça.

Taylor levou um bom tempo para conseguir entender o que estava acontecendo. Somente quando Natasha chegou perto dela perguntando se tinha gostado da surpresa ela teve coragem de perguntar:

- Tasho, o que vocês fizeram? Meu aniversário já passou.

- E quem disse que precisamos de aniversário para comemorar algo? As meninas estavam com saudade e Laura vetou uma invasão à seu apartamento, então resolvi organizar um almoço em sua homenagem. – Natasha falou como se não fosse nada demais.

- Eu te amo, sua louca. – Taylor abraçou a mulher à sua frente, enchendo-a de beijos. – Tô tremendo até agora, vocês quase me matam do coração.

Schilling foi cercada pelas meninas que queriam saber como ela estava e contavam cada detalhe de como ajudaram a concretizar aquela ideia brilhante de Natasha Lyonne.

Laura afastou-se, deixando a loira aproveitar a companha das amigas, e foi até a mureta apreciar a paisagem. O dia estava agradável, perfeito para aquela reunião a céu aberto. Ela fechou os olhos para desfrutar melhor o vento que soprava ali em cima.

- Quer dizer então que você foi cúmplice dessa história? – Taylor aproximou-se discretamente e empurrou Laura com os ombros brincando de provocá-la.

- Acusação aceita, sou culpada. – Laura via o quanto a loira estava radiante e isso fazia com que ficasse tão feliz quanto ela. – Gostou da surpresa?

- Gostar é pouco, amei. Até agora tô sem acreditar direito. – ela pareceu lembrar algo -  Então foi a Tasho que te ligou naquela hora? Era com ela que você tava combinando alguma coisa?

Laura riu ao responder:

- Era, sua boba. Tá vendo como aquela sua crise de ciúme foi perda de tempo? Ciúme da Tasho? Fala sério, né.

- Talvez não tenha sido tanta perda de tempo assim se considerarmos o que veio em seguida. – Schilling sabia ser direta como ninguém.

Prepon agradeceu quando Natasha surgiu entre elas, evitando que tivesse de responder o que quer que fosse à Taylor.

- Vamos comer, gatinhas?

- O que tem para a Taylor? Você preparou o que eu pedi? – Laura entrou no modo enfermeira.

- Eu não, mas a Kate sim. Eu falei que você não precisava se preocupar com isso. – Natasha encarou a morena com uma expressão desafiadora – Você acha que é a única que entende de alimentação saudável, ruiva?

- Não, mas sou a única que sabe como cuidar da Tay da forma correta. – Laura falou e deu uma piscadinha pra loira de arrasar corações.

- Mas que merda, Laura. Dez a zero pra você depois dessa. Tá ficando boa em disputar comigo, hein?

 - Tô aprendendo com a melhor. – Prepon estava afiada.

- Vamos almoçar antes que vocês duas me matem de vergonha. – Schilling estava parecendo um pimentão de tão encabulada que estava.

A tarde passou tão rápido que Laura nem percebeu. Quando estavam juntas, pareciam realmente uma família. Havia risadas, provocações, gritos e até pequenas discussões que logo se transformavam em novas risadas. Prepon quase não chegou perto de Taylor, queria deixá-la à vontade para interagir com as meninas. Essa era a desculpa que ela arrumou para tentar disfarçar o motivo real: sabia que precisava se acostumar a não ter a loira a seu lado o tempo todo. Em poucas horas voltaria para seu apartamento e só de pensar naquilo, começava a sentir o desânimo bater.

Quando começou a escurecer elas desceram e decidiram iniciar uma batalha de karaokê na sala de tv. Laura não quis participar, mas conseguiu se distrair vendo a apresentação de cada uma delas. Taylor claramente estava tímida, ela disse que precisava beber algo para se soltar. Mas o olhar mortal de Prepon avisou-a que ela nem deveria considerar essa possibilidade.

Às nove horas praticamente todas já tinham ido. Laura e Taylor tentaram convencer Natasha de ajudá-la na arrumação da casa, mas foi em vão. Lyonne afirmou que nem ela mesma lavaria um copo sequer. No dia seguinte sua funcionária viria para limpar todo o apartamento. As duas então se despediram e Schilling passou quase dez minutos agradecendo o carinho da amiga com ela.

Já no carro, Laura achou que era hora de começar a se despedir:

- Aliviada?

- Com o que? – Taylor estava confusa com a pergunta.

- Finalmente vai ter sua vida pacata de volta, livre das minhas ordens.

- Ah, claro. Mal posso esperar. Já tô aqui fazendo planos se encaro uma porção de batata fritas e um pote de frango frito com coca-cola ou se fico só na pizza de pepperoni com cerveja.

- Pelo amor de Deus Tay, por que eu acho que você não tá brincando?

- Porque você ficou super protetora demais nesses dias e não confia no meu discernimento.

- Não confio mesmo – Prepon resmungou.

Depois de algum tempo, Schilling voltou a falar:

- Quem deve estar aliviada é você que vai ficar livre dessa chata que me tornei nos últimos dias.

- Ok, acho que nós duas podemos parar de drama e admitir que vamos sentir falta da companhia uma da outra.- Laura riu.

- Vou mesmo. Quem vai fazer aqueles pratos magníficos pra mim? – Taylor choramingou.

- Eu deixei comida suficiente pra uma semana. Tem pratos prontos congelados também. A lista das coisas que pode comer tá na porta da geladeira. E qualquer dúvida você pode me ligar.

Taylor recostou a cabeça no assento e fechou os olhos. Não falaram mais nada até Laura estacionar o carro diante do edifício.

- Posso tomar uma última ducha antes de ir embora? Prometo que não vou demorar. – Prepon sentia um aperto no peito.

- Último por quê? Você pretende não voltar aqui nunca mais?

- É maneira de dizer, Schilling.

A morena tomou um banho rápido, juntou suas coisas e foi procurar Taylor no quarto dela:

- Ei, já estou indo.

- Me espera, tô terminando aqui –  a loira respondeu do banheiro.

Laura foi para a sala e se esticou na cadeira modelo chaise longue que ficava próxima à janela e fechou os olhos pra tentar relaxar um pouco. O que aconteceria dali pra frente? Sua vida voltaria ao normal e conseguiria controlar a vontade de ficar perto de Taylor o tempo todo? Será que não deviam conversar sobre o que estava acontecendo? Talvez sim, mas ela não estava preparada para explicar o que sentia.

Percebeu a presença da loira na sala assim que seu perfume invadiu o ambiente. Tentando adiar ao máximo o momento da despedida, Laura continuou de olhos fechados esperando que Taylor tomasse a iniciativa. E ela realmente tomou, mas de uma forma que a morena jamais esperaria.

Schilling simplesmente sentou em seu colo, aconchegou-se em seu corpo e deitou a cabeça no ombro de Prepon. O cheiro dela era tão bom.

- O que foi bebê? – a morena soube naquela instante que se quisesse realmente ir embora teria de fazer um esforço fenomenal.

- Quero sentir você assim pertinho de mim novamente, porque depois que cruzar aquela porta, sei que isso não vai voltar a acontecer.

- E por que acha isso? – Laura acariciava as costas de Taylor.

- Porque vamos ter de voltar pra vida real. – a loira deu um beijo no pescoço de Prepon, que sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo.

- E isso aqui não é a vida real?

- Eu adoraria que fosse, Lau. Mas desde hoje cedo que a todo instante tenho medo que você diga que aquele beijo foi um erro. Fico esperando você virar as costas e dizer para esquecermos que ele aconteceu.

- Não gosto de saber que te deixo assim, Tay. Isso não é bom.

- Mas você me faz tão bem quando fica carinhosa como está agora. – outro beijo no pescoço dessa vez acompanhado de uma mordidinha.

- Tay, não provoca desse jeito.

- O que eu tô fazendo? – dessa vez os dentes da loira roçaram a orelha de Prepon.

- Testando minha resistência.

- E como ela está nesse momento?

- Mal. Muito mal com você jogando sujo assim.

- Você ainda não me viu jogando sujo, Laura Helene Prepon.

Taylor ergueu a cabeça, primeiro olhou dentro dos olhos da morena, depois desceu e focou em sua boca, deixando claro o que pretendia fazer. Laura prendeu a respiração ansiando por aquele beijo. E ele veio. Intenso e sensual. Os lábios de Taylor eram tão macios. Sua língua tinha um gosto tão bom. Quando percebeu que a loira ia começar a se afastar, abraçou-a pela cintura, puxando-a para mais perto de si.

- Tá achando que vai escapar agora? Nada disso. Começou, agora aguenta. – a morena falou isso com os lábios colados aos de Taylor.

Ela prendeu os lábios da loira entre os seus, fazendo com que Schilling soltasse um gemido que provocou efeito imediato entre suas pernas. Laura não sabia se agradecia ou se amaldiçoava por ter colocado um vestido, porque ao perceber que estava ficando excitada, Taylor ajeitou-se melhor em seu colo de forma que conseguisse colocar a mão em sua coxa por baixo do vestido. Foi a vez de Prepon soltar um gemido.

Interromperam o beijo por alguns segundos, com as testas coladas, tentando recuperar a respiração. Mas era difícil para Laura já que a loira continuava torturando-a com as mãos.

Sem deixar de sustentar o olhar da morena, Taylor mudou de posição. Sentou-se de frente, encaixada sobre Laura de forma que as pernas ficassem uma para cada lado do corpo. Durante o movimento, teve a habilidade de subir ainda mais seu vestido, deixando suas coxas totalmente expostas.

Puta que pariu. Merda. Estava fudida. A única coisa que Laura conseguia formular em sua cabeça era essa sequência de palavrões. Como se percebesse o medo da morena, Taylor voltou a beijá-la. E quando achou que já estava em seu nível máximo de excitação, Prepon percebeu que estava redondamente enganada. Enquanto a beijava, a loira rebolava sobre seu corpo de forma lenta, levando Laura à loucura.

A mão de Schilling foi chegando perigosamente perto de sua calcinha e quando finalmente tocou o tecido fino, Laura sabia que dava para sentir o quanto já estava molhada. Sentiu os dedos se movimentando lentamente sobre o pano e foi impossível manter o corpo quieto, ela também começou a se remexer.

- Lau?– a loira sussurrava em seu ouvido.

- Hum... – foi o único som que Prepon conseguiu produzir.

- Eu tava aqui pensando uma coisa.

O que? Laura estava entendendo direito? Ela resolveu pensar naquela hora?

- O que é Tay? – foi o que tentou dizer, mas não sabia se conseguiu pronunciar as palavras de forma audível.

- Você não acha... – Taylor parou os movimentos em sua calcinha. – que podemos estar confundindo as coisas?

- Filha da mãe.- Laura mordeu o ombro de Taylor. – Quando eu tiver forças, eu vou te matar Taylor.

- Vingança básica. – Taylor riu em seu ouvido. – Pra você aprender que certas coisas não devem ser ditas.

Antes que Laura pudesse pensar naquelas palavras, a loira enfiou a língua em sua orelha, ao mesmo tempo que os dedos afastavam sua calcinha e começavam a acariciar seu clitóris.

- Taaay – o nome da loira saiu em forma de gemido. O que aquela mulher estava fazendo com ela?

- Eu poderia prolongar esse momento por mais tempo, mas preciso sentir você, Lau.

Taylor escorregou um dedo para dentro dela e Laura puxou sua cabeça para trás pelos cabelos. Colou sua boca no pescoço da loira deixando que os gemidos escapassem sem controle. Quando sentiu o segundo dedo a penetrando e a loira movimentando-os ainda lentamente, ela acabou se rendendo:

- Por favor, mais rápido – tomou fôlego antes de continuar: - e mais forte.

Schilling acelerou o ritmo e Laura não conseguiu se segurar mais. Agarrou-se à cintura de Taylor enquanto tinha um dos orgasmos mais intensos de sua vida.

As duas tinham a respiração acelerada e estavam completamente suadas. Mas ficaram abraçadas até Laura conseguir retomar a consciência. Se antes achava que estava perdida, agora tinha certeza que estava condenada.  Taylor Schilling a tinha completamente nas mãos. Era oficial.

Sem saber o que dizer e morrendo de vergonha, Laura escondia o rosto nos cabelos da loira.

- Tudo bem? – Taylor perguntou depois de um tempo.

- Sim, tirando o fato de que não sei como vou conseguir ir embora.

- E você acha que tem alguma possibilidade de eu te deixar ir embora agora?

- Tay... tá tarde. São quase onze horas

- Te dou cinco minutos pra você tomar um banho e aparecer na minha cama. Não precisa desfazer sua mala, te empresto uma roupa pra dormir.

- Ei, desde quando você incorporou minha personalidade mandona?

- Não enrola, Laura Prepon. Cinco minutos.

Taylor levantou e deixou-a sozinha na sala com uma cara de completa idiota. Mas não pensou duas vezes antes de obedecer às ordens da loira. Tomou seu segundo banho em menos de uma hora e ao sair enrolada na toalha, encontrou uma blusa comprida de Schilling sobre a cama. Como sua mala já estava na sala, vestiu-a sem calcinha mesmo.

Quando entrou no quarto, a loira já havia tomado banho e estava deitada.

- Essa blusa ficou curta. – a morena reclamou.

- Era o objetivo, então ficou ótima.

As duas riram. Laura subiu na cama e, como se seus corpos já estivessem se acostumando um com o outro, deitaram abraçadas e com as pernas encaixadas. Trocaram uma série de beijos, dessa vez mais carinhosos e demorados.

Taylor passava as unhas levemente no braço de Laura e a morena soltou um suspiro.

- Quer conversar? – Schilling sussurrou.

- Ainda não. – depois pensou melhor. – Você quer?

- Também não. Podemos fazer isso outra hora.

Para seu próprio espanto, Laura se sentia tão bem e relaxada que logo foi tomada por uma sonolência reconfortante. Minutos depois já dormia tranquilamente.

No entanto seu sono durou menos de uma hora. Ela foi despertando lentamente ao sentir que algo se movia sobre seu corpo. Abriu os olhos e como o quarto estivesse totalmente escuro, demorou um tempo até ver que a loira estava posicionada entre suas pernas, beijando sua barriga.

- Tay?

- Ops, te acordei? Desculpa. Mas eu não consegui dormir, acho que é insônia.

Laura não podia acreditar naquilo. Enquanto falava, Schilling ia descendo mais e mais sua boca.

- Ou talvez não seja insônia. Pode ter sido fome. – Taylor falava sem parar, com um jeito de menina levada. - Como conseguir dormir com um banquete delicioso desses bem do meu lado?

Foi então que Prepon se deu conta de que estava totalmente exposta, já que dormira sem calcinha.

Schilling escorregou ainda mais o corpo para baixo até que sua cabeça estivesse bem acima de seu sexo. Taylor ainda nem tinha a tocado ali, mas ela já estava totalmente úmida, só pela expectativa do que viria.

- Você pode voltar a dormir, se quiser. Eu não me importo. – ao dizer isso, Taylor deu uma mordidinha de leve na virilha de Laura.

- Puta que pariu, Tay.

Como se ouvir aquilo tivesse ativado o último impulso que precisava, a loira abriu suas pernas ainda mais e chupou seu clitóris com vontade. Laura se agarrou aos lençóis. Não estava preparada para a intensidade daquela sensação. Sentia a língua da loira percorrendo-a em toda sua extensão. Ela a chupava de uma forma que nenhum homem tinha feito antes. Prepon enterrou as mãos nos cabelos loiros enquanto se remexia na boca de Taylor. Entre os gemidos que soltava conseguiu ouvir a loira:

- Você é gostosa demais.

A língua de Schilling estava agora dentro dela e fazia movimentos que levavam sua consciência pro espaço. Seu corpo ardia de prazer e ela precisava de mais.

- Eu preciso te beijar – Laura sussurrou.

A loira levantou-se e tirou a blusa que ainda vestia. Se deitou sobre Laura, encaixada entre suas pernas e com os sexos colados. O beijo foi carregado do desejo sexual que havia entre elas, a língua de Taylor repetia dentro de sua boca os movimentos que fizera anteriormente lá embaixo. Prepon podia sentir o seu gosto ali e aquilo lhe deu ainda mais tesão. Ela cravou as unhas na cintura de Schilling, provocando um grito na loira e sentiu que não era a única que estava completamente molhada.

As duas começaram a rebolar lentamente, buscando sincronizar os ritmos dos quadris. Logo os movimentos foram ficando mais rápidos e Laura começou a gemer loucamente sentindo a loira rebolando em cima dela. Sabendo que o orgasmo se aproximava, ela falou no ouvido de Taylor.

- Eu quero que você goze junto comigo.

As duas aceleraram ainda mais aquela dança sensual e quando Laura sentiu os tremores percorrendo o corpo da loira, deixou que o seu próprio prazer chegasse também. Os gemidos das duas se misturaram e invadiram o quarto. Levou um tempo para conseguirem voltar a seu estado normal.

 - Lau, você é maravilhosa – Taylor falava em seu ouvido.

- O que você tá fazendo comigo, garota? Eu nunca senti algo parecido com isso.

Laura rolou na cama ficando por cima de Taylor. As duas se olhavam tão intensamente que parecia que a qualquer momento entrariam em combustão. A morena finalmente falou:

- Se eu tivesse direito à somente um único desejo na vida, seria ser acordada dessa forma todos os dias.

Schilling deu aquele sorriso fofo que Laura amava, agarrou-a pelo pescoço e encheu-a de beijos.



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