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História Apenas Ela - Confissões


Escrita por: DanyPS

Notas do Autor


Olá pessoas, enfim apareci.
Li os comentários anteriores, mas não deu tempo de responder, me perdoem. Explico melhor nas notas finais.

Capítulo 26 - Confissões


- Não me olha assim, por favor, só responde. Você quer namorar comigo?

Mesmo depois que Prepon repetiu a pergunta, Taylor ainda permanecia totalmente confusa com a situação inusitada que se formara. Se não ouvira errado, o erro deveria estar na proposta de Laura. Será que ela estava bem? Talvez tenha bebido um pouco além da conta? Avaliando melhor o semblante da morena, Schilling notou que ela estava bastante nervosa sim, mas não havia indícios de efeitos alcóolicos. Vendo que Prepon a encarava com uma expressão cada vez mais desesperada, Taylor sentiu que precisava fazer alguma coisa:

- Lau, vem cá – pegando a morena pela mão, conduziu-a até o sofá da sala de estar – O que está acontecendo?

- Como assim o que está acontecendo? Não dá pra ser mais clara do que eu fui – Laura parecia mais nervosa – Mas já entendi Taylor, sua resposta é não.

- Ei, eu não respondi nada. Só estou querendo entender de onde saiu isso de uma hora pra outra.

Laura levantou-se abruptamente, como se não conseguisse ficar sentada:

- Eu não sei como isso aconteceu, porque eu te juro que fiz de tudo para evitar. Nem mesmo sei o momento exato em que as coisas mudaram. Mas mudaram, Tay. Não consigo mais me concentrar em nada. De repente tudo parece girar em torno de nós duas e do que sinto por você – a morena andava de um lado para o outro enquanto falava. Às vezes parava para olhar diretamente para a loira e depois recomeçava a andar – Eu estava tão certa que isso já tinha acabado, que estava superando... e bastou você aparecer na minha casa para que tudo que eu vinha tentando bloquear voltasse com força total. A única coisa importante passou a ser não deixar você ir embora. Eu precisava que você ficasse comigo. E depois desses dias que passamos juntas, tive que parar de mentir para mim mesma e admitir o que sentia. Você tá conseguindo me entender?

- Tô tentando Laura. Mas confesso que tá me deixando tonta andando de um lado pro outro desse jeito. Você tá querendo dizer que não quer mais se afastar de mim, é isso? – Schilling tentava acompanhar o raciocínio de Laura, em dúvida se ela estava se declarando ou desabafando.

Como se não pudesse mais guardar aquilo dentro de si, Laura enfim disse:

- Droga! Eu tô tentando dizer que eu tô apaixonada por você – se rendendo, ela soltou o corpo no sofá – Eu me apaixonei por você, Taylor Jane Schilling.

Taylor ficou paralisada com o que acabara de ouvir. Laura estava dizendo que se apaixonara por ela? Nem mesmo ela, apesar de sentir o mesmo, tivera coragem de dizer aquilo em voz alta. E Prepon estava se declarando tão abertamente? Por mais que tentasse se conectar com a realidade, ela ainda achava que havia algo de surreal naquilo tudo.

Foi só quando percebeu que Laura estava ao seu lado de cabeça baixa, o rosto parcialmente escondido pelos cabelos e os cotovelos apoiados nas pernas sustentando a cabeça, que Schilling se deu conta do quanto aquilo também estava sendo difícil para a outra mulher.

- Olha pra mim – Taylor passou a acariciar os cabelos negros e falava carinhosamente, mas Prepon não se moveu – Você tá falando sério?

A morena balançou a cabeça afirmativamente, mas continuava olhando pra baixo.

Taylor então foi se permitindo acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Laura estava querendo dar o próximo passo, queria que se tornassem namoradas. A felicidade começou a tomar conta da loira e foi ficando difícil controlá-la.

- Ei, o que foi? – ela se aproximou mais de Prepon e pediu novamente: – Lau... olha pra mim.

Quando a morena finalmente olhou-a, ela sentiu o coração se apertar e ficar pequenininho. Laura estava chorando.

- Tay, eu sei que devo estar parecendo ridícula. Você chega e me encontra na porta da sua casa... – parou para enxugar as lágrimas e isso acabou com qualquer choque ou dúvida da loira.

- Para com isso agora. Eu não quero ver minha namorada chorando – dizendo isso Taylor se jogou em cima de Laura, envolvendo-a em um abraço apertado.

- Namorada? – Laura conseguiu dizer depois de se recuperar do susto.

- Sim. Minha namorada - Schilling afastou-se um pouco para olhar a morena nos olhos e logo depois encheu seu rosto de beijos entre uma frase e outra: - Você não podia fazer um pedido mais romântico? Quase me mata do coração. Eu também sou perdidamente apaixonada por você, sua doida.

- Você tá me deixando doida mesmo, Taylor – Laura a puxou para seu colo, colando seus lábios aos da loira. Logo sua língua pedia passagem e explorava aquela boca com uma vontade insaciável, chupando, mordendo.

Por mais que estivessem sem ar, nenhuma das duas parecia querer interromper o beijo. Queriam eternizar aquele instante.

- Você que quase me matou do coração, me olhando como se eu tivesse te feito a proposta mais absurda do mundo – Prepon falou quando enfim se separaram. Ela ria e chorava ao mesmo tempo.

- Eu precisei ter certeza que tinha ouvido direito - Schilling tentava novamente limpar as lágrimas que a morena ainda derramava – Para de chorar, sua boba.

Foi a vez de Taylor iniciar um longo beijo apaixonado. As duas ficaram assim por vários minutos, sem nada falar, apenas trocando beijos e carícias com os corpos colados.

- Você tá tão linda. – Laura finalmente disse algo, olhando-a nos olhos.

- Eu fiquei tão decepcionada quando Jenji me chamou dizendo que precisaríamos nos reunir para um jantar com o pessoal da Netflix. Tive que disfarçar minha ansiedade, mas acho que ela percebeu.

- Podia ter me explicado que esse era seu compromisso. Eu fiquei pensando tanta coisa, que você tinha se arrependido de aceitar meu convite, que tinha saído com outra pessoa – Laura relembrava a tortura pela qual tinha passado.

- E você poderia estar com esse celular ligado. Comecei a achar que tinha ficado chateada e arrumado outra companhia pra sair.

- E eu aqui que nem uma idiota te esperando – apesar das palavras, Prepon ria de si mesma.

As duas se olhavam e era impossível dizer quem estava com mais cara de apaixonada.

- Então é isso? Laura Prepon agora é minha namorada? E melhor ainda, isso foi ideia dela? – a loira carregava um largo sorriso no rosto.

- Você com essa carinha de anjo me enrolou direitinho, senhorita Schilling – Prepon começou a fazer cócegas em Taylor, que se remexia em seu colo tentando escapar.

- Para Lauraaaaa...

A risada das duas preenchia o ambiente, transformando completamente o clima de tensão anterior em uma alegria contagiante. Lembrando-se de algo, Schilling olhou com curiosidade para Prepon:

- Há quanto tempo você tá aqui?

- Acho que tem umas duas horas – a morena admitiu um pouco envergonhada – Fiquei o tempo quase todo no carro, depois resolvi subir.

Taylor achou aquilo tão fofo que voltou a agarrar Prepon antes de perguntar:

- Você não comeu nada?

- Ah, nem pensei nisso. Não estava com fome.

- Então vamos pedir alguma coisa.

- Não precisa, Tay. Você não jantou?

- Não comi quase nada. Também estava sem fome – Era verdade. Taylor tivera que se concentrar para prestar atenção no que era dito no jantar porque seus pensamentos iam a todo instante atrás de sua morena. Comer então foi quase impossível.

- Se você vai me acompanhar, então podemos pedir.

- Vamos comer, tomar um banho e depois... – Schilling levantava as sobrancelhas numa tentativa de imitar a expressão de Laura - ...cama.

- Ah, então hoje eu posso dormir aqui? – Laura fingia surpresa.

- Hoje pode. Agora que estamos em um relacionamento sério você está autorizada.

Schilling foi se encaminhando para pegar o telefone. Pediria comida chinesa. Enquanto falava com o atendente percebia que Laura estava pensativa. Ao encerrar a ligação e voltar para o sofá, a morena expôs o que tanto pensava:

- Cacete! Eu tenho uma namorada. Você consegue imaginar o quão louco isso é para mim?

- Já quer desistir? Dá tempo.

- Óbvio que não. – Prepon puxou Taylor novamente para seu colo. Ela não queria ficar um segundo que fosse sem tocá-la - Você não vai se livrar tão fácil assim de mim. E acabou essa história de ficar dando papo pra qualquer uma. Tá ouvindo?

- Puta merda! Se você já era ciumenta antes, imagina agora - havia um misto de brincadeira e verdade naquela constatação – Mas isso se aplica a você também, Laura Prepon. Vamos começar a dosar essa sedução toda que você gostar de espalhar por aí.

Uma nova sessão de beijos foi iniciada. Mas em determinado momento Taylor sentiu que precisava tirar algumas dúvidas:

- Lau, você tá preparada pro que virá?

- Não – a resposta de Laura foi instantânea. – Apesar de imaginar, eu não tenho a real noção de como vou lidar com toda essa novidade na minha vida. Mas ficar sem você está fora de cogitação, Tay. Isso seria muito pior do que qualquer outra coisa que eu tenha de enfrentar. Acredite quando eu digo que estou apaixonada por você.

- Eu acredito, minha linda. E valorizo ainda mais essa sua atitude por saber quantas barreiras internas você tá tendo que ultrapassar para ficar comigo.

Com a cabeça deitada no ombro da morena, Schilling demorou a perceber que Laura estava chorando novamente.

- O que foi agora? Eu falei algo que não devia? – Taylor inverteu as posições e trouxe a morena para que deitasse em seu peito enquanto acariciava seus cabelos longos e macios.

- Tay, você vai precisar ter paciência comigo. Espero que não fuja com o que vou dizer, mas sei que vou errar, sei que vou te decepcionar em algum momento. E morro de medo disso separar a gente – Ao dizer isso, Laura abraçou-a ainda mais forte como se para impedir que a loira escapasse – Eu vou precisar que me diga quando estiver chateada ou insatisfeita com algo que eu faça ou fale. Eu já notei que você acaba guardando muito as coisas para si, mas não quero que me esconda mais nada.

Schilling ouvia a morena se entregar daquela forma tão sincera e achou que a cada minuto daquela noite, Laura a conquistava mais e mais. Apesar de todas as dúvidas, ela estava se arriscando muito mais do que Taylor tivera coragem de fazer.

- Eu vou tentar me abrir mais, Lau. Você tem razão. Mas a verdade é que eu sempre tive medo de falar algumas coisas que pudessem te assustar, que pudessem fazer você se afastar. Talvez agora, isso melhore.

A loira beijava a cabeça da morena enquanto acariciava suas costas. Não era sempre que Laura se mostrava tão sensível assim e ela fazia questão de mostrar que estava ali para ela.

- Promete que não vai me largar no primeiro problema que surgir? – Prepon perguntou com voz chorosa.

- Só se você me prometer o mesmo.

- Eu prometo - a morena levantou o rosto e colou sua testa à de Taylor – Agora é sua vez.

- Eu prometo – E sem saber quando tinha começado, Schilling percebeu que também estava chorando.

As duas selaram a promessa com um beijo apaixonado que foi interrompido pelo toque do interfone.

- Comida chegando. Agora pelo amor de Deus, pare de chorar porque você já está me contaminando também - Taylor disse ao secar as próprias lágrimas.

Enquanto a loira foi receber o entregador, Laura foi até o lavabo para lavar o rosto e se recompor.

As duas comeram rapidamente, entre trocas de sorrisos e olhares brilhantes, querendo pular para a próxima etapa da noite. Já convencida de que não estava sonhando e que aquela noite acontecia de verdade, Taylor ia se soltando mais. Após terminarem a refeição, ela não se conteve e foi até Laura, sentando-se em seu colo.

- Sabia que eu tenho a namorada mais linda do mundo?

- Ah, com certeza não tem - Prepon resolveu brincar também – A minha namorada é infinitamente mais bonita que a sua. E ela não é só bonita. É engraçada, carinhosa, sexy... Ou seja, ela é perfeita.

- Então eu sou perfeita? Posso gravar isso pra ficar pra posteridade?

Laura não se deu o trabalho de responder, estava concentrada em morder a orelha de Taylor. Sentindo todo o seu corpo se arrepiar, Schilling decidiu que já estava na hora de um banho pra diminuir aquele calor interno.

- Vem – ela levantou e puxou a morena pela mão.

- Temos que limpar isso aqui primeiro – reparando na cara contrariada da loira, ela completou:- É só me ajudar e a gente termina mais rápido.

A “ajuda” da loira foi ficar sentada no balcão apreciando a morena enquanto esta arrumava a mesa e lavava a louça. Deus! Aquela mulher estava mesmo com ela? Depois de tudo que havia acontecido desde que se conheceram, parecia um milagre.

- Pronto folgada. Agora podemos ir – Prepon a trouxe de volta à realidade.

Assim que chegaram ao quarto Laura foi retirando as roupas que usava, tendo o cuidado de dobrar e deixar as peças arrumadas em uma cadeira. Enquanto isso Taylor já estava no banheiro se livrando da maquiagem que fizera para o evento que tivera de comparecer. Juntando-se a ela, Laura abraçou-a por trás e ficou observando as duas através do espelho.

- Gosta do que vê? – a loira provocou.

- Muito. Mas pra ficar melhor você podia tirar esse vestido.

E foi o que a morena fez. Lentamente foi soltando o cabelo de Taylor, retirando o vestido longo, em seguida a lingerie preta que ela usava. O ato durou vários minutos, pois a todo instante ela parava para depositar beijos no pescoço, nos ombros e nas costas de Schilling. Quando ambas já estavam nuas, a loira virou-se e ficou totalmente hipnotizada por aqueles olhos verdes que lhe traziam tanta felicidade.

Laura e Taylor perderam a noção das horas e, se alguém perguntasse, não conseguiriam dizer quanto tempo durou aquele banho. Elas desfrutavam com calma e paciência de cada toque, cada arrepio, cada sensação que proporcionavam uma à outra. O sexo entre elas foi mais lento e carinhoso que o normal. Não havia necessidade de pressa, urgência ou desespero. Não havia lugar para o medo, a dúvida e a incerteza e podiam se concentrar exclusivamente no prazer que compartilhavam naquele momento. Somente os gemidos e as respirações aceleradas podiam ser ouvidas.

Após atingirem o clímax quase que juntas pela segunda vez seguida, Taylor encostou-se à morena, prendendo seu corpo na parede.

- Você consegue imaginar o quanto me faz feliz quando estamos assim? – ela sussurrou no ouvido de Prepon.

- Acho que sim, porque é exatamente como me sinto. Eu sou sua, Tay. Nunca se esqueça disso.

Taylor perdeu o fôlego ao ouvir a morena dizer que lhe pertencia. Schilling sabia que já era dela há muito tempo, mas saber que a outra também se entregava dessa forma era o mesmo que estar no paraíso. Após mais uma sessão de beijos e carícias, elas finalmente resolveram sair do chuveiro, se secar e ir para a cama.

Laura estava vestida com uma camiseta de Taylor, deitada de bruços e de olhos fechados, enquanto a loira aconchegava-se a ela, acariciando ora sua cabeça ora suas costas. Ela notou que a morena estava sorrindo e ficou curiosa:

- O que é tão engraçado?

- Tô imaginando a reação da Tasho quando souber. Ela vai pirar.

- Vai mesmo – a loira também começou a rir – Ela sempre torceu pela gente.

Prepon se ajeitou na cama e ficando de frente para Schilling falou, mais séria:

- Como você acha que temos que anunciar nosso namoro?

- Anunciar? Como assim?

- Ah, as pessoas vão começar a falar. E sei que você vai querer tornar público logo, já nos escondemos por tempo demais. Me dá um frio na espinha só de imaginar, mas faremos do seu jeito.

- Laura, eu não quero um anúncio oficial. Não precisamos disso e quero manter nossa privacidade tanto quanto você. A mídia e as pessoas em geral não precisam ser informadas, elas saberão naturalmente quando a hora chegar. - Taylor notou que a morena a olhava com cara de espanto – Quando eu me sentia mal por ficarmos sempre presas em nossas casas, não era porque eu queria que gritássemos aos quatro ventos que estávamos juntas. O que eu não gostava era de ter que medir cada palavra e cada gesto com medo de que brigasse comigo. Eu apenas queria que pudéssemos sair e nos divertir juntas, como fizemos em Los Angeles. Sem precisar dar explicações a ninguém, apenas sermos nós duas.

- Uau, acho que precisamos conversar mais.

- Precisamos sim. Inclusive quero saber que história é essa de sua mãe, Jodi e Terasa já saberem de nós – Schilling lembrou-se do que Laura havia dito na semana anterior ao ir embora.

- Minha mãe percebeu que havia algo errado comigo quando fui lá. E deduziu que meu problema estava relacionado a coisas do coração. Primeiro ela achou que eu tinha voltado com Dylan – ao ouvir o nome do idiota, a loira revirou os olhos - Mas quando eu tomei coragem e disse que se tratava de uma mulher, ela foi certeira no seu nome.

- Sério? E por quê? Você já tinha dito algo?

- Eu achava que não - Laura riu - Mas ela disse que ultimamente sempre que eu falava com ela, seu nome surgia ou então eu estava em sua companhia.

- Quanta discrição, Laura Prepon - Schilling provocou – E Jodi e Terasa?

- Elas notaram que tinha algo acontecendo também e naquele dia em minha casa me perguntaram o que tava rolando. Eu não dei muitos detalhes, mas admiti que havíamos ficado - a morena preferiu não comentar sobre a reação que Jodi tivera.

- Lau, eu falei sério quando sugeri que fôssemos com mais calma. E apesar das coisas terem mudado agora, podemos ir devagar em relação a como e quando contaremos às pessoas. Para mim, basta saber que estamos juntas de verdade. O resto não me importa.

- Porque você tem que ser sempre tão maravilhosa, Tay?

 - Nem sempre.

- É, tem razão. Nem sempre – embora não quisesse, Laura lembrou alguns episódios em que Schilling não fora tão maravilhosa assim, mas preferiu fazer piada com aquilo: - Só que agora, eu já sei como lidar quando você der seus ataques.

Elas passaram um bom tempo conversando, era a primeira vez que se permitiam se abrir tanto uma para a outra. E quando finalmente conseguiram dormir, passaram a noite toda agarradas. Em determinado momento quando Laura levantou para ir ao banheiro, Taylor choramingou mesmo no meio do sono:

- Não... fica aqui.

- Já volto, bebê – Prepon tratou de acalmá-la com beijos suaves no rosto.

Quando retornou para a cama, Laura trouxe-a novamente para junto de si.

- Eu gosto tanto de você, menina, que chega a doer – ela revelou mais para si mesma do que para Taylor.

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Laura despertou ainda abraçada à loira e mesmo sabendo que precisava ir embora cedo, tentou prolongar ao máximo aquele momento de paz e tranquilidade. Quando não deu mais, ela acordou Taylor da forma mais suave que podia, aplicando beijos leves em seus olhos, na ponta do nariz, nas bochechas e nos lábios. Schilling sempre era a mais preguiçosa das duas e demorou para abrir os olhos, embora Prepon soubesse que ela já estava acordada pelo sorriso que carregava no rosto.

- Bom dia namorada – a morena disse quando os olhinhos azuis resolveram dar o ar da graça.

- Bom dia namorada. Então eu não sonhei? - Taylor perguntou ainda sonolenta, já se pendurando no pescoço da morena.

- Não. Agora você é minha – Prepon fez questão de destacar o “minha”.

- Eu gosto de como isso soa.

- Preciso levantar, mas você pode ficar na cama se quiser – Laura beijou sua testa.

- Por quê? – a loira apertou-a mais forte.

- Tenho uma sessão de fotos hoje e ainda preciso passar em casa para trocar de roupa.

- No sábado?

- Pois é. Foi o único dia que conseguimos conciliar.

- Mas você vai na casa da Uzo à noite, não vai?

- Depois de ouvir você pedir assim, como é que vou conseguir não ir, Taylor Jane? – Laura ficava totalmente rendida quando a loira fazia aquele biquinho – Tenho que aprender a resistir a essa sua forma de me ganhar ou estarei completamente perdida.

- Já devia ter aprendido que sou irresistível.

- Tem alguém se achando aqui, é isso mesmo?  

- Você que tá me acostumando mal e me deixando mimada.

- E vou mimar mais ainda, porque quero ver você sempre do jeito que está agora.

- Lauraa... não pode falar assim. Estamos gays demais, a Tasho tem razão. Alguém tem que ser mais firme nessa relação.

- E porque tem quer ser eu?

- Porque eu sou frouxa e não consigo.

Laura deu uma gargalhada daquelas que fazia Taylor retribuir da mesma forma.

- É assim que você quer? Então trate de levantar agora ou vai ficar sem café da manhã – dando um tapa na bunda da loira, Prepon levantou da cama e foi para o banheiro.

Elas já se encontravam na mesa após Laura preparar o café, mais uma vez sendo apenas observada por Taylor que a acompanhava sentada no balcão.

- Minha mãe quer te conhecer. – a morena soltou do nada.

- O que? Ah não, Laura. É muito cedo – Schilling parecia assustada com a possibilidade.

- Ah, é muito cedo? Dona Marjorie não vai aceitar esse tipo de resposta, ela deixou claro que queria conhecer a nora mesmo quando eu disse que não estávamos mais juntas.

- Cacete, ela é minha sogra agora. Eu não vou conseguir olhar para ela, Lau – Taylor realmente parecia aflita – Ela vai me odiar. Aliás, toda sua família vai me xingar por ter te levado pro mau caminho.

- Deixa de bobeira, Tay. Meus irmãos vão ficar surpresos sim, mas eles me conhecem o suficiente para saber que eu jamais seria influenciada pelos outros – depois de alguns segundo de silêncio, ela concluiu: - E se eles tiverem de culpar alguém, mais fácil que seja a Jenji por colocar Alex em meu caminho.

- Falar em Jenji, vamos ter que contar pra ela. Apesar de achar que ela já desconfia do que tá rolando.      

- É... depois de Chicago e daquele dia no hospital ela deve ter percebido sim. Mas sempre preferiu ser discreta. Ela é ótima. – olhando o relógio, Prepon viu que já estava atrasada – Odeio dizer isso, mas tenho mesmo que ir.

De repente Schilling pareceu se lembrar de algo e saiu da sala sem nada dizer.

- Taylor, aonde você vai?

- Espera. Tenho algo para você.

Laura ficou imaginando o que seria e quando a loira retornou com uma carinha de criança travessa e as mãos para trás do corpo como se estivesse escondendo algo, a morena teve certeza que chegaria atrasada ao estúdio de fotografia. Taylor Schilling era um perigo ambulante.

- O que tem aí atrás? – Prepon estava realmente curiosa.

- Bem, comprei isso há quase um ano atrás para a gente... – Taylor começou a explicar.

- Pra gente? Como assim? – a morena achou aquilo estranho, afinal no ano anterior estava namorando e a relação das duas era apenas de uma amizade que ainda estava se fortalecendo.

- Pois é... pensando melhor agora acho que fui um pouco precipitada. Ou talvez só estivesse prevendo o que viria a acontecer.

Taylor enfim mostrou o que tinha nas mãos: duas caixinhas pequenas. Ela deu uma à Laura e ficou com a outra. Quando Prepon abriu a caixa e viu a pulseira composta de fios de ouro trançados com um topázio no centro, levou as mãos à boca ao pensar que a loira tivera a delicadeza de comprar aquela peça para ela há tanto tempo atrás.

- Tay, porque você fez isso? É linda... mas não precisava.

- Achei que combinava com você e comigo – Schilling mostrou a sua e recebeu o olhar atento da morena.

- Essas pedras significam o que estou pensando?

- Sim – Taylor admitiu de forma tímida – Sempre lembrarei de seus olhos ao olhar para essa esmeralda.

- Eu nunca te vi com ela.

- Porque eu nunca usei. Fiquei tão decepcionada naquela noite quando você não apareceu e aparentemente dispensou nossa festa por um compromisso do seu namorado, que as trouxe de volta para casa e guardei no fundo de uma gaveta. Nunca mais olhei para elas.

Laura aproximou-se e abraçou Schilling, com os olhos cheios d’água:

- Desculpa, por favor. Eu jamais imaginei que magoaria você. Eu não sabia, Tay... não sabia que já era tão importante para você.

- Eu sei, calma. Está tudo bem. - Taylor acariciava os cabelos da morena, consolando-a.

- Elas são tão lindas – Laura afastou-se e contemplou as pulseiras – Mas porque não me deu depois que voltei de Paris e esclarecemos tudo?

- Ah, eu me sentia tão idiota depois do que aconteceu que fiquei até com vergonha de te dar um presente desses.

- Você é meu presente, Tay. Eu nunca imaginei encontrar alguém assim. Você já cuidava da gente quando eu nem sonhava que me apaixonaria por você. Obrigada por tudo que tem trazido de bom para minha vida.

Elas trocaram um beijo carinhoso e apaixonado. Laura ainda estava assustada com o gesto e o carinho de sua namorada.

- Você precisa ir. Eu também vou aproveitar o sábado para resolver algumas coisas.

- Está me expulsando da sua casa mais uma vez? – Prepon fingiu estar ofendida.

- Primeiro que eu nunca te expulsei daqui e segundo que eu não quero que essa sessão de fotos atrase e você corra o risco de não ir à casa da Uzo mais tarde.

- Tem razão – Laura pegou sua bolsa, guardou a caixinha dentro dela e voltou para se despedir de Taylor.

Elas passaram mais dez minutos trocando beijos e carinhos até finalmente a morena conseguir sair do apartamento.

- Até mais tarde, namorada.  – Schilling fazia questão de repetir a palavra em todo momento que podia.

- Até mais tarde, meu amor – Laura disse, antes que a porta do elevador se fechasse, para uma Taylor que ficou boquiaberta. 


Notas Finais


Meninas, sei que o tempo de ausência foi maior que o normal. Surgiu uma viagem inesperada nesse feriadão e não deu pra postar antes de ir porque essa parte não estava pronta. Voltei hoje e fiz questão de terminar e disponibilizar aqui pra vocês.
Overdose de Laylor nesse capítulo, ainda mais depois do tiro de ontem.
No fim de semana viajo de novo. Vou tentar colocar o próximo antes disso, mas não garanto.


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