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História Apenas Ela - Nenhuma afinidade?


Escrita por: DanyPS

Notas do Autor


Muito desencontro entre elas nesse início, mas daqui a pouco a coisa melhora.

Capítulo 3 - Nenhuma afinidade?


Laura teve toda a madrugada e a manhã para organizar os pensamentos e aparecer mais equilibrada no set de gravação. Não adiantou muita coisa. Ela estava dentro da sala de Jenji andando de um lado para o outro esperando a produtora, que já havia sido avisada de sua presença, voltar do almoço. Sabia que não havia desculpas para seu erro, não pela segunda segunda-feira seguida. Sabia também que a culpa não era de Jodi por ter enviado a mensagem com o horário errado, muito menos de Dylan por ter pedido pra ela ficar mais tempo. A culpa era única e exclusivamente dela por deixar que o rumo das coisas interferisse naquilo que mais prezava em sua vida: seu trabalho.

Repentinamente a porta se abriu e Jenji nem deu tempo para que ela começasse a falar:

- Laura, boa tarde. Estou com pouco tempo disponível. Daqui a 10 minutos tenho uma reunião com a equipe de produção, por isso teremos que ser rápidas aqui. Recebi o recado sobre a perda do voo e o fato de você só conseguir chegar em Nova York no fim da manhã. Acho que não preciso te dizer que isso nos fez pela segunda vez ter que alterar a programação de suas cenas. Quando escalamos atores para o nosso cast, não é apenas a experiência e o desempenho nos testes que conta. Muitas vezes buscamos referências, na medido do possível, com outros diretores e produtores sobre as características de cada um. E tudo que ouvimos sobre você foi o quanto era uma profissional dedicada, comprometida e generosa. Seu talento é inegável, a forma como vem conduzindo sua personagem já nos deixa uma vaga ideia do quão importante ela será na série. Sendo assim, não vou te pedir explicações ou desculpas pelo que tem acontecido. Acredito sinceramente que devam ter ocorrido coisas que fugiram do seu controle. Mas não podemos continuar seguindo por esse caminho. – ela despejou tudo sem pausas, deixando Laura congelada em seu lugar.

- Jenji, eu não tenho como expressar o quanto estou decepcionada comigo mesma. A única coisa que posso te garantir é que isso não voltará a se repetir. – o que mais Laura poderia falar depois daquele discurso?

- Eu realmente espero que sim, Laura. Somos uma equipe grande aqui. Não só de atores, mas de produtores, maquiadores, figurinistas... sem contar os inúmeros profissionais envolvidos com toda a complexa parte técnica do show. Cada um de nós depende do outro para que seu trabalho seja satisfatoriamente realizado e, mais importante, cada um de nós interfere positiva ou negativamente no conjunto da obra. Consegue compreender onde quero chegar? Mais do que a mim, sua ausência na parte da manhã afetou seus colegas. – ela parou por alguns segundos e olhou fixamente para Laura. - Enfim, acho que nos entendemos e concordamos com a gravidade da situação, agora é focar daqui pra frente.

Laura ia abrir a boca, mas antes disso Jenji arrematou:

- Pode tirar o restante do dia de folga. Você só volta a gravar amanhã.

- Ok, Jenji. Mais uma vez peço desculpas pelo transtorno que causei. E a melhor forma de consertar isso será demonstrada a partir de hoje.

Se Laura estava péssima ao entrar naquela sala, quando saiu não conseguiu descrever como se sentia. Sua cabeça começou a latejar e o rosto estava ardendo.  

Ela não sabia o que tinha sido pior: a aparente calma de Jenji, o longo discurso que a fez parecer uma criança em sala de aula levando bronca da professora, a lembrança do quanto ela tinha atrapalhado os demais profissionais ou o fato de ter sido mandada pra casa pelo resto do dia. 

Ao relembrar tudo que foi dito, uma enorme irritação começou a se formar dentro dela.

Isso nunca havia acontecido antes. Tudo que queria agora era ir para seu apartamento, tomar um longo banho e pensar um pouco. Precisaria passar rapidamente em seu camarim para pegar algumas coisas e depois chamaria um táxi.

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Quando naquela manhã, Taylor soube que Laura não estava presente no set na hora marcada e ninguém da equipe parecia saber o motivo, começou a pensar se algo de grave teria acontecido. Laura era uma profissional séria, séria até demais no ponto de vista de Taylor.

Com o passar do tempo, viu que não era um simples atraso. E só ficou ainda mais apreensiva, quando Jenji apareceu e disse de forma curta e grossa que as cenas de Laura haviam sido canceladas naquele dia. Será que a morena estava doente?

Na hora do almoço, ouviu um produtor dizendo que Laura estava na sala de Jenji. Taylor terminou logo de comer e disfarçadamente foi para seu camarim. Laura provavelmente passaria por ali. Após alguns minutos se corroendo de curiosidade, notou um vulto alto passando rápido pelo corredor. Se não estivesse tão atenta, nem teria percebido. Ela esperou um pouco e foi atrás de Laura. Ao ver que ela tinha ido para o camarim, deu duas batidas na porta entreaberta e entrou:

- Oi Laura, estava preocupada com você. Aconteceu alguma coisa?  - só nesse momento percebeu o alívio que sentiu ao vê-la ali, mas a fisionomia da morena não era das melhores. Como ela não respondeu nada, continuou: - Pensei em te ligar, mas acabei lembrando que não tenho seu número.

- Oi Taylor. Está tudo bem. Estou indo pra casa e volto amanhã. – A cabeça de Laura parecia que ia explodir e justamente naquele momento Taylor resolveu aparecer e desandar a falar? Seu senso de oportunidade não era dos melhores, pelo visto.

- Posso ajudar em algo? Você está doente? – ela procurava alguma indicação do que havia acontecido.

- Taylor, você poderia me deixar sozinha? Não estou num bom dia pra um interrogatório. De qualquer forma, não estou doente e nesse momento também não estou precisando de ajuda. Como disse, só preciso ir pra casa. Amanhã conversamos melhor. – Laura falou grosseiramente.

Taylor não sabia pra onde olhar, por isso seus olhos acabaram voltando-se para o chão. Começou a abrir a boca pra falar mais alguma coisa, mas achou que o melhor era sair dali imediatamente. E foi o que fez.

Decididamente, a química que ela e Laura pareciam ter ao contracenarem uma com a outra, não se estendia ao campo pessoal. Quando ela achava que estava começando a se sentir mais à vontade com Laura, descobria que estava totalmente errada. Seu relacionamento com as outras meninas era tão fácil, mas com Laura era estranho.

Taylor ficou tão mal pela forma como Laura falou com ela que chegou à conclusão que não era porque interpretavam duas mulheres tão próximas na ficção que tinham de se tornar amigas na vida real também. Bastava que se dessem bem profissionalmente, o que com certeza acontecia. Forçar uma amizade não fazia sentido.

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 - Merda! Será que esse dia tem como ficar pior? - Laura falou se olhando no espelho.

Não demorou muito para ver que tinha descontado em Taylor toda a raiva e frustração que sentia naquele dia. E a loira não tinha culpa de nada, pelo contrário, só demonstrou interesse e tentou oferecer ajuda. Pensou em procurá-la para se desculpar, mas decidiu que poderia piorar as coisas. Seu humor estava péssimo. A melhor coisa a fazer nesse momento era se isolar do mundo.

Laura foi pra casa. Tomou um banho, comeu alguma coisa e viu que tinha mensagens de Jodi e Dylan. Eles queriam saber como ela estava, mas decidiu que só retornaria as ligações mais tarde. Tudo o que precisava era dormir.

No dia seguinte Laura foi a primeira a chegar no estúdio. Para ser mais precisa, chegou com uma hora de antecedência. E teve tempo suficiente para ficar refletindo sozinha antes do lugar começar a agitação típica do local.

Ainda estava envergonhada e com uma sensação de frustração. Ela tinha tendência a ser perfeccionista com sua vida profissional, então sabia que seria difícil passar por cima do que aconteceu. Provavelmente durante os próximos dias estaria mais reservada e com poucas palavras, era sua forma de lidar com seus problemas. Acabava se fechando.

 Entretanto ela tinha decidido duas coisas.

 A primeira era que suas viagens para Los Angeles nos fins de semana tinham de ser temporariamente interrompidas. Por mais saudades que sentisse de Dylan, de seus amigos e de sua casa, isso não poderia ser mais importante que suas obrigações profissionais. E claramente uma coisa estava atrapalhando a outra. Ela ficou dividida entre duas cidades e acabou perdendo o foco. Conversou com Dylan na noite anterior sobre isso. E embora ele não tivesse ficado feliz com a notícia, entendia que era necessário. Prometeu vir à Nova York assim que fosse possível para vê-la e ela por sua vez, prometeu que assim que tivesse uma folga maior que um fim de semana, iria para Los Angeles.

A segunda coisa que havia decidido, era que precisava se desculpar com Taylor assim que ela chegasse. Olhou as horas, imaginou que a loira já devia estar por ali e foi procurá-la em seu camarim. Mas antes mesmo de chegar lá a encontrou no corredor.

- Bom dia, Taylor. Posso falar com você?

- Bom dia, Laura. Pode falar sim.

- Podemos ir para o seu camarim? Ou acha melhor conversarmos no meu? – Laura perguntou.

- Acho que não precisa, podemos falar aqui mesmo. Mas se o assunto for o que aconteceu ontem, preciso que perdoe minha intromissão. Não foi minha intenção ser tão invasiva, não devia ter te pressionado daquela forma. - Taylor se apressou em dizer.

- De jeito nenhum Taylor, eu que estou envergonhada pela forma como falei com você. Perdi meu voo na volta de Los Angeles e meu humor estava em seus piores dias. Tinha acabado de sair da sala da Jenji. Nada disso justifica, por isso  te peço um milhão de desculpas. Você foi super atenciosa comigo e eu reagi de forma idiota e egoísta.

- Tudo bem, Laura. Esquece. - Taylor achou que ela estava falando aquilo tudo por educação e não queria estender o assunto.

- Mas tem algo que não podemos esquecer. – Laura sorriu. – Preciso do seu número de telefone e quero que anote o meu.

Natasha vinha chegando junto com Jackie e para não perder o costume, começou a provocar Laura:

- Ruiva, você voltou. Não faça mais isso ou eu morro de saudades.

Taylor aproveitou, para se virar e ir em direção ao seu camarim.

- Taylor. – Laura chamou. – Não tá esquecendo nada?

- Pode pegar meu número com a Natasha, ela tem. -  falou e saiu andando novamente.

Natasha ficou sem entender nada e Laura percebeu que suas desculpas não tinham sido completamente aceitas.

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Nos dias que se seguiram, Laura estava mais calada. Quando não estava gravando, ficava em seu camarim estudando o texto. As garotas pareciam ter entendido que ela necessitava desse tempo, sem que precisasse ter pedido por isso. Falaram com ela uma vez ou outra, mas a deixaram em seu canto a maior parte do tempo. Taylor foi a que mais se afastou, Laura não pôde deixar de notar.

No fim da semana, ela já estava se sentindo mais disposta. Resolveu deixar tudo para trás e enfim sair do casulo. Na sexta-feira tiveram de interromper as filmagens por uma hora devido a alguns problemas técnicos que precisavam ser solucionados. A maioria das atrizes estava no refeitório conversando.

Laura resolveu surpreendê-las:

- É hoje que conhecerei o tal pub?

Sua fama de antissocial realmente devia ter se espalhado, porque todas as conversas foram interrompidas e ela viu vários rostos espantados olhando em sua direção.

- Você tá falando sério? – Danielle foi a primeira a se pronunciar. Até mesmo Natasha continuava olhando pra ela de queixo caído.

- Isso aí garota, já tava mais do que na hora de conhecermos Laura Prepon fora dos limites de Litchifield.- Laverne completou.

- O namoro acabou? – Natasha enfim resolveu abrir a boca.

- Sempre tão discreta, Lyonne. Fico impressionada.  – Laura fingiu uma cara feia pra ela. – O namoro continua firme, mas a ponte aérea Nova York x Los Angeles será suspensa durante um período.

- Hoje vamos a um lugar diferente. Jackie disse que nos levará à um bar de Chelsea. Taylor conhece também. – Samira esclareceu.

Taylor acompanhava a conversa calada e só balançou a cabeça afirmativamente. Ela deveria estar contente por saber que Laura enfim sairia com elas, mas a forma estúpida com que tinha sido tratada ainda não havia saído de sua cabeça.

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Aos poucos as atrizes foram chegando ao The Tippler. Haviam combinado que dessa vez não iriam direto do estúdio e se encontrariam no bar por volta das 21h. Quando Taylor chegou Laura já estava lá e parecia bem enturmada.

Taylor resolveu que naquele dia não colocaria uma gota de álcool em sua corrente sanguínea. Estava um pouco desanimada, só não ficou em casa porque sabia que as garotas não a deixariam em paz. Mas prometeu a si mesma que iria embora cedo. Passou grande parte da noite conversando com Yael. Só havia se passado um pouco mais de uma hora que estavam ali, mas grande parte das meninas já estavam pra lá de alegres.

Laura era uma das poucas que ainda parecia sóbria, apesar de ter tomado vários drinks. Taylor estava observando ela a noite toda, embora procurasse ao máximo disfarçar. A morena estava completamente diferente: falava alto e entrava em todas as brincadeiras. Era impressionante como o humor delas parecia estar sempre o oposto uma da outra. E para Taylor, Laura ainda era uma figura intimidadora. Nunca conseguia relaxar completamente ao lado dela.

- Ei, Tayloface. Qual o problema? Não acredito que você não está bebendo nada. – Natasha a tinha descoberto.

- Estou um pouco enjoada, Tasho. Ou talvez seja cansaço, não sei. Tô pensando em ir embora daqui a pouco.

- Ah não, Taylor. Só porque eu estou aqui? – Laura brincou, mas praticamente acertou em cheio.

- Relaxa Laura, o motivo dela é outro. Ela tá assim porque aqui não tem karaokê e essa noite ela não vai poder mostrar seu show. – Samira provocou.

- Eu não sabia que a Taylor cantava. – Laura olhou para ela.

Todas na mesa começaram a gargalhar e Taylor revirou os olhos.

Laura notou que aquela foi uma espécie de piada interna das meninas e se perguntou quantas coisas mais havia perdido ao se privar da companhia delas nas noites de sexta. Mas estava ali pra consertar isso.

Taylor tentou ir embora por duas vezes sem sucesso. Acabou desistindo embora continuasse sem vontade de estar ali. Enquanto isso, Laura parecia atrair todas as atenções da noite. Natasha, Danielle e Samira se divertiam pra valer com a presença dela, era nítido.

Às 2h da manhã, elas começaram a se despedir. Laura tentou a primeira aproximação com Taylor naquela noite:

- Você veio de carro?

- Não, deixei o carro em casa. – a loira respondeu.

- Quer carona? Acho que sou uma das poucas aqui que conseguiu ficar sóbria.

- Obrigada, Laura. – Taylor deu um sorriso sincero. - Mas Uzo também bebeu pouco e já tinha combinado de voltar com ela.

Laura retribuiu o sorriso sem nenhuma empolgação.

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Estavam chegando ao fim do primeiro mês de gravações e como entre elas tudo era motivo para comemorar, Natasha resolveu que dessa vez o encontro seria no sábado e em sua casa. Organizaria uma pequena festinha.

A primeira pessoa que encontrou logo após ter a grande ideia, foi Laura.

- Ruiva, você vai ficar na cidade esse fim de semana?

- Vou sim Natasha. Falei sério quando disse que ia dar um tempo nas viagens. O que você tá aprontando?

Natasha explicou o que tava pretendendo e Laura imediatamente se animou:

- Opa, adorei sair com vocês. Vai ser perfeito repetir a dose. Se precisar de ajuda pra organizar as coisas, é só falar.

- Tinha pensando em pedir para a Taylor e pra Uzo, mas ajuda é sempre bem vinda.

- A Taylor não parece muito festeira. Fica mais na dela, não bebe. Eu reparei lá no bar.

- Eu também reparei, mas aquela não era a minha loira. Ela tava um saco aquele dia, devia ser TPM. Ou como disse Samira ela sentiu falta do karaokê.

- Que história é essa que não entendi até agora? A Taylor realmente canta? – Laura queria saber mais.

- Canta. – Natasha falou séria. – Mal pra caralho, mas canta. E também dança quando o teor alcoólico vai subindo e não duvido nada que até comece a sapatear qualquer dia desses.

Laura não conseguia acreditar:

- Eu tenho que ver isso. Será que o problema era minha presença?

- Você se acha demais ruiva, esse é seu defeito.

- Eu tô falando sério, Lyonne. Eu notei que até mesmo aqui no set, ela não fica muito à vontade quando estou perto. Tirando os momentos em que ela está atuando como Piper e eu de Alex, ela fica travada, pensa muito antes de dizer qualquer coisa. Com vocês ela fica muito mais solta, ainda consigo ver uma certa timidez, mas ela tá sempre rindo. Eu já observei isso.

- E porque vocês não conversam e resolvem essa merda logo? – Natasha não entendia qual era o problema ali. Mas teve uma outra ideia. – Espera, faz o seguinte. Você quer conhecer a Taylor descontraída?

- Fala logo, Natasha.

- Diz que não vai poder ir na festa e aparece lá mais tarde. Ela já vai tá altinha e você vai poder tirar a prova.

A princípio Laura achou aquela sugestão idiota, só Natasha mesmo pra armar algo como aquilo. Mas em seguida pensou melhor e entrou na brincadeira. Ia fazer um teste com a senhorita Taylor Schilling.

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Natasha Lyonne achava que não era boa em muitas coisas na vida, mas se tinha uma coisa que se orgulhava era do quanto se divertia e do quanto gostava de fazer os amigos se divertirem junto com ela.

A festinha foi improvisada de última hora, mas não podia ter ficado melhor. Kate, Selenis e Uzo ajudaram com os aperitivos e algumas comidas práticas de serem servidas. Taryn se encarregou do som e Natasha ficou responsável pelas bebidas.

Era a primeira vez que se reuniam na casa de uma delas, então no começo algumas garotas ficaram mais tímidas. Natasha rapidamente tratou de resolver aquilo fazendo com brindassem pelo menos umas três vezes e a cada vez com uma bebida diferente. Pablo e Matt eram os únicos homens presentes, mas também estavam se divertindo pra valer. Tiravam as meninas pra dançar e até simularam um strip-tease.

Taylor não conseguia parar de rir, mas em certo momento se viu pensando em Laura. Natasha havia dito que ela não poderia vir e se por um lado, Taylor ficou levemente irritada com o descaso dela, por outro ficou feliz em saber que não precisaria se preocupar em fazer algo ou falar demais na frente da outra. E por que ela deveria se importar com isso?

Pra compensar o encontro anterior, onde tinha ficado somente no suco, Taylor resolveu que poderia experimentar todos os drinks que Pablo trazia pra ela. Em poucos minutos ela já estava dançando junto com as outras, ou melhor, tentava acompanhar a coreografia de Dascha e Danielle.  

A certa altura alguém sugeriu uma competição, todos deveriam escolher algum colega pra imitar. Kate começou imitando Jenji e disse que mataria se alguém filmasse aquilo, ela realmente era boa nisso. Natasha resolveu que viraria Yael Stone. A coisa foi ficando séria e o pessoal começou a se empolgar.

Taylor teve uma ideia louca, mas como já estava bêbada nem pensou muito. Foi atrás de Natasha e perguntou se por acaso ela não teria uma peruca preta em casa. Já imaginando o que vinha por aí, Lyonne disse que não tinha peruca mas tinha um aplique. Taylor aceitou, teria que servir.

E quando chegou sua vez de ser o centro das atenções, lá estava ela no meio da sala, com sapatos de salto bem alto que pegara de Jackie, um punhado de cabelos pretos na cabeça e um batom vermelho. Antes dela abrir a boca todos já sabiam de quem se tratava e riam sem parar.

A campainha tocou e ninguém além de Natasha, que já sabia quem era, ouviu. Quando Laura entrou na sala viu Taylor simulando uma voz rouca e levemente mais grossa:

- Olá garotas, vocês me conhecem? – arqueou as sobrancelhas da mesma forma que Laura costumava fazer. – Tenho uma carreira de sucesso, sou fodidamente sexy e boa demais pra me misturar com vocês.

Taylor achou que não estava agradando, porque de repente todos pararam de rir. Demorou pra perceber que estavam olhando para um ponto atrás dela. Ao se virar, achou que ia perder o equilíbrio e cair de cima daqueles saltos. Laura estava séria, com as famosas sobrancelhas arqueadas e olhando pra ela ao lado de Natasha.

- Então essa é a visão que você tem de mim, Taylor Schilling?

- Puta que pariu! – Taylor gritou assustada e ao ver o sorriso nos lábios de Natasha foi pra cima dela: - Eu vou te matar, se prepara!! 


Notas Finais


Meninas, acho que vou dar uma pausa nas postagens e adiantar alguns capítulos da história. Como tenho postado logo assim que termino de escrever, quase não faço revisão e não sei se está ficando bom.


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