Na manhã do dia seguinte, sexta-feira, Laura acordou com o espírito renovado. Pela primeira vez depois de dias tinha conseguido dormir cedo e tivera uma noite inteira de sono tranqüilo. Taylor tinha razão, ela ultimamente andava muito apreensiva por causa da festa e não havia motivo para tudo isso. Apesar dela obviamente querer que tudo saísse perfeito, sabia que nenhum dos convidados estaria ali para avaliar seu desempenho como organizadora de eventos ou se importaria com qualquer coisa que porventura desse errado. Eles estariam ali para se divertir, comemorar o fim de mais uma etapa de um trabalho maravilhoso que realizavam juntos desde o ano anterior.
Espreguiçando-se, Prepon tinha mais um motivo especial para estar feliz naquela manhã: as meninas que ficariam hospedadas em sua casa pousariam em breve no aeroporto de Los Angeles. Conseguira que chegassem com antecedência para poderem passar mais tempo juntas.
A princípio, Laura dera prioridade à Jenji e Kate. Queria muito que as duas mulheres ficassem em sua casa. Mas para surpresa de Prepon, ambas alegaram que preferiam ficar no hotel, pois sabiam que a casa da morena estaria em plena agitação antes, durante e depois do festa. Segundo palavras delas mesmas, já estavam velhas demais e um pouco de silêncio e tranqüilidade se fariam necessários mais cedo ou mais tarde. Laura desconfiava que o real motivo delas era a intenção de deixar “os mais jovens” juntos, porém, de certa forma, o que elas alegaram não era de todo mentira. Prepon sabia que sua casa ficaria bem movimentada naqueles três dias que se seguiriam.
Sendo assim, acabou ficando acertado que Uzo, Natasha, Yael e Danielle ficariam ali com ela.
A morena insistiu que as esperaria no aeroporto, mas as garotas alegaram que seria melhor irem de táxi. Sabiam que Taylor ia querer ir junto. Todas elas reunidas chamariam bastante atenção e levaria muito mais tempo para conseguirem sair do terminal. Mesmo sob protestos, Laura acabou se deixando convencer. No entanto, tinha prometido esperá-las com um brunch especial, por isso já estava na hora de levantar.
Após um banho demorado, Prepon ficou em dúvida se devia ou não acordar Schilling. Ela parecia dormir tão pesado e o coração da morena ainda ficava apertado cada vez que olhava para o curativo na mão da namorada. Por outro lado, se a loirinha acordasse e não a encontrasse mais ao lado, viria com uma chuva de resmungos e reclamações. A morena riu só de imaginar as caras e bocas que ela fazia quando ficava brava à toa.
Laura resolveu despertá-la da forma mais carinhosa que podia. Passando a mão levemente nos braços e nas costas de Taylor, depois de algum tempo ela se dedicou a lhe dar vários beijos no rosto até a loira reagir.
- Bom dia – ela disse para o par de olhos azuis mais lindos do mundo.
- Oi – Schilling sorriu daquele jeitinho doce característico dela.
- Eu preciso levantar, mas você não. Só quero te avisar que tenho que descer para começar a preparar o brunch. As meninas chegam agora pela manhã.
Esticando o braço bom, Taylor envolveu o pescoço de Laura e trouxe-a para mais perto de si.
- Pode dormir mais um pouco, preguiçosa.
Schilling passou a beijar o pescoço da morena e essa reavaliou se tinha sido uma boa ideia acordar a namorada. Pelo visto, não conseguiria descer nem tão cedo.
- Tay... não começa. E toma cuidado com a sua mão.
- Eu vou descer para te ajudar – Taylor enfim falou algo, a voz ainda tomada pelo sono.
- Ajudar em que, Taylor? Sossega – Prepon não pôde deixar de rir da sugestão da outra.
- Lau, para de me tratar como uma inválida só porque estou com uma das mãos machucada.
- O seu problema não é invalidez, mocinha. O fato é que você é uma bomba-relógio na cozinha – tentou não rir da cara feia que Schilling fez ao ouvir tal declaração - E para de me enrolar, anda. Fica aí que eu vou descer.
Laura teve de fazer um esforço enorme para conseguir se desvencilhar dela e sair da cama.
- Eu já vou descer. Me espera – Schilling tentou que ela ficasse mais tempo ali.
- Não, você demora demais. Vou adiantando as coisas lá embaixo.
Laura tinha razão, Taylor só apareceu na cozinha meia hora depois. Sentou-se na banqueta em frente ao balcão alto e ficou observando a destreza da morena em preparar várias coisas ao mesmo tempo. Era fascinante ver o quanto Prepon sentia prazer em manipular os alimentos e transformá-los em delícias maravilhosas. Lembrando-se de algo, a loira resolveu iniciar uma conversa:
- Lau, o que ficou decidido em relação ao apartamento?
- Puta merda, nem me fala desse assunto porque ainda estou tonta com a última bronca que levei de Jodi por ter deixado isso de lado.
- Vai mesmo precisar tirar suas coisas de lá logo?
- Sim, tenho até dia quinze para isso.
- E acha que vai conseguir encontrar um apartamento novo até lá?
- Não, não quero procurar correndo. Sou chata para essas coisas, quero avaliar com calma.
- E onde vai deixar tudo que é seu enquanto isso?
- Devo levar para casa da minha mãe. Tem espaço lá.
- Irá até Jersey e depois terá que trazer tudo de volta? – Taylor não via sentido naquilo - Não tem cabimento, Lau. Eu te ofereci minha casa. Pode ficar lá até arrumar um novo lugar para morar.
- Obrigada, Tay... mas não precisa – Laura sentia-se desconfortável por mais uma vez ter que descartar essa possibilidade – Não quero encher sua casa com minhas bagunças. Eu posso ficar lá uns dias se for necessário, mas levo meus pertences para Jersey temporariamente.
Schilling deu de ombros e Prepon notou que ela não ficou muito satisfeita, por isso resolveu mudar o tema da conversa:
- Faz um favor para mim? Pega meu celular lá em cima? Esqueci de descer com ele e elas ficaram de ligar avisando quando chegassem.
Depois disso, o clima voltou a ficar leve e as duas ficaram conversando sobre alguns detalhes da festa até que o telefone de Laura finalmente apitou com uma mensagem que avisava que elas já estavam no táxi a caminho da casa.
Laura e Taylor foram esperá-las na porta de entrada. Quando as meninas finalmente chegaram, pela festa que as seis mulheres fizeram parecia que não se viam há meses. Mesmo entre tantos beijos e abraços, Prepon estava preocupada com a mão da loirinha.
- Tay, cuidado com essa mão. Os pontos vão abrir.
Prepon foi trazendo todas para dentro, ajudando-as com as malas e foi só então que Natasha reparou na mão enfaixada de Schilling.
- O que foi isso Tayloface?
- Uma tentativa de fazer um bolo – foi Laura quem respondeu.
- Bolo? E desde quando essa menina faz bolo?
- Pois, é... eu também queria saber.
- Vocês podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui? – Taylor protestou.
- Caralho, loira. Você é muito desastrada. É sério que machucou a mão desse jeito? – Lyonne caiu na gargalhada.
- Não começa a implicar com ela, Tasho – Laura tentava proteger a namorada, mas acabou não conseguindo conter o riso e gargalhando junto com a outra. Agora que todo o nervosismo havia passado, a história era até engraçada.
- Pronto, basta essa aí chegar pra vocês pegarem no meu pé. Ultimamente é só isso que gostam de fazer – Taylor estava visivelmente irritada – Vou mostrar a casa para Dannie e Yael que ainda não conhecem.
As duas foram atrás de Schilling.
- Vocês estão brincando com fogo - Uzo avisou Prepon e Lyonne.
- Porra, Tasho... segura a onda. Uzo tem razão. Você vai acabar complicando meu relacionamento.
- Como se vocês mesmas não fizessem isso sozinhas...
Até mesmo Uzo riu do que Lyonne falou, pois reconhecia que ela estava certa.
Alguns minutos depois, todas já estavam devidamente acomodadas e se reuniam em volta da farta mesa. As meninas não se cansavam de rasgar elogios a tudo que a morena preparara.
Natasha resolveu estender a bandeira branca à Taylor, ficando ao lado dela e deixando Laura de lado. A loira olhava-a desconfiada, mas amava aquela doida e não conseguia ficar zangada com ela por muito tempo.
Dannie e Yael estavam encantadas com a residência de Prepon. Ofereceram-se para ajudar em alguma coisa que fosse necessária, mas foram informadas de que estava tudo sob controle.
No meio da tarde, Laura anunciou que precisava ir buscar a roupa e os acessórios que usaria no dia seguinte. Jodi se oferecera para isso, mas a morena fez questão de ir ela própria. Schilling preferiu ficar, não queria sair de casa com aquela mão enfaixada para não despertar atenção dos paparazzis que já estavam rondando por ali à espera do evento que aconteceria no dia seguinte. Natasha disse que também ficaria para fazer companhia à loira, mas Laura não gostou da ideia.
- Você sozinha com essa aí? Não mesmo. Separadas vocês já são um perigo, juntas então... É capaz de eu chegar e encontrar Taylor com a outra mão machucada também.
Prepon falava sério e isso fez com que as outras meninas rissem mais ainda. Aquelas três tinham uma relação de amizade louca demais para que qualquer ser humano normal entendesse.
Uzo acabou ficando com elas e só assim a morena aceitou sair com Dannie e Yael.
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Imaginando o quanto a namorada estaria ansiosa para o dia seguinte e pensando em distrair a cabeça dela, Taylor, em conversa com Aduba e Lyonne, decidiu que poderiam fazer uma pré-festa naquela noite. Não seria nada demais, apenas uma reuniãozinha para elas relaxarem já que não pretendiam sair. A equipe de decoração tinha combinado começar o trabalho às sete horas da manhã de sábado e Laura havia decretado que precisava estar descansada, por isso nem cogitava sair. Deixou as meninas à vontade para aproveitar a noite onde quisessem, porém elas tinham dito que também preferiam ficar. Foi assim que Schilling pensou em dar uma leve agitada naquela sexta-feira.
A loira fez questão de chamar Jodi e Terasa, que prontamente aceitaram o convite e ficaram encarregadas de levar as bebidas. Ficou resolvido também que pediriam comida delivery para ninguém precisar cozinhar.
No fim da tarde, Laura enviou mensagem avisando que ia demorar um pouco mais. As meninas queriam passar em uma loja para comprar algo que Taylor nem registrou o que era.
Com mais tempo disponível a mente delas começou a viajar e, logicamente por sugestão de Natasha, a pequena reunião se transformou em algo temático: a festa das duas peças. A ideia era simples: cada uma delas só poderia usar duas peças de roupa, sendo que roupas de baixo também contavam. A criatividade era fundamental, segundo Lyonne. Nada de vestimentas convencionais.
Elas acharam que era melhor fazer surpresa para a dona da casa. No fundo sabiam que Prepon voltaria correndo na hora que ouvisse o que elas estavam aprontando.
Jodi e Terasa chegaram antes mesmo de Laura e ficaram super empolgadas ao saber da novidade. Rapidamente trataram de adequar seus figurinos.
As amigas de Prepon lembraram que ela tinha um karaokê guardado em algum lugar e Schilling entrou em êxtase quando soube. A diversão estava mais do que garantida.
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Laura Prepon só conseguiu chegar em casa às nove da noite. Estava exausta. Havia andado muito mais do que planejara, mas foi ela mesma quem se oferecera para levar Danielle e Yael em uma famosa loja de sapatos da qual era cliente assídua. Só não esperava que as duas fossem tão indecisas. No caminho de volta tinha tentado falar com Taylor para saber se elas já tinham providenciado algo para comer, mas para variar a namorada não havia atendido.
Assim que estacionou o carro e saiu do veículo, ouviu uma música ao longe. Parecia vir de dentro de sua casa.
- Eu tô maluca, ou esse som é aí dentro?
- Parece que elas estão animadas – Yael também ouvia
- Ei, isso que está tocando é Beyoncé? – Dannie ficou imediatamente empolgada.
- Vou acabar com essa bagunça já já – Prepon falou em tom de brincadeira.
Elas retiraram todas as sacolas do carro e, carregadas de embrulhos, foram se encaminhando para a porta de entrada. Dali constataram que a música estava realmente alta.
Assim que adentraram o hall, Laura instruiu-as a deixar tudo ali mesmo:
- Depois subimos com isso, quero ver o que essas três estão aprontando.
Mas quando Laura chegou na sala, descobriu que as três tinham se transformado em cinco e a cena que via era tão surreal que ela recuou. Ou estava no meio de um sonho ou tinha entrado na casa errada.
- Puta que pariu, essas garotas sabem se divertir – ao ouvir as palavras de Dannie, Prepon confirmou que aquilo estava mesmo acontecendo.
- Meu Deus! Laura, respira fundo e fica calma – Yael tentava administrar a situação.
- Yael, tenta me explicar o que é isso que estou presenciando.
- Não sou capaz, Laura. Não sou capaz.
Nenhuma das mulheres presentes havia percebido que as três haviam chegado porque elas continuavam paradas na entrada da sala, sem saber o que fazer.
Para resumir, o quadro era o seguinte: ao som de Diva, de Beyoncé, Natasha, Uzo, Terasa, Jodi e Taylor requebravam-se alucinadamente. O pior era a forma como estavam vestidas:
Aduba estava somente com uma t-shirt comprida e um boné que Prepon reconheceu como sendo seu.
Jodi usava um casaco largo de moleton e apenas um pé de meia. Onde estavam as calças daquela criatura?
Mas a coisa só piorava: Terasa estava de calça, mas na parte de cima só ostentava um sutiã preto.
Taylor...puta que pariu!! Taylor Schilling, sua namorada, estava de camiseta e calcinha. Isso mesmo, de calcinha. Nada de short, saia, calça...
Claro, faltava Lyonne, e essa resolveu ser a mais econômica de todas: seu corpo estava coberto unicamente por um conjunto branco de calcinha e sutiã.
Garrafas de bebidas estavam por cima da mesa de centro juntamente com algumas caixas de pizza, já parcialmente consumidas.
Terasa foi a primeira a vê-las.
- Ei meninas, nossa convidada de honra finalmente chegou.
Gritos, assovios e palmas foram ouvidos por sobre a música.
- Ruiva, fizemos essa reuniãozinha em sua homenagem. Um esquenta para o grande evento de amanhã. Obrigada por nos receber em sua maravilhosa casa – Lyonne falou em tom de discurso.
Mais palmas e gritos.
Laura ainda não conseguia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo.
- Amor, você demorou muito. Fizemos tudo isso pra você. Precisa relaxar um pouco. Você anda muito nervosa – Taylor a chamava para mais perto e só então a morena percebeu que ela segurava um copo.
- Tay, o que é isso? Você não pode beber... tá tomando remédio.
- Meu machucado não dói mais. Já deve estar bom.
- Que merda é essa que vocês aprontaram? – Laura falou apontando para Natasha e Terasa. De alguma forma, tinha certeza que aquilo era coisa das duas.
- Eu? – Terasa mostrava-se indignada.
Caminhando até o sofá, Prepon sentou-se e somente olhou ao redor. Elas já estavam bêbadas e não pareciam perceber o absurdo daquela situação.
- Taylor, vai colocar uma roupa direita. Anda.
Schilling aproximou-se e praticamente se jogou no colo de Laura:
- Amor, não fica brava.
- Tay, você ta tomando vodka? Ah não... O que vocês fizeram com meu bebê? Uzo... até você?
- Eu tentei Laura, mas depois desisti – mesmo Aduba estava bem mais solta que o normal.
- Fique sabendo que foi o seu bebê juntamente com a Natasha que organizaram isso aqui. Fomos só convidadas – Jodi tentava se livrar da culpa.
Sem saber se ria ou se chorava e percebendo o quanto Taylor já estava alta, ela abraçou a namorada.
- O que eu faço contigo, Tay? Eu saí por algumas horas e quando volto olha a zona que encontro.
- Não gostou? – Schilling perguntou com carinha triste.
Antes que Prepon respondesse, Dannie se manifestou:
- Bem, como parece que somos as únicas sóbrias aqui, eu vou começar a beber também porque confesso que tô adorando isso tudo.
- Tem que se livrar dessas roupas todas.
Natasha passou a explicar as regras que estavam valendo e só então a morena entendeu porque elas estavam vestidas daquela maneira ridícula.
Laura precisou de um tempo para conseguir se acostumar com tudo aquilo e foi a última a começar a beber. Praticamente obrigada a se despir, ela preferiu ficar com a calça jeans e o sutiã. Se recusou a tirar a calcinha e como era a dona da casa, foi a única autorizada a usar três peças.
- Tayloface, sai de cima da ruiva. Não vai começar com esse grude não. Tava se divertindo até ela chegar – Lyonne a tirava do colo da morena.
- É isso, aí. Anteontem mesmo as duas estavam brigando lá na boate – Terasa entregou.
- Ah, isso é normal. Estranho é quando elas não brigam – Natasha afirmou.
Sem ter mais o que fazer, Laura se rendeu definitivamente. Schilling conseguiu até mesmo arrastá-la para o que ela chamava de pista de dança: um tapete que ficava no centro da sala e que tinha sido deslocado para uma área mais livre do ambiente.
Depois que elas não tinham mais energia para a dança, resolveram partir para o karaokê. Laura já nem se espantava mais em como elas tinham conseguido arrumar tanta coisa em tão pouco tempo. Agora, mais relaxada, tinha de admitir que aquelas meninas eram especiais demais.
Acomodando-se no sofá, novamente trouxe Taylor para seu colo.
- Já parou de beber?
- Já – a loira realmente havia parado há algum tempo.
- E a mão?
- Só um pouco dolorida.
- Amanhã você vai ver a dor que vai sentir. Não sossegou um minuto a noite toda.
A resposta de Schilling foi uma mordida no pescoço de Laura.
- Você ta muito gostosa só de calcinha, mas eu não tô gostando de ver você assim na frente de todo mundo. Põe um short.
- A festa ainda não acabou – Taylor provocou.
A cantoria finalmente começou e as gargalhadas explodiam a todo momento. Decidiram logo que Dannie estava fora da disputa. Ela era profissional e seria covardia.
Depois de muito tempo tomando coragem, Schilling decidiu que era a vez dela soltar a voz. Quando Prepon ouviu os primeiros acordes da música que ela escolheu e viu a forma tímida com que ela iniciou a canção, teve certeza absoluta que nunca havia amado tanto alguém na vida quanto amava aquela menina. No refrão, Taylor se soltou um pouco mais e Laura não conseguiu evitar que lágrimas enchessem seus olhos:
When I see your face (Quando eu vejo o seu rosto)
There is not a thing that I would change (Não há nada que eu mudaria)
Cause you're amazing (Porque você é incrível)
Just the way you are (Exatamente como você é)
And when you smile (E quando você sorri)
The whole world stops and stares for a while (O mundo inteiro para e olha por algum tempo)
Cause, girl, you're amazing (Porque garota você é incrível)
Just the way you are (Exatamente como você é)
A música delas. A música que a fazia pensar em Taylor mesmo antes de descobrir que já estava apaixonada por ela. Naquele momento parecia que só havia as duas na sala. A loira cantava olhando diretamente pra ela.
Ao fim da apresentação, as meninas aplaudiam entusiasticamente e Laura podia jurar que algumas delas também estavam emocionadas. Schilling voltou para o colo da namorada:
Gostou?
- Foi lindo, bebê – Prepon não se importou de beijá-la na frente de todo mundo. Um beijo nada discreto por sinal.
- Natasha, você tá filmando?
- Cala a boca, Yael.
- Tasho, apaga isso – Taylor estava morrendo de vergonha.
- De jeito nenhum. Vou guardar esse vídeo para exibir no dia do casamento de vocês.
Ao ouvirem isso, foi impossível dizer qual das duas ficou mais sem jeito. Com toda a falta de tato que lhe era peculiar, Lyonne continuou:
- Ei, o que foi? Falei algo errado? Vocês não estão namorando? Um dia vão casar, ter filhinhos lindos... não é a ordem natural das coisas?
Silêncio total. Laura notou que Taylor remexia-se nervosamente em seu colo como se quisesse levantar.
- O que foi? – a morena perguntou.
- Tô enjoada. Preciso ir ao banheiro.
Quando Schilling saiu, as meninas repreenderam Natasha. Todas perceberam a situação incômoda que foi criada.
- Laura, desculpa. Eu não achei que estava falando nada demais.
- Deixa pra lá, Tasho. É que Taylor e eu nunca falamos sobre esse assunto antes.
- Agora é minha vez de cantar – Jodi interferiu para acabar de vez com o clima estranho que estava instalado.
Prepon estava quase indo buscar Taylor pela demora dela em retornar, quando ela finalmente apareceu:
- Vamos deitar? Tô cansada.
Prepon olhou em volta como se quisesse dizer que não podia subir e deixar as amigas ali.
- Laura, nem pense nisso. Suba com ela que nós arrumamos essa bagunça aqui – Uzo foi a primeira a se pronunciar e logo foi seguida pelas outras.
Realmente cansada, a morena subiu com Taylor. Não sem antes agradecer a todas pela noite agradável que tivera depois que se recuperara do susto inicial.
Depois de tomarem banho juntas, elas se atiraram na cama e adormeceram logo depois. Ao acordar teriam um longo dia pela frente.
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