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História Apenas fique - Rachel é apenas uma amiga


Escrita por: Kinders

Notas do Autor


Viu só?
Nem demorei, acabei conseguindo postar no prazo!
:)

Leiam as notas finais, please.

Capítulo 15 - Rachel é apenas uma amiga


– Que diabos, Rachel, por que fez isso?

Delphine perguntou enquanto arrumava a sua roupa, estava furiosa com Rachel.

– Eu não imaginava que tivesse alguém aqui Del, você abriu a porta e não vi ninguém.

– Toma – Delphine pegou uma peça de roupa que Rachel jogou no chão –, vista-se, vou atrás dela, me espere aqui.

– Não – Rachel a segurou – depois a gente pode conversar com ela, mesmo se ela contar para alguém, que diferença faz? Não tem como ela provar para ninguém o que viu aqui…

– Você não entende Rachel…

– Essa moça é aquela do café, não é? –Rachel cruzou os braços observando Delphine mexer nos cabelos – Aquela que você não parava de encarar, você está interessada nela?

– Rachel, eu sempre deixei bem claro para você que nós não tínhamos nada.                                                                            

– Eu sei disso Delphine, não se engane comigo, como falei antes, não sabia que você estaria acompanhada afinal eu tinha hora marcada com você.

– Para conversar sobre o seu trabalho e não para transar.

– Delphine, transar nunca foi problema para você, antes ou depois de conversarmos sobre meu trabalho.

– Mas agora é Rachel, fique aqui, volto logo.

– É? Não me diga que…

– Rachel, é exatamente por isso que eu sempre deixei claro que não tínhamos nada, é como se eu tivesse terminando algo, mas nunca tivemos nada, não somos nada além de boas amigas e você é minha orientanda.

– Oh… – Rachel colocou a peça de roupa e se sentou no sofá – eu sei disso, ok? Mas… por quê não quer mais? O sexo deixou de ser bom?

– Não diga bobagens… agora eu estou comprometida com uma pessoa.

– Ah… então é isso… – Rachel engoliu em seco observando Delphine caminhar até a porta – uauu!

– É isso…

– E… quando você vai me apresentar essa pessoa?

– Na hora certa Rachel, na hora certa.

Delphine saiu da sala correndo, era a primeira vez que precisava fazer isso nos corredores da faculdade, pediu uma chance para Cosima e Rachel conseguiu destruí-la vinte minutos depois, Delphine se sentia terrível por deixar Rachel destruir a única felicidade que tivera em meses. Chegou ao estacionamento procurando por Cosima, ouviu o bater de uma porta de carro e quando se virou para ver confirmou que era o de Cosima, ela já saia  com seu carro daquele estacionamento, Delphine tirou rapidamente os saltos que calçava e correu o mais rápido que conseguiu para impedi-la de sair, em um movimento impensado e rápido pulou na frente do carro e sentiu o impacto logo em seguida, caiu no chão rolando. Cosima parou o carro no momento que viu Delphine se jogar na frente, mesmo assim não conseguiu impedir de acertá-la em cheio, desceu do carro assim que conseguiu parar, desesperada por medo de tê-la machucado.

– Delphine, Delphine – Cosima se aproximou de Delphine e ficou um pouco aliviada ao ver que ela sorria deitada no chão –, você está maluca? Qual é a graça? – se abaixou ficando ao lado de Delphine.

– Você me atropelou.

– Você se jogou na frente do meu carro!!! Minha nossa, por sorte eu estava devagar, teria passado por cima de você – tentou ajudar Delphine a se levantar –, se machucou?

– Desculpe, precisava explicar tudo e vi você indo embora, me coloquei na frente do carro, mas não pensei que seria atropelada – Delphine ria, ria muito, talvez estivesse em choque, Cosima conferia cada pedaço do corpo dela para verificar se realmente não tinha se machucado –, minha namorada me atropelou.

– Shiuuu, fale baixo Delphine. – Cosima protestou – Parece que você não se machucou muito, só está imunda agora – falou aliviada observando que Delphine tinha apenas alguns ralados nos cotovelos –, não faça isso, nunca mais, eu poderia ter te machucado de verdade.

– Cosima… me desculpe… Rachel… – Delphine batia na roupa tentando tirar a sujeira.

– Chega Delphine, você está bem e eu preciso ir para casa.

Cosima deu as costas para Delphine e ameaçou abrir a porta do carro e entrar, mas Delphine a puxou pelo braço, virando-a e a jogando de costas no carro, a encurralou como da primeira vez que as duas se encontraram naquele estacionamento, se aproximou de Cosima devagar e deixou um beijo em sua bochecha.

– Delphine, o que eu disse sobre você me puxar pelo braço e sobre você tentar me dominar? Me solte, por favor. – Delphine a soltou sabendo que Cosima estava certa era melhor não contrariá-la.

– Você estava lá, você viu, ela chegou me agarrando, não tive culpa.

– Ah, mas é claro – Cosima cruzou os braços pensando em quantas dores de cabeça teria por estar com a mulher a sua frente –, você é uma santa e nunca tem culpa de nada Delphine.

– Escuta… – Delphine se escorou no carro ao lado da morena – Antes de você eu tinha uma vida, eu saia com pessoas, Rachel era uma delas – Cosima bufou enciumada –, mas Rachel é apenas uma amiga, nunca rolou nenhum outro sentimento, eu ainda não tive tempo de conversar com ela…

– Delphine, me desculpe, mas eu não posso – Cochichou – namorar com alguém que tem amigas dessa forma.

– Eu prometo a você que não somos mais amigas dessa “forma” – fez aspas com as mãos –, eu preciso voltar para aquela sala, sou orientadora dela – novamente Cosima bufou enciumada –, não fique assim, por favor, preciso que você confie em mim – a abraçou trazendo seu corpo para perto –. eu só quero você – deu um beijo em sua cabeça – eu saio daqui e vou para a sua casa.

– Isso vai ser realmente difícil – Cosima não poderia simplesmente dizer para ela não voltar para aquela sala, se sentia uma idiota por estar naquela situação, morria de ciúmes, mas não podia fazer nada a respeito –, converse com ela e resolva isso, eu não sou idiota Delphine, se você estiver brincando comigo eu juro que você vai se arrepender.

– Hey – Delphine aproximou do ouvido de Cosima e cochichou –, eu não estou brincando com você Cosima, o que eu mais queria era estar contigo agora, entre quatro paredes, fazendo coisas que se eu disser agora em voz alta você com certeza vai me repreender.

– Delphine, pare – Cosima tentou se afastar, mas era inútil resistir as investidas de Delphine –, alguém pode nos ver, estamos muito próximas… merda, não acredito que estou fazendo isso de novo – Delphine não se afastou, ao invés disso apertou mais ainda o abraço – não consigo pensar assim, Del.

Cosima reclamou e a outra sorriu, Delphine adorava como Cosima ficava nervosa com a sua presença e isso só a fazia querer provocá-la cada vez mais.

– Tudo bem, vou soltá-la, mas você precisa me prometer que não vai pensar bobagens, estou indo para esta reunião apenas a trabalho, conversarei com Rachel e você não precisará se preocupar com ela e com mais ninguém.

– Você vai demorar?

– Não muito – Delphine sorriu –, passo em casa antes para tomar banho e deixar as malas que ficaram na minha sala, vim direto do aeroporto torcendo para encontrar você aqui – deu outro beijo na cabeça de Cosima –, acho que podemos marcar as 21:00 horas, tudo bem?

– Ok.

– Ok? – ficou de frente para Cosima e sorriu – Por favor, aceite o meu presente, ligue o celular, talvez eu precise falar contigo ou você precise falar comigo, nos vemos mais tarde, tudo bem?

– Tudo bem, Delphine.

Delphine olhou para os lados e antes de sair de perto de Cosima lhe deu um selinho, sorrindo para ela logo em seguida ao se deparar com uma Cosima vermelha e com cara de brava.

– Tchau Delphine.

Cosima entrou no carro e colocou o cinto de segurança, esperou Delphine sair para ligar e respirar normalmente, estava com um grande conflito interno, estava feliz por finalmente saber que era correspondida, mas sabia que seria realmente difícil lidar com os sentimentos que aumentavam a cada segundo dentro de si, não que Cosima fosse uma pessoa ciumenta e possessiva, mas era insegura demais e Delphine não era a pessoa ideal para lhe passar segurança.

Enquanto isso Rachel observava nada feliz toda a cena pela janela da sala da professora Cormier, fechou as persianas ao ver que a professora voltava, sentou-se no sofá a espera dela pensando que teria que descobrir se esse lance com a menina de dreads era somente uma pequena aventura como Delphine tinha com outras garotas e as vezes garotos também, provavelmente era coisa passageira, pelo que conhecia Delphine, sabia que era uma mulher racional demais e não a imaginava apaixonada por qualquer pessoa.

    Quarenta minutos, foi o tempo que durou a reunião de Delphine com Rachel, a garota se formava no final do semestre e estavam ajustando alguns detalhes do seu tcc, a professora voltou para a sala e assumiu sua postura profissional como se nunca tivesse levado Rachel para a cama, para ela o assunto estava acabado, a mais nova também não quis tocar no assunto, nem comentou sobre a roupa suja de Delphine e o ralado em seu braço e cotovelos, Shay, Vic e Art se juntaram a eles na reunião, agora o assunto seria a aula de campo da próxima semana onde eles seriam monitores.

– Estou certo de que eles estão ansiosos para essa aula de campo, será no mesmo local onde foi a da nossa turma? – Art perguntou.

– Eu não tive a oportunidade de ir até o local, mas parece que vai ser no mesmo lugar sim. – Delphine respondeu.

– Vai ser ótimo ter você conosco professora Cormier – disse Vic –, mesmo sendo uma pena o professor de botânica ter sofrido o acidente, acho que o pessoal vai gostar mais de você nessa aula.

– Será ótimo voltar a campo, faz muito tempo que não faço isso – Delphine respondeu sorridente, ouviu o toque do seu telefone dentro de sua bolsa, seu coração acelerou achando que era Cosima, mas se enganou –, com licença, é minha prima, Adele, preciso atender.

 

   

 

– Hey, hey hey, COSIMA – Felix gritou ao ver a amiga passar direto pela sala e entrar no quarto, se levantou indo atrás dela e abrindo a porta do quarto sem um pingo de cerimônia – Como assim você passa por mim toda sorridente e sem falar nada?

– Fee, desculpa, eu não te vi.

Cosima pegou o embrulho que ficou guardado a semana inteira em sua cômoda, sentou-se na cama e pegou de sua bolsa o chip que tinha comprado na semana para reativar o seu número.

– Oh não… – Felix sentou-se ao lado de Cosima – Você finalmente conseguiu encontrar Delphine e… e esse sorriso??

– Consegui, Fee – Cosima sorria enquanto ligava pela primeira vez seu Iphone x – a conversa foi… boa...

– Boa? Você passou a semana inteira nervosa, deprimida e ansiosa, chega agora toda sorridente para dizer que a conversa foi boa? Vou ter mesmo que ligar para Delphine e perguntar o que aconteceu ou você vai me contar?

– Calma Fee, eu acabei de chegar… digamos que a conversa foi melhor do que o esperado.

– Hum… então Beth, como eu tinha te falado antes, não tem nada com Delphine…

–É… ela não tem – Cosima sorria –, mas em compensação metade daquele bloco deve ter – bufou irritada lembrando-se de Rachel e Shay –, você não vai acreditar no que aconteceu hoje…

– Então me conte – Felix se aconchegou no travesseiro, deitando-se ao lado de Cosima.

–  Shay me beijou.

– O que? Shay te beijou? E você?

– E eu correspondi.

– Uhhhhhuu... então esse sorriso é por isso??? – Felix suspirou – E eu achando que você queria a professora…

– Não… – Cosima revirou os olhos – Meu sorriso não é por isso Fee, o Vic estava gamado nela e meio que ele viu o beijo.

– Ohh, merda… mas é o Vic né amiga, ele vai superar. – Cosima riu concordando com o amigo.

– Ele não estava sozinho… Delphine estava com ele – Felix se sentou novamente.

– Okay, então é por isso o sorriso – a amiga sorriu mais ainda –, merda, é por isso o sorriso!

– Ela me pediu em namoro, Fee.

– O que? Isso sim é pra cair o cu da bunda, tão rápido assim?

– Sim…

– E você tem certeza de que é isso que você quer?

– Eu gosto dela, Fee…

– Eu sei disso…

– Bom, eu vou me arrumar e sair para dançar, quer vir, Cos?

– Não Fee, Delphine disse que viria, ainda precisamos conversar e acertar alguns pontos.

Felix se levantou e andou em direção a saída do quarto.

– Tudo bem, Cos – se virou para a amiga –, estou feliz por você.

– Eu também, Fee.

Cosima estava feliz e ansiosa pela visita de sua professora/namorada. Sim agora Delphine era sua namorada e isso era muito estranho, pouco mais de uma semana antes Cosima jamais imaginaria que isso aconteceria, ela sonhava com sua professora, a desejava em segredo, mas tinha absoluta certeza de que ela nunca a veria com esses olhos, talvez não teria feito se Cosima não tivesse a flagrado com Shay, mas no fundo Cosima sentia que não era só isso, queria poder entender melhor. Depois de passar um tempo em devaneios decidiu que faria um jantar para as duas, seria uma forma de agradecer pelo café da manhã do outro dia.

Foi até a cozinha pensando no que poderia preparar, se deu conta de que não sabia nada sobre Delphine, o relógio marcava quase 20:00 horas, faltava pouco para Delphine chegar, Cosima precisaria se apressar, lembrou-se que ela pediu hambúrguer para as duas no dia do assalto e concluiu que pelo menos vegetariana Delphine não era, procurou nos armários e na geladeira os ingredientes que poderia ter para fazer algo simples e gostoso, não havia tempo de ir ao mercado, por fim decidiu fazer estrogonofe, uma das poucas coisas que sabia fazer na cozinha.

    Cosima terminou o jantar, estava orgulhosa de seu feito, fazia tempo que não cozinhava algo tão gostoso, o relógio já marcava 21:20 horas e nada de Delphine aparecer, Cosima cansada de esperar decidiu ligar, afinal de contas era normal se atrasar mas precisava saber se Delphine demoraria muito, precisava controlar a sua ansiedade, o telefone tocou várias vezes até cair na caixa de mensagens, Cosima decidiu tomar outro banho, Delphine a retornaria quando visse a ligação.

    O banho acabou e Delphine não retornou a ligação, O estado preocupada de Cosima começava a se alterar para furiosa, magoada e estupidamente frustrada, mais uma vez. Cosima decidiu ligar outra vez, talvez ela não estivesse próximo ao telefone e não tenha conferido as ligações perdidas. O telefone estava desligado. Foi até a cozinha, pegou um prato e se serviu da deliciosa refeição que tinha preparado para ela e para Delphine, comeu bem devagar engolindo junto o choro e a constatação de que era a pessoa mais idiota do mundo.

Após comer, pegou o telefone e ligou para Felix.

– Alô! – Felix atendeu gritando, o barulho do outro lado da linha era muito alto – Cosima?

– Hey, Fee, me diga, aonde você está? Irei te encontrar.


Notas Finais


Gente! Tenho um pedido a fazer. Não me abandonem ahahaha, a Cosima tem uma história que a deixou bem insegura no quesito amor e a Delphine é uma namoradeira, mas elas vão se acertar, muito em breve.

Próximo capítulo:

- Angela…
- O que Cosima... - Beijou seus lábios, mas não foi correspondia - não quer mais?
- Eu não posso Angie, me desculpe.
- É claro que você pode - colocou novamente as mãos embaixo do vestido da outra - pelo menos foi isso que você demonstrou a noite toda, você pode tudo.
- Por favor, pare… Angie…
Cosima estava bêbada, mas conseguia dizer não, só não sabia como iria se livrar daquela enrascada, quanto mais tentava afastar a outra, com mais força Angie a segurava. Foi quando sentiu o perfume, era como se o inverno acabasse antes da hora, dando passagem para a primavera florida, Delphine tirou a mulher de cima de Cosima com uma maestria imensa e… sangue nos olhos.


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