Nas terças, somente nas terças, em que meus pensamentos oscilam, permito-me olhar-te por um segundo, ou talvez três. Nunca mais que três.
Temo que você saiba do meu admirar e, não dando-me as costas, me diga palavras que tanto desgosto. Me chamarás de louco ou exagerado, doente.
Então contento-me em observar-te e sorrir triste, com palavras belas bem guardadas no peito e sufocadas na garganta.
Correndo em minha mente, alcanço-te com dedos pálidos e abraço o teu viver. São vontades que transbordam no silêncio tortuoso de quem diz amar e espera com resquícios do olhar de quem diz não conhecer.
Vejo-te com este ar independente e sorriso aberto, apenas pedindo silenciosamente, que ao passar, não te perguntes quem sou.
E nos outros dias, talvez esqueças. E depois, talvez não te lembres mais.
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