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História Apenas mais esta tentativa - Interativa - O passado de Yumi - Parte dois - Final


Escrita por: SeiranYuu

Notas do Autor


Olá, tortinhas de limão *u* desculpa a demora... Eu andei doente </3 Mas estou viva, isso que vale u.u
Bom o cap é meio triste, talvez um pouquinho pesado, mas acho que não, ai depende
desculpem os erros, o atraso e espero que gostem<3

Capítulo 23 - O passado de Yumi - Parte dois - Final


Fanfic / Fanfiction Apenas mais esta tentativa - Interativa - O passado de Yumi - Parte dois - Final

 

O passado de Yumi

— Mexam-se. Nós chegamos.

Yumi olhou a casa. Era na verdade uma mansão em estilo vitoriano, do portão de grades escuras via-se a frente da casa. Era muito linda, mas tinha um ar tão...Sombrio.

— Que lugar é esse? — Yumi olhou para Reyna que simplesmente a ignorou empurrando-a em direção a entrada da casa.

Sentiu alguém puxar seu braço e se virou encontrando uma menina de olhos e cabelos rosados.

— Oi, eu sou a Luna. — Yumi olhou e sorriu.

— Yumi.

A garota a analisou em silêncio e apertou o passo passando por uma fonte. Yumi olhou para trás e para os lados, mas Reyna havia sumido completamente. Olhou as meninas, Luna, uma garota loira com olhos roxos e dourados, uma de cabelos castanhos e olhos verdes.

Poderia dizer que estava aliviada, e estava. Olhou com um pouco mais de cautela procurando possíveis rotas de fuga. Analisou as outras mais à frente e foi parando de andar aos poucos. Pensou em correr para o portão, mas eles poderiam estar por perto ainda, precisava de outra saída. Logo Yumi corria pelo jardim. Pensava que se corresse mais rápido ainda teria alguma chance, então mesmo quando suas pernas falhavam, seu coração batia tão rápido que ela pensava que ele pararia de repente, ou quando não conseguia mais respirar, ela corria mesmo assim, mesmo com os arranhões por correr entre as roseiras, ela não parou.

Até que simplesmente bateu em algo que não se lembrava de estar no seu caminho.

— Aonde vai com tanta pressa? — Ouviu uma voz risonha como se debochasse de todo o esforço que ela teve até agora, como se o tempo todo ele soubesse e até mesmo observasse ela correndo, como se não tivesse a menor esperança dela fugir, como uma presa fácil que simplesmente o divertia...

— Ah... Achei que nunca fosse se cansar bitch-chan, foi até divertido sabe? Não acha Ayato? — Yumi viu os olhos verdes do ruivo e o sorriso maldoso, realmente, fora tudo em vão.

— Sim. — Ele segurou o braço dela. — Mas você nunca vai fugir de mim. — Ayato se abaixou um pouco ficando na altura da menina para sussurrar. — Será somente minha para sempre.

Yumi olhou para o garoto e então finalmente o cansaço a abateu em cheio e ela simplesmente deixou o corpo cair sem se importar. Estava tudo acabado afinal. E então, tudo ficou escuro mais uma vez.

 

Yumi acordou sentindo alguém sobre ela. Quando abriu os olhos, Luna estava sobre si com uma adaga em mãos.

— O que está fazendo. — Yumi perguntava calma demais para a situação em que estava.

— Matando você. — A menina dizia simples.

— Já estou morta. — Ela continuava calma e com uma voz vazia.

— Não, ainda não. Só porque vou matá-la agora. Você nunca mais vai roubar nada meu.

— Roubar algo seu... O que era seu que está comigo.?

— Shu. — Luna começava a se alterar, lagrimas nos olhos como se ela realmente estivesse sofrendo.

— Quem é esse? — Mesmo vendo a outra instável ela continuava calma, talvez até mesmo desejasse que a outra a matasse.

— Ele é somente meu. — Antes que a adaga tocasse o pescoço de Yumi alguém segurou a mão dela.

— Ayato? — Yumi perguntava lembrando com mais certeza do que gostaria do nome do garoto, além de cada detalhe do rosto dele, mesmo que ela o tenha visto durante a noite, aliás, agora ele parecia ainda melhor na visão dela.

Ele tirou a menina sem muito esforço do quarto e voltou-se para Yumi. A analisando com calma.

Ayato sorriu caminhando na direção da cama, onde Yumi continuou em silêncio. Até perceber que ele subia na cama.

A menina tentou se soltar rápido das cobertas e sair da cama, mas não foi mais rápida que o ruivo que a puxou de volta ficando sobre ela.

— Não vai correr de novo. Já correu o bastante ontem.

Yumi olhou em silêncio com os olhos marejados. — Eu quero ir pra casa.

— Você não vai a lugar algum.

Ele disse afastando o cabelo da menina e mordendo seu pescoço.

 

 

 

O tempo dentro da casa era difícil, e nenhuma das meninas parecia gostar nem um pouco dela, principalmente Luna. Realmente Yumi não sabia onde foi parar as outras duas meninas... Eram seis na van, quando chegaram a casa fiaram somente quatro, claramente contando com a Yumi nas duas situações. Mas não tinha muito que fazer, se as que estavam ali não gostavam dela, imagina com mais duas... Estava bem assim.

Mas por mais complicados e cheios de mordidas de Ayato o tempo foi passando, o maior problema? Yumi estava ficando apegada demais a Ayato. Além de que percebeu que a garota de olhos roxos e dourados, Izy, vale lembrar o nome da menina, estava ficando estranha... Meio pálida.

Pouco tempo depois a menina sumiu, e então mais uma... E quando percebeu apenas ela estava viva dentro da casa. Ayato simplesmente não desgrudava dela, pensava se ele a mataria também, mas ele parecia tomar cuidado para que isso não acontecesse, ou simplesmente a cabeça de uma menina apaixonada criando ilusões de que ele a amava, bom, se continuasse viva, seriam dois pontos positivos.

E então um dia ela foi levada de lá, um dia não, uma noite. Sem nem mesmo saber que estava sendo levada, afinal ela estava dormindo.

Se Yumi soubesse o quanto Ayato procurou por ela...

 

 

Yumi não sabia nem um pouquinho o que tinha acontecido só que ela acordou com um cheirinho de hortelã e...

— Yumi? — A voz de Yui? Mas estava tão diferente, como se ela estivesse mais velha.

A menina piscou vendo a loira. Mas impossível ser a irmã dela. Yui tinha oito anos quando ela saiu de casa, passou-se somente um ano que estava na mansão Sakamaki, então como Yui parecia ter dezesseis?

Yumi levantou correndo, só não esperava cair como se simplesmente não soubesse mais andar.

Com a ajuda de Yui e um esforço, Yumi ficou de pé e se olhou no espelho, ela parecia ter dezoito anos, mas ela não tinha a mesma idade que Yui aparentava ter agora? Quinze ou dezesseis era a idade que ela se lembrava de ter, mas se a Yui tinha dezesseis, ela não poderia ter dezoito, muito menos quinze ou dezesseis.  

Mesmo com toda essa confusão ela simplesmente decidiu ir comer, sentia tanta falta de casa que estar ali parecia mentira, mas agora também sentia falta de Ayato... Não tinha como ficar com os dois?

Depois do café ela subiu para arrumar as suas coisas, suas roupas não eram as mesmas que ela se lembrava, mais uma coisa que ela não deu importância. E então encontrou uma carta.

“Querida Yumi, parece que você finalmente despertou. Esperei tanto tempo, mas agradeça a Reyna, ela tem planos para você, muitos planos, mas não sei se você vai gostar deles... Bom não me importa, eu gostei. Apenas cumpra todos se não quiser que simplesmente esse lugar que você chama de casa pegue fogo, com todos.

Mas fique calma a escolha é totalmente sua. Basta não falhar.

A partir de agora você assumirá o trabalho de Reyna, levará os sacrifícios para a mansão. Exatamente, você irá escolher e levar cada uma delas. Espero apenas que você não sinta ciúmes de um dos meus filhos...

Isso será divertido, você tem uma semana.

Boa sorte!  

Karl Heinz “

 

Com toda certeza a pior carta que ela já recebeu. Então Ayato nem mesmo sentiu sua falta? Simplesmente reclamou de sede e pediu para ter uma nova bolsinha de sangue? Ela não foi nada?

Realmente queria, mas não conseguiu não chorar. Os dias iam se passando e ela simplesmente não encontrava uma menina. Faltavam dois dias quando não aguentou e contou para Yui, que deu a ideia que salvaria aquele lugar, mas destruiria ainda mais Yumi.

Yui iria, por que não? Se Yumi sobreviveu ela também conseguiria.

Definitivamente Yumi não aceitava a ideia, e mesmo depois de horas ainda negava. Deixar a Yui com aqueles sanguessugas? Nunca!

Mas naquela mesma noite a mais nova conseguiu convencê-la. “Sou sua irmã, não vão deixar nada acontecer” “ também quero proteger a minha casa”...

E então assim que amanheceu Yumi ajudou Yui e levou a menina. Sentiu o peito apertar assim que chegaram, não sabia se pelas lembranças, pelos medos, a saudade, ou por deixar a irmã nas mãos deles.

Mas ignorando tudo isso e sucumbindo ao desespero deixou Yui ali, quebrando todas suas promessas.

Nunca deixar Yui sozinha com ninguém, como mais velha sempre protegê-la, não tem nada que possa machuca-la dentro do quarto.

Tudo desabou naquele momento.

Sair dali foi a pior coisa que já tinha feito, e pelo menos para ela, já tinha feito coisas horríveis.

 

Os meses se passaram, não tinha nenhum contato com Yui, não sabia se agradecia, afinal, ela também não podia falar com Yui enquanto esteve lá, e se ninguém pediu noivas significa que a mais nova estava viva. Ou se tinha medo, Yui poderia ter morrido e ninguém nem mesmo avisou.

Até que...

— Yumi, quanto tempo. — A garota ouviu a voz de Karl, e o medo percorreu seu corpo. — Preciso que faça um favor. Quero que vá lá e pegue o corpo da menina.

Pegue o corpo da menina.

— Por- Porque?

Pegue o corpo da menina.

Eu posso ir, não vai acontecer nada.

— Hm, parece que ela morreu.

O corpo. Pegue o corpo da menina.  

Não se preocupe, sou sua irmã não vão deixar que nada aconteça comigo.

— Como assim? — Yumi segurava para não chorar, enquanto a mão tremendo tentava não deixar o celular cair.

— Não sei bem. — Ele suspirou como se perdesse a paciência. — Apenas vá logo, você tem apenas que fazer isso, e não perguntas.

Depois disso ficou silêncio, ele havia desligado. Era noite, a janela aberta deixava o vento frio entrar, tirando o ar dos pulmões da garota. De cabeça baixa, a franja escondia seus olhos, mas não escondia as lagrimas que desciam sem cuidado pelo rosto da menina. Perdendo o equilíbrio ela deu alguns passos para trás até bater na parede, e deslizar até chegar ao chão, segurando o celular contra o peito, como se aquilo fosse amenizar aquilo se partindo por dentro.

Sem conseguir segurar mais a menina chorou alto, soluçando, perdendo o ar... Até dormir, ali mesmo, no chão frio. Assim como estava, jogada no fundo do poço, sozinha. Não tinha mais nem mesmo Yui ao seu lado. Pior ainda, ela havia matado Yui.

Matou a própria irmã. Que monstro estava se tornando?

Imaginou quantas vezes a mais nova chorou esperando que ela aparecesse e tirasse dali. Ou quantas vezes simplesmente queria dormir com ela porque estava com medo, e pela primeira vez que o medo dela era real, Yumi não estava lá para cuidar dela.

 Pior irmã do mundo!

 

De manhã ela antes que ela saísse, Seiji a chamou.

— E então? — Yumi olhou confusa, pensando que talvez ele quisesse saber o porquê dos olhos vermelhos e inchados. — Já escolheu qual menina irá levar com você?

O coração dela pareceu falhar.

— Você sabia todo esse tempo?

— Claro.

Yumi queria muito bater, gritar, matar, qualquer coisa, mas então percebeu que não importava, depois dele outro assumiria aquele lugar, nada mudaria.

Ela simplesmente se virou e antes de sair parou na porta. — Eu tenho nojo de todos vocês. — E saiu.

 

 

Assim que chegou, entrou pelos fundos da casa, onde havia um corpo coberto por um tecido preto.

Puxou-o na esperança de não encontrar Yui. Esperanças destruídas pelo cabelo loiro e rosto friamente pálido.

A menina parecia dormir, mas ainda sim... Não tinha como não dizer que estava morta.

Yumi abraçou a menina ficando uns vinte minutos, mas saiu quando percebeu que alguém estava indo para ver o que era aquilo.

Desumano. Era com toda certeza uma das palavras que descrevia aquilo.

Yumi procurou um lugar para enterrar a mais nova. E então aquele lugar afastado e escondido parecia perfeito, o caminho não era difícil, mas ninguém teria coragem de ir ali.

Sentiu-se culpada por deixar a mais nova ali, ela sempre teve medo de tantas coisas, ficar naquele lugar vazio, sozinho e escuro parecia tão cruel.

Chovia enquanto ela tinha que cavar a cova da própria irmã. As gotas da chuva se misturavam com as lagrimas da menina e parecia que o tempo não passava. Uma eterna tortura por todos seus pecados.

Antes de sair deixou algumas flores.

Em seguida, procurou um lugar para morar. Assim como um sacrifício novo.Foi se tornando comum levar e buscar. Sentir-se um monstro vinha no pacote.

Matou dezenas para salvar centenas.

Matou centenas para proteger as mesmas crianças que protegia quando matou a própria irmã. Sendo que talvez elas não tivessem salvação.

Bom, pelo menos ela mesma não tinha mais salvação.

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado ^^ kissus e até sábado <3 quando a fic volta ao normal.
Aliás o especial meus amores eu vou postar quando estiver pronto pq se não... Não voltaremos nunca
Kissus <3


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