1. Spirit Fanfics >
  2. Apenas mais um bruxo >
  3. Verde menta, Azul escuro e Laranja

História Apenas mais um bruxo - Verde menta, Azul escuro e Laranja


Escrita por: LLWerlly

Notas do Autor


Oito meses se passaram. Mais um ano letivo havia acabado, agora nossos personagens virarão quartoanistas. Veremos uma tragédia no passado de Laila que a marcou para sempre.

Capítulo 13 - Verde menta, Azul escuro e Laranja


Fanfic / Fanfiction Apenas mais um bruxo - Verde menta, Azul escuro e Laranja

Oito meses se passaram desde o beijo de Jessie e Kim. Os dois estavam de férias e se preparando para o próximo ano.

Jessie tinha acabado de acordar com os berros de Kim e com os raios matutinos que batiam em seu rosto. Ela levantou-se da cama, bocejou e em seguida foi para a janela do seu quarto. Ela olhou para a rua King's Road e lá estavam Kim e Laila; atrás dos dois estava o carro da família Diggory e dentro do carro, Gregory e Scott , o motorista da família. Laila e Kim sorriam bastante.

- Só acordou agora, Bela Adormecida?- Zombou Laila, sorrindo. - Já são 10hrs da manhã.

- Você não esqueceu que iria ao cinema com a gente hoje?- Inquiriu Minseok.

Ela não tinha se esquecido, mas não esperava que dormisse tanto. Ela olhou seu despertador para ver se alguém tinha mexido, mas tudo estava no lugar. Talvez fosse uma falha mecânica, pensou.

 Os Lestranges moravam no bairro de Chelsea, na Rua de King`s Road, no quinto andar de um sobrado. As manhãs eram calmas e coloridas, em virtude dos jardins urbanos. Era o lugar que a Namibiana mais amava em Londres.

Gregory, Kim e Laila subiram para o apartamento da família da amiga. Todos saborearam a comida típica da Namíbia preparada por Beatriz Lestranger, mãe de Jessie. Já Amani Faraji Lestranges, pai dela, não parava de conversar com Kim, falavam sobre a magia na Ásia. O pai de Jessie contou para o coreano que trabalha como Obliviador pelo Ministério da Magia, no Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas, na Seção de Obliviação. Kim entendeu na hora o porquê de Jessie conjurar o Obliviate. Amani contou também que a esposa trabalhava no Departamento de Execução das Leis da Magia, na Seção de Controle do Uso Indevido da Magia.

Antes de irem ao cinema, os quatro passariam aquela tarde ensolarada de verão em um clube, do qual os pais de Jessie eram sócios. Laila e a amiga botaram seus maiôs, e os garotos, seus shorts e camisetas de banho.

Depois de ficarem a tarde toda na piscina do clube, os quatro voltaram à casa de Jessie, onde se arrumaram para ir ao cinema a noite. Eles iriam acompanhados do pai de Jessie assistir a Tempos Modernos. Era a primeira vez que todos eles iriam ao cinema. E aquele era um dos melhores lançamentos daquele ano.

Enquanto seguiam para o Regent Street Cinema, Gregory, Laila, Kim e Jessie não tiravam os olhos dos trouxas. Eles observavam e comentavam sobre as roupas e sapatos que os trouxas usavam.

Após o termino do filme os quatro saíram fazendo piadas cômicas sobre o filme.

- Você viu aquele bigode trouxa que o personagem principal tinha? Acho que até um Pelúcio é menos que aquilo... - Contou Laila, enquanto caia na gargalhada.

Enquanto Laila contava essa e outras piadas, uma senhora trouxa os observava com estranheza. Ao perceberem que a velha não parava observa-los, ele calaram-se por alguns instantes, e afastaram-se. Quando a velhinha desconfiada já estava longe, eles voltaram a fazer as piadas. O senhor Lestrange só observava o quarteto, sem graça.

Para a surpresa e o medo de todos, uma explosão aconteceu em frente à entrada do banco que se localizava na esquina, próximo ao cinema.

O Sr.Lestranger e os quatro já imaginavam o que era, mas torciam para que estivessem errados. Assim que a poeira baixou, lá estava ele sobre os entulhos da explosão, Grindelwald. Gellert virou-se para trás e fez um gesto horizontal com a varinha. À medida que a varinha traçava seu percurso, todas as janelas despejaram chamas para fora, como se tivesse ocorrido uma explosão em cada apartamento.

Com a explosão, vários objetos voaram dos apartamentos.  Um livro preto grande atingiu Jessie, na cabeça. Kim desesperou-se na hora. Por um pequeno intervalo de tempo ela ficou desacordada, mas rapidamente ela acordou meio tonta.

Todos estavam aterrorizados. Sem aviso o pai de Jesse atacou.

- Expelliarmus!- Conjurou Amani, em ataque.

O vilão foi lançado para trás. Sua varinha caiu na entrada de uma ruela perpendicular à rua do banco. Grindelwald correu para pega-la, e Jessie, ainda tonta, cambaleou atrás dele. Ele pegou a varinha e entrou na ruela. Jessie assim que chegou à entrada da rua, ouviu:

-Mutare Guido !

Assim que conseguiu focar no que estava acontecendo, ele viu metade da professora Renata e metade de Grindelwald no mesmo corpo e, passando alguns instantes, a metade de Gellert foi se transformando até ele ficar totalmente idêntico a Renata. Jessie arregalou os olhos. Ela tentou se aproximar mais, mas assim que ia mover o pé esquerdo para frente, ela tropeçou no canteiro da calçada, caindo de cara. Gellert...Renata, ao ver Jessie, aparatou, desaparecendo em menos de meio segundo.

Jessie não sabia se estava certa daquilo que tinha visto. Seu pai se aproximou perguntando se ele tinha visto para onde ele tinha fugido. Ela negou, não queria contar para ele aquilo que ela não tinha certeza. Kim e Laila chegaram e a abraçaram forte. Jessie sentiu naquela hora, uma enorme sensação de segurança.

- Ah não acredito, filha! Haja Obliviate para todo mundo!- Lamentou o Sr. Lestranger, olhando para todos aqueles trouxas.

 

“Grindelwald chega à Grã-Bretanha”

“O terror de Gellert toma uma rua comercial em Londres”

“ Início da Era de terror na Grã-Bretanha”

Essas dentre outras manchetes tomavam as capas de jornais bruxos, tanto Ingleses quanto estrangeiros.

Para o Ministério da Magia, já estava começando a ficar difícil fazer acordo com autoridades trouxas. Eles já não confiavam tanto assim nos bruxos. Surgiam rumores de que os trouxas estivessem acreditando em uma história de que os bruxos estavam se preparando para o início de uma revolução, e que essa revolução iniciaria com uma guerra. Não estava nada fácil viver no Reino Unido, para a comunidade bruxa, um clima de desconfiança crescia.

No começo das aulas, todos os alunos não falavam em outra coisa a não ser a chegada de Grindelwald à Europa. Jessie, Laila, Gregory e Kim foram interrogados por vários alunos. Todos queriam saber dos detalhes do ataque, como o vilão gesticulou a varinha... ,qual feitiço ele tinha usado... ,essas dentre outras perguntas, os quatro não aguentavam mais ouvir.

Para evitar encontrar algum outro curioso após o término da aula de Duelos, Laila  seguiu para a fonte do pátio do castelo. Ao chegar ao pátio, ela reparou que Alberte, Paulo, Nayane e Gregory estavam lá. Alberte parecia que estava tentando tocar violão, já que toda hora ele era interrompido por gargalhadas dos demais. Com certeza estavam rindo dos erros dele ao tocar. Laila estranhou, pois para ela aquilo parecia uma espécie de luau mal sucedido, ainda mais estando de noite. Ela se aproximou deles.

- Olá pessoal! - Disse Laila desanimada. - O que vocês estão fazendo de útil? Perguntou ela, em tom de humor.

- De útil, nada. - Retrucou Nayane.

- De útil, só o Alberte, que inventou de aprender a tocar violão, já que o pai dele o presenteou com um nas férias. - Respondeu Gregory, ainda rindo.

- Ele está tentando tocar uma música que Nayane pediu, só para agrada-la. - Comentou Paulo.

- Mas Paulo, você e Gregory sabem feitiços para tocar instrumentos, porque vocês não usam? - Laila contestou.

- Eu sei Laila. Mas é legal ver Alberte tentando. - Impugnou Gregory.

- Haha, vocês são muito engraçados! - Disse Alberte, indignado.

Laila sentou junto aos quatro. Eles ficaram falando sobre feitiços e azarações. De repente Alberte fez uma pergunta interessante para Laila.

- Porque o seu cabelo e o de Jessie mudam de tonalidade e o meu que tem a coloração proveniente da mesma poção, não muda?

- Como você já deve ter percebido, nós não escolhemos a cor que o cabelo poderá ficar. A cor do cabelo muda de acordo com as nossas emoções, desejos e lembranças, como a magia muitas vezes reflete nossos sentimentos, a cor acaba representando nossa magia também. De certa forma, acabamos escolhendo a cor. Como meus sentimentos e minhas sensações são influenciados pelo o que é externo, a poção acabou não encontrando uma cor fixa em mim.

- Porque externo?- Perguntou Nayane, intrigada.

- Ah é mesmo, vocês não sabem de meu dom! - Exclamou Laila.

- Qual dom?

- Legilimência, Nayane, eu extraio sentimentos e pensamentos de outras pessoas. Inclusive o seu agora.

- Então tudo faz sentido! - Berrou Alberte - Como você tem seus sentimentos influenciados pelos sentimentos dos outros e a cor representa seus sentimentos, a cor varia de acordo com as vibrações externas!

- Não me diga Alberte, se você não tivesse dito, eu nem teria percebido! - Debochou Paulo, que enquanto falava, Alberte fazia várias caretas imitando o colega.

-Bem, então porque só varia de verde para azul? - Perguntou Gregory, ignorando Paulo e Alberte.

- É uma longa história. Há muito tempo, eu tive dois amigos em Liverpool. Um era Min Yoongi, que era filho de coreanos. A família Yoongi morava na casa atrás da minha e na frente do muro, havia uma árvore. Ela não era uma macieira, laranjeira e nem um pessegueiro, mas sim uma árvore de menta.

Todos olharam intrigados para Laila, afinal não era comum  pessoas terem uma árvore de menta em casa.

-Eu sei... É estranho alguém ter uma árvore dessas em casa. Mas na minha tinha, porque a minha casa é bolada. Continuando, nossa infância foi marcada por aquela árvore, basta eu lembrar de minha infância, que logo vem um cheiro forte de menta em minha mente. Nós pulávamos o muro de um lado para outro. Erámos grandes amigos. Quando fizemos oito anos, ele fez uma outra amiga na escola dele, Catara Linskin. Ela era uma menina bonita, alta, com detalhes caucasianos no rosto. Eu não a conhecia, éramos de escolas diferentes. Logo, eu pensei que fosse uma namorada. Porém com o tempo percebi que essa não era a praia dele. Catara era somente mais uma amiga e acabei virando amiga dela também. Nós três éramos inseparáveis. Os anos que eu passei com os dois foram meus melhores anos, antes de eu vir para cá. No ano seguinte, quando já tínhamos nove anos, nós três andávamos por rua ainda desconhecida para nós. Nesta rua havia uma enorme macieira. Como eu e eles parecíamos macacos de tanto que já havíamos subido em árvores na vida, não poderíamos perder aquela oportunidade. Nós subimos na árvore para pegar maçãs. Eu fui a primeira a subir, Yoonmin e Catara foram depois. Pegamos várias maçãs, mas não descemos depois disso, continuamos lá em cima para pegar mais. Perto da árvore havia o muro de uma casa. Um dos galhos da árvore levava até o muro alto e alongava alguns centímetros para dentro da propriedade. Eu estava em cima deste galho, andando para trás. No quintal um Pit bull e um Pastor Alemão que nos observavam atentos.

- Então vocês desceram da árvore, não é? - Perguntou Alberte, ansioso.

- Claro que não!  Você acha mesmo que eles iriam nos alcançar eles lá de baixo, Alberte? O muro era alto! - Comentou Gregory com rispidez.

-Vou continuar a história, tudo bem?- Disse Laila, séria. -Eu continuei andando para trás sobre o galho, atenta somente às maçãs que acima de mim estavam. Quando eu cheguei ao final do galho, eu me apoiei somente sobre o pé direito para alcançar a ultima maçã. Eu peguei a maçã, mas assim que eu fui colocar o pé esquerdo por cima do galho eu dei um passo em falso e cai para dentro do muro de costas. Eu achei que aquele fosse o meu fim. Porém, eu parei no ar, com meu corpo em posição horizontal. Naquele momento, eu descobri que eu era bruxa. Catara e Min me observavam em pânico. Os cachorros tentavam me alcançar no ar, mas eu flutuava numa altura razoável, suficiente para que eles não me alcançassem.

- E despencou depois? O que seus amigos acharam de você ter flutuado? - Perguntou Paulo, entusiasmado.

- Eu não caí. Como os cachorros latiam bastante, o dono da casa saiu para ver o que estava acontecendo. Era mais um coreano. Ele tinha cabelos em um tom de ruivo diferenciado, era uma tonalidade laranja. O menino tinha nossa idade. Ele olhou para a cena, espantado, parecia que não conseguiria falar. Porém, ele não me chamou a atenção. Ele brigou com os cachorros, e os colocou para dentro da casa. Eu pousei no chão firme e seguro. O coreano voltou ao quintal se desculpou pelos cachorros e se apresentou para nós. O nome dele era Park Jimin. Ele era muito simpático. Eu e Catara parecíamos ter nos entrosado bem com ele. Yoonmin parecia não querer conversa, ele nem sequer conseguia olhar nos olhos dele, ele parecia muito tímido. Yoonmin custou a fazer amizade com Jimin, - Terminou ela, para dar uma pausa.

Laila e os demais ficaram em silêncio por alguns instantes.

- Nossa, que frio! - Comentou Nayane, enquanto encolhia-se.

- Pode usar minha capa, por enquanto. - Ofereceu Paulo, que em seguida levantou-se, enrolou sua capa na amiga, sem ela nem se quer ter respondido.

Alberte, Laila e Gregory estranharam, se entreolharam com malícia. Nayane percebeu que seus amigos estranharam a atitude de Paulo, e para descontrai-los, ela perguntou:

- Mas porque ele tratava somente Jimin com diferença? E o que achavam de sobre você ser bruxa?

- Bem, vou continuar a continuar a história. Você logo entenderá.

A Sonserina parou para pensar, parecia querer se recordar de algo.

- Eu acabei contando para eles que eu era bruxa. Primeiro eles acharam que era uma brincadeira, mas logo entenderam, e prometeram para mim que jamais contariam para alguém.

-Laila, trouxas não podem saber de habilidades mágicas dos bruxos, você teria que manter em sigilo! - Exclamou Alberte.

-Eu sei Alberte. Eu era criança, eu não sabia desse do risco o qual eu estava

exposta. Porém, até o dia da morte deles, nunca contaram para ninguém! - Explicou ele, com a voz embargada de tristeza. - Com o tempo - Continuou ela -, passou a ser nós quatro, e não três como era antes. Fazíamos inúmeras brincadeiras todas as semanas. Eles eram meus únicos amigos. Todavia, Suga (apelido de Min Yoongi) e Jamin viviam juntos, um parecia só se importar com o outro. Para mim e Catara, aquela relação já estava começando a se tornar algo maior que amizade.

- Espera! - Bradou Paulo. - Mas não eram dois homens?

- Sim!- Respondeu Laila com rispidez. - Qual é o problema?

- Eles não podem ficar juntos!- Berrou o corvino.

- Paulo, que tipo de pensamento é esse? - Perguntou Laila, nervosa - Se dois homens ou duas mulheres se amam, eles podem ficar juntos também!.

Todos ficaram calados por alguns instantes, inclusive Paulo, que parecia pensativo. Alberte, Nayane e Gregory não sabiam se concordavam com ela ou com ele.  Laila continuou a história.

- Suga e Jamin viviam juntos, se você visse um, com certeza o outro estava junto, mas eles nunca deixaram de falar comigo e Catara. Durantes as férias de inverno, Suga pediu para que eu fizesse uma poção que mudasse a cor do cabelo. Por ele ser menino, ele não conseguiria comprar tinta para tingir de uma coloração que não fosse normal, como preto, loiro, ruivo.

Gregory, Nayane e Paulo olharam instantaneamente para Alberte, deixando-o sem graça.

- Como eu não sabia fazer sabia fazer a poção na época, pedi para minha mãe que fizesse para mim.

- Ela não estranhou o pedido, Laila? - Perguntou Gregory.

- Não, essa poção normalmente é usada em meninas bruxas quando crianças, só para agradar a pirralhada. Mas como a magia de uma criança está em desenvolvimento, ela ainda é fraca. Sendo assim, o efeito da poção passa rápido.

- Se ele é trouxa, então a poção não funcionaria com ele, funcionaria? - Perguntou Nayane.

- Bem Nayane, assim como o sentimento influencia diretamente em nossos feitiços ou qualquer outra demonstração de magia, para os trouxas, os sentimentos também influenciam na realidade deles, ainda mais em atitudes cotidianas. Eles também possuem um sentimento mágico, a fé. Eu não disse nada a ele. Então dei a poção, ele bebeu confiante e o resultado aconteceu.

- Qual foi a cor que resultou? - Interrogou Alberte

- Verde menta.

- Deve ser por causa da árvore de menta. - Comentou Gregory.

- Provavelmente, Gregory. - Respondeu Laila. - Depois de ver o resultado de Suga, Catara pediu para que eu fizesse o mesmo com o cabelo dela. Eu já tinha decorado o preparo da poção. Sem dizer nada, eu entreguei a poção a ela e funcionou mais uma vez. O cabelo dela ficou azul escuro.

- Espera, acho que entendi tudo! - Alberte animou-se - Laila, então é por isso que a ponta de seu cabelo varia de verde menta para azul escuro?

- Calma,  deixe eu terminar a história. - Disse a Sonserina, calmamente. - Os meninos da escola viviam caçoando Jamin e Suga, eles chamavam os dois de “andrógenos”,    “menininhas” e de “seres indefinidos”. Eu não via nada, já que estudava em uma escola diferente da deles. Catara era da escola deles. Ela vivia os defendendo de Jair Balson, o valentão homofóbico. Ele amava perseguir Suga e Jamin. já que os dois eram vítimas fáceis.

Laila parou de falar por um momento, ela olhava pra a fonte com profunda tristeza.

- Agora é a pior parte da história; Em julho de 1930, ano que vim para cá. Em março, a escola de Catara, Suga e Jamin, iria fazer uma visita ao zoológico. O Diretor autorizou que os amigos dos alunos fossem ao passeio, mas era permitido que cada aluno levasse somente um amigo. Os três me chamaram. Eu não estava muito a fim de ir, no entanto, eles insistiram tanto que eu acabei aceitando.

- Já até imagino! - Gritou Alberte. - O ônibus bateu, mas somente você sobreviveu, não foi?

- Não Alberte, não foi! Teria sido muito melhor se tivesse tudo ocorrido assim, mas foi muito pior! - Lamentou Laila - No dia da visita, os dois não desgrudavam de mim, deviam pensar que se alguém tentasse incomoda-los, eu iria fazer algum feitiço... Pensando bem, por mim eu faria, todavia, eu não queria desobedecer meus pais. Fomos ver vários animaizinhos como as onças, as cobras, as zebras... Até que estava legal, perto do que eu imaginava que seria. No final do passeio os alunos e respectivamente, seus amigos seguiram para a lanchonete. Menos Suga, Jamin e Catara que estavam perdidos. Eu era a última da multidão de crianças que rumavam para a lanchonete, não me desesperei porque achava que eles estavam me seguindo. Quando dei falta deles, voltei o caminho à procura. As primeiras pessoas que eu avistei foram Jair e seus dois coleguinhas: Matheus Schinsoor e Joan Gabriel Husfool. Os três entraram na área de prevenção de incêndios, eu sabia que estavam tramando algo. Continuei a observa-los, até que avistei Catara e os dois coreanos, eles continuavam a procura dos outros alunos. Ao lado deles havia uma porta média, que provavelmente algum funcionário devia ter esquecido aberta. Jair apertou o botão de emergência, vários megafones tocaram pelo  Zoológico. Suga, Jamin e Catara assustados, procuravam algum lugar para se abrigar. Matheus e Jair falaram instantaneamente: - Venha Joan, rápido! Para vê-los correr igual duas menininhas, hehe! - Naquele momento eu entendi tudo! Eles queriam fazer uma “brincadeirinha” com os coreanos. Catara, Suga e Jamin correram para aquela porta, eu corri atrás deles. Parei para ler a plaquinha, para saber aonde aquela porta dava, a porta levava até a jaula das víboras. Naquele momento eu fiquei desesperada, não tive coragem de ir para ver se eles estavam bem. Eu chamei o diretor, contei toda a história para ele. Alguns funcionários foram a procura deles, mas...

Laila foi interrompida por várias lágrimas que insistiam em sair de seus olhos.

- Eles faleceram? - Perguntou Gregory, com pena da amiga.

- Não faleceram! Para mim, eles foram assassinados! - Exclamou Laila, tentando segurar as lágrimas.

- Eles foram presos, foram? - Perguntou Alberte, indignado.

- Não, mesmo que fossem pegos no flagra, eles eram menores de idade. Para evitar rumores e para não sujar o nome da escola, o diretor disse que Jair e seus colegas estavam o tempo todo com ele. Jair até hoje vai para o psicólogo, pois se sente profundamente atormentado e já tentou se suicidar várias vezes.

- Laila. - Chamou a voz tímida de Nayane - Ninguém acreditou em você?

- Todos me calaram! Eles sabiam que a situação ficaria ruim para a escola, afinal Jair era filho de um grande empresário. Então chamaram meus pais para me buscar antes que a polícia chegasse. Até o Zoológico conseguiu se safar da acusação. - Disse Laila, enquanto secava as lágrimas de seus olhos.    

- Porém não se sabe se essa era de fato a vontade dele, Laila. Você não deve culpa-lo assim, afinal ele queria assustar seus amigos, não manda-los para aquela jaula. Foi puro azar. Mas claro, ele não deveria ter feito esse tipo de brincadeira.  - Comentou Paulo, em tom de consolo.

- Verdade Paulo, no fundo eu sei que essa não foi a intensão dele. Abraxas me lembra muito Jair. Por isso que me estressei tão rápido com ele, naquele dia que Gregory conjurou o Patronum.

Todos, exceto Gregory e Nayane olharam para ela intrigados, afinal Paulo e Alberte não conheciam o feitiço do Expectro Patronum. Mesmo assim, não acharam que aquele era um momento propício para perguntar.

- No dia seguinte ao enterro- Continuou a sonserina -, eu também tomei a poção. Esperava que o resultado ficasse branco ou rosa, mas não, de primeira ficou verde. Ao ver a verde menta (Idêntico ao de Suga), eu me lembrei do que ocorreu com Suga, inopinadamente eu senti uma raiva profunda. Quando eu voltei a focar no espelho vi que meu cabelo tonalizou para azul. Passando algumas semanas, boa parte do cabelo voltou a ficar preto, mas as pontas permanece sobre o efeito da poção até hoje.

- Depois você teve algum amigo?

- Não, eu me isolei por vários meses, indo da escola trouxa para casa direto, sem falar com ninguém. A única alegria que eu tive nessa época foi quando a minha carta de Hogwarts chegou. Quando eu cheguei aqui, não queria falar com ninguém. Naquele dia que Jessie pisou em minha capa, eu de fato queria esganar ela. Porém, assim que olhei para Jessie pela primeira vez, olhei para as pontas do cabelo dela, e lá estavam tonalizadas também. Naquele momento, senti que poderia confiar nela. -Finalizou Laila, sorrindo.

- Então foi por isso que a capa só caiu no chão. - Comentou Gregory, com ar de quem conhecia a história.

- Sim, como eu estava irritada, com certeza iria fazer algum feitiço, mas assim que a vi minha raiva passou, principalmente quando vi a ponta dos cabelos delas coloridas, eu me lembrei do Suga, do Jamin e da Catara.

- Se a sua cor varia de acordo com os sentimentos externos, por causa da legilimência. E Jessie, porque varia com os sentimentos internos?- Perguntou Paulo.

- Como tinha dito, a cor reflete nossa magia e consequentemente nossos sentimentos. A magia dela é muito poderosa, e constantemente se renova, para se adequar com novas metamorfoses sentimentais dela. Quando vi Jessie pela primeira vez, senti, obviamente extraindo sentimentos dela, que ela não se sentia muito bem aqui e tinha muitas saudades da Namíbia. Quando ela nos conheceu até que a saudade se amenizou, mas foi quando ela conheceu o Kim que ela realmente começou a se sentir bem aqui, ele foi muito bom para ela.

-Por que será que as pontas de Jessie variam de rosa para lilás?- Interrogou Alberte.

-Humm não faço a menor ideia. - Retrucou Laila.

-Entenderam agora porque o meu cabelo varia de acordo com os sentimentos externos? É por causa da legilimência.

-Legilimência?- Interrogou a voz de Gilberte, inesperadamente.

O capitão do time da Grifinória estava diferente da ultima vez que ele o viu. O grifinório agora tinha cabelos grandes que chegavam até os ombros. E parecia muito mais sério do que de costume. Olhava para Laila como se ela fosse uma ameaça.  

- Olá Gilberte, não te vejo desde o último ano letivo. - Disse Gregory.

Gilberte continuava a encarar Laila com seriedade. Ela, em resposta, fazia o mesmo. Ele desfocou do olhar penetrante dela e virou-se para Diggory.

- Bom, eu estava ocupado com alguns afazeres. Vim aqui à procura de Kim.

- Por quê? - Perguntou a Sonserina.

- Porque o primo dele, Joung-in, estava junto a Gustave da minha casa, Grifinória, em atitude suspeita. Porém, isso é assunto meu e de Minseok. Boa noite e passar bem!- Disse Gilberte, que se afastou do grupo em seguida. 


Notas Finais


Obrigado por terem lido e até breve!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...