História Apenas mais um clichê - Introdução

Tudo começou como sempre as histórias de amor começam. Menina encontra menino e se apaixonam, sofrem, choram, ficam juntos ou não. Depende muito do humor ou do coração quebrado ou não do autor. Essa não será diferente, aviso desde já, mas vim compartilhar com vocês uma de minhas histórias. 

Era começo de 2009, eu tinha acabado de fazer 16 anos, aniversariante de férias, o que sempre achei péssimo e aquariana, ou seja, desapegada do mundo, ou nem tanto assim. Passara anos sofrendo ou gostando, como preferir, pela mesma pessoa, mas isso é outra história que não vem ao caso. E tinha decidido dar um rumo na minha vida. Quem com 16 anos dá rumo na vida? Sim, hoje percebo como eu era uma piada, mesmo tendo certeza o quanto eu ainda seja. Um completo chichê, porém eu acho que é por isso que passamos por essa idade dos 15-17 anos, para depois olhar pra trás e relembrar o quanto a gente já foi idiota e não repetir a dose, ou então justificar nossas burrices culpando a pouca idade. 

Eu tinha decidido não me apaixonar, pra quê a gente tem que ter o coração ocupado, não é mesmo? Essa história de ficar suspirando pelos cantos, ou ficar imaginando mil cenas que não vão acontecer só servem para a gente ver como a vida é um grande tapa na nossa cara o qual fica marcado realidade. Então fui feliz e me iludi que não iria me apaixonar. Vamos focar nos estudos, nas amigas, na formiga que sobe a parede ao lado da carteira que sento na segunda fileira da sala de aula. Qualquer coisa, menos garotos. Estava farta de "amar" e não ser correspondida. Amar em aspas? Acho que eu não sabia mesmo qual era o significado de amar com 16 anos. Há possibilidade de alguma garota saber o que é amar aos 16? Talvez. Mas na minha mera opinião essa chance é de 1%. Não é querendo generalizar, mas convenhamos o que a gente sabe aos 16? Para tudo o que acontece conosco é como se fosse um apocalipse zumbi, ou o dia do juízo final, ou uma tempestade em copo d'agua.