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História Apenas Mais Uma De Amor - Subentendido


Escrita por: Nell-E

Notas do Autor


Eu deveria estar atualizando as minhas fic's.
Mas não estou aqui postando novas.
Essa fic foi uma coisa repentina, eu estava relembrando meus amores do passado, e essa música bate muito com uma das minhas histórias, então eu decidi colocar ela no "papel".
Espero que gostem.
Amo vocês.

Capítulo 1 - Subentendido


“Eu gosto tanto de você

Que até prefiro esconder”

 

Quando você vê seu mundo desabar sobre si, você sente a pior dor já sentida; e era assim que eu me sentia.

Em um dia que era para ser engraçado, que era para ter brincadeiras, eu recebi a maior bomba de todas.

Minha cabeça parecia querer explodir. E as lágrimas escorriam pelos meus olhos sem parar.

Chanyeol acariciava minhas costas e me apertava sobre seu peito. Minha vontade era sair e gritar.

Gritar para todos, gritar para ele. O causador de minha dor, o causador de todo o meu sofrimento.

Kim Jongin, eu o odiava, eu só queria que ele não existisse. Que ele não tivesse roubado o meu coração. Eu o amava tanto. Meu coração doía só de olhá-lo.

Ver aquele sorriso todos os dias era um sacrifício pra mim.

E, agora, eu havia recebido a notícia de que Jongin estava namorando.

Por meses ele escondeu isso de todos nós.

Eu me afastei de Chanyeol e ele secou minhas lágrimas acariciando meu rosto.

- Não fica assim Soo. Você vai encontrar alguém - ele disse tentando forçar um sorriso.

- Não alguém como ele.

Eu respirei fundo, tentando segurar minhas lágrimas que pareciam não acabar mais.

Eu estava um caco. Apaixonado por um garoto a anos, sem ao menos ter a coragem de me confessar a ele. Eu era fraco. Fraco demais para me declarar a Kim Jongin. Eu o amava tanto, que preferia guardar para mim.

Me deitei novamente na cama procurando algo que me confortasse. Ao menos ali eu não me sentia mal. A cama era a única que me compreendia. Puxei meu cobertor e o apertei em meu peito.

Eu só queria dormir e nunca mais acordar. Ou, ao menos, dormir e, quando acordasse, Jongin não existisse mais.

Me aconcheguei sobre meu travesseiro e adormeci. Não por uma eternidade, nem para sempre, mas, o suficiente para que as lágrimas cessassem.

 

“Pode até parecer fraqueza

Pois que seja

Fraqueza então”

 

Algumas semanas haviam se passado após a confissão de Kai para nós e para os fãs.

Estávamos nos preparando para o comeback que aconteceria dali a um mês; a produção era intensa. Os ensaios das novas danças para a exordium, nossa nova tourné... Alguns membros saiam promovendo seu trabalhos solos.

Eu tentava ao máximo não pensar em Jongin, eu tentava fugir dele sempre que podia.

Apenas olhar para o rosto dele me fazia revirar o estômago. A cada vez que ouvia o som da sua voz era como se o ar fugisse do meu peito. Aquilo doía. Doía muito. O pior era pensar no quanto eu havia sido fraco. Eu vivia me perguntando: Será que, se eu houvesse me confessado, ele teria aceitado meu amor?

Eu jamais saberia, eu era fraco demais para falar algo a ele.

Minha fraqueza era tamanha, que eu guardava a dor para comigo. Jongin jamais saberia do meu amor. Se, por anos eu guardei isso no fundo do meu íntimo, não seria agora que ele saberia.

Não depois de ele praticamente gritar para o mundo que amava Krystal.

Antes, eu podia manter meu amor em segredo e tê-lo para mim em meus sonhos. Agora, a única coisa que eu tinha eram as lembranças dos sorrisos de Jongin para mim.

Nessas semanas que se passaram, eu não o havia visto sozinho em nenhum momento. Sempre que o via, estávamos ensaiando com o grupo. Eu tentava me manter o mais distante possível. Mas sempre alguém fazia com que nos aproximássemos. Eu não dirigia a palavra em nenhum momento para ele. Sempre que eu ouvia a doce voz de Jongin chamar meu nome, eu fugia. Fugia como o fraco que eu era.

Era inevitável, Kai parecia querer me perseguir. Para todo canto que ia, ele aparecia como uma assombração. Não bastava todo meu sofrimento: Olhar para ele era o pior.

E, num dia comum como esse, o inevitável aconteceu.

Estávamos todos na sala de dança ensaiando a coreografia de “Monster”, quando terminamos, estávamos todos saindo da sala, e alguém me chamou.

- Hyung - era ele.

Eu respirei fundo e me virei para encará-lo.

Ele se aproximou e eu recuei, fazendo-o mostrar um semblante triste.

- Hyung, o que está acontecendo?

Kai disse e eu nem ao menos o olhei. Mantive minha cabeça baixa com medo de encará-lo e desabar na sua frente.

- Hyung, por favor, olha pra mim.

Dessa vez ele foi duro. Falou com uma certa raiva, eu continuei do mesmo jeito.

Foi quando eu o senti agarrar meu rosto e fazer com que ficássemos olho no olho.

Nessa hora, meu corpo não pertencia mais a mim. Depois de meses eu olhei para aquele rosto e senti todo meu corpo tremer, meu coração passou de batimentos acelerados para o meu limite. Ele batia tão rápido que toda minha pele esquentou e eu sentia meu corpo ferver como se estivesse com uma febre de quarenta graus.

- Hyung, por que você está assim? Se afastando de mim desse jeito... Eu sei que deveria ter contado sobre a Krystal antes, mas eu tinha medo. Hyung, Eu sinto sua falta.

Kai cuspia em meu rosto todas aquelas palavras. Foi aí que eu não me aguentei e senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto. E depois dessa, vieram milhares.

Jongin soltou meu rosto e me abraçou.

Eu consegui sentir todo seu corpo sobre o meu. Seu coração não estava acelerado como o meu, mas o suficiente para achar que ele ia ter um ataque cardíaco.

Sentir o corpo de Jongin tão próximo ao meu, doía. Era uma dor tão absurda que não me aguentei em pé e cai no chão.

Jongin foi ao meu encontro e eu o empurrei. Ele caiu de bunda, e eu continuei no chão, desolado, chorando.

- Por favor, Hyung, me diz o que está acontecendo. Só assim eu vou poder ajudar.

Eu olhei incrédulo para ele. Como ele achava que poderia me ajudar? Ele era a causa de tudo!

- Você não pode me ajudar. Ninguém pode.

Disse e me coloquei de pé para poder sair dali.

Estava na porta, pronto pra sair, quando senti Jongin abraçar meu corpo por traz.

- Me perdoa Kyung. Me perdoa.

Ele dizia, e eu notei uma voz de choro. Jongin chorava, chorava por mim.Eu respirei fundo e esperei ele terminar.

- Eu não deveria ter escondido de você, Hyung, não de você. Eu fui um idiota. Soojung sempre me disse para eu falar para você, mas eu fui um otário.

E aí estava: ele tinha que tocar no nome dela. Eu nada tinha contra Krystal, ela era uma ótima pessoa, mas ela havia roubado Jongin de mim, e isso, eu jamais perdoaria.

- Me deixa ir, Kai - falei secamente tentando me afastar dele.

Jongin apertou mais o abraço e eu senti minha camiseta ser molhada por suas lágrimas.

 

Quando finalmente consegui que ele me soltasse, em vez de sair correndo dali e nem olhar em seus olhos, eu me virei.

Olhei para Jongin. Sua cabeça baixa não escondia as lágrimas que escorriam de seus olhos.

Nada daquilo fazia sentido. Não era culpa dele e sim minha, por ser um fraco.
Olhei para ele e levantei seu rosto com minhas mãos.
Ele olhou em meus olhos a procura de respostas. Ele procurava algo que eu não poderia responder.

Senti meu coração bater mais forte e me aproximei dele, o abracei ali mesmo.
E ficamos assim por uns cinco minutos, até que ele descolou nossos corpos e voltou a me olhar. Eu havia me perdido em seu cheiro. Levei um bom tempo para acordar de meu transe.
Jongin segurou minhas mãos e então começou a falar.
- Hyung, me explica o que está acontecendo. Por favor.
Eu sentia uma certa súplica no modo em que ele falava.
Eu poderia contar tudo, falar de todo o amor que sentia por ele, mas apenas engoli seco e decidi ser fraco novamente.
- Eu só estou cansado sabe, disso tudo. A gente não tem um dia de folga. Todo mundo trabalha dobrado. E, às vezes, nem temos o reconhecimento necessário.
Ele me olhou por um tempo e finalmente mostrou um semblante mais tranquilo.
- Eu pensei que você estava com raiva de mim por não ter falado a ninguém sobre meu namoro e com a Soojung.
Na verdade, era porque eu te amava e não aguentava ver você ao lado de ninguém que não fosse eu - Pensei comigo mesmo.
- Claro que não, Kai, eu só ando um tanto estressado esses dias.
- Eu te entendo, Hyung. Esse comeback está acabando com a gente, mas você vai ver, vai dar tudo certo. Vai ser um sucesso. Aí vamos poder tirar umas férias.
Eu sorri para Kai e tentei mostrar um certo alívio.
Mas eu sentia um certo alívio. Após meses eu conseguia falar com ele. Mesmo com meu coração doendo e eu tendo que mentir. Ver aquele sorriso novamente fazia meu coração ter um certo alívio.
- Hyung, o que você acha de tomarmos um sorvete quando chegarmos a casa -
Kai me despertou de meus devaneios. Mesmo estando longe dele, eu não conseguia esquecê-lo, e meu coração doía mesmo assim. O que custava voltar a ter aquela amizade que eu tinha com ele?
- Seria ótimo - Eu disse sorrindo. Então nós levantamos e fomos ao encontro da saída.

"Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato, baby
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma ideia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer "

Após eu ter tido aquela conversa com Kai, tudo estava bem melhor.
Nós voltamos a ter nossas conversas. E até as discussões. Tudo parecia a mil maravilhas.
O comeback havia passado e tinha sido um sucesso. Kai havia tirado o loiro que eu particularmente tinha achado lindo e voltou ao seu castanho habitual. Qualquer coisa ficava linda nele, era incrível.
Estávamos agora promovendo nosso álbum e ensaiando para nossa turnê.

O tempo passou mais rápido do que eu pensava.

A turnê, é claro, foi um sucesso. Não parávamos um minuto sequer. Não tínhamos tempo pra quase nada.

E ainda estávamos nos preparando para um novo comeback. Apenas dois meses haviam se passado e já teríamos outro. Eu e Kai estávamos bastante próximos. Parecia que nada tinha acontecido e eu tentava mudar de assunto sempre que ele falava algo sobre Krystal.

Nossa amizade era mais importante que isso, então eu sempre me dava ao máximo para que não tentasse fugir novamente dele.

Mais um comeback se passou e novamente foi um grande sucesso.

Fizemos promoções e participamos de alguns programas, Kai não participou das promoções pois estava com problemas no tornozelo e deveria ficar em repouso. Óbvio que eu senti falta dele, mas sua saúde era mais importante.

Depois das promoções de Lotto, a SM faria uma viagem para o Havaí com todos os idols.

Jongin não poderia ir pois ainda tinha uma lesão no tornozelo e não deveria ir. Nem Lay iria, pois estaria na China.

Eu estava tão bem com Kai que não queria deixá-lo sozinho. Inventei então uma desculpa que tinha  um grande musical para ir e que não poderia faltar.

Assim consegui ficar apenas eu e Jongin em Seul.

Estávamos os dois no dormitório.

Eu já planejava tudo o que iríamos fazer, quando, de repente, eu vi Jongin correr ao meu encontro e me abraçar.

Ele me abraçou com tanta força que o ar fugiu dos meu pulmões. Seu coração batia tão forte que eu previ que algo ruim teria acontecido.

- Jongin, o que houve?
Eu tentei separá-lo de mim, mas o garoto apenas me apertou mais.
- Por favor, hyung, eu só quero ficar um tempo desse jeito. Não fala nada, só me abraça.
E foi o que eu fiz. Fiquei ali com Kai por uns cinco minutos. Apenas abraçando-o, sem falar nada. Eu tentava ao máximo diminuir minha respiração por estar ao lado dele, mas meu coração falava por mim. Eu estava bem com ele, mas meus sentimentos continuavam os mesmos. Eu amava Jongin. Eu o amava com todas as minhas forças.
Seu abraço se apertou mais. Então, em um movimento involuntário eu senti Jongin acariciar meu pescoço com seu nariz. Nesse momento, meu corpo todo se arrepiou, e meu coração, que neste momento já estava acelerado, parecia como se eu corresse perigo.
Eu me permiti por alguns segundos sentir as carícias de Jongin, soltando alguns suspiros no processo.
- Soo hyung - Jongin sussurrou em meu ouvido e me fez delirar.
- Soo hyung. Eu te amo.
Nessa hora meu coração disparou, eu não sabia o que dizer naquele momento. Jongin estava se declarando pra mim.
- Soo - dessa vez ele tinha sua testa escorada a minha, e me olhava bem fundo nos olhos.  - Eu te amo.

              "Se amanhã não for nada disso

Caberá só a mim esquecer (Eu Vou Sobreviver)
              O que eu ganho, o que eu perco

Ninguém precisa saber"

"Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo."
Essas três palavras ecoavam em minha cabeça. Eu não conseguia pensar em mais nada. Jongin havia se declarado para mim. Eu não conseguia entender. Nada daquilo fazia sentido. Por um momento eu achei que estava sonhando, mas percebi que era real pois meu estômago se remexia e eu sentia uma leve dor lá.
Jongin continuou a me olhar por alguns segundos então suspirou.
- Eu não sei o que fazer, hyung. Você é meu melhor amigo. Está doendo muito, hyung - eu não conseguia entender o que ele dizia, então as palavras de Jongin me atingiram como um tiro. - A Soojung hyung quer terminar comigo. Eu não sei o que fazer. Me ajuda por favor. Você é meu melhor amigo.
Foi aí que eu vi meu mundo desabar pela segunda vez nesse ano. Jongin não estava se declarando para mim, estava apenas mostrando seu afeto fraternal para que eu o ajudasse. Ele estava carente. Precisava de ajuda.
Eu tirei as mãos do mais novo da minha cintura e entrei em um transe. Caminhei até a porta de meu quarto, adentrando e fechando-a. Eu ouvia batidas na porta. A voz parecia me chamar, mas eu não conseguia assimilar nada. Senti lágrimas escorrerem do meu rosto e apenas fiquei ali sentado como um zumbi por um tempo indeterminado.
Eu sentia minha cabeça latejar e meus olhos arderem... Dormi. Então, me levantei e, como magia, relembrei de tudo o que havia acontecido: Jongin e sua pequena declaração, eu sendo  idiota e acreditando. Eu achava que depois de todo esse tempo, teria uma chance com ele, mas Jongin estava distante de mim.
Eu jamais o teria. Eu apenas sonharia com seus sorrisos para com a minha pessoa.
Jongin conseguiu me fazer a pessoa mais feliz e, também, a pessoa mais triste.
Mas eu passaria por isso. De alguma forma isso iria acabar e conseguiria tirá-lo da minha cabeça, nem que isso levasse anos. Jongin jamais habitaria meu coração. Ia doer, eu sei que ia doer, mas, de uma forma ou de outra, essa dor passaria. Poderia levar anos. Ao lado dele esse tempo demoraria o dobro, mas eu não poderia deixar os meninos. Então, toda essa dor seria suportada; minha dor seria sentida de todas as formas, mas eu iria reprimi-la, eu iria reprimir meu amor por Kim Jongin o máximo possível.
Eu estava perdendo dessa vez. Perdi meu primeiro amor, meu coração e as minhas esperanças. Eu estava perdendo tudo, mas ninguém jamais saberia disso, pois eu passaria por isso e sobreviveria.


Notas Finais


Pois é né gente.
Como o coitado do Kyung eu também não tive a chance de ter algo com essa pessoa.
E pelos mesmo motivos.
Mas essa historia já passou e hoje eu sou feliz amando apenas um homem na minha vida (Park Chanyeol), assim como Kyungsoo. q
Espero que tenham gostado e se assemelhado kajshghaj
Até a próxima, e isso é tudo pessoal.
XOXO


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