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História Apenas mais uma garota... - Memórias


Escrita por: ninaaaaperritaa

Notas do Autor


DESCULPA SUMIR PELA MILÉSIMA VEZ!!!
Páscoa, provas, loucura!!!
Ainda não acredito que estou viva kkk .
Bem gente, me desculpem plr sumir assim, sem mais nem menos mas é que eu ando meio ocupada esse ano kkk. Olha, infelizmente ainda vou sumir algumas vezes pelo jeito que sou, mas isso não quer dizer que eu desisti da fic ok? E, se por ventura eu desista, podem acreditar que lhes avisarei ok?
Sem mais delongas, vamos à fic!

Capítulo 14 - Memórias


Fanfic / Fanfiction Apenas mais uma garota... - Memórias

- Parabéns pra você,  nessa data querida... - Hoje é meu aniversário de 5 anos, estou feliz. Mas queria que papai estivesse aqui...

O som estridente do sinal indicando que iniciaram as aulas me desperta da minha curta viagem no tempo, me levando ao dia da maldição,  assim o chamo, pois isso que ele foi para mim. Olho para os lados o pátio já está quase vasio, tenho que me apressar antes que o professor não me deixe entrar.

Peguei minha mochila junto com meu celular que estava jogado ao lado de meu corpo e fui às pressas para a classe. Quando cheguei na porta da sala, por certo azar, ela já estava fechada, devo arriscar e pedir licença? Cerrei meus olhos mordendo a ponta da unha do meu polegar da mão direita enquanto meu braço esquerdo abraçava minha barriga. Fiquei assim por uns instantes pensando nos prós e contras de atrapalhar a aula até alguém chegar por trás de mim me dando um susto.

O rapaz bateu com uma certa força controlada na parede à minha direita me chamando a atenção e deixando sua mão repousada lá, como se apoisse na mesma. 

- Pretende ficar ai por quanto tempo? A porta está aí, o que você está esperando? - Disse em um tom grosseiro, por costume,  virei os olhos e cruzei os braços.

- Ahn, talvez esperando um certo delinquente chegar. - Falei em um tom sarcástico enquanto colocava a mão na maçaneta. 

- Quando vai assumir que me ama? - Senti sua respiração perto de meu pescoço e mexas de seu cabelo em meu ombro. Ele está perto.

- Olha Castiel... - Apertei a maçaneta em minha mão e soltei o ar em meus pulmões procurando relaxar. - Talvez no dia em que você parar de ser idiota, o que nunca ocorrerá. - Abri a porta por impulso e acabei chamando mais atenção do que calculei. Logo, todos da sala estam nos encarando. 

- Ora, finalmente o casal apareceu... - Não somos um casal!!! - Já que o sorteio das duplas desse trabalho já foram realizadas e somente vocês dois ficaram sem duplas, um será a dupla do outro. - Disse sorridente o professor de artes. Meus olhos neste momento, se fossem facas, acredito que o professor já estaria esfaqueado da cabeça aos pés. 

- Me perdoe a indelicadeza professor, mas agora estou realmente com vontade de matar um. - Falei com um sorriso cínico. 

- Que maldade Emy... - Falou Castiel me abraçando por trás. - Não está feliz de trabalhar comigo? - Falou alto o bastante para que a sala escutasse e perto do meu ouvido o bastante para que eu me arrepiasse por inteira. Concentrei toda minha raiva do professor mais o bônus que Castiel me dera com esta cena ridícula e dei uma bela cotovelada na barriga de Castiel. 

- Castiel, pelo que eu saiba, nunca lhe dei a liberdade de me abraçar. - Dei uns paços até minha mesa sem exitar. - E não, não estou. - Me sentei deixando todos boquiabertos,  não suporto que me toquem.

Castiel bufou indo para seu lugar e resmungou algum palavrão. Fechei meus olhos apenas escutando a voz do professor explicando a matéria que estudaremos. Sem perceber, a voz dele foi abaixando em minha mente e logo eu escutava apenas meus pensamentos. 

- Mamãe, a gente veio buscar o papai? - Depois da festa, mamãe disse que ia me levar em um lugar, mas que era surpresa. 

- Sim florzinha, nós viemos. - Afirmou ela e eu comemorei sozinha.

O homem que estava conversando com mamãe me deu uma bala com um gosto estranho, e depois, por estar cansada, dormi.

- Emy... - Senti alguém cutucar minhas costas. - Emy! - Rosa sussurrou chamando minha atenção. - Você ouviu o que o professor disse? - Fiz não com minha cabeça encarando a lousa, eu estava atordoada pela lembrança que tivera, o que está acontecendo comigo?  - Olha... - Ouvi ela soltar o ar pesadamente procurando uma forma de me explicar. - Ele disse que o trabalho é para amanhã, ou seja, você terá que fazer o trabalho com o ruivo hoje. Pode deixar que eu falo com o Leigh sobre você faltar no trabalho hoje... - Nesse momento virei contudo encarando-a. 

- Eu não vou faltar no trabalho por isso! - Ela me encarou meio assustada pela minha ação repentina. - Pode ser de quantas páginas forem, eu dou um jeito! Nem que eu tenha que passar a noite em claro! - Eu era a disposição em pessoa, mesmo que eu tenha que provavelmente dormir ao lado do cabeça de fogo, não posso deixar de ir ao trabalho.

- O-OK... se é assim então... - Ela sorriu apoiando a mão no queixo me encarando com uma cara boba. - A... entendi.  Você gosta dele né safadinha? 

- Não! Eu não gosto daquele idiota!!! - Acabei me deixando levar pelo momento e bati as mãos na mesa, tive a sorte da sala estar uma algazarra e ninguém me ouvir. - É... - senti meu rosto esquentar.

- Ha Ha Ha, - Rosa riu gostosamente, como se achasse engraçado meu desespero. - Não precisa se desesperar assim, Emy, foi só uma brincadeira. 

Olhei para ela apertando os olhos como se tentasse ler sua alma. 

- Sei... - Falei desconfiada depois sorri aliviando a tensão. - Então, sobre o que é o trabalho? 

- Você é mesmo bipolar... - Ela me  estudou com os olhos por alguns instantes. - Bem, basicamente vocês terão que fazer um desenho que representa sua vida.

- Mas então por que não fazemos sozinhos? É mais fácil... 

- Pois vocês vão ter que desenhar um desenho apenas sobre o que representa a vida dos dois. - Ela sorriu se divertindo. 

- Mas nossas vidas são totalmente opostas! - Protestei.

- Por isso mesmo, o professor fez isso para que possamos nos conhecer melhor, etc., é como um desafio, entendeu? Para a sala se unir mais. - Pelo seu sorriso deduzi que ela havia caído com alguém conhecido.

- Pra que isso??? - Reclamei me debruçando na mesa. 

- Não é pra tanto. - Ela riu de minha desgraça. - Quando começar verá que não é tão difícil assim, arrisco em dizer que vai até se divertir.

- Eu? Com o Castiel? Me divertir? É mais fácil que chova café. - Ironizei.

- Pois pegue sua xícara pois choverá muito café. - Falou o mau falado que apenas agora percebi que estava sentado na minha mesa.

- Dakota meu querido, se você e o Castiel pararem de aparecer do nada atrás de mim eu agradeço... - Falei em um tom cansado.

- Olha! Temos uma evolução! Ela me chamou de "meu querido", qual seráo próximo, "meu amor"? - Ironizou enquanto brincava com uma mecha de meu cabelo. 

- O que você quer? - Falei impaciente. 

- Nossa! Assim você destrói meu coração! -Dramatizou com a mão no coração. Quando viu que eu não iria me redimir resolveu enfim falar. - Eu e os rapazes estamos combinando de todos fazerem o trabalho na minha casa. Topa?

Suspirei e olhei para o ruivo, cada uma que você me mete em? Se eu disser que não, vou estar sendo egoísta e Castiel também não ia gostar muito, capaz de que ele não faça nada por culpa disso. Parece que não tenho escolha. 

- Quem vai? - Falei impaciente. 

- Ha, apenas os rapazes e algumas garotas. Eu, Castiel, Lysandre, Li, Ambre, Armin, Kentin, Charlotte, Dajan e você se aceitar. - Como eu posso ter tanto azar? Olhei para Rosa pedindo ajuda, ela apenas deu de ombros. A vida realmente não é justa.

- Que horas terei que comparecer? - Ele sorriu.

- Sabia que podia contar contigo putinha. Será às 20h mas se quiser aparecer depois, ficarei feliz em lhe distrair. - Ele sorriu e piscou para mim.

- Não me faça mudar de ideia. Estarei lá no horário. - Me debrucei na carteira.

- OK, pu-ti-nha. - Falou depois foi para o outro canto da sala.

(...)

Estava frio, coloquei meu casaco e depois saí da casa. Agatha já estava ciente da minha saída e permitiu que eu pousasse na casa, o que eu não queria, mas pelo horário parece algo inevitável. 

Olhei para a rua, estava vazia como a barriga de uma criança órfã, sem ter o que comer, se sustentando com a esperança de que uma boa pessoa a ajude, o que não ocorrerá, não no mundo que vivemos. Olhei para os céus,  vazio como a rua, sem nenhuma estrela egoísta para tirar a atenção só pra si. Parece que estou voltando no tempo, naquela noite.

Balancei a cabeça, não é hora para pensar em bobagens. Tenho que fazer o trabalho. Olhei no visor do celular,  19:45, dá tempo de ir a pé. Coloquei os fones e liguei minha playlist de Rock. Segui o caminho dado por Castiel, paços sem pressa, na verdade eu não queria chegar. Infelizmente meus pensamentos fizeram eu chegar mais rápido pela distração. Quando me dei conta, estava parada enfrente à porta. Toquei a campainha. 

- Eu atendo! - Disse uma voz manhosamente irritante,  uma voz que eu conhecia muito bem. Ambre abriu a porta. Ela estava com um top preto e uma minissaia, sua barriga exposta deixava à mostra um piercing no umbigo, ela estava descalça com uma taça de vinho em mãos. - A, desculpa, o puteiro é na outra rua. - Sorriu cínica.

- Pois se sabe então porque não está lá? Faz serviço domiciliar agora? - Fiz cara de quem estava interessada depois virei os olhos. A garota estava prestes a pular em mim quando Dakota chegou e apoiou sua mão no ombro da loira.

- Olha só, finalmente chegou! Todos estavam à sua espera putinha. - Ele sorriu e deu espaço para eu entrar. -Entre. - Foi o que fiz. - A, sua bunda é mais valorizada com esse short, sabia?

- Não olhe! Tarado! - Falei com raiva me virando para ele e tacando minha mochila na sua cara.

- Ha Ha, calma lá putinha. - Ele riu.

- Não me chama de putinha!!! - que beleza, mal cheguei e já estou me arrependendo.

- Calma Emy. - Disse Armin vindo me receber no corredor de entrada. - Vem, estão todos na sala.

- OK... - Peguei minha mochila e segui o moreno. No caminho, observei todos os detalhes: acabamento de madeira, a dança do branco e o preto nos móveis, os vasos caros. Apesar de ser uma casa organizada, moderna e elegante, dava-se para sentir o ar de festa e sexo que a casa eminava. 

- Demorou em Emy! - Reclamou Castiel quando entrei.

- Não enche, são... - Consultei o horário no celular. - 20h e 10 minutos, não é tão longe do horário assim. - Falei enquanto procurava um lugar para me sentar.

- Mesmo assim, atraso é atraso, não importa quantos minutos. Quando combinamos um horário, gostamos que a pessoa chegue na hora.

- Não reclama pois eu poderia nem ter vindo. - Falei encostando na parede após falhar na busca de um lugar para repousar.

- Estava pensando em furar conosco senhorita? - Pronunciou Lysandre. - Saiba que isso não é nada vitoriano...

- Quando se vai para um lugar onde não gosta da maioria das pessoas que vão, é a primeira coisa que lhe vem à mente. E antes que pergunte, não, eu não gosto de você. - Falei fria.

- Credo! Olha o jeito que fala com o Lys! - Falou Li. Olhei pra ela com desprezo.

- Não sou obrigada a dar sorrizinho falso muito menos a fingir que gosto de alguém que não gosto. Até porque eu...

- Já chega Emily! Tudo bem você não gostar dele mas não vou aceitar que fique xingando e desprezando meus amigos! Eles não fizeram nada pra você! - Castiel gritou vindo em minha direção. 

- Amigos não são eternos! - Gritei de volta. Ele colocou as duas mãos uma de cada lado da minha cabeça apoiadas na parede bloqueando minha passagem ou possível fuga.

- Apenas para você! Pois ninguém quer ficar ao lado de uma chata mimada! - Abaixei a cabeça. Ele colocou sua perna entre as minhas.

- Eu sei... - Sussurrei. Não sei bem se queria mesmo que ele escutasse.

- O que foi!? Vai fazer showzinho agora!? Vai berrar!? Ficar depressiva agora que alguém disse a verdade!? - Ele pegou meu queixo com uma mão bruscamente o levantando fazendo-me o encarar. Minhas bochechas eram espremidas entre seus dedos. - Cadê aquela marra toda!? Vamos! Repita! Todos queremos ouvir!

- Eu disse que eu sei! - Gritei e segurei seu braço com as duas mãos o fazendo me soltar. - Eu sei que sou chata, metida, arrogante! Mas eu sou assim! Porque eu não quero mais fingir ser alguém que não sou! Estou cansada de sempre atuar! Estou cansada de fingir que gosto das coisas ruins que fizeram comigo! Eu quero ser eu! Então, se para eu ser eu, eu fique sozinha, tudo bem. Pois eu vou estar sendo eu... eu tenho consciência do que estou fazendo. - Olhei em seus olhos. - Portanto não me falei o que eu já sei.

A sala ficou silenciosa, dava para escutar o barulho do meu coração sambando no meu peito. Droga, acabei falando mais do que devia.

Abaixei o olhar novamente, todos me encaravam, não sei se estavam surpresos ou com mais raiva de mim. Não importa mais.

Acordei sentindo muita dor e ardência na minha intimidade, por instinto, gritei. Fora um grito de dor e desespero, acompanhado de lágrimas. Não conseguia mover meu corpo, eu estava totalmente vulnerável ao homem que se mexia entre minhas pernas. Não foi difícil ligar seu movimento com minha dor.

- Para! Tá doendo!!! - Em resposta à minha súplica ele aumentou a velocidade fazendo triplicar minha dor. Por que ele tá fazendo isso? Eu sempre fui uma boa garota, por quê...? Ele não vê que tá doendo?

Em meio minha visão embaçada, depois de muito esforço, reconheci seu rosto. 

- Papai para! - Gritei com todas as minhas forças, mas não tive resposta a não ser uma dor maior. Olhei para o lado e reconheci a mulher: mamãe!  - Mamãe! Mamãe!  Me ajuda, tá doendo!!!

A única coisa que ela fez, foi virar as costas e sair andando.

Não vi mais céu, não vi mais a chuva que eu tanto gostava de brincar. Apenas aquele quarto, aquela cama na maioria das vezes manchada com meu sangue, homens e mais homens. Velhos, novos, sujos, limpos, drogados, lúcidos, sádicos, insanos... depois daquele dia... o dia que minha vida mudou.

Senti lágrimas esquentarem meu rosto. Droga, não quero isso, de onde elas surgiram? Elas saíram sem avisar, não quero que me vejam, não sabia que minhas lembranças me atormentariam tanto e...

Castiel me beijou. Sim, simplesmente, me beijou. Assim, sem que nem por quê. Só, me beijou. Eu retribui, para esconder minhas lágrimas, elas ainda desciam, então eu podia me arriscar por isso. Não quero que ninguém me veja. É um bom motivo. Minhas mãos estam trêmulas, mas isso não as impediu de segurar inocentimente a camisa de Castiel. 

Ele era viciante, um demônio. Ele me atrae com seu chame e me prende em sua boca, o jeito que dança junto comigo, nós dois em sintonia, uma briga feroz por espaço. Ele é doce, ele é amargo, ele é agridoce, ele é gostoso. Ele é uma droga, eu preciso parar. 

Quando senti que meus olhos fecharam suas torneiras, finalmente separei, antes que eu não conseguisse mais. Olhei para ele vermelha. 

- Está me devendo uma, chorona. - Sussurrou enquanto passava o polegar no meu olho ainda molhado pelo choro.

- Idiota... - Sussurei em resposta. - Obrigada. 

- Você não é de chorar por coisas assim tão bobas... o que aconteceu de verdade? - Ele parecia preocupado, me segurei para não rir. Isso não combina com ele.

- E como pode deduzir isso me conhecendo tão pouco? - Ele me olhou impaciente. - OK... depois te conto, prometo. - Sorrimos um para o outro, OK, o Castiel pode não ser tão chato quanto pensei.



Notas Finais


Então? ??? O que acharam???? Jesussssss esse cap eu me empolguei kkkkk eu até escreveria mais, só que tenho que dormir kkk e vou postar agora pois tem uma certa porcentagem de chances de que tenha apagado toooooda a história quando eu entrar no ep pra continuar de onde parei. Sim, isso já ocorreu VÁRIAS VEZES. ha ha...
Até^^ obrigada por lerem ♡


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