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História Apenas Me Abrace - Segunda Temporada - No rio Han...


Escrita por: Naotin

Notas do Autor


Amôras, devido ao fato desse capítulo ficar absurdamente grande, eu o dividi em dois. Então falta mais um capítulo pra Fanfic acabar kkk aiai...

Capítulo 32 - No rio Han...


Fanfic / Fanfiction Apenas Me Abrace - Segunda Temporada - No rio Han...

Parte 32


Os dias se passaram mais rápido do que o esperado. Você tentou de tudo pra se distrair e deixar seus pensamentos ruins de lado, mas não conseguia. Evitou se cortar, já chegou a amarrar as duas mãos juntas até sua vontade passar, mas foi em vão… chorou todos os dias no chuveiro, pois não suportava mais tanta tristeza.

O Natal chegou e não pôde compartilhar isso com o BTS, apesar desse ter sido um plano deles pra você. Estavam havendo muitos eventos natalinos em Seul e os meninos precisavam comparecer para se apresentarem e promover ainda mais o álbum deles.

O motivo de toda a sua angústia, era nada mais, nada menos que esta época do ano. Não fazia nem dois anos após a morte de sua mãe na noite de Natal… uma noite trágica, a família foi pega de surpresa e desde então sua vida tem virado um caos.

Para uma ARMY, foi de extrema satisfação e alegria descobrir que era filha biológica de Bang Si-Hyuk, o dono da BigHit, empresa encarregada do seu grupo favorito.

Não que isso preencha o vazio de não ter mais sua mãe por perto… isso nunca vai acontecer.

Depois da morte dela, você se mudou pra Coréia do Sul em busca de seu verdadeiro pai e enquanto lutava para convencê-lo disso, seu padrasto não demorou muito para também falecer. Ele havia ficado sozinho, perdeu a mulher que amava e se encheu de remédios até não poder mais respirar. O triste é que você só descobriu isso tempos depois…

Não houve muitos momentos em que pudesse esquecer a perda de sua família, porém Marcos apareceu disposto a cuidar de você. No fundo, ele sabia que você estava sofrendo, mesmo que parecesse preocupada apenas com seu namorado. Seu primo te conhecia perfeitamente bem, qualquer pergunta que fizessem sobre você ele teria a resposta na ponta da língua, mas para Marcos isso não era o suficiente… pois a única coisa que ele não sabia era fazer você sorrir.

Infelizmente, você tinha um receio de chegar perto dele desde que quase se beijaram quando eram mais novos. Sua família insistia para que ficassem juntos e no futuro casarem também, apenas seus pais não eram a favor disso.

Devido a todo o apoio que vinha recebendo, Marcos acreditou que poderia se apaixonar por ele um dia… isso nunca aconteceu.

Mesmo com toda a sua rejeição e palavras duramente frias, ele não deixou de cuidar de você até o último suspiro… as palavras que ele disse antes morrer ainda latejavam em sua cabeça, te fazendo perder noites tranquilas de sono.

“Já é Natal… estou aqui sentada no sofá olhando as fotos dos meus pais e do meu primo chatonildo… eu nunca fiz nada por vocês, me perdoem.”

Os cortes já não funcionavam mais… ninguém saberia o que você estava sentindo, ninguém na verdade sabe a dor de perder alguém pra sempre até passar pela mesma situação.

Ter a certeza de que nunca mais vai sentir o abraço dessas pessoas, ou ouvir a voz delas… ou sentir o cheiro, ver e conversar com elas… doía muito.

Parou um pouco e respirou fundo enquanto fechava lentamente seus olhos. Namjoon havia ensinado uma técnica para relaxar a mente e descobrir o que realmente estava te estressando.

“Um… dois… três… quatro… cinco… seis… sete…”


~

De olhos fechados, você viu sua mãe sorrindo e brincando com seu padrasto na cozinha. Neste cenário, você estava deitada no sofá com seus fones altos nos ouvidos, obviamente escutando BTS. Sem demorar muito, Marcos entra em sua casa e cumprimenta educadamente a todos.

-S/N! Olha, é muita besteira, mas trouxe esse chaveirinho pra você usar na sua mochila.-ele disse, sentando-se no chão junto ao sofá.-Abre os olhos, mulher.

-Dasi run, run, run… Dasi run, run, run neomeojyeodo gwaenchanha… run run run... jom dachyeodo gwaenchanha...

-S/N? O que está cantando? Tia, estou preocupado com sua filha.-ele falou olhando pra sua mãe com um olhar espantado e provocando risadas nela.

-Meu filho, ela está ouvindo aquele negócio de Kpop. Deveria ouvir também, é muito bom.

-Posso fazer isso. Se ela gosta, devo gostar também.

Você olhou pra ele meio brava e tirou um dos fones do ouvido.

-O que quer?

-Olha! Comprei esse chaveiro.

-Pra quê?

-Pra você usar, ué.

-Porque eu usaria isso?

~


No caminho, seus pensamentos estavam barulhentos, não dava pra ouvir a si mesma tranquilamente. Finalmente, chegou na ponte do rio Han, imaginou que olhar para o céu dali seria mais relaxante.

“Um… dois… três… quatro… cinco… seis… sete…”


~

-Que negócio feio!

-Aah, minha senhora... Se eu pudesse te daria estrelas de verdade dentro de um globo de cristal puro, mas não tenho nem super poderes e nem muito dinheiro.

-Meu marido é esse aqui, ó.-Você mostrou em seu celular uma foto do Jimin.-Ele é lindo, um doce, rico, famoso e principalmente… não é brasileiro.

-Volta pra realidade, S/N… você é brasileira, não tem dinheiro e muito menos é famosa. Não sonhe alto.

-Veio aqui pra me atazanar, não foi?

-Não, vim te dar isso. Aceite, por favor.

-Não quero essa droga.-você bateu na mão dele derrubando o chaveiro.

-S/N…

-Vai embora, não te chamei. Quando eu estalar os dedos você vem, OK?

Ele ficou calado, porém seu padrasto foi até a sala e o ajudou a se levantar do chão. Indo até a porta, ele aconselhou o seu primo a não presenteá-la com absolutamente nada. Marcos deu uma última olhada em você e foi embora.

~


“Porquê sempre fui tão arrogante? O que há de errado comigo?”


~

-S/N, você quebrou o seu presente.

-Não me importo.

-Olha, eu sei que não gosta do Marcos, mas não há motivos para tratá-lo assim… ele nunca agiu errado com você.

-Não lembra de quando ele tentou me beijar? Eu era uma criança e ele um adolescente.

-Não exagere. Ele viu que errou, pediu perdão e nunca mais fez isso. Contenha-se e apanha isso do chão.

-Aff.-você pegou o chaveiro que tinha se partido no meio, era uma corujinha de vidro.

~


-Uma corujinha…?-Você olhou para a água que corria calmamente debaixo da ponte. Vendo seu reflexo distante e meio tremido, tentou lembrar se isso realmente aconteceu ou poderia ser apenas sua mente confundindo tudo.

Enquanto isso no Bangtan…

-Finalmente estou em casa, vou ligar pra S/N.

-Prometemos passar a noite de Natal com ela, porque não vai buscá-la, Jiminnie?-sugeriu Jin.

-Verdade… ele não atende.

-Acho que já dormiu.

-Que horas são?

-São 22:46 PM.-Jungkook respondeu.

-Vou lá.

-E se ela estiver dormindo mesmo?-perguntou Taehyung.

-Eu tenho a cópia das chaves da casa dela.

-Porque você tem isso?-Yoongi questionou, um pouco receoso.

-Ela que me deu. Disse que eu nunca iria precisar bater na porta pra entrar.

-Aeeee, rapaz!-Hoseok comemorou, dando algumas risadas.

Após todos brincarem com isso e deixarem o pobre rapaz envergonhado, ele seguiu até sua casa.

Menos de uma hora depois, ele já estava na porta abrindo e entrando no local. Ele olhou todos os cômodos e se surpreendeu ao não vê-la por lá. Ainda tentando te ligar, ouviu seu celular tocando no quarto e o encontrou em cima da penteadeira.

-Aish, pra onde ela foi?-Ainda tentando descobrir seu paradeiro, viu seu Notebook meio aberto e levantou a tela dele pra ver o que tinha. Curioso? Talvez, mas era preciso.

Dizem que a curiosidade mata, mas creio que também pode salvar em muitas situações.

-Ela estava procurando o endereço da ponte do rio Han…-a ficha caiu. Poderia ser exagero, mas ele pensou em suicídio.

Essa ponte é conhecida pela enorme taxa de suicídio anual entre os jovens, principalmente. Jimin pegou o casaco que havia acabado de soltar e saiu às pressas rumo a ponte do rio Han.


Notas Finais


Obs.: Já foi feita uma pesquisa da qual coloca a Coréia do Sul no primeiro lugar num ranking de número de suicídios cometidos no mundo anualmente.

Em média, 14mil pessoas se matam jogando-se de cima da ponte, morrendo afogados no profundo rio que se localiza na cidade de Seul.

O mais assustador é que pelo menos 60% dessas pessoas são jovens e adolescentes que sofreram pressão para estudar, preconceitos por não estar no padrão de beleza, rejeição familiar, depressão, entre outros fatores. Os outros 40% são de adultos que sofrem com desemprego, depressão também e problemas financeiros.

Na ponte existem várias mensagens de artistas famosos que motivam as pessoas a desistirem do suicídio. Recentemente, essa taxa diminuiu em 85% graças a campanhas feitas por grandes empresas e a força de vontade do ser humano em ajudar o próximo.


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