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História Apenas Minha. - E durmo pensando em você a muito tempo


Escrita por: juhjuhDoBieber

Capítulo 17 - E durmo pensando em você a muito tempo


Catherine P.O.V.


- Como faço pra ganhar um beijo?


Não respondi. Vi ele passar a língua entre os lábios e me chamarem pra perto deles, me inclinei no banco em sua direção e grudei meus lábios nos dele, Justin imediatamente colou sua mão na minha nuca e puxou de leve os fios de meu cabelo, sua outra mão foi pra meu joelho, ele apertava e deslizava a mão sobre minha coxa, me arrepiei toda e senti sua língua pedir passagem, deixei já pensando em sentir aquela sensação maravilhosa, entreabri mais minha boca e senti sua língua tocar na minha e recuar, eu queria conseguir fazer o mesmo mas ele não deixava, sentia meus lábios serem sugados e sua língua brincar comigo, me deixando louca. Justin sabia como beijar e me fazer querer ficar ali para sempre. Beijo calmo e delicioso. Arranhava sua nuca toda vez que ele tocava minha língua com a dele e recuava, estava ficando louca com aquele jogo e meu coração batia acelerado, ficamos nos beijando por cerca de um minuto, aquilo estava maravilhoso mas tive que parar, eu devo ter problemas mentais, só acho. Eu realmente precisava parar, estava ficando sem controle de mim mesma, não conseguiria me controlar por mais tempo. Meu rosto estava perto do seu e sentia sua respiração, estava tentando controlar a minha mas Justin me dava selinhos e sua mão na minha nuca estava me tirando o foco. Me afastei e abri os olhos, encarei ele e vi seus lábios vermelhos e úmidos me chamando, respirei fundo e sai do carro, coloquei a mochila nas costas e tentei andar em linha reta, minhas pernas tremiam e minhas mãos soavam, ouvi o barulho do carro ligando e saindo dali, entrei na casa e caminhei até o quarto da Mils, entrei e joguei a mochila no chão, sentei em um sofá e respirei fundo.


- Transaram foi?- Miley perguntou.


- Não, credo. Só nos beijamos e caramba, que beijo. Ele beija muito bem, muito bem mesmo.


- Ele parece ter pegada. Ele é isso tudo que aparenta ser?-Demi perguntou sentando ao meu lado.


- Tudo e mais um pouco. É que vocês nunca ficaram com ele...


- E você deixa?


- Não. Nunca Miley. É meu!- Falei irritada.


- É brincadeira. Bom, vamos sair? Não quero ficar pensando naquele idiota do Fred.- Ela disse e secou uma lágrima.


- Vamos fazer compras, mudar o visual, fazer as unhas, o cabelo e uma limpeza de pele. Meu pai aumentou o limite do meu cartão. Então vamos lá.- Demi disse sorrindo e mostrando seu cartão platinum.
Miley pegou seu carro na garagem e seguimos até minha casa, guardei minha mochila e peguei uma bolsa de lado, seguimos até o shopping e fomos direto pra loja da Prada. Escolhemos alguns óculos e bolsas, saímos de lá direto pro spar. Fizemos uma limpeza de pele, as unhas e cabelos. Saimos de lá para uma loja de roupas.


- Vou sair com o Justin, me ajudem a escolher uma roupa.


- É mesmo. Bom, vamos ver, alí naquela arara tem uns vestidos bonitos.- Demi falou.


- Esse aqui Cat.- Miley disse segurando um vestido vinho e curto.


- Não, vai ser a noite e vai está frio. Acho que vou de calça jeans. Ele disse que vamos em um lugar simples, falando nele. Oi Jus.


Atendi a chamada dele e as meninas me encararam.


- Oi Cat, como tá sendo a tarde com as meninas?


- Até agora legal. Justin, fala sério tá?! Onde vamos?


- Eu já disse que é surpresa. E não precisa se preocupar com a roupa, é melhor e recomendado ir de jeans, tênis e moletom.


- Ah, então nada de mega produção?


- Você é linda, não precisa de tudo aquilo que as mulheres fazem.


- Obrigada.


- Não tenho nada pra fazer, queria falar com você.


- Bom, não querendo te decepcionar, estou com as meninas, quero dá atenção pra elas.


- Desculpa, eu não deveria ter ligado.


- Foi bom você ligar, só que agora estamos ocupadas, eu te ligo mais tarde em casa.


- Então tá bom. Tchau Cat.


Me despedi e encarei as garotas. Guardei o celular na bolsa e olhei os vestidos.


- Esqueçam vestidos. Vou de jeans mesmo. Só quero um look diferente.


Ficamos lá escolhendo algumas roupas, as meninas foram pra casa comigo e me arrumaram pro encontro, não tive tempo pra ligar para o Justin, e quando eu pegava no celular elas brigavam, a tarde era pra ser nossa, e eu não devia falar com o Drew.


- Vou falar pra minha mãe que vamos sair as três juntas, só assim pra ela deixar. Quando falei o nome dele pra ela, não gostou nenhum pouco.


- Sério? Mas por que ela não gostaria dele?- Miley perguntou passando blush em mim.


- Sei lá. Acho que depois que conhecer ele melhor vai gostar, meu pai também não foi com a cara dele.


- Eles também não gostavam do Matt e depois apoiaram. - Demi falou depois de tirar uma foto  dela mesma.


- Eu sei Demi, o Jus é bem legal, meus pais vão gostar.


- Vão sim, mas quem tem que gostar é você.- Miley disse me encarando e sorriu.- Pronta e linda pro gato do Bieber. Aproveita bastante a noite hein.

 


- Com certeza eu vou.- Falei e peguei meu celular, ele tinha acabado de mandar uma mensagem.


"Estou te esperando na portaria do condomínio, iria na sua casa, mas se seu pai me ver, não vai deixar você sair comigo.- Drew"


Eu e as meninas descemos a escada e encontramos meus pais na sala de estar conversando, meu pai me encarou, assim como minha mãe.


- Onde você vai?- Meu pai me perguntou.


- Sabe tio, meu namorado terminou comigo, a Cat e a Demi me apoiaram o dia todo, estou me sentindo um nada, só elas pra me ajudarem. Nós vamos sair um pouco, pra me fazer esquecer dele, não se preocupe, não vamos beber nem fazer nada de errado.- Miley falou entre lágrimas e soluçando, abraçamos ela de lado.


- Sério? O Fred terminou com você? Que idiota querida.- Minha mãe se levantou e abraçou a Mils.


- Então vão, mas não bebam e nem façam nada de errado. Ele é um babaca por terminar com você Miley. Vai encontrar alguém melhor.- Meu pai falou isso e se levantou. Me despedi dos meus pais e quando estávamos no corredor indo pra garagem meu pai gritou: não chega tarde, se for dormir na casa dela me liga.


Entramos no carro da Mils e fomos até a portaria do condomínio, Justin estava encostado no carro e me fitou quando sai do carro. Eu estava usando uma calça de couro preta, um par de coturnos pretos, uma blusa cinza e uma jaqueta preta também de couro, um par de brincos em argolas, meu cabelo estava solto e com cachos leves, uma maquiagem escura e nos lábios apenas um glós rosado. Dei tchau pras meninas pela janela e fui até o Justin.


- Você tá linda.


E pronto, corei feito tomate maduro. Apenas meia sem jeito coloquei o cabelo atrás da orelha, Miley saiu com o carro e Justin abriu a porta do dele pra mim, entrei e coloquei o sinto.


- Acho que você já pode falar onde vamos.- Falei o encarando enquanto ele saia com o carro de frente da portaria.


- Só tenha paciência, confie em mim, acho que vai gostar.


Ficamos em silêncio quase o caminho todo, mas era agradável, ele me olhava e sorria quase o tempo todo, e aquele sorriso é um dos mais lindos que já vi. Eu estava um pouco assustada, passamos por um bairro perigoso, o lado da cidade que eu nunca vim.


- Não precisa ter medo, ninguém vai mexer com você, não vou deixar nada acontecer.


Ele me transmitiu calma, mas isso foi embora quando entramos em uma rua de terra, só havia mato de ambos os lados, subimos essa rua por um bom tempo, não conseguia ver nada além da luz que o farol iluminava.


- Justin...


- Não é o melhor lugar pra trazer uma garota, nunca fui o cara que leva meninas para encontros, não sei bem como fazer algo legal, mas esse lugar é especial pra mim.- Ele falou e parou o carro, abriu a porta e me ajudou a sair, estava muito escuro e frio, olhei ao redor e percebi que estávamos em uma montanha, e lá em cima da linha do horizonte a lua estava linda.


- A lua tá linda hoje.


Olhei ao meu lado e Justin não estava, meu coração acelerou mas logo vi ele aparecer com galhos de madeira nas mãos, caminhei até ele o qual me deu a chave do carro.


- Tem uma cesta de piquenique no porta malas, pega lá, vou fazer uma fogueira.


Sei lá,  mas naquele momento era como se fôssemos amigos à muito tempo, estava me sentido bem, mesmo depois do susto, abri o porta malas e peguei a tal cesta, voltei até o Justin e ele estava arrumando os galhos.


- Choveu Jus, será que vai pegar fogo?


- Vai sim. Vai demorar um pouco, mas aqueles galhos ali estão secos, vão ajudar à queimar. -  Apontou para debaixo da árvore. Segurei a cesta, pos não iria a colocar no chão sujo e molhado.


- Onde coloco a cesta? Ela está pesada.


- Ah é, esqueci desse detalhe. O chão tá molhado. Ai como sou burro. Nem pra mim ter te levado pro cinema, ou outros lugares normais. Te trouxe pro fim do mundo, no frio e pro mato. Maravilha!!!- Ele falou irritado, se levantou do chão e ficou andando de um lado pro outro, fui até ele e o parei, fitei seu rosto e sorri.


- Tá tudo bem. Me conta, como planejou que seria a noite? Vamos curtir já que estamos aqui, eu gostei do lugar, tirando os mosquitos chatos. Termina de fazer a fogueira, a gente deixa a cesta no carro, e se quisermos comer algo pegamos lá.


- Tudo bem. Me desculpe. Eu queria te trazer pra um lugar onde podessemos conversar, nos conhecer melhor sozinhos, sem ninguém por perto.


- Tá tudo bem de verdade. Agora, faz a fogueira que estou ficando com mais frio. Ali tem um tronco grande, eu te ajudo a trazer pra cá, colocamos a toalha de piquenique em cima pra não sujar nossas roupas e sentamos lá. Problema resolvido.


Ele parecia nervoso, fiz um carinho em seu braço e ele respirou fundo, me encarou e foi fazer a fogueira, guardei a cesta de volta no carro e fui ajudar ele com o tronco, mas Justin pegou sozinho (OK, confesso que me surpriendi), colocou do lado da fogueira, dobrei a toalha e polsei sobre a madeira, Justin pegou o violão e começou a dedilhar.


- Que música quer ouvir?


- Não sei, qualquer uma que quiser tocar.


Ele me olhava e sorria, a claridade do fogo iluminava seu rosto e me fazia ver aquela beleza ao meu lado. Não conhecia a música que ele estava cantando, mas sua voz era linda. Depois que finalizou colocou o violão do lado.


- Eu vir um piano na sua casa, você toca?


- Toco sim. Toquei várias vezes na escola, mas foi antes de você chegar.


- Queria te ouvir tocar.


- Talvez um dia, faz um bom tempo que não toco, toquei esses dias.


- UE, por que não toca mais?


- Sei lá, de uns tempo pra cá perdi o ânimo pra tocar, acho que, desde que o Matthew foi embora.


- Ficou depressiva por causa dele? Se ele te amasse não faria você sofrer. Você ainda gosta dele?


- Não. Agora somos apenas amigos, não quero tentar  e sofrer novamente.


- Amigos? Ele quer te conquistar novamente, mas eu não vou deixar isso acontecer, você vai ser a minha garota.


Ele falou tão próximo de mim, seu rosto esta a centímetros do meu e senti sua mão acariciar meu rosto.


- Quem sabe você consiga me conquistar.


- Achei que já estava conseguindo.


- E está.- Falei e encarei seus olhos cor de mel,  vi um sorriso se formar em seus lábios.


- Fico feliz em saber disso Cat.- Ele falou sorrindo e beijou o canto de minha boca, se levantou e pegou a cesta no carro.- O chão pode estar molhado, mas não vai sujar os alimentos de dentro. Gosta de marshmallow assado?


- Adoro. Faz tempo que não faço isso, fazia com meus pais, acampavamos em todas as férias, sempre em estados diferentes.


- Que legal. Eu também acampava com meus pais. E por que não acampa mais?


- Meus pais falaram que era perigoso, desde que um urso apareceu em nosso acampamento. Foi bem engraçado.


Eu comecei a rir ao lembrar da cena, Justin me encarava tentando entender o motivo da minha risada.


- Conta como foi então.


- Era fim de tarde, meu pai tinha voltado do rio, e atrás dele vinha um urso, eu e minha mãe vimos e ficamos assustada, meu pai virou-se e saiu correndo quando viu, e o urso correndo atrás. O engraçado foi que, meu pai corria em círculos e o urso também.


- Sério?


Justin agora ria comigo, enquanto colocava os marshmallows nos espetos.


- Sério! E ficaram correndo por minutos, eu e minha mãe sentamos e ficamos olhando, o urso se cansou e foi embora, meu pai nem percebeu e ainda deu duas voltas.


- Que louco. Essa cena faria muito sucesso na internet.


- Pois é. Bons tempos.


- Cat, chama ele pra acampar. Tem um parque só pra isso, e lá não tem ursos. É uma chance de você se divertir com seu pai e ele não ser atacado.


- É, boa ideia. O bom de comer marshmallows assado na fogueira é que...


- Tem um sabor diferente, fica mais gostoso.


- Falou o que eu ia falar.


- Almas gêmeas.- Ele disse sério e depois riu, assim como eu. Ele ria de uma maneira tão gostosa. Paramos de rir e quando fomos comer os marshmallows eles tinham queimados, até os palitinhos de madeira tinham queimados.- AFF, vamos comer outra coisa. Quer sanduíches? Bolo? Fruta?


- Quero um sanduíche. Afinal,  quem fez?


- Com certeza não fui eu. Minha mãe, sua futura sogra. Ela falou assim: "vou fazer unas coisinhas pra garota que está fazendo milagre no meu filho. Ela merece."


Ele me deu um e pegou outro pra si, o fogo nos esquentava e estava muito bom aquele calorzinho. Eu sorri ao ouvir o que ele disse.


- E como foi que eu fiz milagre em você? Quero dizer, a gente nem começou nada e nem tivemos tempo pra mudar você.


- Segundo sua sogra, estou diferente, mas quieto e sorrindo mais.


Ele falou e olhou pra mim, sorri para ele e foquei na madeira queimando.


- E isso é verdade? Está sorrindo mais?


- Pra você vê, quase não sorriu mas todos estão falando que sim, então eu estou começando a acreditar.


- Bom saber disso, que sou motivo de alguém sorrir. Pelo menos "te mudei" pra algo bom.- Fiz aspas com os dedos e joguei na fogueira as cascas do pão.


- Cat, você é meu motivo de sorrir à um bom tempo, mesmo sem saber disso.


Não falei nada, apenas sorri ainda olhando as chamas, comemos em silêncio, o vento veio forte e soprou a fumaça em nossa direção, e meu cabelo voaram ficando bagunçado. Me levantei de pressa, assim como o Justin e fomos para o lado oposto.


- Que vento filho da mãe, meu cabelo está todo estranho agora.-  Ainda ventava e eu tentava arrumar meu cabelo.


- Como você faz isso?


- Faço o que?


- Continua linda mesmo descabelada.


Eu não falei nada, nem deveria. Ficamos uns segundos em silêncio enquanto eu arrumava meu cabelo.


- Tá bagunçado ainda?


Ele se aproximou mais de mim e arrumou alguns fios que estavam pro alto, seu rosto estava a centímetros do meu, ele desviou o olhar de meu cabelo para meus olhos e em seguida pra meus lábios, umideceu os seus e entreabriu a sua boca.


- A regra dos encontros é eu te beijar só quando eu te levar pra casa, mesmo querendo quebra-la agora.- Ele falou tão próximo de mim,  meu coração estava acelerado e eu mal conseguia respirar.- Vamos pra outro lugar? Esse encontro não foi uma boa ideia ser aqui. Ainda posso salvar essa noite?


- É, claro.


Consegui responder e quando ele sorriu e se afastou eu respirei fundo.


- Que tal um filme? Como todos fazem? Não sei onde estava com a cabeça pra te trazer aqui.


- Eu gostei daqui, talvez um dia, quem sabe se estivermos juntos possamos voltar aqui?! Mas cinema? Estou fedendo a fumaça.


-  Nós vamos voltar muitas vezes aqui ainda, e onde vamos ver o filme ninguém vai chegar perto de você, só eu.


Ele falava enquanto despejava uma garrafa de água sobre a fogueira, subiu uma fumaça e corri para o carro, onde ela não chegava, fiquei do lado de fora esperando o Justin e quando ele veio, trouxe a cesta e o violão.


- Entra, vou jogar mais água lá, não posso deixar nenhuma brasa.


Entrei como ele falou e coloquei o cinto, ele foi lá e depois de dois minutos voltou, colocou o cinto, deu ré e fez a volta, descemos pela rua de terra, fizemos o mesmo percurso novamente até um bairro de classe média, onde já me sentia mais segura, Justin me olhava e sorria as vezes.


Chegamos em um tipo de estacionamento gigante, lá na frente uma grande tela e caixas de som espalhadas em postes, Justin parou o carro e tirou o cinto e abriu a porta.


- Gosta de hot-dog?


- Nunca comi, na verdade.


- Sério Cat? Aqui tem um maravilhoso, quer experimentar?


- Adoraria.


Ele saiu e ficou alguns minutos lá fora, enquanto isso prestava atenção no filme de comédia que passava, eu rir algumas vezes, quando ele voltou me entregou um hot-dog e uma latinha de refrigerante, mordie aquilo e senti um sabor diferente e muito gostoso em meu paladar.


- Isso é muito bom.- Eu falei ainda com a boca cheia, se minha mãe visse isso me mataria com certeza, Justin riu e concordou com a cabeça.


Comemos e demos risadas entre o filme, eu adorei aquele lanche. O filme acabou e Justin ligou o carro.


- Já está um pouco tarde.- Disse olhando as horas no meu celular, quase onze da noite.


- Então, sem chance de te levar pra outro lugar? Qualé, hoje foi um péssimo dia, não fiz nada de legal, nem tive tempo de te mostrar como realmente sou.


- Acho que se eu chegar tarde em casas meus pais não vão se importar, afinal estou com a Demi e a Mils. Né?!


Ele sorriu e acelerou mais o carro, parou em uma rua estranha, desceu do carro e pegou a cesta no banco de trás, sai do carro e parei ao seu lado, não estava assustada como mais cedo, a rua tava pouco iluminada e caminhei lado a lado com o Justin, ele abriu a porta de um prédio velho e lá dentro estava totalmente escuro, ele segurou minha mão e me ajudou a subir a escada, eu não enxergava nada, só não cai pelo fato dele está segurando minha mão, passamos um bom tempo subindo e eu não aguentava mais, ouvi um barulho e a porta foi aberta, entrou uma claridade e continuamos andando, ainda estávamos de mãos dadas e não me incomodei com aquilo, era até gostoso o calor de sua pele na minha, meu estômago estava embrulhado e fiquei um pouco nervosa, mas estava gostando. Estávamos no topo do prédio, dava pra ver toda a cidade de lá, Justin me olhou e sorriu, depois olhou para nossas mãos.


- Gosto de vir aqui pensar um pouco, isso é bem clichê mas é verdade.- Ele disse e se afastou, sentou no parapeito e me encarou.


- Aqui é bem legal e também clichê.


Eu rir de leve e sentei do lado dele, olhei para meus pés e vi a altura em que estávamos, agora eu senti um medinho.


- Sou péssimo com essas coisas.


- Que coisas?


- Encontros. É a primeira vez que faço isso.


- Sério? Mas e a...


- Eu e ela não tivemos nada, a gente só ficou umas vezes, ela não faz meu tipo e sempre soube disso, ela tava afim só de ficar também. Estou me explicando antes que pense algo errado de mim.


- Eu realmente iria pensar. Então, sem chances de namorar com ela?


- Eu e ela namorando? Credo. Sem chances mesmo, gosto de outra, uma de olhos verdes.


- Ata, eu conheço?


- Acho que não, mas ela detesta mosquitos e nunca tinha comido hot-dog.


OK, onde coloco minha cara? Não falei nada e ele também, pegou na cesta duas latinhas de refrigerante, me entregou um e brindamos.


- Me conta, o que pretende fazer depois da escola?


- Não sei, acho que viajar pelo mundo. Não tem uma profissão que eu queira seguir. E você?


- Também não sei, viver com as coisas planejado é chato, gosto de curtir. Eu tenho planos, claro,  mas não são pra agora, na verdade agora só quero aproveitar o momento.


- Viva la vida!


Gritei e foi ótimo gritar naquele lugar, ele me encarou e riu.


- Isso, viva la vida.- Ele repetiu a última parte e gritou como eu. Rimos e depois suspiramos.


- Foi legal.


- Bem legal. Vamos fazer novamente? No três, um, dois, três, VIVA LA VIDA...


Gritamos juntos e quando levantei os braços deixei a latinha cair, olhamos para baixo e vimos ela cair como uma pedra na cabeça de um cara que passava lá em baixo, como ela estava meia deve ter doido pra caramba, ele olhou pra cima e foi quando eu gritei pedindo desculpas. Justin caiu na gargalhada e até chorou de tanto rir.


- Ok, foi engraçado.


Tá legal, ele rindo era legal de se ver e ouvir. Quando finalmente parou, respirou fundo e me encarou.


- Faz tempo que não ria tanto. Você viu a cara dele? Tipo, caraca, chuva de latinhas. Foi hilário.


- Foi mesmo. Acho que ele se machucou.


- Só deve ter feito um galo, mas veja pelo lado bom, ele vai ter uma boa história pra contar quando chegar em casa.


- Uma ótima história.


- Por que não tem unhas grandes como todas?


- Você percebeu isso? Como diz minha mãe, não sou todo mundo, não tenho paciência pra cuidar de unhas grandes mesmo indo sempre no salão, gosto mais delas pequenas e eu já me machuco bastante com elas desse tamanho.


- As vezes, de longe você parece a filhinha do papai, mas te conhecendo melhor, graças a Deus não é.


- Sério que acha isso?


- Só em pequenas coisas. Não se preocupe, tem mais patricinhas no colégio do que você.


- Um bando de frescurentas. São tão irritantes.


- Pensei que mulheres se entendessem quando começassem a falar de sapatos e garotos.


- Nem sempre, eu não gosto das garotas de lá, são falsas e muito esnobes, as únicas que não, são Demi e Mils.


- Percebi isso. Vocês se conhecem desde quando?


- Cresci com a Mils, a Demi chegou na cidade quando estávamos na quinta série. Faz alguns anos.


- Nossa, que legal. A amizade de vocês é bem legal.


- É mesmo, amo elas, não poderia ter amigas melhores.


- Um dia serei incluso nessa frase.


- Quem sabe.


- Gostou do filme?


- Adorei. E aquele lugar é incrível, nunca pensei que tinha aquilo aqui, pensei que era só em filmes.


- Inclusive hot-dog?


- Esse não. Minha mãe fala pra não comer nada dessas barraquinhas de rua, mas já comi várias coisas. As vezes ela enche o saco.


- Posso imaginar. Querem que você seja a perfeitinha?!


- Tipo isso, mas eu não quero. Não me importo com que os outros falem, mas eles sim.


- Então eu sou o cara que vai te levar pro mal caminho?


- Se o mal caminho é ficar olhando as estrelas, ou a cidade do alto, eu adorei estar entrando nele. Falei um monte de mim, sempre falamos de mim, não sei nada sobre você.


- Meu nome não é suficiente?


- Não. Onde você morava antes de vir pra cá?


- Roma, passei dois anos lá, mas nasci aqui, estudei em Montes Clarks antes de viajar.


- Alto padrão esse colégio. Como era em Roma?


- Ele não é tão alto padrão quanto esse que estudamos. Era legal, mas sentia falta daqui. Lá não tem meninas bonitas como aqui.


- Lá deve ter meninos bonitos. Tem?


- Não mais, eu sai de lá. Canadá que eu saiba, é a terra de gente bonita.


- Convencido!


- Convencido mesmo, é a verdade.- Ele sorriu e pegou uma maçã.


- Vou te interrogar. Qual seu tipo de música favorito?


- Rock, também gosto de Rap e pop.


- Qual comida preferida?


- Espaguete com certeza. Você precisa experimentar o espaguete da minha vó.


- Adoro espaguete. Quando é seu aniversário?


- Já passou.


- Ata, mas quando é?


- Isso não importa, não gosto de aniversários.


- Como não? É um dia importante. Bom, se não gosta mudo de assunto. Um lugar que quer muito ir?


- Oakland. Queria visitar e vê o tal...


- Poço do dinheiro. Eu também. Acho que lá realmente é uma maldição.


- Você gosta dessas coisas de tesouros, lendas antigas?


- É um dos motivos pra mim estudar vários tipos de línguas.


- Quais você fala? Fora o inglês e o latim, e também o francês.


- Grego, sueco, espanhol, português, russo e estou começando com chinês.


- Eu mal sei o inglês e o francês. Poderia me dá umas aulas né?!


- Claro, na terça depois da escola você pode ir lá, não terei aulas nesse dia.


- Vai ser legal.


Ficamos conversando bastante, o conheci melhor e ele à mim. Rimos, comemos e trocamos olhares, era quase meia noite quando entramos no carro, Justin foi contando piadas sem graça, mas ele ria e aquilo era engraçado, passamos pela portaria do meu condomínio e ele parou o carro uma casa antes da minha para que meus pais não vissem.


- A noite não foi das melhores, mas se ainda quiser sair comigo posso conseguir ingressos pro final...


- Final do campeonato de hóquei?


Qualé, se ele falar sim eu tenho um treco. Faz um tempo que não vejo hóquei ao vivo, e a seleção canadense vai jogar.


- Sim. Você quer?


Não consigo responder, meu coração tá batendo tão alto que não posso falar, não sai som de minha boca, abro e fecho várias vezes até sair um ruido que se pode tentar entender como um "sim".


- Então amanhã te falo que horas venho te buscar. Vai ser um jogaso.


- Vai ser mesmo. Bom, obrigado pela noite, me diverti muito e com certeza foi uma das melhores da minha vida.


- Sério? Não foi a pior?


- Não, foi diferente e muito legal. Adorei.


- Só da noite?


- Da companhia também.


Eu falei e sorri, vi ele sorrir também e abrir a porta do carro, quando fui abrir a minha também ele ja estava do outro lado abrindo e me ajudando sair de dentro.


- Obrigado mais uma vez, e bom, boa noite.- Falei arrumando a alça da minha bolsa sobre o ombro, estava encostada no carro e ele parado em minha frente. Esperei alguns segundos e ele não disse nada, quando me virei pra começar andar ele segurou minha cintura e me puxou para perto dele, sua outra mão foi pra minha bochecha, seu polegar acariciou minha pele e em seguida passaram sobre meus lábios, seu rosto estava perto do meu, sua testa estava encostada na minha, eu fiquei nervosa e ansiosa para o momento seguinte, ele me olhava nos olhos e quando senti seus lábios encostarem nos meus enquanto ele falava "na regra dos encontros, é agora que te beijo", senti uma coisa lá embaixo, vocês sabem ondem meninas,  sua mão foi da minha bochecha para a nuca, ele entrelaçou os dedos nos meus fios de cabelo, levei minhas mãos para seu rosto, deixei uma lá e a outra passei pelo tórax coberto pelo moletom e mesmo assim senti seu tanquinho, fiz um carinho em sua bochecha e ele desfez o espaço que havia entre nós, seus lábios grudaram nos meus, sua mão sorrateira adentrou meu moletom e apertou minha cintura tocando minha pele, me arrepiei toda e respondi pressionando mais sua cabeça contra a minha, meu coração disparou e minhas pernas ficaram bambas quando algo encostou em minha coxa, e com toda certeza não era minha bolsa, meu sangue esquentou e um calor percorreu meu corpo.


Justin me prensava contra o carro e cada vez mais seu corpo no meu, seu pênis estava dando sinal de vida e o Drew sabia e queria que eu também soubesse, meus lábios eram sugados com pressa e precisão, arranhei sua nuca e ele sorriu entre o beijo, mordeu de leve meu lábio inferior e voltou a me beijar. Foda-se que estamos na rua e o que vão pensar sobre mim, eu só queria beijar-lo, não me importo que meu pulmão esteja quase explodindo e implorando por ar, continuei o beijo até onde consegui. Com minha mão em seu peito o empurrei suficiente pra poder respirar, e mesmo com apenas centímetros nos separando ainda podia sentir o calor, Justin encostou sua testa e iria me beijar novamente, levei minha mão para seu rosto, onde com o polegar impedi que ele me beijasse novamente, ele sorriu e segurou minha mão, vi ele mexer a cabeça e parar ao lado da minha, suspirou perto de minha orelha e com a voz falha ele sussurrou: Quero que durma pensando em mim.

- Acho que isso não vai acontecer.


Eu não posso me entregar de bandeira pra ele, suspirei fundo e o afastei de mim, parou em minha frente e olhando em meus olhos sorriu.


- Eu sei que vai.


- E você?


- Já estou me odiando por ter que te deixar, e durmo pensando em você a muito tempo. Boa noite Catherine, é melhor entrar agora, vai chover.


- Boa noite Justin, cuidado nas ruas, é perigoso dirigir enquanto chove.


Sorri e arrumei novamente a alça da bolsa, caminhei até minha casa e de frente do portão acenei, ele retribuiu e continuou me esperando entrar, assim que entrei em casa ouvi o barulho do carro saindo, fui pro meu quarto e no corredor dei de cara com meu pai



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