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História Apenas um covarde mentiroso - Ani bigeophan liar


Escrita por: Kori-No-Tenshi

Notas do Autor


Eu não ia escrever essa bagaça, mas eu TINHA que bolar teoria sobre a música/ MV e deu nisso.
Eu nem gostei muito, o final não ficou como eu queria mas fazer o que? é a vida .
Essa história foi betada pela Kets ( Minha uke {APANHA}) que ainda vai me aturar muito nessa vida

Capítulo 1 - Ani bigeophan liar


Esta é uma bela mentira

A minha última mentira

Mesmo que doa à morte

Eu estou me escondendo

Sob uma máscara para você

 

— Leo! Faz alguma coisa, você não pode deixar ela ir! -Ouvia o rapaz ao seu lado gritar desesperadamente, enquanto o mesmo se apoiava no batente da porta do quarto, fitando a garota que retirava suas roupas do armário e as guardava na mala aberta em cima da cama e parando ocasionalmente para enxugar as lágrimas, que escorriam por seu rosto delicado. -Leo, você tem que impedir isso!

Ignorou os gritos do rapaz e voltou a fitar o que tinha em mãos. Não precisou de muito para adivinhar o que aquele pedaço retangular de papel era, no momento em que viu as letras cursivas escritas em dourado, contrastando contra o negro do papel cartão que possuía adornos delicados. Era um convite de casamento. Casamento da mulher que se preparava para deixar sua vida. Não a culpava por isso, ela merecia mais do que um cara, em plenos 25 anos, esquizofrênico e que não sabia como demonstrar sentimentos por alguém. Só esperava que o futuro marido dela a fizesse feliz da maneira que não havia conseguido, pois ela realmente merecia alguém que pudesse lhe dar todo o amor e carinho que não pudera. Levantou os olhos do delicado convite e fixou o olhar no rapaz a sua frente, que gritava consigo, tentando a todo custo obrigá-lo a fazer algo para não deixá-la ir. Fitou cada detalhe do homem, que era seu oposto, possuia o cabelo acinzentado que destacava a pele levemente bronzeada do sol e as tatuagens que corriam por seus braços até a ponta dos dedos. Seus olhos transbordavam em lágrimas de desespero, enquanto o mesmo andava de um lado para o outro dentro do pequeno apartamento, seguindo de perto as ações dela e tentando impedir que a mesma proseguisse, mas não podia fazer nada. Ele não existia fora de sua mente, nunca conseguiria fazer algo fora de suas alucinações e, embora negasse com todas as forças, ele era parte de Leo.

O rapaz que se auto-denominava Ravi, estava consigo desde que se entendia por gente. Ele era tudo o que Leo não era. Confiante, extrovertido, sentimental,explosivo e brincalhão, mas era apenas um fruto de sua mente perturbada e ninguém além de Leo podia vê-lo e nunca conseguia fazer nada a menos que tomasse controle das ações do outro.

Ouviu o barulho da cadeira a sua frente sendo arrastada e voltou seus olhos para a mesma, ela estava lá, lhe encarando com as malditas lágrimas, que continuavam a manchar-lhe a face gentil. Partia-lhe o coração saber que o motivo do pranto da amada era si mesmo e que não podia fazer nada para mudar isso.

— Leo, eu não queria que isso acabasse assim, sabe que eu te amo e que queria uma vida ao seu lado, mas não dá pra continuar com isso. -A ouviu dizer entre soluços, viu Ravi se ajoelhar ao lado dela e, mesmo que o acinzentado soubesse que era inútil, ainda tentava alcançá-la com suas palavras, murmurando as mesmas palavras várias vezes.

"Não vá"

"Eu te amo"

"Não me deixe, por favor!"

"Nós podemos resolver isso juntos"

"Não posso viver sem você"

 

Quando ela percebeu que não teria resposta, apoiou o rosto no tampo frio da mesa, como se desistisse e em um último esforço, deslizou as pequenas mãos sobre o granito em sua direção, tentando lhe alcançar. Não iria se mover, não podia arruinar a chance dela de ser verdadeiramente feliz, mesmo que quisesse ter os delicados dedos entre os seus, novamente não o faria.

Porém antes que pudesse perceber, Ravi o obrigou a segurar os dedos entre os seus e estaria mentindo amargamente se negasse o quanto sentia saudade do encaixe perfeito que suas mãos tinham com as dela e do calor aconchegante que transmitiam. Viu a mesma levantar o olhar assustada, porém os olhos tinham um brilho de esperança, que lentamente morreu, enquanto deixava que os dígitos dela escorregassem lentamente por entre os seus e, em seguida, voltava a se afastar para abraçar os joelhos contra o peito e fechando os olhos. Mas voltou a abrí-los, quando ouviu o tilindar característico de chaves. Focou o olhar no tampo da mesa, observando as chaves prateadas presas a um pequeno chaveiro que possuía a inicial de ambos. A cópia da chave do apartamento em que morava e que havia dado a ela como presente no quarto aniversário de namoro.

Sentiu o nó se formando em sua garganta e a visão ficar nublada por conta das lágrimas que se recusavam a derramar, caso o fizesse, ela voltaria atrás em sua decissão e ficaria ali consigo e isso era algo que não podia permitir. Ergueu a mão e estendeu-a na direção do pequeno chaveiro prateado, porém antes que conseguisse tocá-lo, foi impedido por uma mão coberta de tatuagens que surgiu por baixo da sua, jogando o objeto para longe, fazendo o tilindar ecoar pelas paredes do cômodo.

Voltou seu olhar para o rapaz ao seu lado, que tinha o rosto manchado pelas lágrimas, que escorriam desenfreadas pela tez bronzeada, enquanto o mesmo o encarava demonstrando toda a raiva, o medo e o desespero que sentia em um único olhar. E a voz grave do rapaz se fez presente no local:

—Não vou deixar você fazer isso comigo,conosco! Não dessa vez! -Pronunciou, entre dentes, antes de se virar para ela, porém a cadeira jazia abandonada e ela permanecia parada no batente da porta, puxando a pequena mala que continha os seus pertences e tentava enxugar o rosto com os pequenos punhos, enquanto lhe dirigia um último sorriso triste e murmurava algo que identificou-se sendo um "adeus", antes de finalmente se virar e ir embora. Dessa vez para sempre.

Eu não vou agarrar você, eu vou sorrir

Este sou eu, não hesite mais

Deixe-me

Ouviu o grito desesperado de Ravi ao seu lado, enquanto o mesmo tentava correr na direção que ela havia tomado, mas antes que o mesmo tivesse êxito, o segurou pelo punho, o puxou e o abraçou pelas costas para imobilizá-lo, mas mesmo que o rapaz, que agora se debatia em seus braços, fosse apenas uma criação de sua mente, isso não tornava a tarefa de contê-lo mais fácil.

—Me larga! Ela não pode ir! -Ouvia os protestos do acinzentado, enquanto o mesmo tentava a todo custo se soltar, mas não conseguia por conta do aperto de aço que Leo mantinha ao seu redor. -Nós amamos ela! Ela não pode nos deixar! Ela foi a única que nos aceitou!

—E é tão difícil assim deixá-la livre para ser feliz, Ravi? -Pela primeira vez naquele dia fatídico, pode-se ouvir a voz suave do rapaz de madeixas negras, a voz embargada denunciava que agora as lágrimas escorriam livres e desenfreadas por seu rosto, enquanto este tentava manter o acinzentado sob controle. -Ela não será feliz conosco, não podemos dar  tudo o que ela merece e você sabe disso, não é?

Sentiu Ravi amolecer em seus braços e o pranto do mesmo ecoou pelo quarto, logo ambos estavam ajoelhados no piso frio do apartamento, chorando nos braços um do outro. Os soluços do acinzentado eram audíveis, enquanto o moreno apenas deixava que as gotas salgadas lhe manchassem a pele alva e logo a realidade lhe atingiu. Aquele era o seu destino, morreria assim. Solitário e apenas com sua mente perturbada para lhe fazer companhia até que sua vida acabasse.

Eu me sinto tão aliviado agora

Por favor, não se preocupe comigo

Oh, eu sou

Eu sou um belo

Não, um covarde mentiroso


Notas Finais


Eu vivo de comentários, se gostaram deixem a minha fonte de sustento por obséquio


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