História Apenas um pequeno sociopata - Primeira consulta

- Ora ora, se nao é meu novo Paciente, Bill Cipher né? - Stanford fala sentando em uma cadeira aparentemente nao muito confortável. 

- Sim... Você é meu novo psicologo hum? - perguntei com um sorriso falso no rosto, todos me viam como um garoto gentil, mas com problemas psicológicos,  mal sabem eles que se eu pudesse, matava a todos. - Prazer senhor StanFord Pines.

- Ora, pode me chamar de Ford apenas, meus pacientes também são meus amigos Bill. - ele responde alegre, dando alguns tapinhas no sofá onde era pra eu me sentar, então sentei. - Bem, antes de começar quero avisar algumas coisas.

- Diga.

- Estou aqui pra ouvir verdades Okay?  Se mentir saberei disso, deverá ser completamente sincero, e no final, na última consulta você deverá decidir se sua história poderá ser publicada em programas de TV.  - Eu assenti, não havia o porque de mentir sobre nada. - Todas as consultas será de segunda, quarta e sexta feira, às 9:30. 

- Tudo bem, me lembrarei disso.

- Okay garoto, é hora de começarmos. - Ele saiu de sua cadeira para pegar um caderno vermelho da prateleira e uma caneta preta, e novamente se sentou. - Agora me conte, Bill... sua infância. 

- quando eu era garoto eu vivia trancado dentro de casa. 

- Você não podia sair de casa? 

- Não.  

- porque? 

- Meu pai tinha medo que eu o denunciasse. 

- Tudo bem... Por que ele tinha medo que você o denunciasse? 

- Todos os dias, quando o meu irmão mais velho não estava, o Papai me machucava com tudo que tinha em casa.

- Me conte mais sobre isso. 

- Todos os dias o papai ia no meu quarto de madrugada e abusava de mim, claro que fechava todo o lugar, as vezes fazia isso enquanto me batia, todos os dias ele me obrigava a masturba-lo e sempre me deixava sozinho em casa, sem ele, e sem meu irmão, ele me obrigava a limpar toda a casa, se eu falhasse em algo, eu apanharia mais naquele dia.

- Quantos anos você tinha nessa época? 

- sete...

-,Você mencionou um irmão mais velho, me fale sobre ele.

- tá.

- Qual era o nome dele?

- Will Cipher.

- Sua idade.

- Dez anos. 

- Me conte tudo sobre ele.

- Will era meu irmão mais velho de sangue, ele sabia de tudo que acontecia comigo, mas não fazia nada porque ele tinha medo de essas coisas acontecerem com ele também... Então ele fingia que nada acontecia, ele via várias manchas na minha pele, mas ignorava.

- Will era igual ao seu pai? Ele te batia?

 - Não, Will era meu único amigo, ele brincava  comigo quando o papai não estava por perto.

- Onde estava sua mãe nisso tudo?

- Mamãe morreu há dois meses depois que eu nasci, ela foi assassinada. 

- Você sabe quem a matou? 

- Sei...

- Quem? 

 - O papai...

Ford pareceu assustado, mas continuou com as perguntas. 

- Você sabe por que seu pai te batia?

- Sei..

- Me diga, por que?

- Um dia enquanto ele estava me obrigando a fazer aquilo com ele, ele disse " Você é um desgosto, tem os mesmos olhos da sua mãe. " 

- Então seu pai odiava sua mãe?  

- Não, ele a amava mais do que tudo.

- me explique tudo isso.

- Antes da mamãe nos ter, ela é o papai eram muito felizes, antes, o Papai tinha problemas psicológicos,  ele falava que as vezes era possuído por demônios,  mas depois que conheceu a mamãe,  ele mudou. Will me falou que ele a matou em uma briga, parece que a mamãe não gostava mais dele como gostava antes, e acabou por trair ele, e quanto ele descobriu ele ficou tão nervoso que a matou em facadas, bem, isso não posso negar, ela era uma putinha sem noção de perigo. - Disse tranquilo.

- Então seu pai te batia por você parecer com sua mãe?  

- Exatamente. 

- Mas é o Will? 

- Mamãe e Will eram muito próximos.  

- Mas então,  se sua mãe realmente amasse o Will, seu pai não iria odiá - lo também?

- iria fazer sentido... Mas o Will nasceu diferente da mamãe,  ele nasceu com cabelos meio azuis, completamente naturais, papai achou isso lindo, deve ser por isso que ele o tratava como filho, e me tratava como uma prostituta sem dono.

- Quando esse sofrimento acabou? 

- quando eu estava sendo espancando, alguém bateu na porta, ele me trancou no meu quarto. Só conseguia ouvir ele falando " eu nunca fiz isso! Eu amo meus filhos " e quando a porta do quarto foi aberta, eu vi dois policiais, eles viram como eu estava, prenderam o papai e me colocaram em um orfanato.

- É o Will? 

- também...

- E entao..?

- John e Mary nos adotaram, e estão com a gente até hoje.

- Você está indo muito bem Bill, mas sua mãe me disse que você... Como posso dizer... É muito agressivo com seu irmão.

- Eu sou mesmo.

- E ela me disse também que um dia... Você tentou matar ele, é verdade?  

- Sim.

- Como o que você tentou matar ele?

- papai e mamãe estavam dormindo, eu peguei uma das facas da cozinha e tentei esfaqueado no pescoço, mas ele gritou acordando eles. 

- Você gostaria de tentar isso com mais alguém? 

- Sim. 

- Com quem? 

- Com o Papai e a mamãe.

- e com o que você mataria eles?

- com uma faca bem afiada.j

- Mas me diga, Bill, o que você sente? 

- nada.

- por que quer fazer isso com eles?

- Porque eu fui tão machucado que não quero ficar perto das pessoas.

- Entendo... Como você se sentiu quando falamos sobre seu pai biológico?  

- .... Com medo.

- Bem.. - Senhor Ford se levantou da cadeira colocando o caderno e a caneta em cima de uma mesa - Você foi muito bem Bill, parabéns,  nosso tempo acabou, você pode voltar pra casa agora. Isso tudo que você contou, ficará apenas entre nós. 

- Ahn,  como se eu me importasse de contar as outras pessoas. - Disse sarcástico.

Após uma despedida sai do lugar, me sentia mais... vazio do que antes, acho que foi por relembrar aquelas coisas que aconteceram... As pessoas falam que só por que já tenho 15 anos, tenho que agir como tal, estudar,  arrumar um bom emprego e então me casar com alguém que eu ame. Bobagens... Bobagens que tenho que ouvir de pessoas inúteis que nem sabem o que estão fazendo aqui.

Chegando em casa fui logo para meu quarto, apenas queria me trocar lo o pra ir ao primeiro dia de aula, mas ao olhar para trás me deparei com uma cena muito agradavel aos meus olhos, Will estava dormindo na minha cama, parecia cansado, sua pele mostrava arranhões enormes que eu deixei com alguns objetos pontuados,  lentamente fui até ele é com cuidado encostei meu dedão em seu nariz, vi seus olhinhos azuis abrirem lentamente, mas quando me viram, seu rosto se contorceu de medo.

- Olha quem eu encontrei aqui que o passarinho me trouxe de volta.. - Disse sorrindo com um pedaço de vidro com ponta em minhas mãos. 

- Por favor Bill... Hoje não ... - ele dizia já com lágrimas nos olhos 

Parece que vou ter um pouco de diversão antes de ir pra escola.