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História Apenas um pequeno sociopata - Chore.


Escrita por: Suteppani

Notas do Autor


Gente
Eu não aguento mais por favor
Eu tive que reescrever três vezes seguidas essa merda do caralho por que o bloco de notas simplesmente dava uma de troll E APAGAVA AS PARTES DO CAPITULO
SE NÃO FOSSE POR ISSO
ESSE CAPITULO TARIA DO CARALHO
COM MAIS DE 6MIL PALAVRAS
MAS NÃO
VAMOS TROLLA A STEFANY AQUELA OTÁRIA DO CARALHO

pelo menos eu consegui deixar as partes mais importantes :3
Então espero que gostem
Compartilhem
Pelo amor
Eu não vejo a hora de postar isso e arrumar a casa
Minha bunda tá quadrada de tanto que eu tô sentada no krl da cadeira
Então
Por favor

Capítulo 17 - Chore.


Fanfic / Fanfiction Apenas um pequeno sociopata - Chore.

Da estrada até agora...

- Bill?

- Dipper, me ajuda!

- ... Will? São quase três horas da manhã, por que você me ligou? - falei, com uma voz rouca de sono.

- É o Bill...

- Hein?

- Ele sumiu.

  Agora...


- Como assim?! - eu perguntei assustado.

~ E-Eu não sei! Eu acordei plena duas da manhã, e ele havia sumido! procurei ele em vários lugares do bairro, mas nem sinal!

- Duas da manhã?! - Meu coração acelerou. - Já são três, merda!

~ Droga, é tudo culpa minha, que porra! Ele estava visivelmente encomodado do meu lado, e eu não fiz nada para ajudar!

- Se acalme, tenho certeza que não foi por sua causa! Fica aí, eu e Mabel estamos indo aí, quando chegarmos, iremos procura-lo juntos!

~ C-Certo, venham rápido, por favor...

O que aconteceu depois disso?

Eu e Mabel saímos em maratona para a casa de Will, com agasalhos, e então, nos separamos. minha irmã havia ficado com ele, e eu havia pego a responsabilidade de ir para o parque abandonado.

Claramente...

Já sabia onde ele estava, eu apenas queria saber o por que ele fugiu dessa forma... Poxa, será que ele fugiu mesmo por causa do Will?

Não... Não consigo ver motivos do por que ele fugiria da própria casa pelo Will, não há por que.

Eu irei ter minhas respostas quando acha-lo.

Pouco tempo depois...

Eu o achei.

...

Ele estava sentado na grama alta, encostado em uma árvore pouco florida, porém, seu olhar estava vago pelo céu, eu... Eu não estava entendendo.

- Bill... ? - Me aproximei, passando a mão um pouco a cima de seus olhos. - Bill.

O mesmo finalmente para de se perder no céu escuro, e joga seu olhar sobre mim, curioso.

- O que está fazendo aqui...? - ele perguntou. Sua voz estava rouca e cansada, um tom que eu nunca havia ouvido.

- Eu que o pergunto! - Digo. - Você simplesmente sumiu do nada! Você imagina como o Will estava? Eu nunca vi alguém tão apavorado na minha vida! Por que você fugiu?

  - ... - Ele se encolheu, abraçando os joelhos. - Eu não quero falar...

  - Bem, e eu não vou sair daqui sem respostas! - falei, o encarando, meio irritado. - EU FIZ MINHA IRMÃ SAIR DA NOSSA CASA, A ESSA HORA DA MADRUGADA! AGORA, NESSE EXATO MOMENTO, ELA ESTA COM O WILL, E EU NEM SEI SE ELES ESTÃO BEM! - Acabei gritando, o que percebi que foi um erro... Pois seus olhos se molharam mais que o normal... Eu o fiz chorar?! - Então me diga, por que você fugiu?!

- E-Eu... - Ele começava, mas travava. Estava claro que ele não sabia o que falar. - Eu não aguento mais... - o mesmo abaixa o olhar, me dando a vista de suas lágrimas caindo.

Eu o encarava surpreso.

- Pode demorar... - Comecei a falar, passando a mão sobre seu ombro. - Mas apenas diga o que você quer dizer, tá bem? - Sinceramente, eu não fazia idéia do que eu estava fazendo. Era de madrugada, estava chovendo um pouco mais forte.

- E-eu pensava que estava tudo bem... - ele continuou, me encarando, com as lágrimas caindo uma após a outra, sem nenhuma pausa. - Tudo bem... em não me importar com nada...

Eu o ouvia com muita atenção.

- Mas olha o que eu fiz... Eu destruí uma vida que nem mesmo teve culpa do que eu passei...

- Se acalme, Ok? - pedi, mas foi em vão.

- POR QUE ISSO TEVE QUE ACONTECER JUSTO COMIGO?! - Ele grita, socando o chão com força, acabei me assustando novamente. - Se isso tivesse acontecido com outra pessoa ruim... MAS POR QUE JUSTAMENTE COMIGO?! É COMO SE FOSSE... Uma...

- Uma...?

- Maldição. - ele completa.

- ... Bill, me escuta...

- Não foi escolha minha... Eu tinha que fazer isso para me proteger... - Ele falava, já soluçando.

- É, não foi culpa sua... - Passei a mão sobre seu braço, como um consolo.

- Então por que eu me sinto tão mal...?

- Deve ser... Culpa. - falei para mim mesmo, mas alto o suficiente para que ele ouvisse.

- ... C-Culpa? - ele me encara, assustado. - E-Eu tenho culpa de tudo... D-De tudo?

- Hey, hey... Abaixa a bola, tá? - digo, segurando seu rosto. - a culpa não é sua, você fazia isso até agora, por que você tinha medo, é normal...

  Não, não é, e tudo culpa dele.

  Não, não é.

- Você sofreu tanto... - Disse, ja conseguindo sentir as lágrimas chegando. - Nas mãos daquele imbecil do seu pai... É normal que você fique assim... É normal que você não soubesse o que é se importar. - Eu o abracei, como o mesmo estava sentado, tive que me ajoelhar no espaço entra suas pernas, mas isso não era importante agora.

  Não, não é normal, ele tinha escolhas!

  Não, não tinha.

- Eu imagino o que você deve ter passado... - Eu o apertei, começando a sentir meu ombro ficar molhado, graças às suas lágrimas. - Me desculpa, me desculpa mesmo, Bill.

  Não...

- Eu não consigo suportar a idéia de que uma pessoa sofreu tanto, sem motivo. - Falei.

  Ele sofreu, por que a vida quis que ele sofresse.

- Você nunca teve culpa do que fez, ou do que queria fazer, é tudo culpa do seu pai!

E foi aí que ele desabou.

Tudo, tudo que ele nunca pode falar ou despachar em lágrimas, ele despachou e falou naquele momento.

Ele me apertou com um pouco mais de força que eu havia apertado ele, e escondeu seu rosto no meu peito, que estava coberto graças a camiseta e o sobretudo.

- E-Eu, eu não machucar o meu irmão... - Ele dizia, sem hesitar em jogar mais de seus soluços pro ar. - Ele foi a única pessoa que me fazia ter minha sanidade acesa, por que eu fiz isso?!

- Esta tudo bem, esta tudo bem, pode chorar. - Essa era minha única resposta para isso, minhas mãos estavam cansadas de tanto que eu as movia pelas costas dele, apenas para ajuda-lo a tirar toda essa agonia que ele deve ter guardado por anos.

- P-Por que eu fiz aquilo?! - Ele se perguntava, provavelmente estava falando sobre o Will. - Eu amo o Will, eu não queria machucar ele, eu não queria, EU NÃO QUERIA!

- Eu sei que você não queria. Will cuidou de você diferente, por que você iria querer machucar alguém que te ama? - Perguntei, sentindo uma lágrima finalmente escorrer sobre meu rosto, não era fácil ver ele chorar assim.

Ele estava chorando tanto, e me agarrava, como se estivesse com medo de eu acabar desaparecendo, ou algo assim. Ele parecia uma criança, sério. Para ele estar berrando dessa forma em plena madrugada, sem se importar de eu estar presenciando tudo, só me faz pensar que ele queria isso faz muito tempo, e apenas não achou a pessoa certa para faze-lo.

Mas agora ele estava lá, jogando tudo aquilo que o impedia de sorrir, rir, se divertir.

A quanto tempo ele teve que aguentar essas memórias horríveis sozinho?

Uma pessoa que foi traumatizada na infância da forma mais cruel possível, é impossível se tornar uma boa pessoa completamente, e isso, acontece ao redor do mundo, e aconteceu com ele.

Eu não esperaria menos de uma vítima.

Por que, cai entre nós, Bill era apenas uma vítima de um demônio humano.

- Me escute. - Eu digo, aproximando meus lábios sobre sua orelha direita, para o mesmo ouvir claramente. - Você não precisa mais se sentir daquela forma, tá bem? Não só eu, mas todos nós iremos te ajudar a te livrar desse sentimento ruim, e dessa Insegurança.

Está tudo bem, pelo menos por agora.

Você não precisa mais olhar para as pessoas com um plano de defesa armado na cabeça.

Você não precisa mais se sentir pressionado a mudar, por que é algo que já aconteceu.

Você certamente não precisa mais viver com a insegurança ao lado, como única amiga.

Aquela era já acabou.

Você não está mais naquela casa, não nesta mais com ele.

Você está aqui comigo, e eu claramente, nunca mais vou deixar que você sinta isso novamente.

- Aquilo acabou, agora, ao seu redor, só haverá pessoas que te amam muito. - Sorri após dizer isso, lembrando que essa foi a frase que Mabel havia me dito quando eu estava triste. - Então... Não pense nas coisas que você fez... - desfiz o abraço, com cuidado, até. E fiz questão de encara-lo, frente a frente, o mais perto que conseguia. - E apenas pense em como concerta-las! - Dei um sorriso inspirador, vendo aquele rosto manchado de lágrimas.

- E-Ele nunca vai me perdoar, Dipper... - Ele diz, deixando mais lágrimas caírem sobre a grama, abaixando seu olhar no processo.

- Ele é seu irmão. - Eu respondo. - E ele foi o que mais viu o que você passou. - Eu levanto seu rosto, o fazendo me encarar novamente. - Ele já te perdoou, Bill. - Consegui contemplar sua surpresa. - Faz tempo.

É... É verdade.

Will já perdoou o Bill, certo? pelo jeito que ele pensa sobre o irmão mais novo, é provável que sim.

Eu irei descobrir isso depois.

Agora... A prioridade é o Bill.

- Shh.. - Tentava acalma-lo, mas era em vão. Ele chorava mais e mais, e era isso que eu queria.

Eu queria que ele chorasse muito, a ponto de precisar de hidratar de forma exigente. Queria que ele se livrasse de tudo que o havia prendido naquele passado. Eu queria que o meu amigo fosse livre.

- D-Dipper, por favor... - Ele diz, me puxando mais pra perto, me encarando. - Não faça que nem ela.

Ela?

- Eu não vou fazer. - Seja lá quem seja "ela", deve te-lo decepcionado, e eu tentarei de tudo para não fazer isso.

- Não desista de mim, por favor. - Ele me apertou mais forte ainda. Confesso que isso provavelmente iria deixar algumas marcas depois, mas isso é o de menos agora.

- Não mesmo. - disse, com um sorriso.

- Apenas... Apenas prometa isso! - Ele diz, com seus olhos já inchados.

- Eu prometo, tá bem? - eu do um beijo sobre sua testa. - Não precisa ficar tão inseguro. - eu digo, brincalhão. - Nada vai me fazer desistir de você, nada.

Nada.

Ele pareceu ter se acalmado um pouco, isso já era muito aliviante.

Naquele momento, a chuva já tinha passado. Parece que havia caído apenas aquela apresentação do filme de terror, por isso, não estávamos encharcados. Porém, estávamos um pouco mais molhados do que alguém que passou provavelmente uma hora na garoa forte.

Ah, já deve ser 4:00 da manhã, de tanto que o Bill ficou chorando... O que adianta reclamar do horário agora?

Permaneci abraçado com ele ate agora, sorrindo enquanto ouvia seus soluços diminuírem cara vez mais.

- Poxa viu, quem diria que eu iria faze-lo desabar dessa forma, huh? - digo, ainda brincando, apenas queria faze-lo rir, ou ter alguma reação positiva.

Mas por alguns segundos, sinto seu corpo ficando mais pesado, ele teria adormecido? Tentei me soltar, porém apenas senti meu corpo se pressionando mais contra o seu, quando o mesmo me deu sinal que ainda estava acordado, com uma leve apertada.

- Por favor, não se mexa. - Ele pede. - Eu quero continuar assim, por favor. - Decidi deixar como estava, não precisava mais me preocupar.


. . .

Era ele.

Ele estava lá de novo.

No mesmo canto de sempre

No mesmo lugar se sempre.

Porém, esse lugar... Não era mais tão assustador como antes.

Estava... Despedaçado.

Aquele "eu" não estava com um sorriso sarcástico nos lábios, e não iria me ameaçar hoje.

Ele estava de joelhos, desabando, como eu.

- Por que você fez isso...? - ele me perguntou, me encarando, com aquelas lágrimas negras saindo a qualquer custo de seus olhos.

Eu o ignorei.

Eu vou acabar com isso, de uma vez por todas.

Fui em sua direção. 

- Será que você não percebeu que eu apenas... APENAS QUERIA NOS PROTEGER?!

Continuei.

- NÃO FINJA QUE É CULPA MINHA! VOCÊ SABE QUE EU NUNCA PODERIA CONFIAR NAS PESSOAS DE NOVO, NEM EU, NEM VOCÊ! EU NÃO QUERIA SER TRAÍDO DAQUELA FORMA DE NOVO, EU... - sua voz travava, estava claro que ele queria dizer outra coisa. - Eu não aguento mais... - E então, ele se deitou no chão, como se procurasse um alívio.

Eu me agachei a sua frente.

- Não é justo... - Ele disse, sua voz estava cansada. - Eu não mereci aquilo... Eu não mereci nada... Eu tive que... Assistir tudo, de novo e de novo, enquanto você estava se divertindo com ele... ISSO É JUSTO PRA VOCÊ? EU NÃO CONSEGUIA PARAR DE VER TUDO AQUILO DE NOVO, EU NÃO CONSEGUIA PARAR DE VER A MINHA MÃE SENDO ASSASSINADA, EU NÃO CONSEGUIA PARAR DE VER MEU PAI ME MALTRATANDO! - Ele gritava, já ajoelhado novamente. - TODAS AQUELAS... AQUELAS NOITES QUE EU NÃO CONSEGUI DORMIR, POR MEDO DELE VIR ME BATER, EU REVIVI TODA HORA!

Eu sei como é, eu também fiquei assim... Nós ficamos assim.

- Eu sei. - Eu respondi. - Você deve ter sofrido, não é...? Reviver tudo aquilo na pele... Não é bom.

- Seu imbecil... É claro que não é. - Ele escondeu, abaixando o olhar.

Eu o abracei.

- Mas, não precisa mais se preocupar. - eu disse.

O mesmo permanecia quieto.

- Eu apostei tudo no Dipper, eu não vou mais me sentir assim. - eu termino, sorrindo.

- Não... Não vai mais?

- Não. Sem insegurança, sem medo, sem malícia. - Respondi, aconchegando o Abraço. - Nós não vamos mais sofrer, e nem vamos fazer mais uma pessoa sofrer, também. - eu dizia. - Vamos ser normais.

Seu corpo havia relaxado.

- Então, quer dizer que...

- É, vai ficar tudo bem agora. - Desfiz o Abraço, o encarando.

Seus olhos não estavam mais... negros.

Ele estava... Normal.

- V-Você tem certeza...? - ele perguntou.

- Tenho. - respondi, sem nenhuma dúvida no tom de voz. - Tudo isso passou. A partir de agora... Vai ser novo.

Ele deu um suspiro longo, pareceu que deixou escapar um peso terrível nas costas.

- Não vamos nos machucar. - Eu digo. - Vamos ser felizes de novo, eu sei que vamos. - falei, sorrindo animado, enquanto ele me encarava.

- Que bom... - Seu corpo estava relaxado de mais.

Eu sabia o por que. Ele estava ficando fraco, fraco por que graças ao Dipper, eu consegui me livrar de muitas coisas.

- Você pode... Pode se desprender agora. - eu passo a mão em seus cabelos, por que eu sabia, quando eu era criança, eu apenas queria que alguém fizesse isso em mim. - Pode ir, eu te garanto que você nunca mais irá precisar voltar. - sorrio.

...

Ele sorri.

- ... Certo. - Eu consegui notar todo seu ser ficando transparente. - Então... Você promete mesmo, que eu não vou voltar para cá? - ele me olha pela última vez.

- Eu prometo. - acento. - Você sabe que eu não estou mentindo, você sou eu.

- É... Eu consigo sentir que você está falando a verdade. - ele parece ficar mais aliviado quando percebe isso.

Era isso que eu precisava, alívio. E eu recebi o alívio, sim. Agora estava na hora dele receber a liberdade dele. Preso nas minhas memórias, tendo que reviver tudo aquilo... Se eu me decepcionasse novamente, ele Iria sentir, e ele não queria se sentir traído, não de novo. Por Isso ele quis me afetar de qualquer jeito, e me ameaçar em torno do Dipper.

Era apenas por isso:

Medo.

Apenas observei ele sumir, com um sorriso aliviado no rosto.

Agora sim, Agora eu tinha me livrado de tudo que me prendia no meu passado.

Me desculpa por você ter que ficar revivendo tudo por tanto tempo. Mas agora, você pode reviver outras coisas... Por que eu também tenho mais alguém para cuidar.

. . .


  Enquanto isso...


Mabel e Will procuravam com agilidade o loiro que havia desaparecido misteriosamente pela madrugada.

O mais velho não conseguia deixar de pensar coisas ruins sobre esse sumisso repentino do seu irmão mais novo, mais isso era normal, certo? Ter esses tipos de pensamentos, ainda misturados com a culpa que ainda o sentia corroer a cada segundo que passava.

- Will... - Mabel o chama, preocupada. O mesmo demora para encara-la. - Você tá muito assustado, relaxa, a gente vai achar ele, tá bem? - A garota tenta consola-lo, com as palavras em torno de um sorriso especial, que só a mesma sabia fazer.

- Não tem como. - Ele diz, colocando a mão sobre a testa, a apertando com um tanto de força. - E-Eu...

- Hey, hey... - Ela se aproxima um pouco mais, passando a mão em suas costas, em um leve consolo amigável. - Não fique assim, não venha dizer que é sua culpa.

- Mas é minha culpa! - Ele responde, com os olhos mais molhados que o normal. - Ele com certeza estava se sentindo mal, e eu não tentei ajudar, eu sou a pior pessoa daqui.

- Não seja dramático.

- É a verdade... - Ele aperta os punhos, com força, com a intenção de se machucar. - Se eu... Tivesse agido como um ser humano naquela época, e ter feito algo para mudar aquilo... Ele não precisaria ir ao psicólogo quase todo dia, por que não iria ser assim!

- Qual é, Will. - A garota bagunça o cabelo do amigo, atraindo sua atenção. - Eu não aceitei ser amiga de uma pessoa chorona! - Mabel já havia passado por isso, querendo ou não, sabia como o mesmo se sentia. - Me escuta, você não vai conseguir voltar pro passado e mudar tudo com essas lágrimas cheias de culpa!

- Então o que eu posso fazer? - ele pergunta. - Eu já estraguei todo o futuro do meu irmão, só o fato de eu estar vivo, respirando, já é um erro!

- CALA A BOCA, SE VOCÊ ESTRAGOU TUDO, RESOLVA TUDO DE UMA VEZ, NÃO CHORE POR ALGO QUE JÁ PASSOU, E SIM PELO QUE VOCÊ NÃO CONSEGUIR FAZER A PARTIR DE AGORA, E VOCÊ VAI CONSEGUIR, idiota. - Ela diz, com um tom bem autorario e bravo, deixando claro o que o mesmo teria que fazer.

- Ele não vai me perdoar... - Ele responde, levemente surpreso pela atitude de Mabel.

- E como você sabe? - ela pergunta.

- Eu... Eu só sei. - Will abaixa o olhar.

- Não, não sabe. E agora, já chega! - O garoto a encara. - Você vai se resolver com o Bill quando acharmos ele, nem que eu tenha que te prender em uma corda e te levar!

- Mabel, não adianta..

- Veremos.

O celular se Will toca. O mesmo o pega, atendendo ligação, era Dipper.

~ Bill está comigo, estamos indo para a sua casa.

- ... - Ele encara Mabel, e um sorriso se formou em seus lábios. - São eles.

A mais nova da um sorriso infantil, com um olhar incrivelmente determinado e convencido.

- Eu disse.

  Voltando...


Bill e eu já estávamos andando pelos atalhos mais seguros que conhecíamos para irmos para a sua casa. Estavamos de mãos dadas, mas... ele provavelmente havia deixado assim, por que queria ter certeza que eu estava lá, a todo momento enquanto ele explicava tudo o que havia acontecido com ele, de parte em parte, de ano em ano.

- E então, depois de tantas chicotadas que ele me dava, eu tinha que arrumar a casa dele enquanto ele saia com as mulheres que ele tava afim. - Ele disse, com um olhar nojento.

- Puta que pariu, eu também iria querer matar esse escroto do seu pai. - Respondi, balançando de leve nossas mãos, que agora, já se encontravam entrelaçadas.

- Né, depois que um vizinho ouviu alguns gritos dele comigo, a polícia chegou lá em casa para ver se tinha algo errado.

- E então, você foi salvo? - perguntei, já deixando um sorriso aliviado se soltar sobre meu rosto.

- Sim. Meu pai foi preso, condenado a sei lá quantos anos de prisão, mas eram muitos. - Ele havia sorrido. Não aqueles sorrisos forçados que o mesmo fazia, era um sorriso normal, um sorriso de quem estava feliz. - O policial viu que não tínhamos com quem ficar, e ficou uns meses cuidando da gente, aí fomos para o orfanato, onde a Mary e o John nos adotaram.

- A sua história merece muito um livro, sabia? - eu digo, com um sorriso levemente brincalhão.

- Agora que eu penso nisso, é verdade. - ele da um leve riso. - mas, sabe... Eu acho que sei o por que fiquei com tanto ódio do Will por todo esse tempo.

- Pode falar. - respondi, sorrindo, o encarando.

- Eu pensava que... Ele não tinha tentado me ajudar, por que era que nem meu pai. - Ele explica. - Sabe, querer me usar como ele...

- Entendo. - quanto mais ele falava, mais eu apertava nossas mãos.

- Mas agora eu só percebi, que... eu não deveria ter esperado ajuda. Quer dizer... Quem não ficaria com medo de me ajudar e acabar como eu? Will apenas foi inteligente, e eu sempre deveria ser grato a ele por ficst me lembrando todo dia que eu sou um ser humano, mesmo quando eu... machucava ele.

- É bom você perceber isso, Bill. - Eu digo, orgulhoso. O mesmo me encara, com um sorriso aliviado.

- Eu sei. - Foi o que ele havia respondido.

- Ah, espera um pouco. - Eu digo, o parando, e é entregando a blusa. - Pegamos um pouco de chuva, e você saiu de casa sem agasalho, e não queremos que você fique com uma febre forte como aquela de novo, certo? - ele me encarou por uns poucos segundos, como se estivesse analisando, ou pensando em algo.

- Obrigada. - Ele agradece, pegando a blusa, e a vestindo.

...

Eu ainda quero falar algo.

- Bill, espera. - Eu firmei sua mão com a minha, o impedindo de andar, ele me encarou bem curioso.

- O que houve?

- ...

Eu me aproximei, escondi as mãos no bolso do sobretudo, abaixando o olhar.

- Não é hora para falar disso... É que.. Eu sei que sou uma criança ainda pra você, e você merece a melhor pessoa do mundo pra te fazer feliz e tal. -expliquei com um sorriso triste. - Então me desculpa.

- ... Pelo que?

- ...

- Dipper?



























- Eu acho que estou gostando de você.


Notas Finais


Gente
Demorou

Não me matem
Desculpa
Mas vcs já sabem oq rolou
Enfim
Como sempre
Comenta aí
Eu adoro ler comentários '3'
E não se segure
Amo comentários grandes aushasha
Agora
Por favor
Se me derem licença
Eu vou lá voltar a ter uma vida


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