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História Apenas um pequeno sociopata - Treta


Escrita por: Suteppani

Notas do Autor


opa
entao
ta aq
finalmente
o maldito
capitulo
atrasado de um mes
desculpem por n ser tao longo :c
;n;
e ta uma porra
desculpa
mas mesmo assim
bom capitulo, espero que vcs gostem ;u;

Capítulo 18 - Treta


    Uma semana depois...

  Está muito fácil sorrir.

  Antes, era como levantar uma rocha gigante e pesada, mas agora, eu posso sorrir a hora que eu quiser, mas, ainda evito fazer esse tipo de coisa, por que... Vocês sabem, eu ainda tenho meu orgulho, mas enfim, algumas pequenas coisas mudaram desde aquele dia que eu chorei feito um bebe. Parece que, automaticamente, o meu relacionamento com o meu irmão também mudou, e muito. Não sei se foi o Dipper que contou mais do que deveria contar, mas acho que se foi isso, ele fez certo.

  Faltei alguns dias também, depois disso. Na próxima consulta Will não veio comigo como Ford havia pedido, porém, eu havia contado exatamente tudo que havia acontecido naquele dia e os dias anteriores. Confesso que não foi tão relaxante contar tudo, até por que, eu não soube explicar exatamente o que aquele “Bill” era, por isso, me referi a ele como uma espécie de amigo imaginário. Ao longo do processo da consulta, eu nunca havia visto ele tão surpreso como naquela hora, e por causa disso, decidi não contar sobre aquela vez que havia perdido o controle do meu próprio corpo e ações, (vai que ele achava que eu estava sendo possuído pelo capeta ou algo assim...). Mas... Ele não soube me dizer nada depois dessa história, provavelmente não havia acreditado em nada, mas eu não o culpo, se um doente da cabeça me contasse tudo isso, eu nunca acreditaria. Mas parece que o único interesse dele em mim, é que eu fique melhor, então, deve ter aceitado. Dipper também havia tentado me apresentar a algumas pessoas, para que eu não ficasse muito sozinho, mas, não deu muito certo. Mabel pareceu muito orgulhosa de mim depois que ele contou tudo pra ela, ela até mesmo chegou a me apertar forte em um abraço, parece que a mesma sempre foi sensível para essas coisas.

  Até agora, meus pais não descobriram nada sobre isso. (ainda bem que não, iria dar um problemão pra mim.) E todos juraram de pé junto de que isso ficaria em segredo, tudo apenas para me manter seguro. Confesso que... Senti algo quente, e fervente no meu peito de novo, me senti muito feliz quando juraram isso, e agora, Dipper havia me informado que faltava menos de cinco dias para as férias chegarem, o que melhorou todo meu dia. E agora, nesse exato momento, eu estava deitado no meu quarto, lendo um livro que havia na cômoda faz anos, e apenas tive interesse de dar uma olhada hoje, e... Tenho que admitir, o livro é viciante! Sempre achei que fosse um passa tempo idiota e sem graça, (além de perda de tempo) mas acho que julguei totalmente errado... Parece que é o melhor passa tempo que eu já tive na vida, se eu tivesse dado uma chance antes, acho que deveria ter mudado um pouco.

  – Bill, quer algo para comer? – Ouço alguém perguntar, era Will.

  – Como assim? – pergunto um tanto curioso, me levantando da cama de cima (só pra lembrar, eu durmo em uma.) e olhando para a porta, levemente aberta, avistando uma sombra humana se aproximar e abri-la por completo.

  – Vou para o mercado, o pai deixou uma pequena lista para comprar algumas coisas para cozinhar pra mãe. – ele diz, sorrindo. – pelo que eu calculei, vai sobrar uns dez reais, por ai. Vai querer algo?

  Retribuo o sorriso.

  – Sim, eu acho que Chocolate está bom. – digo, o encarando.

  – O Normal, ou o amargo? – ele me pergunta.

  – O amargo.

  – Certo. – ele me encara com um sorriso, e um olhar um tanto surpreso.

  – O que foi? – o encaro de volta.

  – Pensei que odiasse doces, huh. Sempre que a mãe comprava algo, se fosse doce, você quase fazia uma cena de crime. – ele acaba dando um risinho, me convencendo a fazer o mesmo. – mas tudo bem, eu entendi, vou comprar. Vai sair para algum lugar?

  – Hm... Acho que não, mas leva a chave apenas para compensar. – digo calmo, fechando o livro, marcando a ultima pagina.

  Lembra quando eu disse que o meu relacionamento com o Will havia mudado bastante? Eu não havia exagerado. Isso era para ser novo pra mim, também, mas... É como se fosse algo que eu já fazia ha muito tempo. Estranho, eu sei, mas mesmo assim, eu não posso reclamar de algo que está ótimo (pelo menos, para mim).

  E então, eu o sigo até o mesmo sair da casa com o dinheiro guardado provavelmente no bolso. 

  Sinto meu celular vibrar no bolso.

  Eu o pego.

  – Alô? – digo em voz não muito baixa.

  ~ Hey, Bill.

  – Ah... Dipper?

  ~ Eu mesmo.

  – O que aconteceu? – pergunto já com varias suspeitas. – você nunca fica com essa voz preocupada e seria.

  ~...

  – Dipper?

  ~ Me desculpa... Pode ir naquele parque que você havia me apresentado?

  – Hein?

  ~ Só o faça, okay? Estarei te esperando.

  – Hey, esper– quando mal pude notar, o mesmo já havia desligado na minha cara.

  O que tá acontecendo?

. . .

  Eu estava lá.

  Já estava procurado esse garoto que havia me chamado do nada. Será que havia acontecido alguma coisa de grave?

  – Bill! – Era a voz dele. Olhei para a direita, e lá estava. Sentado em um banco pintado de branco, com a... Mabel? Decidi me aproximar mais.

. . .

  Meu Deus...

  – Mabel...? – eu a encarei com uma mistura de surpresa, curiosidade, e um pouco de preocupação. Seu rosto estava praticamente cheio de machucados, que não eram tão fatais, porem, eram profundos o bastante para causar uma dor inimaginável quando não tratado.    

  – ... – A mesma nada me respondeu.

  – O que aconteceu aqui? – pergunto, um pouco mais serio.

  – ... – Dipper não me responde, muito menos a Mabel. Ele apenas ficava a encarando, com uma expressão preocupada... O que estava acontecendo?

  – ME RESPONDAM! – gritei, meio irritado.

  – Acontece que... – Dipper começa

  – Dipper, não... – Ela tenta evitar, mas já era tarde.

  – Bateram nela. – Ele diz.

  – Como é? – Perguntei.

  – Lembra do dia que você me viu quase apanhando de uns caras, perto da escola? – o mesmo me pergunta, passando um pano aparentemente molhado nas feridas da irmã, então, eu acento. – Ele havia mexido com ela antes disso... E depois que você bateu neles, eles a acharam sozinha... – O mesmo não conseguia nem explicar direito o que havia de fato acontecido.

  – Foi... Aquele homem? – perguntei para Mabel, que me ignorou completamente.

  – Ela não queria que ninguém soubesse. – Dipper explica. – Eu não deveria ter deixado ela sair sozinha hoje, eu sentia que algo ruim iria acontecer... Mas decidi ignorar, como sempre, que merda...

  – Vai ficar tudo bem... – Ela finalmente diz algo, atraindo ambos nós. – É só enfaixar, e amanhã, meu rosto vai estar novinho e fofo de novo. – O pior, era que estava obvio que ela estava se forçando a falar isso, isso, já estava me deixando abalado.

  – Por que você está insistindo em falar que está bem de forma subliminar? – perguntei. – Esá na cara, literalmente, que você está péssima.

  – Bill... – Ouço Dipper me chamar, e eu já sabia o porque, ele não queria que eu deixasse a irmã dele magoada, ou fosse muito grosseiro.

  Desculpa Dipper, mas é assim que funciona minha pequena preocupação.

  – Mas eu estou bem, acredite, eu deveria ter esperado isso. – Ela diz, dando um sorriso bem infantil, quanta falsidade... Ela é tão boa quanto eu.

  – Não, VOCÊ N – Se controla, Bill. – ARGH! – Suspirei pesado, e a encarei novamente. – Ele quase te espancou, e você ainda quer que ele saia livre dessa?! – Estava sentindo uma grande sensação horrível se formar no meu estomago, mas ignorei, agora não era hora de passar mal ou algo assim.

  – Não é isso...

   – Chega disso, eu vou atrás daquele otário. – Naquele momento, eu tinha certeza de que nada iria me convencer ao contrario.

  – Bill, para! – Senti meu pulso sendo apertado, me impedindo de dar mais um passo a frente, rapidamente encarei a pessoa que havia me segurado.

  – Me solta, Dipper. – Pedi.

  – Você não vai conseguir sozinho. – ele dizia preocupado.

  – Do que você está falando? – Perguntei, com um tom irônico. – Não é como se eles soubessem que eu estaria indo até eles.

  – Argh, você é burro? – Me surpreendi com esse “xingamento” do nada. – Pense bem, se foi você o meu “herói” daquela ultima vez, com certeza aquele cara já sabia que você iria atrás dele se ele machucasse a minha única coisa preciosa, provavelmente já deve ter reunido varias pessoas!

  – Isso é ridículo! – Respondi, me soltando com força, ouvindo o pulso do mesmo torcer forte. – Pessoas que sentem ódio não pensam, e fazem tudo o que querem fazer, sem ao menos planejar! – Comecei a explicar, já irritado. – Eles não ligam, pra nada e pra ninguém, não ligam pro que pode acontecer ou não, desde que eles consigam o que eles querem!

  – ... – Mabel parecia ter ficado cabisbaixa.

  –  ...

  – Me esperem aqui. – Disse friamente, me virando, voltando a tomar meu rumo. – Eu já até sei o lugar onde esse tipo de gente fica.

  . . .

 

  – Aah, olha só quem chegou. – Ele diz, pois eu já havia chegado.

  Geralmente, esses filhos da puta ficam exatamente no mesmo lugar, becos.

  Senti mais olhares aleatórios se fixando em mim enquanto me aproximava.

  – Exatamente, a pessoa que te colocou no chão da ultima vez. – Respondi, vendo o sorriso sarcástico nos lábios dele se desmancharem como flor. – Parece estar aborrecido, você não lembra? – Fiz questão de ser ousado, e fiquei apenas alguns poucos centímetros de distancia dele. – Eu posso te lembrar.

  – ... Você é uma criança tão ousada. – Ele respondeu, retornando aquele sorriso irritante novamente. – Mas, oh, tão ingênua... Veio aqui sozinho.

  – Pffft, Você também está sozinho. – Respondi.

  – Hoje não.

. . .

  – Heh?

  Sem ao menos perceber, por muito pouco, quase não consegui desviar de uma maldita facada de um sujeito que brotou atrás de mim.

  – Merda. – fiz questão de xingar em voz alta, não tinha medo desse babaca. – Sério isso? Você é um covarde, seu filho da puta! – Me afastei um pouco, vendo algumas pessoas se aproximarem mais ao lado dele. – Você bateu na Mabel só pra tentar provar que é o bonzão?

  – Você não sabe de nada, meu assunto era com eles! E você simplesmente chegou como se soubesse o que estava acontecendo, seu lixo. – Ele veio pra cima de mim, minha sorte é... Bem, que ele é um otário que nem sabe como peitar uma “criança”. – Eu vou te ensinar e focar somente nos seus problemas!

  – VÁ A MERDA, EU NÃO VOU TE PERDOAR POR TER DEIXADO A MABEL NAQUELE ESTADO, EU VOU TE MATAR! – Respondi, sentindo uma raiva incontrolável naquele momento, me preparei pra dar um chute naquele estomago, com força.

  – Ah, você não vai fazer isso não! –  Ouço alguém falar atrás de mim.

  Merda.

  Sinto meu coração pular.

  –ARHG, ME SOLTA! ME SOLTA, SEU MERDA! – Sentia aquela mesma pessoa, prendendo meus pulsos com tudo para o lado, senti uma dor até que considerável forte...

  – Você é muito burro, realmente não acreditei que você iria mesmo vir, ainda mais sozinho, enganar uma pessoa com raiva é tão estupidamente fácil. – Ele debocha. – Ninguém mandou você se intrometer naquilo. Se você tivesse apenas feito parte da pequena plateia e assistido, você não estaria nessa situação.

  – Vai a merda. – Respondi, já sentindo meu corpo tremer. De qualquer forma, eu ainda era humano, eu ainda sentia medo.

  – O que eu faço com o garoto? – Aquele homem que me prendia firmemente pergunta, me encarando estranho.

  – Se livre dele, você ouviu o Robber mais cedo, se a policia nos pegar de novo, nós estamos fodidos.  – Ele responde

  – Eu vou matar seu amiguinho, seu babaca. – Falei, encarando aquele imbecil com fogo nos olhos – Não literalmente, tá? –

  – Acho que vai ser ao contrario, anjinho. – Novamente aquela voz debochada, aquilo estava me deixando nos nervos, sinceramente...

  – Eu irei apaga-lo antes de qualquer coisa. ­– O babaca que me segurava forte disse, começando a sorrir pra cima de mim.

  – Pfft, está com medo que ele te ataque?

  – Claro que não, apenas não quero ser pego caso esse amarelado comece a gritar.

  – E você acha que esse menininho vai gritar?

  Eu encarei ambos, com ódio no olhar.

  –  ... Tudo bem, apague-o. E depois dele, vá para aquele pirralho enxerido moreno, eu detesto aquela criança – ele termina.

  – Espera, o que? – Arregalei os olhos.

  Agora sim eu estava com medo.

  – Certo. – O de trás responde, começando a me arrastar.

  – ESPERA, NÃO VAI NÃO, ME SOLTA, ME SOLTA! – Me debatia com firmeza, sentia que se eu pensasse no único motivo do por que eu ainda continuava me debatendo, eu iria conseguir me soltar e arregaçar esse otário.

  Mas não estava dando certo...

Consegui ver o rosto inteiro dele, um segundo antes de sentir minha consciência sumir.

 

 

    Em algum lugar...

 

  – Argh, poxa, me da mais tempo, é difícil procurar ele sem apelar para as minhas habilidades naturais! – A garota de cabelos negros dizia sozinha, ouvindo o companheiro de linha falar em sua cabeça.

   – Não sou eu, é o pai, você sabe como ele é, e ele me disse que você tem apenas mais 12 horas para encontrar o Cipher.

  – Eu nem sei onde eu tô! – Ela reclama, parando de andar, se apoiando em um dos muros de uma humilde casa, sendo observada atentamente pelos outros moradores

  – Pare de reclamar, você mesmo quis ajuda-lo! Deve ter 12 horas para provar que ele é uma boa pessoa/inocente!

  – Pensei que ele iria já me deixar em frente a casa dele...

  – Pensou errado, você quis ajuda-lo, agora, se falhar, você sabe o que acontece com ele, e com VOCÊ.

  A pequena apenas suspira de forma desajeitada e cansada, deixando claro em suas expressões que tinha fome e tedio.

  – Espero que o papai fique com pena de mim e me ajude... – Ela diz, se descolando do muro, tentando continuar sua longa caminhada.

  – Se ele ficar, vai ser um milagre de Deus, literalmente.

  – Eu sei, eu sei. Ter um corpo humano é horrível, como essas pessoas aguentam isso? – Ela pergunta para si mesma, e também, para seu companheiro.

   – Não sei, e espero nunca saber.

  – Espera! – Ela parece avistar algo. – Tem uma pessoa carregando o nosso Bill Cipher mesmo, ou eu que to cansada de mais?

  – ... Parabéns, achou ele. AGORA RESOLVA ISSO LOGO DE UMA VEZ PARA EU PODER VOLTAR PRA CASA!

 


Notas Finais


Comentarios apenas me dao inspiração pra continuar e etc, vcs sabem, eu amo ler comentarios de como foi o cap, ou o que acham que vao acontecer, é sempre um prazer...
Bom, até o proximo cap amoriz '3'


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