História Apenas Um Podcast - Programa IV - Garotas (Parte 1)

            Quando as meninas ouviram o episódio postado pelos meninos, além de ficarem putas de raiva, fizeram uma pequena surpresa para Snow e Ben. Fizeram camisetas escrito “We Shipp Benow”. Afinal, uma notícia de que o rei de Auradon estava namorando, ainda mais um dos príncipes de Arendelle, foi quase uma bomba igual ao da Lauren sendo presa. Apesar de ter passado uma semana, os dois namorados ainda nem tinham pensado em sexo. Quer dizer, Snow não havia. A inocência do pequeno garoto era algo fofo, Ben não ousaria corromper ela. Mas não aguentaria muito, pois aquilo era extremamente prazeroso para ele.

            As meninas se reuniram e roubaram os equipamentos de Carlos, se trancaram no quarto delas e começaram a gravar um programa.

~Começo da gravação~

Mal: Olá Estrelinhas Douradas, Mal falando com vocês e eu estou bem.

Evie: Aqui quem fala é a Evie, quero ser rainha.

Leslie: Sou Leslie e, querer não é poder.

Ellen: Ellen falando com vocês e, eu tive apendicite.

Mal: Pelo amor de Deus, conta. ~Fala rindo.

Evie: Histórias do Brasil?

Leslie: Exatamente.

Mal: Bom, não leremos e-mail, porque as burras não sabe a senha do e-mail.

Evie: Enfim, as burras vão direto para as histórias dessas duas.

Ellen: Estávamos no Brasil, dia quente e ensolarado.

Mal: Parece aqueles velhos que vão contar as histórias, sabe?

Ellen: Já não sou tão nova assim. Enfim, os meninos chegam e falam que acharam um local pra gente comer, chamado Jacaré.

Leslie: Até ai tudo bem né, nome normal de restaurante no Brasil.

Evie: Mega sugestivo.

Ellen: A gente pediu uma picanha, do tamanho de um teclado de um computador. Além da picanha, tinha três dedo de gordura em torno dela. É aquela gordura.

Mal: Só de imaginar, passo mal.

Leslie: Calma que melhora.

Ellen: Comi igual pedreiro de obra, mais tarde ainda pedi carne seca com catupiry. Saímos de lá, ainda levamos um filé Osvaldo Aranha. Que eu comi na madrugada.

Evie: Porra, já me sinto gorda só de ouvir.

Mal: Osvaldo Aranha, olha o nome?

Leslie: De manhã no quarto, um cheiro de podre. Ai eu pergunto pra essa demente, se ela tinha soltado algum pum.

Mal: Jesus! ~Caiu rindo.

Leslie: Ai tudo bem, o cheiro passou e continuou.

Ellen: Não é que o cheiro passou, nós saímos logo cedo.

Evie: Cheiro de podre, tudo bem né?! Ninguém matou ninguém, e deixou lá apodrecendo.

Ellen: Ai né, depois de um tempo fomos parar na casa de uma senhora. Muito educada por sinal, ai eu falei que estava com uma azia. Ai ela falou que não era nada, falando que era só comer que passava. Ai ela deu pra gente, uns pãezinhos de manteiga com queijo ralado.

Leslie: Sem contar que, ela pediu pra gente acompanhar ela para um trabalho.

Mal: Que tipo de trabalho?

Evie: Cuidado com a burra, tu vive usando magia e não sabe? Umbanda ou candomblé doida.

Mal: Nossa, desculpa ai Mãe Santa.

Ellen: Ai tudo bem né, era pro outro dia. A gente voltou, e foi jantar. A azia aumentando, ai a gente janta macarrão com molho vermelho e bacon.

Mal: Porra, tu também tava pedindo né?

Evie: Maluca mesmo.

Ellen: É pra deixar qualquer nutricionista orgulhoso.

Leslie: O exame de sangue é aquela gosma escrota.

Ellen: Ai começou né. Dor, dor, dor e mais dor. Eu xingando a azia de tudo que é nome. Bom, me dopei de remédio e dormi.

Mal: Tomou Buscopan e foi deitar?

Leslie: Vários Buscopans e deitou.

Ellen: Sabe M&M? Então, buscopan foi do mesmo jeito que a gente come M&M!

~Todas caiem na gargalhada.

Ellen: Três hora da madrugada, eu acordei e olhei minha barriga. Sem mentira, parecia que eu tava gravida de um alien.

Leslie: Ela gemia de dor, mas parecia que era sexo. ~Evie e Mal já choravam de rir.

Ellen: Acordamos, levamos a senhora para o trabalho lá.

Mal: Tu foi de fantasia de gravida de Taubaté.

Evie: Ela chegou no lá no xama sei lá, “Estou gravida de um ser não deste planeta, me ajudem, está nascendo” ~Todas caem no chão.

Ellen: A gente chegou lá, o povo me olhava assustados. Quando finalmente chegamos no chefe religioso, o cara perguntou “Ela que precisa de ajuda?”

Leslie: Eu me segurei para não rir.

Mal: Devia estar um chafariz de suor.

Ellen: Aqueles remédio, tipo Atroverã? Eu tomava no potinho mesmo.

Mal: Meu Deus.

Ellen: Quando se passaram duas horas, eu cheguei e falei “Vou pra um hospital, tomar alguma coisa na veia” Porra, tava foda.

Leslie: Isso foi a merda. Eu falei, “espera um pouco mais, que a gente vai com você”. Ai ela saiu falando, “Não não, to morrendo porra” e saiu.

Ellen: Eu peguei um taxi e falei que nem uma louca, me leva para um hospital. Cada pedra no asfalto, eu sentia um frio na espinha. A merda foi, ele achou que eu era uma classe média ou classe baixa. Fui para em um hospital qualquer.

Leslie: Está vendo a merda.

Ellen: Ai cheguei lá, pedi exame de sangue. Se sabe que a coisa vai mal, quando o cara olha pro papel e não fala nada, ai sai pra procurar um médico.

Evie: Caralho, que merda.

Ellen: Medo foda, eu com meu remédio na veia e nada. Ai o médico chegou, falando algum nome de glóbulos que deveriam estar em 8 mil, estão em 18. É algum tipo de infecção. ~Elas riem.

Leslie: Ai ele falou o que?

Ellen: Ou é apendicite ou pedra na vesícula. Os dois são cirúrgicos. Ai nessa hora, eu me caguei. Medo de ser aberta. Ai ele, “Não se não pode sair daqui não.” Isso era mais ou menos, sete horas da noite.

Mal: Vocês foram pra lá?

Leslie: Como? Nem sabíamos qual hospital essa infeliz foi, celular nem pensar né.

Ellen: Enfim, 2 horas da manhã o doutor chega.

Evie: Nossa, é você com dor?

Ellen: Dor não é uma palavra que define. Ai o médico me deu parabéns por estar aguentando, quase falei que preferia a dor de uma pica. Mas enfim.

~Todas caem rindo.

Ellen: Ai ele falou, sua operação vai ser por volta das 11 de amanhã. Eu fiquei puta, “Porra, eu me internei aqui, porque tinha que ser. Não era urgente essa porra.” Ai ele, “Não, não e saiu.”

Mal: Nossa, que responsável.

Ellen: Como eu entrei no quarto, de noite se sendo arrastada, eu não vi o estado dele. Quando começou a ficar claro, eu vi o cenário de terror.

Evie: Medo.

Ellen: A janela dava pra cama, a cama pra uma parede que ficava a meio metro da janela. Entre eu e a janela, havia uma persiana meio quebrada. O colchão? Não tinha, era apenas uns panos em cima dos ferros.

Mal: Jesus, chega minhas costas doeram.

Ellen: O quarto era escuro pra caralho, os moveis eram grande demais pro quarto e a luz era um vagalume praticamente. De dia, a luz do quarto tava ligada.

Evie: Aquele filme, do cara na faculdade, que o povo abre a porta e tals.

Leslie: Sei que filme é, mas não lembro o nome.

Ellen: Sabe aquele cachorrinho, que fica o soro e você fica andando com ele pra cima pra baixo? Então, aquela merda tava enferrujada. Eu queria ir embora, eu pensei, “eu não morri de apendicite, vou morrer de infecção hospitalar.”

Mal: Foda.

Ellen: Resumindo, eu fui operada duas e meia da tarde. A anestesia é uma coisa legal, eu tava deitada e olhando pro teto, ai ele “Vou te aplicar a anestesia”. Ai ele, “Tá sentindo?” Eu fiquei olhando pro lustre, sabe quando um vira dois?

Mal: Sei.

Ellen: É to vendo, Puff. Como diria Snow, Teto preto e acordei no quarto.

Evie: Nossa, que bizarro.

Ellen: Graças a Deus não fiquem com nenhuma cicatriz.

Evie: Concordo. Uma vitória.

Ellen: A pior experiência foi, tomar banho no hospital.

Leslie: Isso você não contou.

Ellen: Agora eu tenho coragem, você está lá sentado naquela cadeira de rodas né. Ai chega a enfermeira e fala: “Vamo tomar banho, vamo?” Ai pega o chuveirinho e joga a água em você.

Mal: A mulher te borrifou de chuveirinho? ~Falou entre o riso.

Ellen: De chuveirinho. “Vamo vamo, de chuveirinho.” Ai eu desisti da vida, quando ela falou “Nas suas partes você lava, mas essa bundinha, vamo lavar a bundinha e meu dois tapas na bunda.” ~Todas caem na gargalhada.

Leslie: Tu gostou? Fala que gostou.

Ellen: Eu tava com dor ainda, como eu ia gostar maluca?

Mal: Meu Deus, melhor que isso só a Shirlene.

Leslie: Tenho uma mais engraçada.

~Continua~