História Apenas Um Podcast - Programa IV - Garotas (Parte 2)

~Continuação~

Mal: Hospital também?

Leslie: Hospital.

Ellen: Vai contar daquela vez que tu congelou o hospital inteiro?

Leslie: Não, essa é paia demais.

Evie: Desembucha infeliz.

Leslie: Então, estávamos um amigo meu e eu em Curitiba, uma cidade no sul do Brasil.

Evie: Que amigo?

Leslie: Peguete, fala logo.

Mal: É querida, trabalhamos com nome.

Leslie: Tá, um garoto chamado Afonso. Era amizade colorida. Beleza.

Mal: Ué, por quê tu falou beleza?

Leslie: Sei lá, deixa eu continuar.

Ellen: Ela queria igual nas escolinhas, “Crianças, entenderam a história?”

Mal: Ai todo mundo grita junto “Sim”.

Leslie: Vocês são insuportáveis.

Evie: Deixa ela continuar meu povo.

Leslie: Ele só podia ficar tipo, uns 2 dias mais ou menos. Ai tipo, queríamos esticar mais para poder zoar e tudo mais, Mas estava nos últimos dias.

Ellen: Se segurou para não falar beleza aí.

~Todas riem.

Leslie: Ai ele falou “Caralho, precisamos de um atestado.” “Não quero voltar agora não”, Ai ele me puxou pro hospital.

Ellen: Transar no hospital, quero.

Mal: Que horror.

Evie: Fica calada, tu quase pegou infecção hospitalar.

Leslie: Ai eu questionei ele, perguntando como ele conseguir um atestado né. Então ele falou “Simples, só falar que estou com crise de labirintite.” Afinal, não existe exame para comprovar labirintite.

Mal: Na verdade existe. Sabe a filha da Rapunzel? Então, ela desmaiou depois do treino de líder de torcida. Ai levaram ela no medico, o diagnóstico foi labirintite.

Leslie: Então esse medico era bom mesmo. Ai a gente embarcou na labirintite. Paramos na frente do hospital, começando uma novela inacreditável. Sério, assim que ele desceu do carro, ele era um cara com labirintite.

Evie: Meu Deus, vai ver ele tivesse mesmo.

Leslie: Tinha nada. Moço, ele pediu pra eu ajudar ele a levantar, para eu ajudar ele a chegar até o hospital. Ele andava bem devagar, parecia uma lesma. E olhando fixamente para frente. Ai entramos, ajudei ele a sentar e ele com o olhar fixo.

Mal: Caralho, deixa eu anotar pera ai.

Leslie: Ai fiz lá a ficha dele, sentei do lado dele esperando o médico. Quando ele chegou, o mesmo teatro de andar lento e olhar fixo. O médico perguntou de cara, “Qual o problema?”. Mais um show de interpretação, falando que acordou fudido, tonto, visão embaçada, caiu da cama e bla bla bla.

Ellen: Nossa, o médico caiu?

Leslie: Calma, ai ele falando que acha que é labirintite e que na família teve casos também. Sério, eu falando não transparece o teatro que ele fazia. Sério, melhor que o DiCaprio.

Evie: Porra, agora fico imaginando.

Leslie: Ele tinha uma cara de coitado da porra, o médico só ficava anotando e tudo mais. Falou “Vou te receitar esses remédio e aplicar esse”, ai veio o ponto chave “Putz, preciso de um atestado pro trabalho porque to viajando.” O médico continuou, “ Vou te dar um atestado de um dia.” Mas a gente queria de dois, pra emendar no fim de semana.

Mal: É tu parada olhando?

Leslie: Velho, eu comprei a história. Tenho meu mérito. Ai eu falei, “Mas ele em um dia pode dirigir?”, joguei as cartas no momento certo. “Não não, então vou dar dois dias pra emendar no fim de semana.”

Evie: Safada tu ein?!

Leslie: Ai a gente tudo bem né, mantendo a farsa. Mas lembrando do remédio que ele ia aplicar nele, que seria na veia. Eu pensei, fodeu tudo. Acabou. Eu tava suando frio para caralho, mas ele nem se mexeu, nem gaguejou nada. Ele continuou atuando.

Ellen: Porra, merece Oscar.

Leslie: Ai ele falou “Mas eu tenho esse remédio em casa, qualquer coisa posso tomar lá".

Ellen: Qual remédio?

Leslie: Dramim.

Evie: Tiro e queda pra dormir.

Leslie: Era esse meu medo. Mas ai o médico, “Não, mas aqui é na veia e você melhora na hora.” Ele, “Tudo bem então, pode dar” Mas isso tudo na tranquilidade de uma música clássica.

Evie: Tu já estava pra gritar e sair correndo.

Leslie: Eu olhava para ele, pro médico e dois pra ele de novo. ~Elas riem.

Leslie: Ai eu fiquei “Caralho, eu não tenho força para te carregar.” Ai a gente foi para sala de aplicação, me entregou o atestado e guardei. O teatro de novo e tudo mais, ai tinha uma mulher lá que foi picada por uma aranha marrom.

Todas menos Leslie: Ai, Jesus de Nazaré.

Leslie: Ela tava passando mal para caralho, “Espera aqui, que vou prepara a injeção.” O médico falou. Quando o médico saiu, eu fiquei na porta, apavorada e olhei no corredor. Tinha um banheiro, ai eu falei para ele ir pro banheiro. Ai ele foi correndo. Ai eu comecei a andar e parei na porta. Ai bem na hora, o médico tava voltando para sala onde estávamos.

Evie: Putz.

Leslie: Com tudo pronto, ai eu falei “É agora.”. Saímos os dois correndo do hospital, que nem uns malucos. Entramos no carro catando pneu. Ai ficamos imaginando o médico chegando, com tudo. Algodão, seringa, luva. Ai procurando a gente.

Evie: A mulher deve ter dedurado vocês, eles saíram correndo daqui.

~Todas riem.

Leslie: Mas calma, a história ainda não acabou. O que aconteceu? Ele tava com o atestado, ligou pra chefe dele. Fudido, tonto labirintite e o escambal, atestado e tudo mais. Ai a chefe dele “Há não, isso é estresse. Volta no hospital e pega uma semana. Eu não quero ver você aqui, até semana que vem.”

Ellen: Caralho, que mancada.

Leslie: Fudeu. Como íamos conseguir um para uma semana? Ai ele ligou para a mãe.

Evie: C-A-R-A-L-H-O!

Leslie: Mãe, labirintite, fudido, atestado. “ta fazendo o que?” Tava com medo já. “Não, essa história tem que pegar pra todo mundo, vai que ligam pra ela.”. Ai tudo bem, vamos se divertir e se acabar. Ai liga o pai dele, no celular. “To indo para ai, vou te buscar.”

~Todas riem.

Evie: Ai gente, fora o Snowzinho todos vocês são malucos.

Mal: Snowzinho né, porque o Snowqueiro é doido também.

Ellen: Snowqueiro?

Evie: Snow com fofoqueiro.

Mal: Nós vemos no próximo programa. Agora misto e talvez, com novos convidados. Lembre-se “BENOW É REAL”

~Fim do Gravação~