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História Apenas uma aposta? - Especial: Dylan x Daniel pt 2


Escrita por: _Sitka_

Notas do Autor


Harooo

Depois de tanto tempo sem postar, vou postar esse especial que escrevi a pouco tempo...

Perdão pela demora :'c

Boa leitura ^^

Capítulo 17 - Especial: Dylan x Daniel pt 2


Fanfic / Fanfiction Apenas uma aposta? - Especial: Dylan x Daniel pt 2

                              Daniel/On

   Acordei no dia seguinte com uma puta dor de cabeça, olhei para o relógio que marcava 11:50am.

— Aaah... — resmunguei, levando as mãos ao rosto em busca de mais escuridão.

— Como se sente ? — questionou, uma voz do além. E eu, com muita preguiça, não verifiquei quem era.

— Parece que uma manada de elefantes sambaram em cima de mim!

— Ah, claro... Super normal... — respondeu rindo.

   Eu abri os olhos e vi Dylan sentado à beira de minha cama, sem camisa e com algumas gotas em seu tórax, provavelmente, havia acabado de sair do banho, com seus cabelos, ainda verdes desbotados, úmidos. Sua mão ía de encontro com sua boca e ele estava com aquele sorriso lindo estampado em seu rosto.

— Eu bebi, né ? — questionei retoricamente, pois já sabia a resposta.

— Pra caralho! — exclamou. — Pra ajudar você bebeu um pouco do drink fortíssimo que o Jhon estava servindo. Depois desse drink você ficou... Ahn... Estranho...

— Estranho... Como ?

— Ahn, deixa pra lá! — disse ele, se levantando. — Bom, café da manhã você não consegue mais, afinal, são os alunos que estão cuidando da escola, então as coisas estão bem diferentes, mas o almoço vai ser servido daqui a pouco...

— Okay... — resmunguei, me sentando na cama. — AI, CARALHO!

— O que foi ? — indagou ele, assustado com meu grito.

— Cara, minha bunda tá doendo... E muito, por quê ? — perguntei com medo da resposta, a essa altura, mil cenas por segundo passavam em minha mente e em noventa por cento delas, algo era introduzido no meu cú!

— Cara... Se eu te contar cê não vai acreditar... — respondeu, com a mão tapando a boca, que, provavelmente, mostrava um sorriso malicioso.

— O que foi que aconteceu ?

— Calma, não precisa ficar assustado. Osh! Você só caiu de bunda, na escada... Foi hilário — respondeu em meio aos risos. — V-você desceu a escada... D-de b-bunda! — comentou com dificuldade.

— Vai ficar rindo da minha cara mesmo ?

— Foi mal... 

— Tudo bem... — respondi. — Você por acaso... Ahn... Me fez perguntas ?

— Mais é claro, era a minha chance de descobrir seu segredo. — sua resposta fez com que meu rosto corasse, meus olhos, que antes fitavam o garoto enquanto ele colocava uma camiseta, agora eram fixados no chão, na tentativa de esconder o constrangimento.

— E o que você descobriu ? — perguntei.

— Ahn... Te espero lá embaixo, okay ? — disse ele, ignorando minha pergunta. Ele caminhou em minha direção, segurou meu rosto com suas mãos e depositou um beijo em minha testa. — Até daqui a pouco — sorriu ele e em seguida deixou o cômodo.

— Caralho, que merda aconteceu aqui ? Ou melhor... Que merda aconteceu ontem ? — questionei-me mesmo que não iria obter respostas imediatas, o melhor a fazer era esquecer o ocorrido, pelo menos por algumas horas, até que minha cabeça parasse de doer.

[ ... ]

   Algumas horas se passaram, encontrei Jhon mexendo em seu notebook, sozinho. Me aproximei, por trás, para fazer algumas perguntas.

— Buuh! — falei ao encostar nele.

— Não faz isso, mano! Cê é louco ? Perdeu a noção do perigo ? — disse, fechando rapidamente o notebook.

— Você tava vendo pornô ? Era isso mesmo ?

— Qualé... Vai dizer que nunca assistiu ?

— É... Tem sempre uma primeira vez pra tudo — respondi.

— Mas eai ? Precisa de alguma coisa ?

— Eu só quero saber quais eram os drinks que você estava servindo na festa ontem...

— Ah sim, era... Calma, deixa eu lembrar o nome. — disse. — Era Catuaba** e Capeta** com um pequeno excesso de tequila, por quê ?

— É que eu bebi e agora não lembro das merdas que fiz, mas era só isso mesmo. — respondi me afastando. — Valeu.

— Falou... Ah, não esquece, hoje tem o pós festa.

— Pode deixar... — disse acenando. — Só que desta vez não pretendo beber muito. — sussurrei.

   Estava tudo nos conformes, tudo como deveria estar, exceto por um grupo de garotos, eles riam e falavam alto, estavam vendo alguma coisa em seus celulares, mas eu não pude ver o que era.

— Aí... — exclamei ao esbarrar em alguém.

— Oi, Daniel

— Oi, Lawrence. — cumprimentei.

— Tá tudo bem ? — questionou ele, ao ver que eu estava me sentando com dificuldade, pelo tombo que eu havia levado na noite anterior.

— Tá sim, só estou com dor na minha bunda...

— Hmmm — murmurou ele. — Você e Dylan sumiram da festa ontem. — comentou maliciosamente.

— Aé ? Eu não me lembro de nada de ontem, acho que bebi demais.

— Interessante.

— Sinto que você quer dizer alguma coisa...

— Por que sua bunda dói ? — perguntou com um sorriso em seu rosto.

— Eu caí da escada...

— Você se lembra de ter caído ?

— Ahn... Não! Mas o Dylan falou que... — parei por alguns minutos para tentar entender o que Lawrence queria que eu entendesse. Será que Dylan teria ficado comigo ? Será que eu havia dito coisas as quais fez ele pensar que não teria chances comigo caso eu estivesse sóbrio ? — Você não acha que... Ele... Né ?

— Se eu estivesse no lugar dele e tivesse a oportunidade por um curto prazo, sabendo de que você não se lembraria depois... Acho que eu faria...

— Aí meu deus! — disse, tentando absorver a informação. — Aí meu cú!!!

— Literalmente! — comentou rindo.

— Lawrence, você não tá ajudando!

— Desculpa

— Mas... Isso seria considerado estupro, não ?

— Quê ? — indagou assustado. — Não, claro que não!

— Não ? Claro que sim, Lawrence. — respondi. — Só porque a pessoa está inconsciente, não quer dizer que você tem direito de abusar do corpo dela sem a autorização dela mesma, mas ela não pode te dar uma autorização válida, pois ela está inconsciente. Logo, isso seria estupro e se não for estupro, é, no mínimo, uma baita de uma filha-da-putagem!! — expliquei, andando de um lado para o outro.

   A expressão no rosto de Lawrence parecia de remorso, preocupação, culpa talvez, não entendi aquela expressão, mas, no mínimo, ele estava preocupado com algo.

— Não, você... Não pode estar certo!

— E por que eu não posso ? — questionei o vendo ficar sem argumentos. — Você deu essa idéia pra ele ? Você disse para ele fazer isso ?

— O quê ? Claro que não! Deixa de ser besta...

— Então, por quê ?

— Eu preciso falar com Dylan, depois eu converso com você sobre isso. — respondeu e saiu correndo as pressas.

— Okay! Agora, mais do que nunca, preciso descobrir que raios aconteceu ontem! — murmurei vendo Lawrence correndo.

                             Dylan/On

   Aquela manhã eu tinha ficado longe de Lawrence, nem tinha o visto ainda e ele não pareceu fazer tanta falta como antes. Me sentei em um banco, na sombra de uma árvore, o sol estava, significativamente, quente e aquele local estava aconchegante, era uma ótima hora para refletir sobre o ocorrido na noite passada.

      ~ Flashback/On

— Até que enfim eu te achei, cara! Orra... Onde cê tava ? — questionei ao ver Daniel, já bêbado.

— Haha... Eu... Eu... Bebi um pouquinho... — disse, cambaleando para os lados e fazendo um sinal com seus dedos, o indicador e polegar, foram colocados em paralelo, um em cima do outro, indicando a uma pequena quantidade.

— Um pouquinho ? — indaguei, imitando o gesto com a mão. — Cara, você bebeu por mim, por você, pelo Lawrence e mais umas pessoas aí.

— Pelo Lawrence não! — resmungou, enrolado.

— Por quê você tá implicando tanto com o Lawrence, hein ?

— Ele não merece o amor que você tem por ele...

— Eu não amo ele...

— Hahah... Eu preciso ir no banheiro...

— Tá, eu te levo!

— Hahehah! Valeu

— Jesus! Que garoto risonho, credo — murmurei.

   Chegando no banheiro, o bebum mal conseguia se dirigir ao mictório, a cena estava engraçada e eu estava me divertindo.

— Aaah!! Para de rir e vem me ajudar... — disse manhoso.

— O que ? Jamais! Cê é louco ?

— Qualé ? Eu não consigo sozinho... — resmungou, ainda manhoso.

— Não! Eu não vou colocar a minha mão nas suas partes baixas...

— Você é bi... Não deveria ser preconceituoso! Eu sou limpinho... — fez bico, levando seu olhar em direção ao meu, refletido no espelho.

— Eu não sou preconceituoso, okay ?

— Então me ajudaaaaaa — choramingou.

— Puta que pariu, hein ? — respondi o encarando. Em seguida caminhei até a porta de entrada e a tranquei.

   Eu não sou preconceituoso, ok ? Mas ninguém precisava ver aquela cena, até por que, nem todo mundo iria encarar aquilo numa boa.

   Caminhei até o bêbado e fitei seus olhos, que desviaram instantaneamente, um tom vermelho tomou conta de suas bochechas.

— Ainda bem que você não vai lembrar disso amanhã! — comentei, abrindo sua calca jeans. — Que vergonha, hein ? Mal consegue abaixar suas calças!

— Se fosse pra você eu abaixaria... — comentou, fitando o nada.

— É o que ? — o olhei fixamente, mas ele não parecia querer me encarar, então apenas abaixei sua cueca para que ele pudesse se aliviar.

   Acabei por encostar em seu membro, por uma fração de segundo e eu o ouvi gemer. Ele estava excitado, aquilo não era vontade de urinar, não daquela forma.

— Ahn... — gemeu ele. — Você pode sair agora, não precisa ver isso... — murmurou.

— Você... Tá... Bem ?

— Acho que bebi demais... — disse sorrindo.

— Você consegue sozinho ?

— Consigo, afinal eu sou um homem ou um rato ?

— Okay! — respondi, ainda surpreso com aquilo.

   Poderia uma simples bebida deixar um homem daquela forma ? Muitas coisas passavam em minha mente enquanto eu caminhava até a porta. Ele não conseguiria se locomover até uma cabine e se eu saísse, qualquer um poderia entrar e vê-lo naquela situação, optei por não vê-lo concluir o ato, respeitando o que ele havia pedido, porém continuei dentro do banheiro, para não deixá-lo vulnerável.

— Dylan... ? — gemeu ele.

— Ahn... Sim ? — respondi, meio desconcertado.

— Só queria saber se ainda estava aí...

— Ahn... Estou... Mas não estou vendo nada, não se preocupe. Quer que eu tampe os ouvidos também ? Eu estou com meus fones aqui...

— Não precisa...

— O-okay!

   Eu estava com vontade de ajudá-lo e aquilo me soava estranho, eu havia sentido prazer em ouvir ele gemer meu nome, mesmo sabendo que seus pensamentos não estavam direcionados à mim. Ouvi um estrondo e deduzi que ele havia caído.

— Tá tudo bem ? — questionei.

— Tá... Eu só caí...

— Ah... O-okay! — disse.

   Encostei minha testa à parede, e as palmas de minhas mãos estavam esticadas a mesma.

— Por favor... Pede minha ajuda... — sussurrei. O motivo pelo qual eu sussurrei aquilo, eu não sabia, mas tinha certeza que iria me sentir melhor o ajudando. Naquele momento eu já estava começando a me sentir excitado e eu já não sabia como reagir àquela situação.

— Dylan? — gemeu novamente. — Eu acho que sou um rato... Me ajuda ?

— Obrigado, seja lá qual for a entidade que me ouviu. — sussurrei. — O quê ? — banquei o desentendido.

— Me ajuda... Por favor! — disse, arrastado.

— Qualé, eu não preciso fingir... Ele tá bêbado! — murmurei.

   Me aproximei do ser, que se encontrava sentado no chão, de pernas abertas e seu membro escondido na cueca.

— Por quê se vestiu se ía pedir minha ajuda ?

— Vergonha... — respondeu, corando.

— Que meigo... — comentei, o vendo corar ainda mais.

   Direcionei minha mão à seu membro, mas antes, me sentei sobre suas pernas, encostei minha testa à dele, e senti sua respiração se acelerar, puxei sua calça e sua cueca até a altura do joelho.

— O que te deixou tão excitado ? — questionei.

— Não faz pergunta difícil numa situação dessas...

   Eu sorri. Ele estava com muita vergonha, porém, ainda dependia de mim para ajudá-lo. Nunca pensei ver Daniel daquela forma, ele era sempre tão robusto, era difícil ter um momento sentimentalista ao lado dele, mas ali, ele estava tão vulnerável, tão tímido e tão fofo.

— Então me pede... — disse.

— O que ?

— Me convença a te ajudar!

— Ahhh Dylan... Você não pode fazer isso...

— Eu não posso ? — disse aproximando meu rosto do dele, deixando nossos narizes se tocarem.

— Por favor... — sussurrou.

— Desculpa, eu não ouvi... — brinquei, com um sorriso malicioso estampado ali.

   Ele se inclinou um pouco e me deu um beijo, eu retribui sem ao menos pensar, minhas mãos estavam em suas costelas, meu corpo se aproximava cada vez mais do dele e, sabendo que ele não se lembraria no dia seguinte, deixei uma mordida em seu pescoço, pelo menos ele teria motivos para se arrepender de ter bebido tanto.

— Aí! Por que fez isso ? — reclamou.

— Pra ver você me perguntar, amanhã, o que aconteceu enquanto estava bêbado!

— Você não tá ajudando...

— Okay... Vamos lá!

— Na diga " Vamos lá " quando for masturbar alguém... Parece que você está indo fazer compras! — disse, fazendo bico como uma criança.

— Haha — gargalhei. — Desculpa...

   As minhas mãos desceram lentamente pelo abdômen de Daniel, eu vi seu bico se desmanchar e dar lugar a um expressão de excitação, passei minhas mãos por suas coxas e a apertei a parte interna delas, com as duas mãos ao mesmo tempo, vi ele arfar.

   Eu podia ver cada expressão em seu rosto, certamente eu não esqueceria daquela noite.

   Toquei a área próxima a sua virilha e vi ele morder o lábio inferior, ele direcionou suas mãos à minhas coxas procurando por estabilidade, mas não achou, ele as apertava como se aquilo fosse acabar com a excitação de vez, mas não conseguiu. Então, eu decidi parar de brincar, afinal aquilo, estava me afetando também, posicionei minha mão em seu membro e iniciei os movimentos.

   Inicialmente os movimentos eram rápidos, mas conforme eu ía vendo seu rosto, eu mudava a velocidade, vindo a aumenta-la e diminuí-la, cada minuto eu me deliciava com as arfadas, os gemidos e expressões vindas daquele garoto misterioso, seu segredo já não me importava naquele momento.

— Aaah... Dylan...

— O que foi ?

— Eu vou te sujar... Posso ? — perguntou.

— Que tipo de pergunta é essa ? — retruquei, rindo.

   Eu havia entendido o recado, então peguei a blusa xadrez, que estava amarrada em minha cintura, e a coloquei sobre meu colo, aumentei a velocidade e senti as mãos do moço à minha frente, apertaram, violentamente, minhas coxas.

— Aaah... — gemeu, ao chegar ao ápice. — Eu avisei! — disse, fadigado.

   Agora quem estava se sentindo excitado era eu, mas eu podia me controlar, me levantei e caminhei até a piá, enfiando minha blusa em baixo da torneira e a abrindo, coloquei as minhas mãos em baixo da água fria e às lavei.

— Tudo isso é nojo ? — questionou ele, puxando sua cueca, junto dá calça, para cima, com dificuldade.

— Não... Não achei isso nojento, pelo contrário, eu adorei fazer isso. — respondi sério, olhando seu reflexo no espelho.

    Ele caminhou em minha direção, colocou suas mãos em minha cintura, e colou seu corpo ao meu, pude sentir sua calça jeans ainda aberta.

— Podemos repetir, em um dia que eu estiver sóbrio. — sussurrou em meu ouvido.

   Joguei minha cabeça pra trás, me deixando levar pelo momento. Suas mãos passeavam em meu abdômen, escutei alguns barulhos no trinco da porta e aquilo era a realidade me chamando.

   Fiquei de frente para Daniel, e só aí percebi que ele era alguns centímetros mais alto que eu, fitei seus olhos, e seu rosto corou novamente, coloquei minhas mãos em sua calça e a fechei, dei um leve empurrãozinho em seu peito, para ele se afastar, torci minha blusa e a sacudi, na esperança que ela ficasse menos molhada, em seguida, caminhei até a porta.

— Vamos sair logo daqui! — disse.

   Ele apenas assentiu e me seguiu, abri a porta e vi um cara louco pra usar o mictório, por sorte estava bêbado também.

   No caminho para o quarto, Daniel ficou se arrastando pelas paredes, chegou a cair na escada e descer um lance completo, de bunda, eu voltei e o ajudei a subir.

   Chegando no quarto, eu mesmo tirei suas roupas e o coloque pra dormir, eu não iria dar banho nele, nem pensar! Já havia feito o suficiente.

— Segunda vez que você tira minhas calças hoje... — comentou rindo.

— Meu Deus! Boa noite...

— Dylan, espera! — disse, segurando meu braço.

   Eu me sentei à beira de sua cama e ele se sentou na mesma.

— Eu quero te dizer isso agora, porque quando eu estiver sóbrio não vou ter coragem...

— O que ? — perguntei, curioso.

— Eu sinto ciúmes de você... Odeio como você trata o Lawrence e como ele não dá valor. Ele prefere o Williams do que você!

— Ahn... De boas, eu não sinto mais nada por eles... Eu acho!

— Mas eu sinto por você...

— Como assim, cara ? Você gosta deles ?

— Não! Você me magoou quando disse que queria conhecer a "sortuda" por quem eu me apaixonei...

— Por que ?

— Por que ela, na verdade é ele...

   Eu fiquei em silêncio por um momento, tentando absorver a informação. Então, Daniel, era gay... Interessante.

— Ele... Na verdade é você!

   Meus olhos se arregalaram e se fixaram em Daniel, eu não podia acreditar que aquilo fosse verdade. Além de ele ser gay, ele estava apaixonado por mim ? Não! E-ele estava mal pela bebida. Se bem que... Dizem que bêbados não mentem... Não é mesmo ?

— Dylan... Eu não teria coragem de dizer isto enquanto sóbrio, mas eu te amo... — concluiu e me puxou para um beijo, eu lhe concedi o beijo, mas minha mente ainda não havia absorvido toda a informação.

   Logo ele se deitou e adormeceu, enquanto eu mal consegui dormir, pensando no peso de tais palavras.

    ~Flashback/off

— Então... Era eu o tempo todo ? — murmurei. — Você deveria ter me dito antes... — disse, me encostando no banco e jogando minha cabeça para trás.

— Aí, Dylan! — um garoto chamou minha atenção. — Partiu jogar um foot ?

— Bora! — confirmei. Eu precisava me distrair um pouco, afinal, aquilo já havia tirado meu sono durante a noite toda.

   Já havia dado uns vinte minutos de jogo, nosso time tava perdendo, dois a um, era o placar, foi quando eu vi um Lawrence, impaciente, na arquibancada. Por sorte tinha muita gente de próxima, então logo fui substituído e caminhei em direção ao James.

— Eai, Lawrence. De boa ? — cumprimentei.

— A gente precisa conversar! — disse, sério e preocupado.

— Iiiih... Fodeu! — exclamei.

   Nós fomos até o gramado da escola e nos sentamos em baixo de uma árvore, no chão mesmo. Ele se encostou no tronco da árvore e soltou um suspiro, algo estava lhe incomodando.

— O que houve ? — questionei.

— Acho que não foi uma boa ideia ter dormido com o Williams ontem à noite... — comentou.

— Ah, cara... Que isso, vocês só dormiram juntos, não é como se tivesse acontecido uma penetração, tá ligado ? — disse, na tentativa de acalma-lo, mas seu rosto mostrava que haviam detalhes dos quais eu ainda não tinha conhecimento, o que me deixou em dúvida. — A não ser que... — disse, pausadamente.— Não vai me dizer que rolou... Rolou ?

   Ele murmurou algo que não consegui escutar e nem ao menos deduzir quais palavras haviam saído de sua boca.

— Que ? Não escutei...

E novamente ele disse algo de forma arrastada e em um baixo tom de voz.

— Cara, para de ser idiota e fala com a boca!

— SIM, CARALHO! SIM!!! — gritou. — Rolou... — concluiu, em um tom mais baixo.

— PUTA QUE PARIU!! EU NÃO ACREDITO, VELHO... — gritei surpreso, me levantando. — MANO, VOCÊ PERDEU A VIRGIN...

— CALA BOCA! — gritou, se levantando e tapando minha boca com suas mãos. — Velho, para de ser ridículo, olha o tanto de gente que tem aqui perto! — exclamou, olhando, atentamente, para os lados.

— Perdão, é que é muita informação para um fim de semana só— disse, me sentando novamente. — Você deu ? — perguntei, olhando dentro de seus olhos

— Eu o que ?

— Você tomou no cú ?

— Sim... — respondeu desviando seu olhar para a grama e corando ao mesmo tempo.

— CARALHO, MANOOOOOOOOO! — gritei, novamente.

— Para de gritar pelo amor de Deus!!

— E como foi ?

— Foi bom, mas... Não é isso que me preocupa...

— E qual é sua preocupação ?

— Tô me sentindo como um estuprador...

— O quê ? Como assim ?

— Daniel disse que se aproveitar de uma pessoa enquanto ela está bêbada, seria o equivalente de estupra-la.

— What ? Cara, por que Daniel te disse isso ?

— Porque ele reclamou de dor na bunda e eu insinuei que vocês tiveram uma noite louca... De amor. — disse, piscando os olhos como uma princesa, para enfatizar "uma noite louca de amor".

— O que ? Nossa, mano... Que viagem! — disse.

— É eu sei, mas eu fiquei pensando nisso e até que faz sentido o pensamento dele...

— Não é como se eu nunca tivesse o visto nu...

— Porque se a pessoa tá bêbada, ela tá inconsciente de seus atos...

— Mas foi tudo culpa dele, sabe ? Ele que pediu para mim fazer aquilo...

— Se ela está inconsciente, ela não é capaz de autorizar o toque em seu corpo...

— Mas eu não o estuprei... Uma masturbação não é considerado estupro...

— Logo, se eu toca-la estarei... Pera, o que você disse ? Masturbação ? Ahn ?

— É... Tipo, não foi nada além disso!

— Dylan, do que você tá falando ?

— De ontem! — disse, me tocando que havia contado quase tudo da noite anterior, sem ao menos perceber. — Ahn... Nada!

— Osh! Tu tá estranho... — comentou. — Você ouviu o que eu disse ?

— Aham! — não era como se eu não tivesse ouvido, mas eu simplesmente não prestei atenção. — Cara, eu vou tomar um banho e pensar em uma solução pra você, depois a gente se vê.

   Caminhei lentamente para meu quarto, no caminho eu fiquei com aquilo na cabeça. Nem eu e nem James éramos estupradores, aquela era uma palavra forte demais para se utilizar, nós apenas havíamos... Aproveitado o momento.

   Ao passar pelo corredor, vi alguns meninos rindo de algum conteúdo em seus celulares, parecia que a maioria dos meninos tinham vídeos engraçados.

— Osh...

   Chegando no quarto, encontro um Daniel impaciente à minha espera.

— Eu caí mesmo ontem ? — questionou.

— Ahn... Sim!

— Certeza ?

— Cara, eu não te estuprei, beleza ? — afirmei.

— Que ?

— É! Eu sei que você falou com o Lawrence sobre isso, sei quais foram as conclusões que você tirou, mas não, eu não te estuprei!

— Ahh... — exclamou, fitando o chão, sem graça. — Desculpe...

— Tudo bem, tenho que te contar umas coisas que rolaram ontem, mas agora não... — suspirei. — Vou tomar um banho.

— Ah, Okay... E desculpe novamente por ter pensado isso sobre você!

   Eu sorri, e caminhei até ele, repousei minhas mãos sobre seus ombros.

— Relaxa... — disse, em seguida levei uma de minhas mãos até sua nuca e selei nossos lábios, foi um beijo calmo e com certeza ele ficou sem entender nada. Separei nossos lábios e dei alguns passos para trás, ainda o encarando com um sorriso estampado em meu rosto.

   Entrei no banheiro e tranquei a porta, me encostei nela e fitei o teto.

— Espero não estar fazendo nada de errado... — murmurei.

   Me coloquei em frente ao espelho, observando a minha imagem refletida.

— Tá na hora de pintar de novo... — comentei ao tocar alguns fios de meus cabelos verdes.

   Liguei o chuveiro e me despi do lado de fora do box, deixei meu celular em cima da pia. A água estava morna e eu tomei um banho demorado, aproveitando para pensar sobre tudo que estava acontecendo.

   Desliguei o chuveiro apressado quando, enfim, pensei em uma solução para a dúvida de Lawrence.

— Por quê não pensei nisso antes ? — sussurrei.

   Me sequei rapidamente e enviei uma mensagem para Lawrence.

     Chat/On

Dylan: Ow
Dylan: Cadê tu ?
James: Que foi ?
Dylan: Tá bem ?
James: Não.
Dylan: Pq o ponto final ?
Dylan: Tá bravo ?
James: Tem como mandar tudo numa mensagem só ? Obrigado.
Dylan: Ah
Dylan: Beleza
Dylan: Tá de TPM ?
James: Afff... Não! Vc simplesmente me deixou falando sozinho sobre algo realmente importante.
Dylan: Mals ae
Dylan: Achei uma "solução" pra sua dúvida
James: Hm.
Dylan: Na festa a gnt conversava, não gosto de falar contigo, virtualmente, quando cê tá de doce
James: Festa ?
Dylan: Hoje tem mais ^^
James: Mds

    Chat/Off

— Cara chato, aff...

                             Daniel/On

   Após a pequena conversa com Lawrence rodei um pouco o colégio até resolver voltar ao quarto e ler um livro.

— Vou esperar o Dylan aqui, uma hora ele vai ter que voltar... — murmurei.

   Um, dois, três e quatro capítulos foram lidos, o livro, que havia iniciado alguns dias atrás, já tinha acabado ali, não conseguia encontrar nada para me entreter, então, comecei a andar de um lado para o outro, sempre fitando a porta.

   Ouvi alguns risos no corredor, parei de frente para porta, mas não era Dylan, os risos se afastaram e logo voltei a andar, quando a por finalmente se abriu.

— Eu caí mesmo ontem ? — perguntei, sem ao menos o cumprimentar.

— Ahn... Sim! — respondeu, desconcertado.

— Certeza ?

— Cara, eu não te estuprei, beleza ? — disse.

— Que ? — indaguei, como ele poderia saber da minha teoria ? Aaah, Lawrence!!

— É! Eu sei que você falou com o Lawrence sobre isso, sei quais foram as conclusões que você tirou, mas não, eu não te estuprei!

— Ahh... — exclamei, fitando o chão, com vergonha. — Desculpe...

— Tudo bem, tenho que te contar umas coisas que rolaram ontem, mas agora não... — suspirou, olhando para os lados — Vou tomar um banho. — concluiu.

— Ah, Okay... E desculpe novamente por ter pensado isso sobre você! — disse, logo percebendo que minha teoria já não fazia mais tanto sentido quanto antes.

   Ele sorriu, eu observei aquele sorriso Colgate que eu tanto gostava, ele caminhou até mim e posicionou suas mãos sobre meus ombros.

— Relaxa... — disse, fitando meus olhos.

   Senti uma de suas mãos subir, lentamente, até minha nuca, em seguida ele me puxou para perto de si e selou nossos lábios, aquele beijo não parecia ser um beijo qualquer, parecia ter sentimento, foi calmo e lento, mas logo ele separou nossos lábios e andou de costas para o banheiro, ainda com o sorriso Colgate estampado seu rosto.

   Após ele entrar no banheiro, me joguei de pernas e braços abertos na cama, com meus olhos fechados, deliciando o sabor doce que ele havia deixado em minha boca.

   Levei uma de minhas mãos ao meu lábio inferior, o apertando. Logo me sentei na cama, com meus pensamentos confusos.

— O que é que está acontecendo contigo, Daniel ? — questionei a mim mesmo. — E você Dylan... Quais suas intenções? — murmurei.

Autoria de » Satsuki Wolf

**Catuaba

   A bebida é um afrodisíaco natural que estimula o desejo sexual e aumenta a líbido tanto no homem como na mulher. Além de aumentar o fluxo sanguíneo dos orgãos genitais ela também pode fortificar e prolongar uma ereção, aumentar a excitação e proporcionar orgasmos mais fortes.

**Capeta

  Feito a partir da mistura de vodca, pó de guaraná, canela em pó, açúcar, leite condensado e gelo, o drink é conhecido como levanta defunto na região norte/nordeste do país.






Notas Finais


~ Reviso assim que puder ~

Gente, gostaram ?

Tô preocupada pq tô começando a ficar sem idéias... Help me. Please :(

Bom, ultimamente eu tenho tido motivos para ficar na bad e exatamente isso que tá acontecendo, tô ficando desanimada com tudo e todos. Se vocês tiverem um estímulo, eu agradeço :)


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