História Apenas Uma Chance - Encontro Arruinado.

Continua...

Lucy on

A semana passou rápido e como prometido continuei frequentando as aulas de Muay Thai. Eu estava me divertindo bastante com aquele treino, mas estava meio que evitando o Natsu... Amanha será o dia do meu encontro com o Matt estou um pouco nervosa, mas espero que isso logo passe.

Deitei-me na cama para poder dormir um pouco.

Sonho...

Você tem que se lembrar... Se lembre... Volte no tempo... Na época que ainda existiam os dragões...

Eu estava caminhando pela floresta adentro... Estava usando um vestido discreto e uma capa preta para esconder a cor dos meus cabelos. Loiro era a cor da realeza... Era a cor do ouro. Caminhei até chegar a uma parte aberta e florida, corria um riozinho ali perto, eu estava escutado os cantos dos passarinhos e a brisa do verão soprava em meus cabelos. Fechei meus olhos para aproveitar melhor a situação.

Escutei um barulho entre as arvores, algo veloz estava indo em minha direção... Eu estava com medo, mas não conseguia me mover...

-Cuidado! –Escutei algum gritando e logo tudo ficou preto.

-Hei... Você está bem? – Escutei uma voz ao longe.

-Hum?

-Menina? Está bem? – A Voz se aproximava de mim.

Até que abri meus olhos e...

Sonho...

Acordei... Aquele sonho foi tão real... Minha cabeça está doendo... – Olhei no relógio e era 11hrs da manhã de sábado... O dia do meu encontro, mas como só era de noite, não estava me preocupando muito.

Fui para o banheiro fazer minhas higienes matinais e preparar um café da manhã... Será que consigo fazer panquecas? Se ao menos eles estivesse aqui...

Uma imagem do Natsu sorrindo veio na minha cabeça.

-Aaaah Lucy! Para de pensar isso! – Fui até meu quarto e coloquei um short simples e uma regata. Penteei meu cabelo e o amarrei em um rabo de cavalo. Peguei minhas chaves e sai.

O mercado e a padaria não eram tão longe daqui então fui andando mesmo.  

-Bom dia senhorita! Deseja mais alguma coisa? – Pergunta a atendente sorridente.

-Não, obrigada e Bom dia! – Retribui seu sorriso simpático com um também.

Eu havia comprado dois sonhos de chocolate, leite, pó de café (porque o meu tinha acabado), e um pão de batata de frango com catupiry (meu favorito, aliais tudo que tem frango com catupiry me encanta!).

Sai da padaria um pouco distraída... De repente vejo alguém vir correndo em minha direção e quando percebo já estou no chão.

-Ai... –Falei colocando a mão em minha cabeça.

-Nossa, me desculpe! – O Homem que me derrubou esticou a mão para me ajudar, mas com a claridade do sol não consegui ver seu rosto, mas conhecia perfeitamente a sua voz.

-Tudo bem... Próxima vez olhe para onde anda! – Falei friamente. E recusei a mão que ele estava me oferecendo ajuda e me levantei sozinha.

-Lucy... Você ainda está brava comigo? – Perguntou ele coçando a nuca.

-Não! – Falei.

-Então por que está me evitando? A semana toda, desde aquele dia você não olha na minha cara!

-Não é problema seu! – Gritei.

-Como não é? Você está sendo infantil de mais, eu só quero te ajudar!

-Todos querem! Mas quer saber, eu devia ter morrido há muito tempo... Devia ter sido eu... Devia ter sido eu no lugar dele... – Falei colocando a mão e minha barriga e sai correndo.

Droga... Eu achei que já tinha superado... Eu achei que tentando viver e aproveitar a vida me daria prazer e me faria esquecer-se dele, mas não...  Claro que não, isso é meio que impossível... Mas antes eu estava bem... Por que agora estou sentindo isso... Alias, sempre que estou perto do Natsu sinto essa tristeza...

Lucy off

Natsu on

O que ela quis dizer com isso? Em todas as coisas que se passaram na minha cabeça, me veio logo a de quando ela entrou em coma por causa da Lisanna... E esse é o meu pecado. Mas se fosse isso ela não diria “ele” quem era ele? Será que ela se referia ao nosso filho?

Natsu off

Lucy on

Voltei correndo para meu apartamento e liguei para Levy.

Ligação on

-Alô? – Atendeu a azulada.

-Levy... – Falei com a voz chorosa.

-O que foi Lucy? – Diz ela assustada.

-Eu... Eu preciso de você.

-Tudo bem, estou indo! – Diz Levy desligando seu celular em seguida.

Ligação off

Joguei meu celular em cima da cama e abracei uma almofada tentando conter minhas lagrimas de frustrações.

... Que droga... Logo hoje... Logo agora que estava feliz... Estava dando rumo a minha vida... Por quê? Por que me lembrei disso?

Levy não demorou a chegar, o interfone tocou e eu a mandei subir, a porta estava destrancada, então assim que ela entrou foi logo no meu quarto sem preguntar nada me deu um abraço apertado e afagou meus cabelos. Eu retribuir seu abraço deixando as lagrima saírem uma atrás da outra.

-Obrigada... – Murmurei.

-Se acalma... Tá bom... Fico feliz que tenha me chamado...

-Levy... As lembranças... Meu filho...

-Shii, Shii! Não pense nisso okay? – Assenti e ela continuou acariciando minha cabeça até me acalmar mais.

Ficamos assim por um tempo até eu conseguir em fim me acalmar.

-Me fale o que você lembrou? – Pergunta ela séria sentada na minha cama.

-De quando o médico me deu a noticia... Senti o mesmo sentimento que senti naquele dia... É terrível.

-De mais nada? – Balancei a cabeça de um lado para o outro em sinal de não. Levy deu um longo suspiro. – Lucy, se lembrar de mais alguma coisa... Por favor, me fale!

-Tá bom...

Levy ficou comigo o dia todo, fizemos brigadeiro de panela e assistimos alguns filmes. Uma hora ou outra Gajeel ligava preocupado.

-Lucy eu tenho que ir antes que o Gajeel tenha um filho. – Diz a azulada brincando.

-Bom. E ele vai ter não é? – Falei entrando na brincadeira da azulada.

Começamos a rir.

-Levy, mais uma vez, muito obrigada por estar aqui comigo! – Falei abraçando ela.

-Já falei que sempre estarei do seu lado! – Diz ela retribuindo meu abraço. – Agora tenho que ir.

Levy pegou sua bolsa e foi embora...

Olhei no relógio e já estava quase na hora do meu encontro. Tomei um banho rápido e coloquei um vestido vermelho com o comprimento um pouco acima do joelho e com um decote em V. Prendi meu cabelo em um coque chique e estava pronta. Logo o interfone tocou e era ele. Desci até a portaria.

-Lucy, você está linda! – Diz ele beijando minha mão.

-O-obrigada! – Falei corando.

Ele abriu a porta do seu carro e eu entrei.

-E então? Aonde quer ir? – Perguntou ele dando a partida no carro.

-Não sei... Surpreenda-me! – Falei de uma maneira sedutora o que fez o rapaz corar.

Ele me levou a um restaurante cinco estrelas, fiquei meio sem graça, mas ele insistiu então aceitei.

Matt puxou a cadeira para que eu pudesse me sentar.

-Obrigada, mas não precisava de tudo isso. – Falei sem graça.

-Não se preocupe, fico feliz em agrada-la! – Ele me da um sorriso caloroso, mas por alguma razão me senti um pouco solitária com isso... Retribui o sorriso, mas não da mesma forma.

-Então...

-Vai querer o que?

-Não sei... – Falei encarando cardápio, isso não me surpreende muito, pois a minha vida toda só comi comidas caras.

-Já sei! – Ele fez sinal para o garçom e o mesmo veio na mesma hora.

-Pois não senhores?

-Poderia me trazer o melhor prato que tiverem e o melhor vinho.

-Não... Eu não quero vinho... –Protestei sem graça... Não quero ficar bêbada novamente, principalmente com ele.

-Não gosta? –Diz ele surpreso.

-G-gosto, mas...

-Então pode trazer! – A garçom assentiu e saiu em seguida.

-Eu tenho um probleminha com álcool...

-Tudo bem princesa! – Ele beijou minha mão.

Logo o garçom voltou com os pratos os colocando na mesa de forma graciosa, e fez o mesmo com as taças servindo vinho em cada uma.

O Assunto se estendeu enquanto comíamos nossa comida, mas logo um flash de lembrança invadiu minha mente.

Flashback.

-Hum... Que tal... Azulado!

-Azulado? Credo que nome ruim...

-É? Eu gostei... Então...  Fiapo azul?

-Tá piorando... – Falei soltando um suspiro.

-Droga... Vamos ver... Já seii! – Diz Natsu animado.

-Fala! – Respondi animada também.

-Céu!

-Céu?

-Sim, pois o céu é azul! – Falou ele com um grande sorriso no rosto. E eu ri.

-Que tal... Hum... Bartolomeu! – Falei confiante. Natsu caiu na gargalhada.

-Mas que diabos de nome é esse Lucy? – Perguntou ele ainda rindo.

-É um lindo nome... Ou não – Também comecei a rir.

-Que tal... Tom!

-A sim, então quero um ratinho chamado Jerry.

-Ah já sei... Esse gatinho desde quando chegou só nos trouxe alegria, então seu nome vai ser Happy! – Natsu levantou Happy no alto igual fizeram com Simba no rei leão. Happy miou...

-Parece que ele gostou do nome.

Flashback

Soltei uma risada sem querer, e o Matt me olhou confuso.

-Lucy, por que está rindo?

-Lembrei-me de umas coisas aqui, me desculpe.

-Escutou o que eu estava dizendo?

-É... Que o encontrou estava incrível? – Chutei.

Matt suspirou.

-Eu estava dizendo... Lucy eu gostou muito de você... Bom, sei que é nosso primeiro encontro, mas aceita namorar comigo? – Ele estava corado e isso me pegou de surpresa.

-Que?

-Isso que você escutou.

-Não! –Falei sem prensar e me levantei da cadeira.

-O que? Por quê?

-Não eu não quero... Perdoa-me Matt... – Sai de lá sem dar explicações a ele.

Como eu tinha vindo no carro dele, tive que chamar um taxi, mas infelizmente nenhum estava passando àquela hora... Tive que me arriscar e ir sozinha para casa. E para completar tudo começou a chover.

De repente um carro parou do meu lado e desceu o vidro. Sei que era perigoso esperar para ver que estava dentro do mesmo, mas mesmo assim esperei.

-Quer uma carona? Está ensopada! – Era o Natsu.

Assenti com vergonha e então ele destrancou a porta para que eu pudesse entrar.

-Eu não devia... – Falei.

-Fez a escolha certa Lucy.

-Como me encontrou?

-Hum? – Ele não tirava os olhos da estrava e a chuva só a apertava mais e mais. Ele deu um sorriso suave e então enfim me respondeu. – Eu te encontro por acaso todas às vezes...

-Até parece o destino... – Murmurei, mas ele me escutou.

-Talvez seja... – Ele finalmente olhou para mim. – Lucy a chuva está muito densa e seu apartamento está ainda muito longe daqui...

-Pode me deixar em um ponto de taxi... Não quero incomodá-lo.

-Achou mesmo que estava insinuando te deixar em algum canto sozinha?

-Sim... Afinal vivo te tratando mal e... Estava te evitando.

-E eu não guardo magoas disso, até porque a culpa foi minha por ter “tocando na ferida”.

-E onde pretende me levar? – Perguntei curiosa.

-Se importa de ficar no meu apartamento essa noite? – Perguntou ele.

-N-não...

-Por que gaguejou Lucy? – Ele me olhou e percebeu que eu estava corada. – Fique tranquila, não vou fazer nada com você.  – Ele me deu um sorriso caloroso... Que por algum motivo fez meu coração acelerar... Por que o do Matt não fez?

Enfim chegando a seu apartamento, o porteiro abriu o portão e ele entrou. Estacionou seu carro em sua vaga de costume e em seguida saiu do mesmo dando a volta e abrindo a porta para mim.

-O-obrigada. – Falei sem graça.

-Lucy por que está tão vermelha? Já ficou em uma casa de um homem sozinha né? – Provocou ele.

-C-claro! Muitas vezes! – Falei sem pensar e vi a cara dele de surpreso. – N-não que eu sempre vá para a casa de algum... É tipo só de vez em quando... E é melhor eu calar boca.

Natsu estava olhando para mim surpreso, mas logo começou a rir.

-Desculpe, não consegui me controlar. – Falou ele tentando parar de rir.

-Não ria de mim! – Falei irritada. – Ai que frio! – Falei esfregando meus braços.

-Lucy, você é um pouco estranha!

-Não sou não!

-É sim.

-Hei bonitão! – Uma albina se aproximou do Natsu, me dando um olhar mortal o que me fez arrepiar de medo.

-Ah oi! – Falou ele.

Ela se aproximou mais dele e lhe beijou intensamente. O rosado parecia desconfortável e eu me afastei um pouco, pois aquela cena me incomodava um pouco.

Fui para uma parte que tinha um murinho e uma pequena vista da cidade e um lindo jardim também. Natsu veio correndo em minha direção um tempinho depois.

-Me desculpe Lucy. – Diz ele tentando recuperar o folego.

-Tudo bem! – Falei indiferente.

-Está brava?

-Não, só congelando...

-Vamos então. – Natsu tirou seu casaco e colocou nos meus ombros e então subimos para seu apartamento.

Ele abriu a porta e logo um gatinho azul como nas minhas lembranças se esfregou em seus pés.

-Hei amigão, desculpe a demora! – Ele pegou o gatinho em seus braços e me deu passagem para que eu entrasse.

-Só por curiosidade... Como é o nome dele? – Perguntei.

-Happy! – Ele fechou a porta e então colocou Happy em cima do sofá. – Desculpe, não repare na bagunça, não consegui arrumar nada.

-Tudo bem... – Chegue perto do gatinho e me agachei ao seu lado. – Hei Happy!

Ele se esfregou em mim como se me conhecesse e isso me surpreendeu.

-Parece que ele gosta de você! – Diz Natsu vendo de longe.

-Uhum... – Continuei acariciando o pequenino.

-Quer tomar banho? Você está encharcada vai acabar ficando gripada.

-Sim, se não se importa, mas não tenho roupas...

-Tenho algumas que minha prima deixou aqui quando veio passar o fim de semana, acho que serve em você. – Disse ele pensativo.

Ele foi até seu quarto e mexeu em seu guarda-roupa até encontrar uma blusa regata com um desenho de coração na frente e um mine short branco.

-Achei! – Ele pegou a roupa e me entregou junto de uma toalha que também era da sua prima.

-Obrigada!

-O banheiro é ali, pode demorar o tempo que for preciso. Está com fome?

Claro que estava afinal... Comida de rico é muito pouca e cara, e eu não queria abusar do Matt, então comi aquela única porção que não me sustentou e ainda vim andando um bom pedaço na chuva o que me deixou mais faminta ainda.

-Não tudo bem! –Tentei mentir, mas minha barriga roncou bem na hora o que me fez corar de vergonha. E Natsu cair na gargalhada.

-Acho que não é isso que seu estomago diz.

-Desculpe... Mas não quero te dar trabalho.

-Ah relaxe, eu também estou faminto, vou pedir uma pizza, enquanto isso vai para o banho.

Assenti e entrei no banheiro. Para um banheiro de apartamento até que era espaçoso e confortável... No canto do box tinha uma cueca dele jogada, o que me fez imaginar ele a usando. Para Lucy com esses pensamentos pervertidos. Tirei minhas roupas e me olhei em um espelho que tinha dentro do banheiro, era um espelho de corpo todo... E novamente senti a vontade de me arranhar... Mas não fiz isso... Liguei o chuveiro e entrei de baixo do mesmo, deixando a agua cair uniformemente pelo meu corpo, a agua estava morna o que fez acabar com o frio que eu estava. Desliguei o chuveiro e peguei a toalha para me enxugar... Coloquei a mesma calcinha que estava, mas meu sutiã estava encharcado... Então mesmo com muita vergonha coloquei a blusa sem ele... A blusa ficou um pouco curta e mostrava um pouco a minha barriga, já o short ficou bom.

Sai do banheiro um pouco envergonhada, Natsu estava sentado no sofá vendo Tv, com Happy em seu colo dormindo tranquilamente, as pizza já tinha chegado, o que fez me perguntar se eu tinha demorado muito no banho.

-Lucy! – Diz Natsu ao perceber minha presença encostada na porta. – Acho que ficaram meio justas em você as roupas delas... Quer uma blusa minha?

-Não tudo bem!

-Você que sabe. –Ele deu de ombros. – Bom vamos comer? – Ele colocou Happy do lado e se levantou indo em direção à mesa da cozinha onde estavam às pizzas e um litro de coca cola.

Natsu abriu as caixas de pizza e meus olhos brilharam.

-Hei, cuidado para não babar em cima da pizza! – Brincou ele. – Frango com catupiry é minha favorita!

-A minha também!

-Então sem mais delongas, vamos ao ataque! – Assenti animada e logo peguei um pedaço para mim. Sentamo-nos no sofá e ele colocou em um filme para vermos.

-A culpa é das estrelas? Esse filme é triste.

-Sim... Não gosta?

-Até gosto, pode deixar.

Terminamos de comer a pizza e eu levei o prato na pia e lavei-o, de longe escutei Natsu falando que não precisava. Natsu pegou uma coberta para nós e voltamos a assistir o filme.

Lucy off

Natsu on

Lucy pegou no sono na metade do filme e acabou encostando e mim, o que eu não achei nada mal, afinal eu ainda a amo...

Levei-a para minha cama e a deitei lá a cobri. Voltei para o sofá e desliguei a teve e acabei dormindo lá mesmo... Happy que não é nada bobo foi dormir com a Lucy.

Continua...