História Apenas Uma Chance - Medos: o despertar de sentimentos.

Medos: o despertar de sentimentos. 

Continua.

Ontem descobri algumas coisas que acho que realmente fazem sentido ou não. O diário da Anna estava escrito em palavras os sonhos que tive. Depois que li ele, acabei me lembrando de algumas coisas, mas nada muito especifico só das luzes de um festival.

Eu precisava me distrair um pouco, então chamei Naomi para ir ao cinema comigo, mas estou começando a me arrepender, pois ela vai escolher um filme de terro e eu detesto filme de terror.

Lucy on

Acordei ainda sonolenta. Fui ao banheiro fazer minha higienes e toma rum banho rápido para poder acordar. Como era segunda feira, mandei uma mensagem para Erza avisando que não iria treinar hoje. Ela me respondeu com uma carinha triste, mas disse “tudo bem, mas você terá que repor outro dia”. Vesti-me para trabalhar. Uma saia de couro um pouco acima do joelho e uma camiseta social branca de mangas compridas. Calcei um sapato de salto alto preto e amarrei meu cabelo em um coque bagunçado.

Tomei meu café da manhã rapidinho e sai.

Desci até a garagem e entrei em meu carro. Dei a partida e fui em direção ao meu trabalho.

Lucy off

Natsu on

Depois que a levei embora, fui para casa e me joguei na cama com um sorriso bobo no rosto que logo se desfez.

-Bom... Consegui o que eu queria Lucy... Agora posso deixa-la seguir sua vida. –Falei colocando a mão no rosto. Happy pulou no meu colo me fazendo olhar para ele. –Que foi?

-Meonw.

-Hum? –Falei confuso. –O que foi garoto? Não se despediu dela?

-Meonw...

-Desculpe garotão... Não sei se vou trazer ela aqui de novo... –Falei acariciando a cabeça dele.

Happy se aconchegou ao meu lado se esfregando em mim.

É... Acho que esse foi o fim... Se ao menos ela se lembrasse da nossa história...

E então eu adormeci com o happy ao meu lado.

Segunda de manhã. Tomei um banho rápido e vesti meu uniforme. Peguei meu carro e fui direto a delegacia.

-Bom dia Capitão! –Diz Romeu animado.

-Hum? Bom dia Romeu... –Falei indiferente indo direto a minha fala ignorando Yuki completamente que acenava sem parar para mim.

-Aconteceu algo Natsu? –Pergunta Romeu preocupado me seguindo.

Entramos na minha sala e eu me sentei em minha cadeira.

-Entra e feche a porta. –Romeu assentiu e fechou a porta. – Senta.

Ele se sentou na cadeira a minha frente.

-Agora me conta o que houve? Parece desanimado.

-Você parece aquelas mulherzinhas atrás de fofocas. –Debochei.

-Não tem graça, só estou preocupado.

-Relaxa... Era para descontrair.

-Vai me conta ou não? Tenho coisas para fazer.

-Calma, abaixa a guarda Romeu, não esquece que está falando com o seu superior! –Ameacei.

-Desculpe...

-Então... Eu consegui. – Falei desviando o olhar.

-Conseguiu? –Pergunta ele surpreso. –Então por que está triste?

-Você se lembra de o que eu disse né? Que iria desistir?

-Sim, mas ainda pensa em desistir?

-Claro... Afinal ela só ficou comigo por que fica com outros também. –Dei de ombros.

-Está chamando a mulher que você ama de vadia? Sério Natsu?

-Foi o que ela se tornou...

Romeu se levantou de uma forma bruta e sem que eu o esperasse me deu um soco que me fez cair para trás. Já que eu estava com os pés apoiados em cima da mesa.

-Que poha Romeu! –Falei em fúria com a mão no rosto.

-Cala a boca!

-O que?

-Agora me escuta! –Ele disse com tom autoritário, fazendo eu me calar surpreso. –Natsu, eu não estou mais te reconhecendo. Desistir? Sério? –Ele falou rindo. Mas volto a ficar sério. –O Natsu que eu conheci e quem eu admirava, nunca desistiria. Tá que você velou um lindo fora, mas acha mesmo que essa mulher não venha a sentir nada por você? E ainda a chama de vadia? Se fosse antes você arrebentaria a cara de quem ousasse a chamar ela assim!

-Romeu eu...! –Tentei protestar, mas ele me interrompeu.

-Cala a boca, por não terminei.  Natsu, você me contou sua história. Falou-me o porquê virou policial... Eu te admirei naquele momento. A sua determinação a sua persistência. Você treinou duro e conseguiu virar capitão. Mesmo que seja só enquanto o oficial não volta, mas mesmo assim. Vai atrás dela Natsu... Faz ela se lembrar de você!  Sei que a antiga Lucy. Que eu não conheci, mas pelo o que você me falou eu já sei que foi uma pessoa incrível. Ou é... Não desiste dela Natsu. 

-Eu... –Eu estava sem palavras. O que o Romeu disse, ele tem razão, Não posso desistir assim. Passei cinco anos longe dela... Se eu não tivesse desistido naquela época, talvez ela não tivesse sofrido tanto... Isso é culpa minha, eu tenho que consertar isso.

Levantei-me e abracei e fui em direção ao Romeu que ia se afastando desconfiado.  Assim que consegui me aproximar eu o abracei. Ele estranhou, mas retribuiu o abraço.

-Obrigada por abrir meu olho...

-Amigos servem para isso!

Peguei meu casaco e sai.

-Aonde você vai?  -Gritou ele enquanto eu o deixava para trás em minha sala.

-Atrás da minha felicidade! – Gritei de volta.

Entrei em meu carro e segui até onde ela trabalhava. Era em uma imprensa aqui perto. Estacionei e entrei no local.

-Bom dia senhor? Posso ajudar? –Pergunta recepcionista.

-Bom dia. Lucy Heartfilia trabalha aqui?

-Sim senhor, mas ela ainda não chegou.

-Natsu?  -Uma voz familiar me chamou.

-Lucy!

-O que está fazendo aqui? –Pergunta ela confusa.

-Preciso falar com você.

-Se for sobre o que aconteceu ontem... Eu não quero falar sobre aquilo... –Disse ela sem graça.

-Lucy me escuta, é serio eu realmente preciso falar com você.

-Esse sujeito está te infortunando Lucy? –Pergunta um homem.

-Não... Tudo bem Matt.

-Então esse é o famoso Matt! –Debochei. – Você não é lá essa coisa não.

-Natsu! –Lucy me repreendeu.

-O que disse?

-Isso que você ouviu! –Falei em provocação. –Lucy, eu achei que você tinha um gosto melhor... Acho que me enganei, esse cara além de estranho ainda é fracote!

-Vou te mostrar o fracote! –Matt partiu para cima de mim e eu desviei sem a menor dificuldade.

Quando estava me preparando para revidar Lucy entrou na minha frente com cara de brava.

-Para Natsu!

-O que? Não me diz que vai defender ele? – Falei rindo. –Ai loirinha você viu muito bem que foi ele que me provocou. –Segurei em seu queixo e sorri com sarcasmo a deixando corada. Eu amava quando ela corava.

- Chega de gracinha Natsu! –Ela se afastou de mim.

-Mas My Lady ele que começou.

-My Lady? –Pergunta ela confusa.

-Desculpe força do habito princesa.

-Da pra parar com isso! –Disse ela irritada.

-Tá... Desculpe!

-Natsu, você quer falar comigo não é? Da para adiantar logo ao assunto, pois estou atrasada.

-Não era nada importante. –Falei dando de ombros e cheguei perto de seu ouvido. –Só queria que aquilo que aconteceu ontem se repetisse... –Sussurrei em seu ouvido com uma voz aveludada.

Lucy me emburrou vermelha, o que me fez rir.

-Idiota! Se era só isso, agora saia!

-Sim, senhorita! – Fiz reverencia e sai... Na verdade não era isso que eu queria dizer. Mas fazer o que? Já estraguei tudo mesmo.

Natsu off

Lucy on

Natsu me pegou de surpresa, mas não posso me dar atenção a ele, eu tenho trabalho a fazer. 

-Próxima vez, me avisa que é seu amigo, para eu não pagar esse mico. –Matt saiu emburrado.

-Matt espere! –Corri atrás dele, mas o mesmo me ignorou.

Ah que legal... Agora perdi meu amigo, valeu em Natsu!

Fui para meu escritório. Eu tinha uma pilha de matérias para escrever. E fiquei fazendo isso o resto do dia inteiro.

-Iae Lucy! –Diz Naomi se aproximando enquanto eu estava saindo.

-Oi Naomi.

-Vamos para o cinema?

-Vamos! Só me deixa passar em casa para trocar de roupa e... –Eu fui interrompida.

-Pra que? Você está ótima assim vamos!

Naomi me puxou e entrou em seu carro e eu entrei no meu, seguimos até o shopping e estacionamos nossos carros lá.

-Que filme? –Perguntei cismada.

-De terror deer! –Ela falou como se fosse obvio e como se já tivesse um em mente.

Fomos até a bilheteria e Naomi pediu dois ingressos para o filme de terror mais assustador que tinha em cartaz. “Guerra mundial z” Eu não sabia como era e nem queria saber... Só queria sair logo daqui.

Deu a hora de a gente entrar dentro daquela sala. E a hora da minha tortura. Sentamo-nos lá no fundo nas cadeiras do meio. E pra piorar o filme era em 3D... Logo os trailers passaram e o filme começou... Uma forte dor de cabeça fez com que eu fechasse os olhos. E então as lembranças começaram a surgir.

Flashback.

Sentei-me no sofá e Natsu se sentou ao meu lado. Gajeel, Gray, Juvia, Jellal e Erza já estavam sentados. Levy colou o CD no leitor e ligou e se aconchegou do lado de Gajeel. O filme nem bem começou e eu já estou tremendo de medo. Natsu percebeu e me abraçou forte.

-Relaxe, eu te protejo! – Sussurrou no meu ouvido.

Aconcheguei-me em seus braços, mas ainda continuava assustada. 

Flashback.

-Lucy? – Naomi me chama me puxando para a realidade. –Está tudo bem?

-Minha cabeça... Ela está doendo... –Falei colocando a mão na cabeça.

-Quer ir para casa Lucy? –Pergunta ela preocupada.

-Não tudo bem... –Encostei minha cabeça na cadeira e fechei meus olhos.

A imagem do Natsu veio em minha cabeça o que fez meu coração disparar.

O que? Por que meu coração está disparando? E por que eu pensei nele? Logo nele...

O que é esse sentimento que está querendo despertar. A cada coisa que lembro é um motivo para pensar nele... Por quê?

-Naomi...

-Hum?

-Preciso ir.

-Tá bom!

-Me desculpe...

-Fique tranquila, eu entendo! –Ela me deu uma piscadela e então eu saí correndo daquela sala de cinema.

Paguei o estacionamento e sai sem perceber que estava a caminho do apartamento dele...

-Pois não? –Perguntou o porteiro.

-Por favor, vim visitar Natsu. –Falei educadamente.

-Espere um pouco vou ligar para ele.   

-Não! –Falei em espanto. O porteiro abaixou o telefone e me olhou confusa. –Eu... É... Quero fazer uma surpresa. – Tentei disfarçar.

Ele me encarou com os olhos semicerrados.

-Tá bom.  –Ele abriu o portão e eu entrei.

Essa foi por pouco.

-Ah loirinha de sábado! Como vai querida? – Pergunta uma albina se aproximando de mim.

-É... Bem. –Respondo desconfiada.

-O que faz aqui flor?

-Nada eu só...

-Se estiver procurando o Natsu ele está muito ocupado agora.

-Ocupado?

-Sim... Eu o vi voltando com três mulheres... –Ela se aproximou do meu ouvido e sussurrou. –Cá entre nós... Parecia que o papo deles estava quente.

-Ah... É? –Falei meio desanimada.

-Sim... É uma pena um homem tão bonito não se valorizar...

-é... – Que? O que eu estou falando? –Bom... Acho que não vou atrapalhar ele.

-Isso... Boa garota. – Quando me virei de costas para ir embora senti uma picada em minhas costas, logo minha visão começou a escurecer e de longe escutei uma gargalhada...

Acordei em um local escuro. Minhas mãos estavam amarradas e meus pés também. Minha visão ainda estava embraçada. Eu estava escutando conversas ao fundo.

-Acordou princesa? –Pergunta um homem com a voz grave.

-Onde... Onde estou?

-No meu covil!

-Covil? E você seria o coringa? –Debochei e ele me deu um tapa na cara.

-Cala a boca! Não se lembra de mim princesa?

-Deveria? –Debochei de novo o que fazia o homem ficar mais enfurecido. Ele saiu de perto de mim e ligou a luz revelando sua aparência. Era um homem alto e loiro, seus olhos eram azuis e parentava ter a minha idade.

-Me deixa refrescar para você! –Ele se aproximou de mim e se ajoelhou na minha frente segurando meu queixo. –Meu nome é Jack...  Conhecemo-nos na praia há cinco anos atrás... Lembra-se, Loirinha? –Ele falou passando seu dado em meu rosto. Tentei desviar de suas caricias, mas foi inútil.

-Não! Eu não sei do que está falando! Você deve ter pegado a pessoa errada!

-Não. Não é a pessoa errada. –Ele se levantou e se afastou de mim com um sorriso no rosto. –Eu estive te observando de longe desde aquele dia! –Mas eu tinha perdido o seu rastro. Até a minha querida Angel me avisar que viu uma loira com o vizinho gato dela, que se chama Natsu e Bingo! Era a minha Loira!

-Sua? Eu não sou sua! E nunca vou ser!

-Ah vai sim... –Ele para e me olha. –Se não você ira sofrer... E Muito.

-Pode me matar! Prefiro a morte a ficar com você! Você é doente!

Jack gargalhou.

-Vejo que está mais corajosa Lucy! Gosto disso! –Ele se aproximou de mim. – Não vou te matar e nem te machucar... Não quero danificar esse seu corpinho lindo! – Jack mordeu seu lábio inferior me olhando de cima a baixo.

Ele se afastou de mim com um sorriso divertido e estalou os dedos. Um de seus capangas foi ao seu encontro.

- Sim chefe?

-Leve minha noiva a um lugar mais confortável!

-É pra já chefe!  -O rapaz moreno e forte veio em minha direção e desamarrou meus pés. Segurou em meu braço me obrigando a levantar.

-Por que você o obedece?

-Por que ele me paga para isso. –Diz ele me guiando por um corredor escuro cheio de portas.

-Sabe... Eu também sou rica. Se você me ajudar a escapar eu posso te recompensar por isso! –Falei com uma voz aveludada. O rapaz riu.

-Desculpe senhorita, mas não vou te ajudar! –Paramos em frente uma porta no final do corredor e ele pegou um molho de chaves em seu bolso e abriu a porta. O quarto era grande, havia uma cama de casal no centro, um guarda-roupa grande e uma penteadeira cheia de maquiagem. O quarto era mal iluminado, pois não havia janelas nele. Os lençóis eram pretos com detalhes vermelho e havia um grande tapete de veludo que cobria metade do quarto.

O Rapaz me empurrou para dentro do quarto e me desamarrou.

-Volto para trazer sua comida mais tarde! – Dizendo isso ele fechou a porta e a trancou.

Tenho que pensar em um jeito de sair daqui...

Fui até o guarda-roupa e ele estava cheio com roupas que era exatamente do meu tamanho. Todas as roupas curtas e que davam impressão de serem caras. Tecidos de grife. Lindos vestidos, mas eu não iria usar...  Sentei na cama e abracei minhas pernas deixando algumas lágrimas escorrerem...

-Por favor... Alguém me tire daqui...  – Sussurrei.  – Natsu...

Continue...