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História Apenas uma Fã - Capítulo XVI


Escrita por: wissxx

Notas do Autor


oi! vim aqui mais uma vez e trouxe um recadinho para vocês.

🦄 vocês sabem que a estória tem aviso de automutilação, correto? e nesse capítulo teremos a participação ativa dessa ação. peço para quem for sensível que não assista, pois pode ser um gatilho para você.

obrigada pela atenção, tenham uma boa leitura.

Capítulo 16 - Capítulo XVI


Fanfic / Fanfiction Apenas uma Fã - Capítulo XVI

Capítulo XVI

Harry — Londres, Inglatera

Acordei com o sol invadindo o quarto e me dando um ‘bom dia’ caloroso. Respirei fundo e me virei, passando a mão do meu lado e não sentia a Manu. Abri os olhos procurando por ela e logo pude localizar ela na ponta da cama, a ponta de rolar mais uma vez e cair. Levantei-me e a peguei no colo, colocando ela na posição certa. Sentei-me ao seu lado e peguei meu celular vendo algumas mensagens de minha mãe que logo tratei de responder.

Desliguei o celular e me levantei indo em direção ao banheiro, onde fiz minha higiene matinal. Vesti minhas roupas e logo tratei de sair do quarto. Desci as escadas e assim que fui me aproximando da cozinha ouvi um choro baixo. Abri a porta e entrei, vendo Noemi sentada à mesa olhando algumas fotos antigas enquanto chorava.

 — Está tudo bem, Noemi? – perguntei me sentando ao lado dela na mesa. Ela me encarou e deu um pequeno sorriso em meio às lágrimas. — O que aconteceu?

Ela limpou as lágrimas e encarou uma foto que tinha uma menininha ruiva com alguns cachos sorrindo com o rosto sujo de sorvete. A menina estava esticando o sorvete, o oferecendo para alguém, enquanto sorri bem grande. Uma foto linda.

Noemi passou os dedos pela foto, admirando cada detalhe.

— Nessa noite eu fui embora, Harry. Abandonei a minha filha sem me despedir dela. Eu deveria ter ficado e cuidado dela, eu não deveria ter deixado de fazer parte da vida dela. Eu não deveria ter deixado o tempo passar. – disse baixinho, enquanto guardava a foto e pegava outra. — Eu devera ter sido uma mãe melhor, mais atenciosa e presente... Apesar de já ter passado quase 18 anos eu vou tentar novamente.

Dezoito anos? Ela já tem quase dezoito anos e ninguém me disse nada sobre isso? Respirei fundo, aguardando que ela falasse mais alguma coisa... Mas ela não o fez.

— Não imaginei que ela tivesse quase dezoito anos. – fui sincero. — Ela não aparenta tal idade. Mas quando será o aniversário dela? Poderíamos organizar algo.

— Daqui uma semana. – disse simples, tomando um gole do café que estava na sua xícara. Suponho que o mesmo esteja gelado. — Gostei da sua ideia, podemos amadurecer ela.

Emanuele — Londres, Inglaterra

Acordei com meu celular vibrando. Resmunguei e peguei o mesmo, ainda sonolenta, desbloqueei e pude ver que era uma mensagem da Sabrina. Praguejei-a mentalmente passei a mão em meu rosto, ignorando sua mensagem. Prendi meu cabelo em um coque, me espreguicei e me obriguei a sair da cama. Fui até meu roupeiro onde separei uma muda de roupa e peças íntimas. Caminhei para o banheiro onde eu fiz todas as minhas higienes pessoais bem devagar, por conta da falta de coragem e força de vontade.

Tentei sorrir olhando-me no espelho, mas não consegui. Abri a gaveta e pude ver minhas lâminas, que sempre me ajudaram em momentos de dor e sofrimento mental e físico. Peguei uma delas e passei em minha pele, vendo a enxurrada de sangue sair e cair no piso branco do banheiro. E, infelizmente, a sensação de alívio se apossou de mim.

Ouvi passos dentro do quarto e tratei de passar a chave na porta.

— Manu? Você está no banheiro?

Respirei fundo e enrolei a lâmina em um pedaço de papel higiênico. Caminhei até o box e o adentrei, abrindo o registro.

— Estou, mas não irei demorar.

Entrei embaixo d’água a sentindo passar por todo o meu corpo. A água entrou em contato com meus cortes e estava ardendo muito, porém não tanto como a minha alma. Minutos depois eu terminei meu banho e me vesti. Ajeitei meu cabelo e usei produtos de higiene pessoal.

Saí do banheiro e me deparei com Harry sentando na cama. — Pensei que você tivesse descido... Bom dia, Harry.

Harry deu de ombros e se levantou e se aproximou. Ele me envolveu em seus braços em um abraço quentinho e aconchegante e logo depositou um beijo no topo da minha cabeça.

 — Bom dia moça cheirosa. O que iremos fazer hoje?

 — Acho que deveríamos passar o dia com a sua mãe e a sua irmã. – disse simples, saindo do quarto. Ele sorriu pequeno. — O que foi? Não gostou da ideia? Vocês estão bem?

Ele coçou a nunca e respirou fundo, me encarando.

 — Você já pensou em dar uma segunda chance para a sua mãe? Sua mãe parece realmente estar chateada pela negligência dela. Ela se arrependeu. Eu a vi chorando vendo algumas fotos sua da infância, foi de cortar o coração. Sei que ela se foi e te deixou, mas não quer dizer que ela não te ama. Ela te ama muito, assim como eu.

O encarei, sorrindo enorme e vendo suas bochechas ganharem um leve rubor.

— O que você disse Edward?

— Eu? Não sei do que você está dizendo, Manu.

  — Admita Harry, você disse as três primeiras palavras primeiro! – disse rindo e pulando em cima da cama, como uma criança. Fiquei feliz em saber que o sentimento é recíproco, mas fiquei com um pé atrás em relação a minha mãe. Harry se aproximou e me puxou pela cintura. Ele segurou em meus pulsos e se sentou comigo em seu colo. — Você ‘tá me machucando, Harry, me solta.

Ele me deu um beijo e logo me encarou, fazendo um biquinho.

— Por que eu deveria te soltar? Soltarei-te se você me der um ótimo motivo, mocinha. Quero ser convencido.

Harry beijou meu pescoço e eu pude sentir uma carga elétrica passar por meu corpo. Suspirei e senti os seus beijos descendo por meu corpo, mas a dor em meus pulsos estava ficando insuportável. Dei um gemido de dor e me afastei.

— É sério Harry, me solte, você está me machucando.

Choraminguei e ele me soltou, me encarando de forma estranha. Harry segurou meus braços e puxou a manga da camiseta. Ele respirou fundo e me encarou triste.

— Há quanto tempo você faz isso? Responda-me e sem enrolações, por favor.

— Não sei, mas muito tempo, imagino que desde meus 14 anos.

— Por que você se machuca assim, Emanuele? Por que você se fere?

— São diversos motivos... Acho que o pior e o maior deles é o fato de que eu não tive um núcleo familiar, amigos verdadeiros e tudo o que uma criança/adolescente almeja. Então me cortar era o meio mais fácil de me proteger e aliviar.

Algumas lágrimas estavam escorrendo por minhas bochechas. Eu me sinto fraca e sem forças para fazer algo. Harry me abraçou forte, me passando segurança.

 — Por que você não procurou ajuda?

— Para que? Para ouvir que eu só queria chamar atenção? Só preciso de um tempo para me organizar novamente, não precisa se preocupar. Eu ficarei bem.

Harry suspirou fundo, passando a mão de forma delicada em meu rosto.

— Você já conseguiu ficar algum tempo sem se machucar? Se conseguiu foi por quanto tempo?

— Um mês. Foram os 30 dias que eu passei aqui, eu me senti bem e não senti necessidade de machucar. Sei que não é muito, mas foi o tempo que eu consegui ficar. Podemos mudar de assunto agora?

Ele segurou meu rosto entre as mãos, encostando nossas testas e fungando baixinho.

— Sempre estarei aqui com você, pode contar comigo sempre. Nós iremos conseguir passar por isso juntos, vamos superar tudo isso. Preciso que confie e que seja sincera comigo.

Concordei com a cabeça e Harry me abraçou passando uma sensação de proteção, carinho e amor e eu pude relaxar, sabendo que eu estaria a salvo de mim mesma.


Notas Finais


🦄 já devo ter dito isso em alguma nota final, mas vim aqui dizer que eu não vou deixar as numerações no meio do corpo do texto, mas pode vir aqui que estarão nas notas finais.

[1] – https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTVm16HBhzDlNF7OTCbqTIy7pqz1izSid5EojQqDfSxeYOYq5WjMA&s

meu perfil — @wissxx. ✨


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