Capítulo XX
Harry — Londres, Inglaterra
Emanuele encontra-se deitada sobre o meu peito o que me dá total acesso aos seus fios, onde estou fazendo um carinho leve. Um de seus braços estava em cima do meu tronco, me mantendo ali. O sorriso encontra-se presente em meu rosto e mesmo estando em um local escuro, eu sei que um também está no rosto da Manu. Ela ergueu a mão que estava em meu tronco e esfregou os olhos, mostrando que está cansada.
— Esta cansada? – perguntei cessando as carícias em seu cabelo. Ela concordou com a cabeça. — Então vamos tomar um banho, assim iremos dormir limpos e cheirosos, não fedorentos e com o corpo grudando.
Ela concordou. Ela levantou e levou consigo o lençol, que agora está enrolado em seu corpo. Andou rapidamente e entrou no banheiro e trancou a porta – ela não me quer no banheiro – me levantei e catei minhas roupas e logo tratei de vestir minha cueca. Troquei os lençóis e logo pude ouvir o barulho da água caindo. Peguei uma camisa e uma cueca e coloquei em cima da cama e saí do quarto, dando espaço para a Emanuele. Fui até a cozinha onde tomei um copo d’água e eu pude sentir olhares em minhas costas, me virei vendo a Manu toda encolhida e vestida com a minha roupa. Aproximei-me dela e beijei a sua testa.
— Aconteceu algo?
— Estou com sono e quero que você deite-se para dormir comigo. – ela me abraçou e fez um biquinho. — Por favor, coisinha.
Sorri e abracei seu corpo mais força. Beijei sua testa e a soltei.
— Vou deitar com você, mas antes eu preciso tomar banho, estou suado e grudento. – ela riu e concordou, subindo as escadas. Segui-a até meu quarto, ela entrou e logo correu e se jogou na cama sumindo entre os lençóis. Caminhei para o banheiro onde me limpei e tudo mais. Sorri pensando em todos os momentos que tivemos até hoje. Desliguei o registro e saí enrolado na toalha e pude vislumbrar ela toda encolhida apenas com a cabeça para fora da cocha, ri. Vesti um calção e logo fui me deitar com ela, deixei um selar leve em sua testa. — Durma bem, minha menina.
(...)
Acordei no meio da noite suando frio. Pesadelos invadiram o meu sono – odeio todos eles com toda a minha força. Respirei fundo e baguncei meus cabelos e logo pude notar a ausência de Emanuele na cama. Levantei-me e acendi a luz do quarto, caminhei até a varanda do quarto e ela não estava ali. Saí do quarto e caminhei até o inicio das escadas onde pude ver a luz da cozinha acessa. Desci a escada e adentrei o cômodo a vendo devorar uma panela de brigadeiro recém-feito. Senti-me aliviado.
Ela olhou para trás e me viu. Seu rosto esta sujo por conta do doce.
— O que está fazendo acordado? Você deveria estar dormindo, Harry.
Arqueei uma sobrancelha. — E você também. Por que você está aqui comendo esse doce ás 05h40AM?
— Tive um pesadelo. – disse simples, pondo a panela na pia. — Não irei contar, não gosto de conversar sobre coisas ruins e que me deixam mal.
Ela caminhou até onde eu estava e beijou a ponta do meu nariz, ficando assim na ponta dos pés, o doce de seus lábios ficou em minha pele, ri e ela me acompanhou. Segurei em sua mão pequena se comparada a minha e fomos para a varada nos fundos da casa, sentamos no balanço que tinha ali. Emanuele se aconchegou em meu peito e jogou suas pernas por cima das minhas coxas. O balanço estava em um movimento fraquinho e bom.
— Me sinto em um filme de romance. – ela riu. — Harry você já comentou comigo uma vez que gostaria de se casar e de ter filhos... Como você queria que isso acontecesse?
Arqueei a sobrancelha, sem saber ao certo a resposta.
— Eu gostaria de ter no mínimo dois filhos e eu gostaria de me casar com a mãe deles. – disse calmo, fazendo um carinho em seu braço. — E o resto vem com o tempo porque não tem como prever o nosso futuro.
Ela levantou a cabeça e me encarou. — Entendo... Não sei ao certo o que quero por dois motivos: nunca pensei sobre e sou muito jovem para isso. – disse simples. — No entanto, sei que eu gostaria de ter uma filha.
Observei-a e dei um sorriso imaginando como seria uma menininha com todas as características com as da Emanuele. O sol começou a nascer entre as nuvens e ao longe eu pude ver o conversível de Niall parar na minha garagem. Continuei observando até ver Gemma descer do mesmo, ela sorriu e acenou. O corpo de Emanuele pesou sobre o meu e previ que ela estivesse dormindo. Gemma se aproximou e deixou um beijo em sua testa, assim como em mim.
— Bom dia, irmãozinho! Como foi a noite de vocês?
A encarei e sorri. Niall se aproximou e pegou a mão de minha irmã, entrando na minha casa. O fuzilei com o olhar.
— Mantenha as mãos onde eu possa ver Niall. – disse alto, levantando e pegando a Emanuele no colo.
Subi as escadas e coloquei-a em minha cama. Fechei as cortinas e troquei de roupa pegando meu celular e saindo do quarto.
Emanuele — Londres, Inglaterra
Acordei com meu celular tocando, resmunguei e abri meus olhos com um pouco de dificuldade. Peguei meu celular e o desbloqueei vendo uma chamada perdida da minha mãe. Espreguicei e prendi meus cabelos em um coque frouxo. Levantei-me e fui em direção ao banheiro, assim que adentrei o mesmo pude ver as marcas roxas em meu pescoço e em outras partes do meu corpo. Meu rosto ganhou um rubor e fiz todas as minhas higienes matinais. Assim que saí do banheiro meu celular tocou novamente.
Ligação: Noemi Vasconcelos
— Emanuele? Aonde você ‘tá, garota?
— Eu dormi na casa do Harry, mãe... Por quê?
— Hum... Bem, eu tenho uma ótima notícia! Você é a nova modelo da minha empresa! – ela anunciou toda feliz. — O que foi Manu? Não gostou?
— Ah... Sei que eu vou acabar estragando tudo, eu sempre faço isso.
— Não diga uma coisa dessas, filha. Você é uma menina linda e talentosa, não se preocupe com essas bobagens. – ela suspirou. — Mas eu só queria te dar essa notícia e dizer que eu quero você em casa na hora do almoçando, sendo assim eu vou passar na casa do Harry para te buscar.
— Tudo bem, mãe, beijos e até daqui a pouco.
Ligação finalizada
Guardei meu celular e vesti o meu vestido belíssimo. Gemma entrou no meu quarto e sentou-se na cama, sorrindo. Sentei-me ao seu lado e ela me entregou um pequeno embrulho. Abri a caixa e vi uma linda pulseira da pandora, sorri largo e me levantei e ela também.
— Muito obrigada Gemma. – lhe abracei apertado. — Não precisava ter me comprado um presente tão caro.
— Nada a ver, cunha. – ela sorriu e me soltou. Ela me deu outro embrulho que estava dentro de sua bolsa. — Harry comprou esse presente para você mas ficou com medo de lhe entregar.
Peguei o pacote de marca da sua mão e o encarei. Meu rosto ganhou um rubor e eu o abri – mesmo envergonhada. É um conjunto de lingerie preto composto por um topzinho, uma calcinha cavada de renda, luvas rendadas, uma cinta liga e meia rasto. Sexy demais. Levantei o rosto e encarei minha cunhada.
— Sexy, não é?!
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