História Apenas uma Fã - Capítulo XXXI

Capítulo XXXI

Emanuele — Londres, Inglaterra

Fiquei surpresa pela fala da médica, mas confesso que fiquei feliz. Estava apta a ideia de ter um único filho (a) e não dois. Harry intercalava o olhar entre mim e a médica, que estava sorrindo para nós. A médica continuou a consulta e logo pudemos ouvir os batimentos cardíacos dos bebês. Ela limpou minha barriga e me sentei na cama, encarando ela e Harry.

— Senhora Martinez, você tem certeza de que são apenas duas crianças? Até porque nós estávamos esperando apenas um bebê. – Harry pronunciou-se e apertou minha mão, encarando a médica.

— Posso afirmar que é mais que eu bebê, mas eu não posso afirmar se são dois ou mais bebês, vocês entendem? – assentimentos. — Mas daqui uns dois meses eu posso dar total certeza para vocês. Apenas peço que você, Emanuele, alimente-se corretamente e cuide-se.

— Ok, você pode ter certeza que irei voltar a me alimentar corretamente e não vou deixar de tomar as vitaminas. Irei ser forte por nós. – coloquei a mão sobre meu ventre e sorri. — Obrigada pela consulta.

Harry — Londres, Inglaterra

Estou radiante! Apenas de pensar na possibilidade de ser pai e, em dobro – ou triplo, não sabemos ainda – o meu coração se acelera de uma forma surreal. Agora, já no carro, eu e Emanuele estamos indo para a sua casa pois todos estão lá. Um sorriso estava em seu rosto e eu podia sentir toda a sua felicidade. Um tempo depois nós chegamos a sua casa e ela desceu do carro sem nem olhar para trás. Sai do mesmo e logo eu pude ver ela me esperando.

— Pensei que não fosse me esperar.

Ela sorriu e entrelaçou sua mão na minha. Caminhamos em direção a casa e logo estávamos dentro da porta. Primeiramente nós assustamos com as diversas pessoas que estavam na sala de estar. Ao longe eu pude ver uma mulher loira com corpo escultura e, assim que ela se virou, eu pude a reconhecer. Bethânia.

— Merda! – sussurrei ao a ver sorrir em minha direção.

— O que é isso? – Emanuele aproximou-se do seu meio-irmão furiosa. Liam me encarou e depois encarou aos meninos que estavam esperando uma resposta de sua parte. — Vamos Payne!

Pude ver Bethânia se aproximar e sorrir ainda mais em minha direção.

— Há quanto tempo que eu não te vejo, Hazz. – ela sibilou encarando-me intensamente. Não a respondi. — Quem é a ruiva? – ela apontou para Emanuele com a cabeça que logo se virou e a viu ‘conversando’ comigo. Ela respirou fundo. — Nunca a vi em nenhuma de nossas festas.

Emanuele caminhou até mim e entrelaçou nossos dedos.

— Claro que você nunca a viu, Beth. – Louis pronunciou-se trazendo toda a atenção para si. Obrigado cara. — Emanuele está comprometida com Harry. Então querida, deixe ambos em paz.

Emanuele soltou minha mão e respirou profundamente. Ela estava se irritando e isso não deveria acontecer.

— Não vai falar nada, flor? Ou vai deixar que seu querido amigo, Louis, fala por você? – o ar de deboche de Bethânia tirou toda a paciência de Emanuele.

— Falar o quê? Que estou feliz com Harry? Se for isso, posso te dizer: estou feliz com meu namorado. – Emanuele sorriu. — E posso perceber que você é frustrada, mesmo tendo feito ‘parte’ da vida de Harry você não conseguiu ter ele como eu tenho. Não é com você que ele compartilha todas as angustias e felicidades, então fique na sua, flor. – Bethânia estava com seu rosto vermelho. Todos rimos e ela ficou extremamente chateada. Emanuele começou a andar na direção contrária, mas ela parou e virou-se. — Tomem cuidado com quem vocês dormem, meninos, vocês não sabem por onde a boceta delas passou.

Emanuele — Londres, Inglaterra

Fiquei extremamente irritada com a presença e fala daquela Bethânia, que parecia ser muito íntima dos meninos, principalmente de Harry. Depois de dizer aquelas palavras para ela eu lhe dei as costas e subi as escadas, pisando duro e respirando fundo. Assim que entrei em meu quarto bati a porta com uma forma extrema. Peguei uma muda de roupa no meu roupeiro e logo caminhei em direção ao meu banheiro.

Antes de entrar no banheiro, a porta se abriu e eu sabia que era Harry e por isso não me dei o trabalho de lhe olhar.

— O que foi aquilo?