Capítulo XXXV
Lis — Rio de Janeiro, Brasil
É difícil de acreditar que um homem tão belo como ele está com uma sonsa como a Emanuele. Tenho certeza que existe coisa melhor para ele.
A casa está em um perfeito silêncio, mas é possível ver a luz vinda da cozinha, indicando que Harry ainda não subiu para ir deitar com Emanuele. Caminhei silenciosamente para a cozinha, assim que adentrei o ambiente eu tossi forçadamente trazendo toda sua atenção para o meu ser. Sorri e aproximei-me parando em sua frente, puxando levemente a barra da camisa de botões presente no meu corpo, expondo-me ao máximo. O vi engolir em seco e procurar apoio na enorme bancada de mármore, o medo e a confusão estão presentes em seu olhar. Encostei-me em seu corpo rígido, pondo uma de minhas mãos em seu peito encostando meus lábios em seu pescoço, dando um beijinho estralado.
— Harry, me diz uma coisa... Por que está com a ruiva de farmácia? – mordi seu lóbulo, vendo seu peito subir descer com rapidez. — Não precisa ficar nervoso, amor.
Apertei meu tronco contra o seu, sentindo meus biquinhos darem sinal de vida. Retirei meu rosto de seu pescoço e dei um leve selar nele, que estava paralisado.
— Eu a amo e nós temos algo de muito especial. – disse alguns minutos depois, com certa dificuldade. Sussurrei um ‘’tem’’ e senti um leve aperto em minha cintura. — Tem quanto tempo que você não fode? Parece uma cadela no cio.
Bingo. É aqui que a parte interessante se inicia.
— Você não precisa saber disso. – e foi o suficiente para ele me erguer e me colocar em cima do balcão, ficando entre as minhas pernas. Contornei seu pescoço com meus braços.
— Então me diga em que parte você mama bem gostoso no meu pau.
Puxei seus cabelos com agressividade e colei nossos rostos, juntando nossos lábios com urgência. Suas mãos estavam incontroláveis em meu corpo, apertando toda e qualquer carne aparente. Desci minha mão até suas costas largas, arranhando-o levemente por cima da regata que ele está usando. Suas mãos terminaram de abrir os botões restantes, deixando todo meu corpo exposto. Sorri contra seus lábios escorregando minha mão para seu membro o apertando-o e vendo-o suspirar. Tudo perfeito até que...
— HARRY?! – a voz histérica de Emanuele se fez presente, fazendo com que ele me soltasse rapidamente. Suas bochechas estavam vermelhas e a sua respiração pesada. Ah, que pequena. — Como você pôde fazer isso comigo, seu cretino? Filho da puta! – algumas lágrimas escorreram de seu rosto.
Harry não a respondeu, mas afastou seu corpo quente do meu. Emanuele me olhou com desprezo e subiu rapidamente as escadas, sendo seguida por ele. Mas o que eu não esperava era ter a imagem da minha mãe a minha frente, assim que eles saíram.
— O que foi isso, Lis? – mesmo controlada, era perceptível o tom de nojo e desprezo em sua voz. Desviei o olhar, mas logo em seguida sua mão segurou meus cabelos firmemente, me fazendo olha-la. — Me responde Lisandra! Diz-me que merda é essa?
— Me solta, por favor, mãe. – disse calmamente, o que irritou ainda mais ela. Meus cabelos foram apertados e minha cabeça tombou pelo ato brusco. Olhei em seus olhos e pude ver apenas decepção e nojo. — Desculpe-me...
— É isso que você tem para mim, Lisandra? – ela se exaltou e eu senti um forte tapa em meu rosto. Lágrimas escorreram pelo menos. — Enfim essa merda no teu rabo, garota! Eu sinto nojo de você! NOJO!
Emanuele — Rio de Janeiro, Brasil
Meu coração encontra-se em pedaços e sem acreditar em tudo o que os meus olhos viram. Por que essas coisas nojentas e ruins tem que acontecer comigo? A enorme porta estava sendo esmurrada por Harry, mas eu não movi um único músculo para sair dali. Idiota do caralho, meu coração está cheio de ódio por ele.
O sangue quente estava escorrendo por meus pulsos, trazendo um leve alívio dele. Por um momento meu cérebro bloqueou tudo e se concretou no prazer que os cortes estavam me trazendo.
— Amor, por favor, abra essa porta. Quero apenas conversar com você.
Longos minutos, que posso julgar como se fossem horas. Seus soluços eram ouvidos por mim e meu coração começou a se amolecer. Ergui-me lentamente e caminhei até meu roupeiro, onde peguei roupas íntimas e algumas peças antigas minhas.
No banheiro, embaixo do chuveiro, minhas lágrimas e dor estavam sendo levadas pela água gelada. Mas palavras ruins estavam ecoando pela minha cabeça, deixando-me pior ainda. No entanto eu não irei ceder ao desejo de me destruir novamente, não vou.
Harry — Rio de Janeiro, Brasil
Como eu pude me deixar levar pelo desejo sexual? Como eu fui tão mau caráter e sem escrúpulos? Não saber o que a minha amada está fazendo trancada no quarto me deixa apreensivo. Eu a deixei vulnerável e tudo isso me deixou mal. Pude ouvir o barulho do chuveiro e alguns soluços e gritos altos que deixaram meu coração em milhões de pedaços. Ouvi alguns passos e me limitei a virar a cabeça e perceber que Cátia estava vindo e trazendo consigo uma chave que imaginei ser reserva.
— Desculpe-me.
Ela sorriu bem pequeno e me observou: — Vocês dois já magoaram muito a minha filha de coração, agora eu espero que você seja homem o suficiente para ir lá e pedir perdão para ela.
Assenti e afastei-me da porta, dando espaço para que ela pudesse abrir a mesma. Adentrei o ambiente e pude ver seu corpo deitado na cama e abraçado a um enorme travesseiro. Seu rosto inchado e avermelhado me observou atentamente, vendo cada passo que eu estava dando. Aproximei-me e sentei-me ao seu lado. Segurei sua mão e fiquei alguns minutos ali, apenas acarinhando-a.
Até que ela soltou:
— Por que fez isso, Harry?
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