Capítulo XLI
Emanuele — Londres, Inglaterra
Virei-me vendo aqueles olhos verdes me encarando com um enorme sorriso. Sorri minimamente enquanto aproximava meu corpo do dele, para receber um abraço que esperei por meses. Dentro do seu abraço e me permiti relaxar enquanto Harry sussurrava palavras de carinho. Nós soltamos e eu permiti que algumas lágrimas saíssem sem permissão por meus olhos, deixando evidente o quanto eu estava frágil e feliz.
— Desculpe-me. – ele começou, segurando em minhas mãos. — Desculpe-me por toda a angústia e dor que eu fiz você sentir. Por todas as lágrimas que rolaram por seu belo rosto e por não estar presente em um momento tão almejado. Sei que me desculpar não fará o tempo voltar, mas espero que possa reconfortar seu coração, minha joia. – ele fez uma pausa para secar algumas lágrimas que rolaram por seu rosto tão bem esculpido. — Prometo nunca mais causar-lhe dor e, por isso, eu vi a necessidade de oficializar perante todos o amor que eu sinto por você, minha ruiva.
E no momento seguinte Harry estava ajoelhado em minha frente, exibindo uma caixinha de veludo vermelha que continha um lindo anel solitário em ouro, com detalhes e uma pedra. Precisei sentar-me, estava sentindo meu coração bater rapidamente.
— Tem certeza, Harry? – questionei, erguendo uma sobrancelha em sua direção. — Casamento é algo sério onde ambos os noivos precisam ter uma conexão forte que não se romperá com facilidade. Quero que seja de coração e de sua vontade, assim como é a minha, e não como um pedido de desculpas.
— Nunca me casaria por esse motivo. – ele é direto, encarando-me nos olhos. — Você é a única mulher que eu consegui entregar-me de corpo e alma sem ter medo, é a única que toma conta dos meus pensamentos todos os dias e por esse e diversos motivos que eu tenho certeza de que quero estar com você, garota. Entreguei-me inteiramente á você, de corpo e alma sem pensar duas vezes e isso me faz crer que você é o amor da minha vida, aquela com quem eu devo viver o resto dos meus dias. Aquela que vai me amar incondicionalmente, assim como eu amarei ela. – ele respirou fundo, tomando o fôlego necessário. — E por isso eu quero fazer essa união, para que você nunca escape de mim, minha alma gêmea.
E assim que ele completou meu rosto estava coberto de lágrimas. Mordi meu lábio na esperança de reprender o choro que queria sair. Sorrindo ele pegou a aliança, pondo-a em meu dedo e, no momento que eu daria o meu melhor sorriso para ele uma careta formou-se e eu senti dor, como uma cólica extremamente forte. Ergui meu rosto para ele sentindo minhas pernas molharem. Não poderia ser xixi...
— O que foi? – não o respondi, tentando focar na minha respiração. — Estou ficando nervoso. O que foi? Inspira e espira, calma.
Apesar do nervosismo, Harry tentava me acalmar – o que fora uma tentativa falha. A cada novo segundo as minhas pernas ficavam molhadas e eu pude ter a certeza: minha bolsa estourou. Encarei Harry nervosa, apontando para a pequena poça que estava formando sob meus pés.
— O que eu faço? – ele estava desesperado, andando de um lado para o outro com as mãos na cabeça. — O que eu faço?
— Estou entrando em trabalho de parto, você deve me levar para o hospital. – disse ofegante, sentindo as dores inoportunas. — A bolsa já estourou e eles são prematuros, precisamos ir rápido.
Anne — Londres, Inglaterra
Após a ligação de Harry eu havia comunicado Noemi e Gemma sobre o ocorrido. Estacionei o carro e logo caminhei para a entrada do hospital e de longe pude avistar Noemi e seu esposo rodeado de jornalistas. Que, assim que notaram a minha presença, vieram até mim. Bufei irritada, queria apenas saber como os meus netos estavam.
Tirar férias em Londres tinha sido algo inteligente e importante, porque assim poderia acompanhar Harry de perto.
— Por que o Harry Styles deu entrada no hospital com a ex-namorada? Ela entrou em trabalho de parto? – a jornalista perguntou de forma insistente. Encarei Noemi que balançou a cabeça negativamente. — O bebê deles está nascendo?
— Acho que este assunto é algo pessoal que eles devem comunicar. Com licença. – informei, retirando-me em meio á perguntas e fleches desnecessários.
Assim que adentrei a recepção pude ver Harry que estava conversando com a recepcionista. Ele passou a mão nos cabelos, puxando-os. O som do salto atraiu a atenção dele que veio em minha direção, abraçando-me desajeitadamente.
— O que aconteceu, meu amor? – perguntei enquanto depositava um beijo em sua cabeleira.
— O médico acabou de levar ela para a sala de parto. – disse tentando acalmar-se. Caminhamos abraços e logo estávamos sentados. — O mesmo disse que o trabalho de parto iniciou-se pela forte emoção que ela sofreu. É um parto arriscado para ela e para os bebês por conta do tempo gestacional. – seus olhos marejaram. — A culpa é minha, não pensei direito.
— Não diga besteiras garoto, a culpa não é sua. – Noemi pronunciou-se aproximando de nós. — Se aconteceu era porque estava nos planos de Deus, agora temos que ser pacientes para esperar as notícias deles
Autora
Horas se passaram e eles ainda não tinham recebido uma mísera informação sobre a cirurgia. Harry já estava no seu vigésimo copo de café, podia sentir todo o seu corpo agitado pela ansiedade. Sua cabeça estava cheia de pensamentos onde ele era culpado pela morte das pessoas mais importantes da sua vida; era uma sensação ruim. Seu coração acalmou-se um pouco assim que viu o médico entrar na recepção e prontamente se pôs de pé.
— Harry Styles?
— Eu. – respondeu prontamente, aproximando do médico. — Como eles estão? Ocorreu tudo bem? Quando poderia vê-los?
— Tudo ocorreu, os bebês estão bem, respirando com a ajuda de aparelhos pela falta de maturidade dos pulmões, no então os dois são saudáveis e fortes. – disse calmo, encarando os três acompanhantes que respiraram aliviados. — Eles estão na incubadora para desenvolverem-se melhor. Apesar do tempo gestacional eles nasceram bem gordinhos. A mãe das crianças está recuperando-se da anestesia.
Suspirando aliviado ele sorriu, estava feliz com as notícias que tinha recebido.
— Podemos ver os pequenos? – Noemi perguntou e viu o médico concordar.
Em passos calmos mais ansiosos eles acompanharam o médico até a ala da maternidade do enorme hospital. Apesar de sentir-se melhor o coração de Harry ainda estava agitado dentro do peito, querendo sair a todo custo.
Assim que entraram na ala dos berçários os olhos de Harry caçaram por qualquer par de crianças que fossem parecidas com si, mas, sem sucesso.
— Eles estão ali.
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