Capítulo XLIII
Emanuele — Londres, Inglaterra
— Anda logo Harry! Quanto mais rápido entrarmos, mais rápido iremos sair. –ditei assim que ele estacionou o carro. Concordando com a minha fala, nós descemos e tentamentos caminhar o mais rápido possível para dentro do hospital. Os fleches vinham de diversas direções assim como as frases soltas sobre os nossos filhos, visto que ainda não conversamos com a imprensa sobre Lorenzo e Emma. Finalmente conseguimos entrar em segurança no hospital. — Está tudo bem?
— Se emoção for uma ótima desculpa para chorar, está tudo bem. Parece que foi esses dias que eu descobri que ia ser pai, que descobrimos ser uma gestação gemelar... São muitas emoções.
Sorri para ele, pondo minha mão em seu ombro.
— Nós fomos escolhidos para sermos os guardiões desses tesouros, então imagino que tem algum propósito. – inclinei a cabeça, o vendo sorrir. — Agora nós podemos ir pegar eles?
Andamos em passos longos e apressados até a ala em que eles estavam. Foram dois meses de extrema angustia e medo, céus, eu jamais esqueceria esses longos 60 dias. A sala do médico que cuidou dos meus filhos era no mesmo corredor, ele era especializado em casos de prematuros. Batemos na porta logo ouvindo um ‘’entre’’.
— Que bom que chegaram. – disse enquanto apertava nossas mãos e esbanjava um belo sorriso. — Sente-se, por favor. – nós sentamos e pude notar ele recolher alguns papéis. — As crianças deveriam permanecer aqui por mais um mês, mas com a melhora gradual e significante delas, eu considero que ambos estão aptos é terem alta. – suspirei aliviada, o vendo arrumar a postura. — Emma é a menor e mais frágil, requer um cuidado a mais. Lorenzo é mais forte e maior, mas requer cuidados. É preciso que vocês evitem locais muito agitados e com aglomerações.
— Tomaremos todos os cuidados necessários para com eles. – disse erguendo-me e sendo seguia pelos dois homens. — Eu gostaria de pegá-los e ir embora logo, estou farta de hospitais.
Concordo comigo, logo estávamos andando pelo extenso corredor. Eles já saíram das incubadoras, mas mesmo assim meu coração não deixou de acelerar. Diversas inseguranças rodaram minha cabeça, meu corpo queria sair dali correndo e me esconder como uma criança assustada, mas eu não sou mais criança. Assim que a porta foi aberta meus olhos encheram-se de lágrimas.
— Lucy e Darcy, tragam os pacientes.
As enfermeiras caminharam até nós e logo as duas razões da minha vida estavam em meus braços. Enquanto eu admirava toda a perfeição deles Harry ficou encarregado de pegar tudo que fossem deles.
Tentamos sair do hospital sem sermos vistos, mas não foi possível. Fomos parados, Emma estava em meus braços e eu tentava esconder o pacotinho de todos os jeitos possíveis, assim como Harry que estava segurando Lorenzo. No fim, trocamos algumas palavras até conseguirmos chegar a nosso carro.
(...)
Estava pondo as coisinhas deles dentro do roupeiro enquanto Harry estava deitado em nossa cama, com Emma em cima do seu peito. Ele só sabia sorrir, enquanto Lorenzo estava ao seu lado na cama, dormindo todo encolhido na roupa quentinha que usava.
Terminei de arrumar todas as coisas deles e deitei-me ao lado de Lorenzo, trazendo o menino para o meu peito. Harry esticou uma de suas mãos, e eu entrelacei a minha na dele.
— Até hoje você não meu deu a resposta, se ira ou não se casar comigo. – perguntou simples enquanto passava seus longos dedos na coluna de Emma. — Você quer se casar comigo? – seus olhos verdes vieram ao meu encontro, aflitos com a minha resposta. Sorri.
— Ainda pergunta? – pronunciei baixinho, vendo um sorriso com covinhas surgir. — Mas quero esperar até que eles tenham tamanho suficiente para participar, até porque eles são a nossa família. – disse dando um leve selar nos cabelos de Lorenzo, vendo o neném remexer-se. — Você é capaz de esperar?
— Por você? Espero o tempo que for necessário.
Selei nossos lábios brevemente, e sorri assim que pude encarar seus olhos verdes. Ergui-me com cuidado e coloquei Lorenzo em seu berço. Emma ainda dormia tranquilamente no peito de Harry, que estava tão sorridente quanto eu. Voltei a me deitar e liguei a TV, procurando algum canal de fofoca para ficar informada sobre a vida dos famosos mas, aparentemente a atração do programa era eu e meu noivo.
— O cantor e a modelo brasileira foram vistos saindo do hospital, carregando duas crianças, Emma Riachuelo Styles e Lorenzo Riachuelo Styles, filhos do cantor e da modelo. – disse a jornalista, que olhou para as suas companheiras de balcão. — Aparamente ele foi ‘’amarrado’’ desta vez! – disse fazendo aspas com os dedos, enquanto suas companheiras de balcão concordaram com um aceno de cabeça. — O cantor já tem filhos com a modelo, à única coisa que falta agora é o casamento! Será que rola?
Levei a minha mão até boca abafando uma risada alta.
Eu encostei a minha cabeça na cabeceira e olhei tudo em volta, como a minha vida mudou. Há um tempo, eu era apenas uma menina com diversos problemas que a vida fez enfrentar, e agora, cá estou eu, ao lado de Harry Styles e com as duas coisas mais importantes da minha vida, os meus dois filhos. Levantei-me, com um sorriso bobo e peguei Emma, pondo ela em seu berço. Desliguei a TV, e fechei as cortinas, retirei a minha calça jeans, pondo um short folgado.
Deitei-me ao lado de Harry, bem próxima. Nós cobri, e abracei a sua cintura, sentindo o menino se aconchegar no meu peito.
— Eu te amo.
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