História Apenas uma Fã - Capítulo L

Capítulo L

Emanuele – Londres, Inglaterra

Acordei com um som alto vindo do quintal. Abri brevemente os olhos e notei que estava sozinha no quarto; sentei-me na cama e peguei o celular olhando as notificações. Levantei-me e caminhei até o banheiro, retirei as vestimentas que estavam protegendo meu corpo e entrei no box e deixei a água morna limpar meu corpo; passei bons minutos ali, sentindo toda a felicidade que estava transbordando de mim. 

    Assim que terminei meu banho, enrolei-me no roupão e caminhei para o closet, onde escolhi uma roupa confortável. Depois de pronta, caminhei para fora, onde me sentei perto de onde eles estavam.

— Bom dia, família. – perguntei sentando-me na mesa coberta da área da piscina e Harry e as crianças estavam no pequeno parque que nosso quintal possui. Emma aproximou-se rosa sorridente e apoiou as pequenas mãos na mesa. — Vocês já tomaram café da manhã, meu amor.

— Sim, o papai fez para eu e para o Lorenzo. Mas… Huh, o papai não cozinha muito bem. – ela sussurrou a última parte, fazendo uma leve careta. Harry semicerrou os olhos, indignado. — O Lorenzo gostou muito só porque era o cereal favorito dele.

— Eu fiz o meu melhor tá, ok? – indagou Harry, sentando-se ao meu lado. — Mas eu não cozinho tão bem como a mamãe, sei que a comida dela é divina, mas você não morreriam de fome se tivessem que ficar apenas comigo. – disse ele sorrindo, esbanjando o melhor dos seus sorrisos. — Huh… O que iremos fazer hoje, linda família?

— Eu quero ir na vovó. – pronunciou-se Lorenzo, eufórico.

— Eu quero ficar em casa para assistir filmes de princesas. – resmungou Emma, com um bico enorme em seus lábios.

— Bem... Eu preciso ir na casa da vovó Anne, então eu posso levar o Lorenzo, enquanto a Emma fica com a mamãe. Pode ser, amor? – perguntou me encarando, concordei com a cabeça. — Então vamos nos arrumar, campeão. – eles entraram em casa correndo e sumiram do meu campo de visão.

(...)

Harry e Lorenzo já tinham saído de casa há quase duas horas. Agora estou no aeroporto, em uma parte exclusiva. Estou aguardando a chegada de Justin, visto que não nos vemos há algum tempo. Não será a primeira vez que Justin verá meus filhos, principalmente Emma que está comigo agora. Vimos o avião pousando e Emma ficou extremamente agitada.

— O tio Justin chegou, mamãe. -– disse olhando-me com um enorme sorriso. Concordei e virei-me encarando os fãs enlouquecidos do outro lado. Voltei a minha atenção para o jatinho particular e logo avistei o loiro canadense, ele sorriu e se aproximou. — Tio Justin! – Emma gritou correndo na direção dele e logo jogou-se em seu braços, recebendo um abraço apertado.

— Como a princesa do tio ‘tá? – perguntou desfazendo-se do abraço, encarando a menina com um sorriso. Ela respondeu de forma simples e Justin a olhou surpreso, era a primeira vez que ela falava com ele. — Olha, alguém aprendeu a falar! – disse sorrindo e me entregou a menina. — E você, pequena, como ‘tá? – perguntou me abraçando.

— Estou ótima. Mas senti falta das nossas conversas baby, não me mandou mensagem, não ligou, não deu sinal de vida... Qual é loiro, queria me matar? – perguntei e ele riu. — Para de ri, não tem graça. — fiz um biquinho e ele apertou minhas bochechas. — Mas e a sua vida de famoso, como ‘tá indo?

— Melhor impossível. – disse sorrindo, cruzando os braços. — E como assim não dei sinal de vida, Emanuele? Eu te mando mensagem todo dia, ligo pra você uma vez por semana... Está reclamando de que, mulher? Lhe dou mais atenção do que a minha namorada. – disse ele, e eu dei um gritinho. — Para, já tá parecendo ela.

Dei uma risada e continuamos andando. Fazia tempo que não nós víamos pessoalmente. Não tínhamos marcado de nos ver hoje, de última hora ele me ligou e eu não quis recusar o convite. Logo entrei no meu carro com Emma já que Justin iria com o pessoal dele para minha casa.

(...)

— Olha quem chegou! – ditou Harry abrindo a porta da sala. Lorenzo viu Justin e logo correu em direção ao loiro, envolvendo-o com seus braços curtos. Harry me olhou com uma sobrancelha erguida. — O que é isso? – perguntou encarando-me. Justin parou de girar o Lorenzo e encarou a Harry sorrindo debochado. — O que ele faz aqui?

— Oi para você também, Harry Styles. – alfinetou Justin, soltando-se de Lorenzo e, em seguida estendeu a mão para Harry. — Quanto tempo, não acha? Como vai a banda? E os rapazes? Há algum tempo que eu não vejo Liam, meio-irmão da Manu.

— Emanuele, lhe dou cinco minutos para me explicar o que está acontecendo na sala da minha casa. – passando a mão pelos cabelos ele encarou as crianças e respirou fundo, pondo as mãos na cintura. — Crianças, deem tchau para o Justin e subam; também encostem a porta.

Obedecendo a ordem do pai, eles se despediram e logo subiram as escadas.

— Explicar o quê, Harry? Que estou dialogando com um amigo que não vejo há algum tempo? – perguntei em um tom ríspido, erguendo uma das minhas sobrancelhas. — Se você tem alguma desavença com ele, eu não posso fazer nada, mas não vou deixar de falar com um amigo porque você não gosta dele.

— Se você que ver o seu amigo o veja, mas fora da minha casa. Eu não gosto desse cara, que aliás, não deveria estar na minha casa. – disse tentando manter a calma. – Acha mesmo que eu quero ele aqui, na MINHA casa?! Acha mesmo que eu confio em vocês dois juntos?! Não, não confio. 

— Está insinuando que eu estou te traindo, Harry? – perguntei, incrédula. — Você é muito idiota! Eu me mato todos os dias dentro dessa MALDITA casa, que é SUA, cuido dos MEUS filhos, e você ainda vem insinuar que eu estou te traindo? Harry, vá se foder. Se eu quisesse te trair, acha mesmo que seria com o Justin? Claro que não! Eu quem deveria ter essa desconfiança.

— Cadê a confiança na sua mulher? A Emanuele é uma irmã mais nova para mim e você vem com essas desconfianças fúteis?! Quem deveria achar isso é ela. Com quantas fãs você conversa? Então, qual o motivo da desconfiança? Além do mais eu estou namorando. - Justin explicou, passando a mão pelo rosto que estava vermelho. — Olha, eu vou embora… Em outro momento nós podemos conversar…

— Tudo bem. – disse o abraçando. Justin sussurrou no meu ouvido: "não brigue com ele, ele está na defensiva''. E assim saiu pela porta. Harry estava me encarando com certa raiva. Suspirei e subi as escadas. Meus filhos estão  dormindo. Peguei as chaves do meu carro e o meu celular, desci novamente as escadas, no entanto, fui parada por Harry que ficou no meu caminho. — O que foi?

— Aonde você vai?

— Vou sair, preciso esfriar a cabeça. – disse puxando meu braço do aperto. — Fique de olho nos meus filhos. 

— Vai me deixar sozinho com duas crianças? – exclamou surpreso, arregalando os olhos. — Eu não vou conseguir.

— Vai sim! Eu consegui, por que você não conseguiria? Eles também são seus filhos! – disse nervosa, sentindo todo meu rosto esquentar.

— Amor… Vamos conversar…

— Só irei conversar com você quando voltar pra casa.

Disse por fim e passei pela porta principal, batendo a mesma. Ele quem quis brigar, então que lide com as consequências.