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História Apenas uma garota comum - Capítulo 1


Escrita por: ThayDrew12

Capítulo 1 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction Apenas uma garota comum - Capítulo 1

*Amanda 17 anos*

O tão esperado sinal do último horário enfim tocou. Aos ouvidos dos alunos, aquilo deveria parecer o som de uma bomba explodindo, só podia ser! O que era o sonho de comportamento de todo professor se dissipou. A sala transformou-se em um campo de batalha. Estudantes se debatendo corpo a corpo, pulando carteiras e mochilas caídas no chão para chegarem até a saída como se a sala estivesse pegando fogo e suas vidas dependessem disso. Era o caos instalado em segundos.
Amanda, porém, permaneceu em sua carteira, divina com seu cabelo louro finamente cuidado nos mais badalados salões de beleza da cidade. A pele levemente bronzeada parecia de porcelana. Era intocável no meio de toda aquela algazarra. Guardou suas canetas coloridas sem pressa no estojo que trouxe de Paris na última viagem.
— Amada! — chamou uma garota que podia ser sua irmã de tão parecidas. Era assim que Débora gostava de tratar Amanda “carinhosamente” — Vamos no Jack’s amanhã à noite? Vai rolar uma mega festa …
— Não vai dar, Debs! — interrompeu Amanda não dando à mínima para o que a prima anunciara com tanto entusiasmo — Meu pai está na cidade e vamos à um MEGA jantar com ele.
Amanda fez questão de elevar as sobrancelhas e olhar bem para a prima para ver a reação dela quando ela falasse do jantar. Havia uma competição acirrada entre as duas desde sempre na família.
A frustração de Debs foi interrompida com a visão de um deus na porta da sala de aula. Era Felipe, o garoto mais lindo e mais desejado do 3º ano, e que namorava a garota mais linda, mais desejada e mais popular de todo o colégio: Amanda.
Debs deixou a prima guardando seu material e foi até a porta cumprimentar o amigo com um beijo delicado no rosto.
— Ei Debs! — Felipe retribuiu o beijo.
— Ei Lindo! — dessa vez ela realmente estava sendo sincera usando o apelido carinhoso com o amigo.
Amanda não se importava. Ao contrário da prima, era muito segura de si. Além de ter um rosto de anjo e um corpo escultural, ainda tirava ótimas notas, era medalhista na patinação artística e ginástica de solo e participava de todos os eventos beneficentes que o colégio promovia. Tinha um pai que era um grande empresário do ramo da mineração, super protetor e que atendia a cada capricho da filha como uma ordem. Resumindo, para todos ela era perfeita e virgem! Fazia questão de balançar esta bandeira. Era um assunto polêmico, os garotos diziam que não, mas davam sim importância a este fato. Ainda existe aquele machismo antiquado de querer ser o primeiro na vida de uma garota.
Felipe também não era só mais um rostinho bonito, era o aluno nota 10 da escola. Até porque precisava garantir sua vaga na principal Universidade Federal do país, pois seus pais não tinham a grana que os pais da Amanda tinham, e não seria nada fácil para eles bancarem um curso de medicina em uma escola particular.
Ele chegou acompanhado de Bárbara, a única amiga que tinha na sala de aula e que também era amiga de Amanda. Só assim para chegar perto dele.
Da porta, com seu olhar apaixonado, ficou esperando pacientemente a namorada sair.
— Demorei, amor? — falou Amanda com seu jeito estrategicamente meigo.
— Você sabe que eu te esperaria o quanto fosse necessário! — respondeu sinceramente.
— Ei Lipe! — cumprimentou Carolina com seu ar de poucos amigos chegando por trás dos dois e beijando apenas Felipe no rosto.
— Mandinha, vou nessa. — falou Debs para a prima — Se mudar de ideia, aparece lá. — E voltando-se para o namorado da prima continuou — Vai querer carona hoje, Lipe?
Antes que Lipe pudesse responder, Amanda se pronunciou.
— Hoje não, Debs. Hoje ele vai comigo para casa.
— Vou? — perguntou Lipe surpreso.
— Eu vou contigo — se prontificou Bárbara à carona de Debs já se despedindo com um belo beijo bem espalhafatoso em Lipe.
— Vai sequestrar o garoto, Amanda? — provocou Carol deixando seu cabelo negro cair no rosto.
— Claro que não! Ele sempre vem por livre e espontânea vontade. — respondeu Amanda abraçando Lipe muito segura de si e sem aceitar a provocação de Carol.
— Só não esquece que tem ensaio da banda hoje. — falou Carol séria olhando bem nos olhos de Felipe.
— É claro que não vou esquecer, fui eu mesmo quem marcou!
— Te vejo lá então, gato. — E Carol beijou apenas Lipe mais uma vez — Até mais Amanda.
— Meninas, vamos deixar os pombinhos. — Debs mandou um beijo de longe para Lipe e acenou para Amanda.
Amanda acenou de volta para as amigas. Aquelas eram as “amigas” que Amanda permitia que chegassem perto do seu namorado. Para ela, ninguém ali oferecia perigo algum ao seu namorado. Eram todas muito diferentes dela. Felipe nunca se interessaria por nenhuma delas, pensava.
Ele passou o braço pelo ombro de Amanda e os dois foram caminhando até a outra saída do colégio.
Casal perfeito. Em sintonia. Apaixonados um pelo outro. Era assim que todos definiam Lipe e Amanda.
— Onde a Debs queria que nós fôssemos? — perguntou Lipe.
— Ah, para variar, no Jack’s. A festa dos formandos do colégio daquela turminha que a Bárbara e as meninas adoram e que eu não vejo a menor graça. — respondeu Amanda torcendo que Lipe mudasse de assunto.
— Eles são legais! — contestou Lipe.
— Legais? Você só pode estar brincando!
— Eu pensei que você gostasse de sair com eles e com as suas amigas?! — questionou Felipe parando de andar por um instante e olhando bem para o rosto da namorada para ouvir a sua resposta.
— Eu tolero para não me rotularem de esnobe. — falou Amanda tentando controlar seu tom de voz — Você sabe, eu detesto rótulos, e nem ficaria bem para a minha imagem. Mas eu não vejo a menor graça neles.
— E por que não vamos hoje, então? — continuou Felipe ainda parado.
— Ah meu amor, esqueci de te dizer, meu pai vai estar na cidade e vamos jantar com ele! — o seu tom de voz agora era ainda mais meloso do que antes.
— Mas Amanda, por que você não me consultou antes de confirmar com seu pai?
— Você não quer ir? — fez aquela cara de choro com que consegue tudo.
— Não é isso. Mas queria ter sido consultado. Até parece que eu nem existo! — Lipe contestava, mas não deixava de ter o tom suave na sua voz. Não queria brigar. De modo algum. Mas queria que a namorada o ente desse um pouco mais.
— Mas é que eu sei bem como você pensa. Não ia fazer uma desfeita com meu pai para ir ver um show alternativo de uma galera aloprada, ia? — tornou a fazer aquela cara que Felipe sempre cedia.
— É claro que eu respeito o seu pai. — ponderou Felipe — Mas você não pode ficar decidindo as coisas por mim.
— Não quero ficar discutindo aqui na rua para cair na boca do povão. Depois a gente fala sobre isso. — falou acariciando o rosto de Lipe já que apenas fazer o tipo não deu muito certo — Vamos para casa. A gente come alguma coisa, esfria a cabeça, termina de conversar e as vezes até dá tempo de a gente namorar um pouco. — sorriu maliciosamente.
O convite falado com aquela voz meiguinha e ainda beijando o pescoço delicadamente não deixava outra saída para Lipe a não ser aceitar. Entraram dentro do carro que veio buscar Amanda. Ela nem se importou com a presença do motorista da família e continuou beijando Lipe.
— Amanda, é melhor não… — falou Lipe sentindo-se incomodado com a presença do motorista.
— Amor, ele é pago para ser discreto. Mas estou vendo que você hoje está muito tenso e tímido. Venha aqui vou te fazer um carinho até chegarmos em casa.
— Por que estamos indo até a sua casa?
Lipe ficava tenso toda vez que ia até a casa de Amanda. Não estava acostumado com todo aquele luxo e não ficava nem um pouco à vontade por lá. E ainda por cima sabia que ficar a sós com Amanda estava cada vez mais difícil. Não estava fácil controlar o seu tesão e parar antes de perder totalmente o controle.
— Para aproveitar que a casa é toda nossa! — respondeu Amanda com um lindo sorriso.
Lipe tentou deitar relaxado e deixar sua cabeça no colo de Amanda. Mas por pouco tempo. Logo que o carro começou a andar, ela tratou de começar com o seu jogo de sedução tocando-lhe o peito malhado com as mãos enquanto começava a beijar novamente seus pontos fracos nas orelhas e pescoço. Lipe se contorcia desconfortável tentando esconder o prazer que estava sentindo ali no banco de trás do carro sendo levado pelo motorista.
Já Amanda se deliciava em estar no comando da situação. Ela o tinha no controle, como tudo em sua vida.
Chegar na mansão foi um alívio para Lipe. Mas ele sabia que era por pouco tempo. A casa era tão grande e nunca tinha ninguém, a não ser os empregados para servirem a princesinha. A mãe estava sempre em algum tratamento de beleza ou fazendo compras e o pai em suas intermináveis viagens de negócios.
O assédio que começou no carro foi parar no quarto de Amanda. Aquilo era sempre uma tortura para ele que tinha que se conter quando estava no ague do seu prazer.
— Lipe, é melhor pararmos um pouco! — Amanda interrompeu o namorado ofegante — daqui a pouco meus pais chegam e eu não quero ficar numa situação constrangedora.
— Só mais um pouquinho…— continuou lhe beijando o pescoço e a acariciando o corpo.
— Não! — gritou e se colocou de pé ajeitando a roupa, mas deixando propositalmente o botão da blusa aberto — Acho que já estamos indo longe demais. Eu não sou dessas!
— Mas Amanda, estamos namorando há um ano e sete meses!
— Se você gosta mesmo de mim, vai ter paciência. — se virou mostrando-se chateada — Não foi você quem disse hoje que me esperaria o quanto fosse necessário?
— É claro que eu vou ter paciência! — falou carinhosamente — Mas é que está cada vez difícil de me controlar. — Se levantou para respirar um pouco e baixar o fogo que lhe consumia a alma e o corpo.
— Eu sei, meu bem, que não deve ser fácil. — falou cheia de certeza dos sentimentos do namorado, voltando-se para ele e lhe acariciando o rosto — É que eu ainda não estou preparada.
— Você está certa! — respirou fundo — Eu preciso me controlar! É que eu te amo tanto!
Lipe a carregou nos braços e a rodopiou pelo quarto.
— Ah Lipe, eu também te amo tanto! Nosso amor é para sempre.
Na idade em que estavam, tudo era intenso e para sempre.


Notas Finais


Capítulos 1 ou 2 vezes ao dia


Espero que gostem✌


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