História Apenas uma Geek - Segunda Temporada - The worst day of the year

~Meg's POV~
Acordei com um pouco de dor de cabeça.
Já estou acostumada com isso frequentemente por causa da gravidez.
Respirei fundo e acariciei minha barriga, que já estava bem grandinha.
As coisas andam meio complicadas ultimamente, pois eu e Calum estamos tentando comprar ou alugar um apartamento para começarmos nossas vidas com o bebê.
Me levantei da cama para ir ao banheiro e quase caí.
Eu estava tão tonta que parecia que eu estava bêbada.
Me deu um enjoo no mesmo instante.
Ou eu corria para o banheiro caindo ou eu vomitava ali mesmo.
Preferi correr para o banheiro.
Quase que bati minha cabeça na parede mas tudo bem.
Levantei a tampa da privada e vomitei a comida do dia todo.
Eu estava realmente muito mal.
Quando finalmente parei de vomitar, ainda tonta, me sentei no chão.
-Mãe! -Gritei pondo a mão na cabeça.
Em segundos, tudo já estava escuro.

[...]

Senti uma mão acariciando a minha.
Abri meus olhos e uma luz forte os invadiu.
Com eles entreabertos, consegui ver Calum e minha mãe conversando com um homem todo de branco.
Hospital?
Calum olhou para mim e sorriu.
-O que eu estou fazendo aqui? -Perguntei.
-Te explicamos no caminho.

[...]

~Phill's POV~
-Deixa eu ver se entendi... O coração está bombeando mais sangue por causa do bebê, aí a pressão arterial baixa e a diminuição nos níveis de açúcar no sangue deixaram a Megan tonta, a ponto de desmaiar... Certo? -Perguntei olhando para a rua.
Saí mais cedo do trabalho, o que eu uma raridade.
Enquanto eu voltava de carro, conversava com Calum no celular.
Estava em viva voz enquanto eu dirigia.
-Sim, cara. Quando a mãe dela me ligou desesperada, eu quase tive um ataque cardíaco. -Ele respondeu.
Dei risada.
-Calma, cara. Ela só desmaiou.
-Você não entende. Quando a Gabriella estiver grávida, você vai entender como é isso. Qualquer dorzinha fora do normal você já vai querer levar ela no hospital, qualquer comida que ela quiser você vai dar o mais rápido possível, etc.
Dei risada de novo.
-Então vou demorar bastante para saber como é isso.
-Que sorte. -Ele disse rindo.
A luz do semáforo ficou verde e eu acelerei.
Mas veio um carro da rua que cruzava com o semáforo e passou no sinal vermelho, acertando EM CHEIO a traseira do carro DO MEU PAI.
Levei um susto da porra.
Parei o carro.
-Phillip, o que foi isso?! -Calum perguntou preocupado.
-VAI TOMAR NO CU! -Gritei. -BATERAM NO CARRO, CARALHO! -Gritei novamente e cancelei a chamada.
O filho da mãe saiu tão rápido que nem dei tempo de ver a placa e nem a cara do infeliz.
-CACETE! -Gritei saindo do carro.
Amassou feio a traseira.
-Meu pai vai me matar, caralho. -Falei sozinho pondo a mão no rosto.
Bufei e entrei no carro de novo.
Voltei a dirigir, fervendo de raiva.
Uns dois minutinhos depois, cheguei em casa.
Desliguei o carro e bati a porta.
Abri a porta de casa.
-Tenho uma péssima notícia. -Eu disse à eles, que vim um documentário na televisão.
-Que notícia?! -Minha mãe perguntou.
-Vai lá fora e dá uma olhada no carro.
Meu pai já adivinhou.
-EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ BATEU O CARRO! -Ele disse se levantando.
-NÃO FUI EU! O SINAL ABRIU E EU PASSEI NORMALMENTE, MAS VEIO UM FILHO DA PUTA DA RUA DO LADO E BATEU EM CHEIO NA TRASEIRA DO CARRO.
Ele passou do meu lado furioso para ver a situação do carro.
-PHILLIP! -Ele gritou.
Minha mãe estava boquiaberta no sofá.
-VEM CÁ! AGORA!
Bufei e saí de casa.
Meu pai estava do lado do carro, na garagem.
-ANOTOU A PLACA?!
-E VOCÊ ACHA QUE DEU TEMPO?!
Ele ia explodir.
-SEU... SEU IRRESPONSÁVEL! COMO VOCÊ NÃO ANOTOU A PLACA?!
-ELE BATEU E SAIU! NÃO-DEU-TEMPO-DE-VER-A-PLACA! NEM DEU PARA VER A COR DO CARRO!
-PUTA QUE PARIU, PHILLIP! VOCÊ É MEIO LERDO, NÃO?!
-VAI CAGAR! -Gritei.
Dei meia volta e saí da garagem.
-PHILLIP GREY SUTTON! VOLTA AQUI AGORA! -Ele gritou me chamando.
Abri o portão e saí de casa.
Esfreguei o rosto.
Eu preciso me acalmar.
Andei um pouquinho até chegar em frente da casa de Gabriella.
Antes que eu pudesse bater na porta, a mãe dela abriu a porta.
-Oi, Phillip. -Ela disse sorridente e me deu um beijo.
Dei um sorriso meio forçado.
-Posso conversar um pouco com a Gabriella?
-Claro, filho. Ela está lá em cima.
-Obrigado.
Entrei em sua casa e subi as escadas.
Fiquei na frente da porta do seu quarto.
E quando eu ia bater, percebi que ela conversava com alguém pelo telefone.
-Mas tirando isso que aconteceu, você está bem? -Ela perguntou.
Gabriella falava alguma coisa, mas não consegui escutar.
Mas finalmente voltei a entender.
-Nossa, esses dias o Phillip está insuportável!
Eu?
-Sei lá! Acho que deu uma TPM nele. -Ela disse e em seguida deu risada. -Ele está grosso, não me beija, fica reclamando de tudo, está de mau humor, etc.
...
-Por que? E eu sei lá, Megan! Diz ele que é por causa da faculdade... O que disse? Ah, não, faz tempo. Mas quer saber de uma coisa?! Vou falar a real logo: eu só perdi minha virgindade com ele porque ele era a única opção que eu tinha. Bem, lá estávamos nós no meio do nada. Eu queria transar com alguém logo, só para perder a virgindade mesmo. Aí lá estava ele, caidinho por mim, tentando me reconquistar. Bem, aí pensei: ele é lindo, gostoso, solteiro, e está caidinho por mim. E já que não tenho ninguém para escolher além dele, vai ser ele mesmo. Aí eu fui lá, falei minha ideia pra ele e pá! Rolou. Simples.
Engoli em seco.
Apertei o punho.
Então foi isso! O meu querido e bobo sonho de perder a virgindade com Gabriella Newlands não serviu para nada?!
Eu esperei DOIS ANOS para aquilo.
E foi para nada?!
Para ela me chamar de trouxa nas minha costas?!
-Bem, mas deu tudo certo e cá estamos nós! Ele foi uma boa distração em todas as nossas ficadas. Uma ótima distração. Sempre que eu queria alguém para fazer o que quisesse, lá estava ele. Em 2015 e nesse ano mesmo. Mas agora já estamos comprometidos, agora está tudo belezinha.
Abri a porta do quarto sem ao menos bater.
Ela estava deitada na cama, de camisola e levou um susto imenso quando me viu.
Cruzei meus braços na sua frente.
Eu queria tanto desfazer todas as merdas que eu já fiz!
EU SOU UM TROUXA!
-Phillip... Você...
-SIM! EU ESCUTEI. E saiba que você também é uma ótima distração até nos dias de hoje. -Eu disse saindo do quarto, mas voltei. -Ah, e nem venha me procurar com as suas desculpinhas esfarrapadas, dessa vez não tem volta. -Eu disse saindo de vez.
QUE RAIVA!
Bateram no meu carro, quase que meu pai me matou, acabei um relacionamento que estava indo super bem e eu estou ferrado quando chegar em casa.
Saí da sua casa mais furioso do que já estava.
Esfreguei meu cabelo e respirei fundo.
Dei um grito de raiva e em seguida dei um soco no poste.
Bufei.
Voltei para a minha casa, com medo de ver meus pais.
Hoje é oficialmente o pior dia do ano.