História Apenas Uma Ilusão... - Capítulo Único

    Bem, por onde começar... Alguém pode me explicar o que  significa amor porque eu não sei!
Meu nome é Jin, a muito tempo sou apaixonado por Namjoon, meu colega de trabalho. Quase nunca nos falamos e quando ele se dirigia a mim era pra perguntar algo sobre o mesmo. Um caso clássico de amor platônico, bem a minha cara. 
    Apesar de já ter 24 anos, nunca tinha ficado com ninguém, sempre dava um jeito de escapar quando alguém me  chamava pra sair.
Senti que era hora de  mudar isso e começar a aproveitar a vida, não queria morrer virgem. Então comecei a me aproximar dele e ao contrário do que imaginei foi bem fácil, já que tínhamos muitas coisas em comum. Nossas conversas começaram a ficar mais quentes com o passar do tempo. Até que finalmente o tão esperado beijo aconteceu. 
    Foi o momento mais feliz da minha vida até então,  ficava sorrindo como um idiota sempre que lembrava dos beijos. Ainda podia podia sentir o gosto da sua boca na minha....
    Mas  não se enganem,  desde o início não houve sentimentos da parte dele. Era só curtição sem compromisso, e eu como sou panaca, aceitei.
    Até parece que isso ia dar certo né, só na minha cabeça mesmo. Ás vezes a gente ficava, se beijava, mas ficava só nos amassos mesmo. Outras vezes ele mal olhava na minha cara, me ignorava totalmente, pra de repente, do nada ele vir e me chamar de gostoso!
    A gente ficou nessa história por dois longos meses. Fora o gelo que ele me dava de vez  em quando, tinha que aturar ver ele com outra pessoa, ou outras, já que ele é um puta galinha.

    Um belo dia ele me vem com aquele convite:
    - O que você acha da gente ir pra minha casa?
    Lógico que aceitei com um puta sorriso no rosto (não sei disfarçar a minha felicidade, por isso me ferro). 
    Nesse pé da história eu já estava em total deprê, não suportava ver ele com outro. Estava louco por ele e ele... nem se importava comigo. Só me procurava quando queria e tenho certeza que ele ficava frustrado por eu não deixar ele avançar o sinal. Ainda não me sentia pronto, tinha medo do que ia acontecer e a dor que com certeza eu ia sentir. Mas eu me sentia triste com minha covardia, todo mundo faz isso, por que eu não posso fazer? Já estava cansado de sofrer por causa dos ciúmes que sentia e por ser um panaca medroso. Então eu fui!
    Juntei toda coragem que eu tinha e aceitei ir á casa dele. Ele foi até minha casa me buscar de carro. Chegamos lá e comecei a olhar em  volta, parecia que tinha passado um tornado por lá. Tinha roupa jogada pra todo lado e a pia da cozinha lotada de louça suja. A desculpa dele é o trabalho. Não tem tempo de arrumar a casa por que trabalha demais! Acho que ele esqueceu que a gente trabalha no mesmo lugar, minha casa não é uma zona não.
    Enfim, pelo menos o quarto dele estava em ordem. Meu coração parecia que ia falhar a qualquer momento. Estava muito nervoso. Mas daí ele se aproximou de mim, me segurou pela cintura e começou a me beijar. Sempre que ele fazia isso, meu mundo parava de girar... Me deixava louco.
    Depois de um longo beijo que me deixou sem ar, começou a tirar minha roupa. Sentir as mãos dele correndo pelo meu corpo me deixava alucinado, e o tesão aumentava quando ele beijava e chupava meu pescoço. Ele só começou a se despir depois que eu já estava só de cueca. Me deitou em sua cama e ficou por cima de mim, sem parar de me beijar e me apertar nem um segundo. Meu rosto parecia que ia pegar fogo de tanta vergonha quando ele tirou a cueca e disse pra segurar o pau dele. Ele ficou de pé e me sentei na beira da cama, de frente pra ele.
    - Você quer chupar? - fiquei em pânico com a pergunta,  nunca tinha feito aquilo. Mas criei coragem e enfiei o que pude na boca. Não precisei fazer muito esforço já que ele começou a se movimentar e foder minha boca, me fazendo engasgar. Mas ouvir ele gemendo sacanagens me dava coragem, então continuei chupando até que ele me mandou parar.
    - Fica de quatro pra mim, Jin - Fiquei na posição que mandou e ele começou a beijar minhas costas subindo até meu pescoço. Parou um instante apenas pra pegar lubrificante e logo voltou a  beijar meu pescoço. Até que senti algo gelado entrando em mim. Quando dei por mim ele já havia enfiado dois dedos, e logo um terceiro. Aquilo doía demais. Sentia vontade de gritar, mas me contive. Ele fazia movimentos de vai e vem com os dedos, e eu já estava  me acostumando com aquilo quando ele parou, retirou os dedos e enfiou algo maior. Parecia que estavam me rasgando ao meio. Não deu pra segurar o grito de dor. Ele estocava devagar, e percebendo a minha dor, começou de novo a beijar meu pescoço e lamber minha orelha. Depois, enquanto com uma mão segurava meu  quadril, com a outra começou a me masturbar. O prazer que comecei a sentir foi enorme. Pedi pra ele ir mais rápido e mais forte, e assim ele fez. 
    - Você é tão gostoso Jin...- ele falava e gemia no meu ouvido. Eu só conseguia gemer e mais nada, me concentrava em tentar ficar na mesma posição, já que meu corpo estava perdendo as forças. Ele continuava a estocar fundo e me masturbar. Acabei gozando, totalmente acabado, mas feliz. Logo depois foi a vez dele. Não tinha sensação melhor do que sentir ele gozar dentro de mim.
    Ficamos deitados alguns minutos em silêncio. Quando meu coração voltou a bater normalmente comecei a sentir dor de novo.
    Já estava bem tarde, até pensei que ia passar a noite ali, até que ele se ofereceu pra me levar pra casa. Enquanto me vestia, o celular dele tocou e ele foi pra sala atender. Quando ele voltou disse que não poderia me levar até em casa mas  me deixaria no ponto de ônibus, já que tinha aparecido um imprevisto. 
    Nem preciso dizer o tamanho da decepção. Me levou até o ponto, quando me despedi, ia dar um beijo mas ele virou o rosto e só disse tchau. Desci do carro com os olhos queimando de vontade chorar. Ele foi embora. Quando cheguei em casa, andando, porque o último ônibus já tinha passado, meus olhos já estavam inchados de tanto chorar. Cheguei, tomei um banho e fui deitar. Como não conseguia dormir, bebi metade de uma garrafa de vinho que achei na geladeira. Bêbado, acabei dormindo.

    Na segunda feira fui trabalhar praticamente me arrastando. Não tinha vontade de nada. Mas eu tinha que ir. 
    Chegando lá, dei de cara com ele, que nem se importou em me dizer nem um oi. E assim continuou  durante as três semanas seguintes. Até que cansei. Resolvi perguntar pra ele por que ele me ignorava depois do que aconteceu. Será que eu fiz algo de errado? Bom, na verdade eu fiz sim!
    - Cara eu te disse que só queria curtir e só. - ele me disse. -Eu não tenho culpa se você fantasiou uma história de amor na sua cabeça, mas aquilo não vai acontecer de novo.
    E eu só queria morrer...
   Sabem onde ele foi depois de me largar num ponto de ônibus sozinho no meio da noite? Pra uma festa. E depois levou mais um carinha pra comer na casa dele. E eu enchendo a cara, achando que tinha feito tudo errado!
    Filho da puta.
    Depois disso não conseguia mais olhar pra ele sem que meus olhos enchessem de lágrimas. Não comia direito, não falava com ninguém, rezava pra dormir e não acordar nunca mais. 
    Eu dei pra ele muito mais que meu corpo, dei meu coração,  e ele me dispensou como se eu não valesse nada. E ainda comentou com um amigo que eu não era lá grande coisa na cama. Cara, eu era virgem, não sabia porra nenhuma!!!
    Desisti de tudo aquilo. Pedi demissão, me mudei de cidade, ainda não consegui parar de beber. Mas agora estou tentando começar de novo. Só não sei se vou me apaixonar de novo, ou conseguir confiar em alguém de novo. Vou pensar duas vezes antes de seguir meu coração.
    De repente o amor não é pra todo mundo. 
   Quem sabe nem todo mundo mereça ser feliz...