História Apenas Uma Noite - Capitulo I

Sakura Haruno

Já não aguentava mais ficar de pé.

Kakashi literalmente acabou comigo. Com aquela força de cavalo quem aguentaria?!

Eu levantei da cama cambaleando, ainda pelo efeito do álcool, sentindo fortes dores nas costas, e na cabeça também. Catei meus pertences espalhados pelo quarto do motel e dei uma ultima olhada para aquela bunda.

Tudo bem que eu preferia homens morenos, além de serem mais dotados, tinham pulso firme, Kakashi era branco, mas com a força de um negão.

Fechei a porta com cuidado pra não fazer barulho, pedi a um casal que estava subindo para segurar o elevador. Olhei-me no espelho, observando o bagaço que eu estava.

O elevador parou, dei uma ajeitada no meu cabelo e sai em direção ao estacionamento, desbloqueei meu carro com a chave e rumei para casa.

...

— Conta tudo safada!

Ino chegou em meu apartamento parecendo um foguete, sentada sobre meu sofá eu degustava um forte café com rosquinha de açúcar.

— Foi normal.

Respondi com desdém.

— Ah conta outra amiga. Quero detalhes! — bufei baixinho, rindo logo em seguida.

— Ele tem um pau enorme, mas em compensação demorou um século para me fazer gozar. Ele gozou cinco vezes, eu gozei duas. Ele chupou meus peitos e disse “quero guardar eles num pote” e foi ai que eu perdi o tesão... Tudo bem pra você?

— Ele tem algum problema? Que homem diz isso hoje em dia? A gente quer ouvir e putaria, um vadia, uma vagabunda. Isso que dá tesão, não dizer que quer dois pares de teta num pote! Francamente.

Ri de sua observação. Mas era a verdade, eu particularmente, adoro ser xingada numa transa, não que eu seja vadia, ou puta, mas e muito mais gostoso quando você e submissa.

Gosto quando puxam meu cabelo, quando me mandam rebolar, me mandam cavalgar com força, quando apertam o meu peito, quando me chamam de cachorra, só de lembrar eu já fico molhada.

— Numa escala de zero a dez, eu daria uns seis. Não foi tão ruim, mais também não foi o que eu imaginava...

— Tudo bem, vamos parar de falar do Kakashi, alias hoje ele vai chegar todo contente no trabalho!

— E eu nem quero imaginar o motivo. — demos algumas risadas e eu subi para trocar de roupa.

...

Ouvi murmúrios e cochichos, tudo isso enquanto eu passava para ir a minha mesa.

Os homens me olhavam, alguns com desejo, outros em desaprovação. As mulheres balançavam a cabeça, outras nem olharam na minha cara.

Mas eu já sabia o porquê.

Ao longo do escritório estava Kakashi com um grupo de homens. Eles riam alto, e diziam coisas pesadas de se falar num ambiente de trabalho. Mais todo mundo parou para prestar atenção em sua épica historia de uma transa descomunal.

— Eu a puxei pelo cabelo e mandei-a sentar, aquela cara de santa não engana ninguém, é uma vadia de primeira. Comi e lambi o prato, mas não pretendo repetir. Sakura agora é só mais uma na minha lista.

Os homens tossiam, como forma de fazê-lo parar, mas ele continuava. Deixei ele se sentir um pouco, até porque eu não me importava dos homens contando mentiras sobre mim.

— Uau Kakashi! Bela historia.

Ele se virou, e todos os seus amigos começaram a dar licença.

— S-Sakura? Oi, eu não tinha te visto. Que horas foi embora ontem? Porque não me ligou?

— Eu só ligo se a pessoa me interessar...

— O que você ouviu?!

Sua cara não era uma das melhores, nem a minha. Não queria causar tumulto nem alvoroço, mas ele estava pedindo.

— Ah, eu cheguei à parte que você puxou meu cabelo. Alias meu couro cabelo está dolorido...

— Sakura, eu não...

— Sem problemas Kakashi! Leva isso aqui de brinde por ficar mentindo pra aparecer entre os amigos.

E literalmente minha mão voou em sua cara, foi uma questão de segundos para ele voar em mim, mas diferente de mim, ele não me deu só um tapa.

Ele me agrediu.

Jogou-me no chão, me chamou de nomes fortes, enquanto seus amigos tentavam tirar ele de cima de mim, eu só conseguia pensar o porquê de todo esse surto.

— Ai meu Deus, você está bem?!

Ino me ajudou a levantar, preocupada e assustada.

— Estou... Ele só, só me jogou no chão!

Todos olhavam assustados, mas e como diz o ditado “fala o que não deve, ouve o que não quer” nesse caso ele ouviu minha mão na sua cara.

— Vem, senta aqui.

Sentei-me na cadeira de trabalho respirando fundo, ajeitei minha blusa que mostrava quase todo o meu sutiã rosa e puxei a saia para baixo.

— Mas, o que houve aqui? — ouvimos a voz do chefe, ele olhava tudo caótico, caçando os responsáveis por todo aquele furdunço.

— Kakashi agrediu a Sakura!

— Ela me agrediu primeiro!

Ele gritou, continuei calada. Não queria causar mais alvoroço.

— Me acompanhe os dois, por gentileza.

Levantei, mantendo certa distancia, meu receio maior era de levar advertência, pois só nesse mês seria a segunda.

Kakashi se controlava, enquanto eu mantinha a compostura profissional, mesmo com raiva. Entramos na sala do chefe e logo me sentei, remexendo desconfortavelmente por causa da lesão nas costas.

— Tudo bem Sakura? Está machucada?

— Não, só as costas que dói... Talvez seja por causa do impacto.  — dei ênfase em impacto.

— Algum de vocês pode me dizer o porquê de tudo isso?

Começamos a falar juntos, mas o olhei mortalmente. Dando continuação.

— Ele estava relatando sobre nossa vida pessoal fora da empresa, coisas intimas e sem necessidade de compartilhamento publico...

— Certo. Kakashi isso é verdade?

Ele excitou um pouco, e concordou com a cabeça.

— É! — eu imaginei o quanto estaria sendo duro para ele dizer a verdade, mas foi impossível não soltar uma risadinha fraca. — Mas ela me deu um tapa, só estava me defendendo.

— Eu lhe dei um tapa porque você merecia, se não estivesse fazendo nada eu não teria feito isso!

— Defesa ou não senhor Kakashi, o senhor agrediu uma mulher e isto é crime. Sinto muito mais terei de chamar a policia...

...

Balançava meu pé descontroladamente.

Estava sentada na cadeira de espera da delegacia, vendo homens fardados andando para lá e para cá. Chegava a ser sexy, talvez eu colocasse policiais na minha lista de fetiches.

Ouvi um barulho de porta se abrindo, Kakashi saiu de lá quase cuspindo fogo, acenei com ironia, o vendo assinar a ocorrência.

— Sakura Haruno, por favor! — ouvi uma voz forte, logo dei de cara com o delegado.

Puta que pariu.

Senti minha intimidade molhar ao dar de cara com aquele homem. Forte, com uma voz grossa, delegado. Ah, que delicia.

— Sente-se senhorita.

— Com todo prazer, delegado — usei um tom sensual.

Vi seus olhos vagando pelo meu decote, já que na minha queda havia voado dois botões. Vaguei, observando um porta retrato com uma mulher, parecia ser a esposa dele.

Rocei minhas pernas uma na outra, tentando conter a excitação.

— Me conte, por sua vez, o que aconteceu senhorita.

Contei toda a historia com calma, observando seus olhos caírem sobre meus peitos algumas vezes. Quando terminei, ele assinou um papel me entregando, e se levantou para abrir a porta.

Levantei em seguida, deixando as chaves que estavam no colo cair no chão. Abaixei, pegando as mesmas.

Senti uma coisa em minha bunda, uma coisa dura. Ah aquilo estava me matando.

— Algum problema senhorita?

Ergui o tronco, vendo sua ereção completamente visível sobre a calça. Toquei em seu pau, mordendo os lábios sensualmente.

— Nenhum delegado, mas se o senhor estiver, é só me dizer que eu resolvo. — dei uma apertada, ouvindo sua arfada. — Quem sabe eu não me meta em mais encrencas?!

Abri a porta, o vendo ajeitar o pau, tentando disfarçar.

Ah delegado, eu estou escorrendo só de pensar no que nos dois podemos fazer juntos.