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História Apenas Uma Vida Normal - O anjo caído


Escrita por: therightway

Notas do Autor


GENTE!!! Já fez 3 meses desde que eu postei o primeiro capítulo e a minha história já tem 145 visualizações!! COMO ASSIM?? Eu pensei que ninguém iria querer saber disto mas parece que me enganei
Eu só quero vos agradecer por isto <3 significa muito para mim


Continuando para a história....

Capítulo 17 - O anjo caído


Iris acordou com Heat Of The Moment a tocar, e com uma forte dor de costas.

_ Eu juro que mato alguém se estiver presa num episódio de Supernatural. E se eu for o Sam no Mystery Spot, eu mato toda a gente.

_ Iris, temos que ir - informou Leo.

_ Para onde?

_ Casa. Tu estás bem? - perguntou enquanto a observava com cuidado.

_ Nem eu sei ao certo - coçou a cabeça - O Danny?

_ No Céu, talvez. Eu já não o vejo há meses - Iris arregalou os olhos - Tu e os anjos - riu e calçou as suas botas - Tu só pensas em anjos, não é?

_ Anjos - começou a ver uma forma enorme na sua mente que foi tomada por um brilho dourado - PARA! - gritou com todas as forças que tinha e a sua cabeça parecia que ia explodir - TIRA-O DE MIM! - começou a escorrer uma lágrima de sangue e tudo parou.

_ Iris... O que é que se passou? - ela olhou de relance para ele e por um segundo ele jurou ter visto os olhos dela a brilharem vermelho.

_ Eu tenho que resolver uma coisa - saiu da cama e do quarto em segundos.

_ Iris! - ela fechou a porta na cara dele - Iris! - gritou enquanto abria a porta - Volta aqui! - ela não parou de andar e ele correu para agarra-la- O que é que tu pensas que estás a fazer?

_ Larga-me - olhou-o com raiva e ele retribui o olhar.

_ Tu não vais a lado nenhum. Não louca como estás. Eu vou chamar o Danny, para ele ver o que tu tens. Talvez ele apareça.

_ Larga. O. Meu. Braço. Agora - mandou pausadamente.

_ Iris, nem te atrevas - o olhar dela intensificou-se e ele lutou para não ceder, mas não ganhou - Vai de uma vez! O problema também não é meu! - entrou no quarto e bateu a porta com força.

_ Pff - olhou-se de cima a baixo, estava com o seu pijama vestido - É sério isto? - estalou os dedos e num piscar de olhos estava com a roupa trocada, t-shirt branca com riscas pretas, calças pretas justas, um casaco de ganga e umas botas pretas - Muito melhor.

Começou a andar sem rumo e percebeu onde tinha ido parar, uma igreja.

_ Tu não vais ganhar desta vez Gabriel.

Alguém está confiante.

_ Cala-te.

Ela disse "cala-te" para mim. A voz começou a rir-se. Tanta ousadia a tua.

_ Iris... - Gabriel apareceu à sua frente e parecia estar acorrentado a algo, mas não estava.

_ Agora nós vamos conversar - agarrou na mão dele e sorriu maliciosamente. Num piscar de olhos os dois estavam dentro de um armazém abandonado.

_ O que é que se está a passar?

_ Isso pergunto eu. O que é que tu fizeste?

_ Eu disse que ia consertar as coisas.

_ Tu não consertaste porra nenhuma! O Leo e o Daniel não se vêm há meses! Como é que isso é consertar alguma merda que seja? Perguntou com raiva.

_ Tu lembras-te?

_ Claro que me lembro! Como é que eu poderia esquecer do beijo daqueles dois? - ele suspirou aliviado - O que é que tu fizeste?

_ Eu tentei tornar-vos adultos, mas tu não deixaste. Só passaram dois meses desde janeiro.

_ Em que semana estamos?

_ Última de março.

_ Porque é que eu não deixei que tu acabasses?

_ Eu não sei - ela riu.

_ Eu estou farta disto! Estas mentiras consantes. Eu não tenho que lidar com isso.

_ Eu não sei! É essa a verdade! E nem posso saber! - desviou o olhar para o chão e Iris olhou-o com curiosidade - Eu sou um anjo caído. Eu caí. Por ti - ela olhou-o com dor.

_ Tu caíste? Por mim? - ele sorriu e caiu de joelhos no chão - Gabe! - agarrou nele antes que ele pudess cair no chão e agarrou-o com força - Gabe? Gabe, não me abandones, por favor! - os olhos dele começaram a perder a cor e o brilho - Gabe? Não, não, NÃO! Isto não está a acontecer! - ouviu uma risada e palmas.

_ Mas está a acontecer, Iris. Já agora, adorei o teu falso espetáculo - sorriu maliciosamente.

_ Kristine, o que é que tu fizeste?

_ Eu? - olhou para Iris ofendida - Isto está em ti, não em mim. Foste tu que mataste a tua alma gêmea não eu.

_ Não o metas entre a luta que nós as duas temos. Deixa-o em paz.

_ Por muito que eu quisesse, e acredita eu queria muito, eu não toquei no teu anjinho. E também não era preciso. Tu destróis tudo que tocas. Principalmente tudo que tocas com os lábios - Iris franziu o cenho - Precisas que eu explique? Primeiro foi a Inês, coitada, não aguentava mais aturar-te e suicidou-se. Depois foi o Marcus, que te abandonou faz hoje uns quatro meses. E agora foi o Gabriel.

_ A culpa não é minha.

_ Essa atitude não te vai levar a lado nenhum. Tu achas que eu acredito nisso? Tu achas que alguém acredita nisso? Deixa-me esclarecer a resposta: não - andou na direção de Iris mas ficou paralisada a meio do caminho.

_ Não te atrevas a chegar perto dele.

_ Qual é o problema de eu me aproximar quando és tu que estás a tocar nele? Tu não percebes que que és um veneno? É essa a verdade, entende isso de uma vez. Se tu não te tivesses aproximado deles, eles ainda teriam esperança, mas tu és teimosa e olha! Eles estão mortos!

_ Desaparece.

_ Nunca - sorriu maliciosamente - Agora eu cheguei lá. Aquela cicatriz que tanto teima em tentar se fechar. Mas será que eu a abri? Será que devo continuar a abrir? Sim! - abriu um sorriso enorme que só demonstrava uma coisa, maldade - Sabes uma coisa, eu sempre achei que tu eras uma pessoa horrível, mas não uma pessoa que não vai ao funeral da melhor amiga. Tu não tens vergonha? Tu faltaste de propósito ao funeral dela, nem eu faria isso, e eu é que sou a vilã desta história - fez uma pausa para observar o rosto de Iris - E porque é que tu não foste? Porque é triste? Nah. Porque funerais são chatos? Nope. Porque a culpa é tua? Talvez. Porque tu estavas apaixonada por ela? - aplaudiu e fez uma vénia - Exatamente! Coitada de ti, apaixonada pela melhor amiga, quando ela estava apaixonada por um rapaz e não tu. O que é que ela te tinha dito daquela vez? A minha memória está a falhar - pôs um dedo na bochecha e fingiu pensar -  Ah pois é: "Tu és só a minha melhor amiga".  a minha melhor amiga - acenou a cabeça em reprovação - O que é que será que o Marcus diria sobre esta situação? Ah pois é, ele não quer saber! - estalou os dedos e apareceu uma imagem dele a beijar uma mulher - Nada? - bufou e cruzou os braços - Assim não tem piada.

_ Vai embora de uma vez - pediu num tom baixo enquanto se aconchegava no corpo de Gabe.

_ Só quando deixares uma lágrima cair. Anda lá! Só uma! - olhou furiosa para Iris - Porque é que tu tens que ser assim? Eu tentei ser boazinha, mas és tão - bufou - Nem há uma palavra para descrever o que tu és. Tu és tão errada,mas tão errada que nem é possível te descrever e isso levou aos outros terem pena de ti. Uma criança com depressão e esquizofrenia, da qual a mãe nem conheceu e o pai abandonou-a. Que opção tinha ele? É impossível conseguir aguentar tanta loucura. E então, ele foi embora. Como todos. Esse aí - apontou para o corpo de Gabriel - foi o único que não teve pena mas olha só! Ele morreu - sorriu - Foi estúpido até - Iris levantou-se e mandou Kristine contra uma parede usando os seus poderes.

_ Podes dizer o que quiseres sobre mim, mas nunca te atrevas a falar dele. Nunca! - Kristine começou-se a rir e Iris fechou o punho, retirando aos poucos o ar da Kristine - Achas isto engraçado?

_ Olá Lúcifer - sorriu e começou a tossir.

_ Iris - chamou Gabriel num tom que era quase impossível de ser ouvido. Iris largou Kristine e correu na direção do arcanjo. Kristine sorriu e desapareceu assim que Iris virou as costas.

_ Gabe! - abraçou-o, não com muita força porque tinha medo de o aleijar - Tu estás bem!

_ Não, eu não estou - tentou levantar-se e Iris ajudou-o, sendo o seu apoio.

_ Tu estás vivo!

_ Quando é que eu morri? - perguntou enquanto franzia o sobrolho, e a pergunta gerou exatamente a mesma expressão no rosto de Iris - Merda - gemeu de dor - As minhas asas - passou uma mão pelas costas, o que aumentou a dor - Merda.

_ As tuas asas estão partidas. E castanhas - ele riu lembrando-se das vezes que ela falou das asas dele - E também estás a perder penas.

_ Eu estou a ficar sem graça.

_ Eu posso ajudar - sorriu para ele, mas Gabriel desviou o olhar.

_ Não. Tu não tens que fazer isso e não te vou aleijar para que eu fique bem. Eu prometi que não iria fazer mais isso.

_ Gabe, faz isso. Eu estou a deixar.

_ Eu não te vou aleijar, já disse.

_ Então eu vou ligar ao Leo para ele te ajudar.

_ Tu estás louca? Ele quer-me morto! Hello? - girou um dedo à frente do seu rosto - Trickster?

_ Eu vou chamar o Daniel.

_ Eu já disse que não vou fazer isso, Iris! - gritou, mas ela não se surpreendeu nem um pouco.

_ Faz.

_ Eu não te posso fazer isso! É literalmente estar a arrancar uma parte de ti!

_ Não faz mal - pôs a mão dele sobre o seu peito - Já não há muito que sobre de qualquer forma - fez aparecer um sofá e deitou-se nele.

_ Não me obrigues a fazer isto, Iris.

_ Eu vou dizer isto pela última vez: faz isto - ele olhou-a nos olhos e amaldiçoou-se.

_ Eu vou-me odiar por isto - tirou o cinto e pousou na mão dela - Ferra isto. Vais precisar - pousou a mão sobre o peito de Iris e respirou fundo - Eu consigo fazer isto, é o que ela quer - disse para si mesmo.

Ele ficou naquela posição durante algum tempo, o que preocupou Iris, por isso, ela deu-lhe uma cotovelada para chamar a atenção dele.

_ Quanto mais depressa começares mais rápido acabas - ele assentiu e fechou os olhos; respirou fundo e fez a sua mão entrar no peito de Iris a ponto de tocar na sua alma, o que a fez ferrar o cinto com toda a sua força, e soltar gemidos de pura dor. Ficou durante uns segundos a tocar na alma dela, até que sentiu algo diferente, o que fez com que ele tirasse a mão depressa. E aquele contacto fez os olhos de Iris brilharem em três cores, inicialmente vermelho sangue, depois violeta e por fim dourado.

_ Eu nunca mais te volto a fazer isto! - abraçou-a e deu-lhe um beijo na testa

_ Os teus olhos ficaram vermelhos e roxos - comentou Iris com receio.

_ Não te preocupes, não foi nada de especial- mentiu.

_ Pelo menos as tuas asas voltaram ao normal - sorriu cansada - É para isso que seu vivo. Eu já não me lembrava que as tuas asas eram assim tão brilhantes e douradas.

_ Tu estás bem? Não te dói o peito?

_ Não. Eu estou bem. Não te preocupes comigo.

_ Isso é impossível, querida.

_ Suponho que agora vais dizer que tens de ir embora, por isso, eu também vou. Até uma próxima vez - beijou a bochecha de e desapareceu.

_ O Daniel não pode saber disto. Se é que ele já não sabe. Eu vou ter que selar a alma dela - cerrou os dentes e fechou os olhos - Os outros anjos não podem saber que ela existe e é filha da - uma vibração no seu pulso esquerdo interrompeu o seu monólogo. Olhou para o relógio e amaldiçoou-se - Ela vai-me odiar por isto.

Iris conseguiu transportar-se para onde queria, a localização de Leo, que no caso era um bar. Era um pouco estranho, de um momento para outro ela aprendeu a controlar demasiado bem os seus poderes, e por algum motivo isso não a estava a preocupar tanto quanto devia. Talvez o facto de estar mais velha uns meses podia ajudar. Talvez. Mas continua a ser muito pouco provável descobrir e controlar novos poderes assim tão depressa, a não ser que alguém estivesse envolvido nisso. Mas teria que ser alguém que estivesse na sua mente. O Lúcifer faria isso? Para quê?

_ Decidiste aparecer, Iris? - perguntou Leonardo com irritação - Finalmente!

_ Leonardo! - Daniel repreendeu-o com o olhar - Desnecessário.

_ Estás a brincar comigo? Ela desapareceu durante o dia todo, sem sequer me dizer onde foi!

_ Ela deve ter as suas razões.

_ Eu espero bem que sim - olhou-a com raiva, ela não retribuiu o olhar, apenas ficou com uma expressão neutra.

_ Podes te acalmar, bailarina?

_ Não, eu não posso! - Daniel repreendeu-o novamente com o olhar - Talvez eu possa. Ao menos podes me dizer onde é que estiveste?

_ Fui acalmar-me - Leo bufou e Daniel acariciou o seu ombro, o que o relaxou um pouco.

_ Foste acalmar-te? Achas que eu sou estúpido para acreditar nisso?

_ Eu fui ajudar um amigo.

_ Vês? Não tens que te preocupar. Ela não estava a fazer nada errado - Daniel olhou-o nos olhos e sorriu, mas Leo estava tudo menos feliz.

_ Isso é o que ela diz.

_ O que é que tu estás a insinuar? Quer dizer, tu podes ir para um bar fazer sabe-se lá o quê, e tendo em conta que o Daniel apareceu, coisa boa não era, mas eu não posso ajudar um amigo meu? Que puta hipocrisia a tua.

_ Vais mesmo querer ir por aí? Pelo menos não fui eu que agi como um louco.

_ Sabes que mais? Tu não vales o esforço! - saiu do bar e ficou do lado de fora encostada a uma parede.

_ É que nem penses que me vais virar as costas desta forma! - foi atrás de Iris mas Daniel segurou na mão dele e impediu-o de continuar a andar.

_ Acalma-te.

_ Tu viste a maneira como ela me tratou? - perguntou irritado e sentiu o seu corpo aquecer com raiva.

_ A Iris também tem os seus problemas, sabes? Nem tudo se resume aos cinco West. E é isso que tu tens que perceber, ela, assim como tu, tem os seus problemas e ela simplesmente não quer te envolver neles - Leo olhou Daniel de cima a baixo.

_ Tu estás provavelmente certo - Daniel sorriu - Eu disse provavelmente.

_ É o suficiente. Vai lá ver como é que ela está - largou a mão de Leo e deixou-o passar.

_ Iris? - chamou Leo assim que saiu de dentro do bar, seguido por Daniel - Iris! - Daniel deu-lhe uma cotovelada e apontou com a cabeça para onde ela estava - Eu acho que exagerei um pouco com toda a situação, mas tu sabes que eu só fiquei assim porque eu me importo, certo? - olhou-a nos olhos, e Iris nem sequer estava a olhar para Leo - Tu estás a ouvir-me? É que só podes estar a gozar comigo! Eu estou a pedir desculpas e tu nem me estás a ouvir! Para onde é que tu estás a olhar? - olhou na mesma direção que ela estava a olhar e percebeu. O Marcus estava a beijar outra - Oh meu Deus!

_ Não invoques o nome do meu pai em vão.

_ Danny, não é mesmo a altura certa para esse tipo de comentários - Daniel franziu o sobrolho e Leo agarrou na cara dele e virou-a de maneira a ele ver o mesmo que Leo estava a ver.

_ Porque é que eu estou a ver isto?

_ Porque ele é uma pessoa que a Iris conhece. É uma longa história.

_ Aquele filho da puta deixou de falar comigo por isto? Eu vou acabar com ele! - Iris andou na direção de Marcus e separou-o da mulher que ele beijava - Seu grande filho da puta! Como é que tu és capaz de fazer isto comigo? Eu pensava que nós tínhamos uma ligação!

_ Iris, minha querida - sorriu de forma sexy e ela controlou a vontade de espanca-lo.

_ Chama-me isso outra vez e eu arranco esse sorriso do teu rosto à porrada.

_ Como se fosses capaz disso - agarrou nele pela garganta e sentiu uma espécie de choque dentro de si e percebeu o que estava errado com ele.

_ Tu não tens alma!



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