História Aperte As Algemas - Imagine Suga BTS - Aperte As Algemas - Capítulo Único

Ganhar na loteria com certeza é o desejo de todos que habitam a face da terra, afinal, quem não quer se tornar um milionário da noite para o dia? Conheço bem este desejo, pois meu namorado é uma dessas pessoas que sonham com a riqueza instantânea.

Min Yoongi nasceu em Daegu. Pertencente a uma família pobre, o jovem sempre lutou muito para ajudar sua mãe e para se manter. Com base nisso, ele se mudou para Seul, onde passou a trabalhar doze horas por dia, que por não ser suficiente, já que seu pagamento era uma verdadeira mixaria, foi complementado com um emprego na casa noturna mais badalada da cidade, onde ele passou a ser o barman. Todo seu esforço era admirável, esforço que proporcionou o nosso encontro.

Yoongi estava fazendo um extra na mansão da minha família, quando nos apaixonamos. Eu tive medo, mas ao perceber que os meus sentimentos eram intensos demais para fugir, fui contra as palavras do meu pai e me mudei para o subúrbio da cidade, onde passei a morar em uma quitinete com ele.

Meses depois, eu já me encontrava trabalhando em um escritório como assistente e, seguindo firme e forte, o meu curso de Direito. Essa era a nossa vida, que seguia lado a lado com a fé de Yoongi de que um dia ele ganharia na loteria, fé que ele mantinha viva todas as vezes que apostava.

–Você está bem? –Estávamos sentados um ao lado do outro, no balanço do parque perto da nossa casa.

–Estou sim, meu amor. –Sua resposta parecia triste, ele estava visivelmente cansado e não sei como aguentou me encontrar no parque antes de ir para a casa noturna.

–Yoongi, você conferiu o resultado da loteria? –Meu namorado negou e virou para observar umas crianças que brincavam um pouco longe de onde estávamos.  A noite estava fria e uma brisa gostosa fazia com que eu me sentisse bem em estar ali com ele ao meu lado, brisa que mexeu levemente seus cabelos recém-tingidos de castanho, e me fez perceber o quão lindo ele podia ser.

–Você conferiu o resultado? – Assenti. Eu era a única que sabia dos números todas as vezes que ele jogava, pois não havia segredo na nossa relação, era uma troca de confiança que me deixava plenamente feliz em ter o escolhido para ser meu. –Quais foram?

–Os seus números. –Me levantei da cadeira do balanço e me coloquei de pé a sua frente, percebendo que o mesmo estava em estado de choque. –Yoongi...

–Está dizendo que a partir de hoje somos milionários? – Me ajoelhei diante dele e pus minhas mãos sobre seus joelhos, mirando profundamente seus lindos olhos.

–Não. Estou dizendo que você a partir de hoje está milionário. Eu não quero o seu dinheiro, meu amor. O que me interessa é você e apenas você. –Yoongi me abraçou apertado e apoiou a cabeça em meu ombro, parecia chorar, silenciosamente, ele chorava.

–Eu te amo mais que tudo, meu anjo. Nunca esqueça disso, mesmo se eu errar, sempre tenha em mente que meu coração pertence a ti. –O apertei ainda mais contra mim e assim permanecemos por um longo tempo, até Yoongi se levantar e me girar pelo parque, chamando a atenção de todos os que estavam próximos de nós, mas nem ligamos, pois ele estava feliz, e se ele estivesse feliz, eu também estaria.

Bem, era para ser sempre assim.

Entretanto, após um ano depois de ter ganho cento e cinquenta milhões de dólares, Yoongi mudou por completo e passou a se comportar como uma pessoa completamente diferente.

Vivíamos agora em uma cobertura duplex, em um dos edifícios mais chiques de Seul, eu estava prestes a me formar e Yoongi estava indo muito bem com o seu trabalho de produtor musical e Rapper, um dos seus maiores sonhos, que, devido a vida dura que levava, ele acabou deixando de lado.

Era para estarmos felizes, mas ao mesmo tempo que estávamos tão perto, nos encontrávamos cada vez mais longe. Yoongi passou a me tratar com indiferença, não me tomava mais para si, e malmente nos encontrávamos durante o dia, tampouco as noites. Parecia que eu estava sozinha no apartamento luxuoso, e vivenciar essa experiência, me fez cair em uma tristeza palpável, que só piorou quando eu descobrir que o meu Yoongi, que já não era tão meu assim, estava passando as noites em casas de apostas, onde funcionavam também, casas de prostituição, através dos comprovantes de pagamento do seu cartão de crédito. Foi o ápice para tudo.

Não esperei ele chegar, ele não merecia a minha consideração. Caminhei até o nosso quarto e arrumei todas as minhas coisas, não deixando nada para trás. Peguei um taxi e fui para a casa de uma amiga da faculdade, a qual me recebeu de braços abertos e disse que eu poderia morar com ela o tempo que fosse necessário. E de fato eu morei. Vivi com a minha amiga até me formar na faculdade, depois, arrumei um emprego em um renomado escritório de advocacia e finalmente pude andar com as minhas próprias pernas.

Yoongi me procurou. Foram seis meses de ligações, flores na porta do edifício onde eu ainda morava com a minha amiga, e duas visitas, onde eu deixei claro que o que tínhamos havia acabado e que com aquele Yoongi eu não voltaria nunca mais. Lembro-me dele ter olhado fundo em meus olhos e ter dito a seguinte frase:

“Esse sou eu.”

Aquele era realmente ele? Não. Eu me negava a aceitar que aquele Yoongi prepotente, fútil e imundo, era o homem que roubou meu coração e me fez largar tudo e todos. Ele não poderia ter me escondido algo tão escuro assim. Todavia, depois de ouvir aquelas palavras, decidi enterrar os meus sentimentos e risquei Min Yoongi da minha vida. Passei a dedicar-me ainda mais ao meu trabalho e logo alcancei o cargo de Delegada do departamento de policia de Seul, através de um sério e complicado teste seletivo executado pelos agentes do governo, onde só o melhor passaria. E, sim, eu conseguir me tornar a melhor. Saí dos escritórios de advocacia e caí como chefe de um departamento inteiro, onde todos me respeitavam e me admiravam.

–Boa noite! – Passei pelos corredores do edifício do departamento e segui até o último andar. Assim que o elevador abriu e eu finalmente cheguei a cobertura, meu parceiro, o segundo no comando, correu até mim.

–Boa noite, senhora. Temos um magnata preso aqui. –Franzi o cenho e o olhei. Era o inicio do meu plantão noturno e já tinha algo dessa magnitude em minhas mãos.

–Preso por causa de que? Agrediu a esposa? Se for isso, manda para o outro departamento, porque não cuidamos de violência domestica. –O rapaz negou e entregou-me a ficha, onde constava o boletim de ocorrência. Dei minha bolsa tira colo na mão dele, e abri a pasta, não demorando a sentir o sangue esvair da minha face.

Min Yoongi

Eu não consegui ler mais nada além do nome da pessoa que estava sob custódia do meu departamento. –Algum problema, senhora?

–O que ele fez? –Voltei a entregar a pasta nas mãos dele e passei a mão pelos meus cabelos, bufando em pura frustação, pois por mais que eu tentasse fugir, Min Yoongi ainda me afetava mais do que eu considerava aceitável.

–O prenderam agora a pouco, após pegarem-no participando de um racha na avenida principal. O senhor Min estava quase a duzentos quilômetros por hora, quase gerando um acidente com vitimas fatais. Quando os guardas conseguiram pará-lo, ele começou a fazer gestos obscenos e desacatou os nossos colegas, que o trouxeram para cá. –Engoli em seco e peguei minha bolsa, não demorando a sair as pressas até a minha sala, onde assim que entrei, bati a porta com força e me segurei para não gritar de pura raiva.

Ele agia como um adolescente que não teme a morte, tampouco os olhares de reprovação dos adultos. Min Yoongi se tornou um pesadelo, o qual eu queria longe de mim, mas que a vida insistia em colocar face a face comigo.

Respirei várias e várias vezes, até tomar coragem para sair da minha sala, para só assim ir interrogar o Min, que provavelmente ficaria chocado em me ver, já que nunca mais tivemos noticias um do outro. Já são quase três anos. Assim que me senti apta o suficiente, abri a porta e fui até o meu parceiro, que estava conversando com outros policiais. –Onde ele está? –Peguei a pasta de sua mão e segui ele, que permaneceu em silêncio até chegarmos até a sala de interrogatório.

–Ele não é nada agradável, tome cuidado. –Assenti e adentrei a sala, onde um Yoongi sério, me olhou dos pés a cabeça. Seus cabelos estavam bagunçados, seus olhos repletos de olheiras e sua roupa despojada; uma calça jeans e regata preta, estavam amaçadas. Me aproximei, tentando ao máximo me manter inabalável, e joguei a pasta sobre a mesa. Estava me preparando para falar quando ele se pronunciou primeiro.

–Quando eu ouvir um desses merdinhas falando que tinha uma delegada nessa porcaria e falou teu nome, pensei que fosse outra vadia, mas olha quem esta cara a cara comigo mais uma vez, a minha vadia. – Mordi o lado da minha boca com tanta força, que arranquei sangue de mim mesma.

–Se eu fosse você, prestaria atenção no que fala. Quem tem uma arma sou eu, não você, Min. –Ele sorriu sarcasticamente e cruzou os braços a frente do tórax. –Vamos falar logo do motivo da sua prisão. O que estava pensando quando passou a dirigir que nem um insano por uma via onde pessoas que tem amor a vida costumam passar? –Questionei, enquanto o queimava com o meu olhar.

–Você acha mesmo que eu me importo? Eu não tenho mais vida, acredita que irei me importar com a dos outros? –Arregalei os olhos e me curvei em sua direção.

–Do que está falando? –Yoongi se colocou de pé e rodeou a mesa. Suas mãos não estavam mais algemadas, já que só os bandidos de alta periculosidade são mantidos algemados, e, uma a uma, ele foi fechando as cortinas das janelas da sala, inclusive a de vidro fumê, onde sempre havia alguém observando o desempenho dos policiais, enquanto interrogavam os trazidos para o departamento. Em seguida, Yoongi, trancou a porta e abaixou a persiana da mesma, só assim passou a vir em minha direção.

–Minha vida acabou depois que você partiu. Dinheiro nenhum conseguiu tapar o buraco que está em meu peito. Eu venho bebendo, fumando, transando com uma vadia a cada noite, mas nenhuma dessas coisas supriu a necessidade que eu tenho de você. Meu coração acelera, minha garganta seca, minhas mãos insistem em tocar tua pele, assim como o meu corpo que deseja o teu. Eu não consigo parar de amar você, é mais forte que eu. –Eu estava de boca aberta, pois nunca esperei que viveria para vê-lo falar algo desta natureza, ao menos, não aquele Yoongi que deixei para trás. –Lembra que eu disse que o Yoongi que você deixou para trás era eu? Pois bem, eu estava completamente errado. Aquele imbecil que te deixou de escanteio por causa de coisas efêmeras, definitivamente não sou eu. O Yoongi de verdade é esse que está diante de ti, o qual é capaz de voltar para a miséria se isso significa que quando eu retornar do trabalho, você vai estar lá para me abraçar e dizer o quanto me ama, assim como nos velhos tempos. –O vi se ajoelhar a minha frente e segurar meus quadris com as suas mãos trêmulas. Seus olhos estavam presos aos meus de uma forma que há muitos anos eu não presenciava. –Me perdoa?

–Você não tem noção do quanto eu desejei que um dia isso acontecesse. Yoongi, eu nunca deixei de te amar e te ter mais uma vez frente a frente comigo é como mergulhar novamente em todos os momentos que passamos juntos. Por tudo isso, e por causa do amor que meu coração só multiplica, eu te perdoo. –Yoongi se colocou de pé, já pronto para matar a saudade de nossos corpos, porém, eu não deixaria tão barato assim. Então, assim que suas mãos circundaram minha cintura, retirei minhas algemas do bolso e o virei, algemando ambas de suas as mãos para trás. –Vamos brincar um pouquinho. –O conduzi em direção a mesa que continha apenas alguns poucos papéis, e o fiz sentar sobre a mesma, me colocando entre suas pernas e dando inicio a um beijo voraz.

Yoongi retribuiu o beijo intensamente, me fazendo sentir como se nunca tivéssemos nos afastado. Como se ainda soubesse a maneira que meus lábios gostavam de ser acariciados pelos seus. Nossas línguas, dançavam em um ritmo perfeito, enquanto minhas unhas passeavam pelo abdômen do mais velho por cima de sua blusa. Assim que separamos o beijo, puxei os cabelos de sua nuca e colei nossas testas.

– O que vai fazer comigo? – Indagou mordendo o lábio em seguida. Me afastei e o respondi enquanto abria os botões superiores de minha blusa social.

– Te farei pagar pelo que fez.

– Ser preso já não é o suficiente? – Riu fraco e continuou me observando desabotoar a blusa lentamente.

– Está sendo preso por ter sido imprudente, não por ter sido infiel. Te farei pagar pelo que fez a mim, não aos outros.

– Se for para te ter de volta, faça o que quiser.

Deixei que a blusa escorregasse por meus braços até cair aos meus pés, ficando apenas com meu sutiã de renda preto, que deixava meus seios um tanto visíveis, meus sapatos e a calça com o coldre que mantinha a arma presa à minha coxa. Tive os olhos sedentos de meu ex namorado, passeando pelo pouco que havia exposto de meu corpo.

– Meu Deus! Você está ainda mais gostosa que antes. – Yoongi umedeceu os lábios – Me deixe tocá-la, sei que você quer.

– Oppa, ainda não entendeu que o castigarei? Você vai apenas observar... e sentir. – Pus minha destra sobre seu membro coberto pela calça, o acariciando. Pude sentir sua excitação que aumentava com meus toques – Quando não estiver aguentando mais e me implorar por misericórdia, – apertei mais forte, ouvindo um leve gemido do mais velho, que pendeu a cabeça para trás – talvez eu seja boazinha com você.

Yoongi era um homem extremamente possessivo e controlador quando se tratava de sexo, sabia que cada segundo que se passava de mãos atadas, era uma tremenda tortura. Mas não só para ele, para mim também. Meu corpo clamava por seus toques rudes, mas meu psicológico necessitava vê-lo daquela maneira, entregue à mim.

Desafivelei meu cinto, o colocando na mesa ao lado de Yoongi, junto da arma. Desci de meus belos saltos médios, para poder retirar minha calça. Assim fiz, ficando apenas de lingerie à frente de Yoongi.

Me aproximei e lhe roubei um beijo necessitado, enquanto tateava sua calça à procura do fecho. Abri assim que o encontrei. O mais velho me ajudou a retirá-la junto de sua boxer, levantando um pouco seu quadril e tirando seus sapatos com os próprios pés.

Nos separei um pouco para ter a chance de finalmente, depois de tanto tempo, admirar o homem que amava. Mordi meu lábio com força, assim que vi sua glande inchada e úmida por seu pré-gozo. Era um convite perfeito para que meus lábios acomodassem seu membro em minha boca, mas não poderia me render tão rápido. Sei que não aguentaria manter esse joguinho por muito tempo, pois, não via a hora de senti-lo dentro de mim novamente.

Sorri e levei minhas mãos às suas coxas, as acariciando próximo à virilha lhe causando arrepios, enquanto Yoongi arfava. Distribuí beijos e chupões por seu pescoço até chegar no lóbulo de sua orelha, onde mordi.

– Precisa me torturar dessa maneira? – Levei minha destra à base de seu membro, a deslizando até sua glande onde friccionei com mais força. Yoongi soltou um gemido inebriante, e pude sentir uma deliciosa sensação em meu baixo ventre.

– Torturar de que maneira? – Mordisquei seu pescoço – Assim? – Repeti o movimento em sua glande, lhe arrancando mais um gemido.

– P-por favor, acho que já me fez pagar o sufici... hmm– Yoongi se interrompeu com seu próprio gemido assim que comecei a masturba-lo.

– Quietinho, senão aperto as algemas ainda mais.

Com minha destra mantinha os movimentos, e com minha canhota, puxava os cabelos do mais velho enquanto abafava seus gemidos com um beijo. Afastei nossos rostos e desci o meu até seu membro. Circundei sua glande com a língua e pude ouvi-lo puxar o ar entre os dentes. Não demorei para introduzi-la em minha boca, a chupando enquanto masturbava a extensão de seu membro.

– Ah, amor... sua boca continua uma delícia! – Yoongi gemia. Parei de repente, e recebi um olhar fulminante do senhor Min, acompanhado de um grunhido.

– Está gemendo alto demais, alguém vai acabar ouvindo.

– Continua, amor, vou me conter. Olha o que você faz comigo! – Yoongi apertava os olhos enquanto eu, o observava “agonizar”.

– Você não é o único aqui que está excitado, querido. – Me virei de costas e pus meu cabelo para o lado, para poder abrir o fecho de meu sutiã.

Olhei por cima do ombro para o rosto de Yoongi, que respirava forte. Sorri e tirei a peça a jogando em qualquer canto. Fui descendo minha calcinha devagar enquanto mexia o quadril de leve, e pude ouvir um “gostosa” bem baixo vindo de Yoongi. Assim que tirei por completo, me virei para ele jogando o pequeno pedaço de pano próximo do mesmo. Fui andando em sua direção sorrindo de lado, enquanto massageava meus seios. Yoongi me fitava com os lábios entreabertos e os olhos fixos em meu busto.

– Você quer tocá-los, amor? – Perguntei em seu ouvido.

– Me solta.

– Não sei se devo. – Ri baixo e chupei o lóbulo de sua orelha.

– Por favor, eu não aguento mais! – O olhei nos olhos e sorri.

– Está bem, mas se me desapontar, te prendo de novo. – Yoongi ergueu uma sobrancelha.

– Já te desapontei na cama alguma vez? – Sorri mordendo o lábio. Fui até minha calça e peguei a chave das algemas, o soltando.

Imediatamente, Yoongi tirou sua regata e desceu, me puxando pela cintura chocando nossos corpos. Não demorou para me fazer deitar na mesa, se deitando sobre mim enquanto me beijava. Seus beijos desceram de meus lábios até meu seio direito, que foi sugado de uma forma nada carinhosa por ele. Arqueei as costas e gemi baixo, assim que senti seus dedos tocarem minha intimidade.

– Pronta pra mim, como sempre. – Riu convencido. Revirei os olhos e sorri como resposta.

Yoongi segurou em seu membro e o roçou em meu clitóris, me fazendo contorcer sob seu corpo e morder o lábio com força para não deixar qualquer gemido escapar.

Tomou meus lábios e posicionou seu membro em minha entrada, me penetrando de uma única vez. Posso afirmar com toda certeza, que gritaria se seus lábios não tivessem me impedido. Cravei minhas unhas em seus ombros assim que o senti começar a se mover dentro de mim.

Arranhava suas costas conforme a velocidade de suas investidas aumentava. Entrelacei minhas pernas em seu quadril, o incentivando a ir cada vez mais fundo, até que Yoongi atingiu meu ponto sensível. Mordi seu ombro para não gemer mais alto do que deveria, enquanto sentia o ar quente de sua respiração ofegante em meu pescoço e seu membro pulsar em meu interior.

As ondas de sensações e sentimentos que Yoongi me proporcionava naquele momento, eram alucinantes. Não haviam palavras para descrever o que era tê-lo novamente; o que era senti-lo novamente. Durante tanto tempo apenas sonhei acordada com esse momento. Momento esse que já havia me conformado de que nunca aconteceria.

Os gemidos de Yoongi, não precisavam ser altos para serem excitantes. Seus cabelos molhados pelo suor e o som de nossos corpos colidindo a cada segundo um contra o outro, era totalmente libidinoso.

Meu interior se contraia anunciando que o orgasmo que apenas Yoongi conseguia me proporcionar, estava próximo.

– Amor... e-eu... – Gemi arrastada após uma forte contração. Amoleci ao sentir os espasmos percorrem por todo meu corpo. Vi um sorriso vitorioso ser esboçado no rosto de Yoongi que após mais algumas investidas, se desfez ainda dentro de mim, soltando um longo gemido rouco.

O mais velho saiu de dentro de mim delicadamente, se deitando de lado no pequeno espaço que sobrava da mesa.

– Não acredito que fizemos isso aqui! – Disse rindo ofegante.

– Não poderia ter sido melhor. – Fitei seu rosto e sorri, o acariciando.

Ficamos um curto período em silêncio, regularizando nossas respirações.

– Você deixará que eles me prendam? – Indagou olhando para o teto.

– Sim. – Respondi, recebendo seu olhar surpreso – A menos que você tenha o dinheiro para pagar a fiança. – Ri e fui acompanhada por Yoongi.

– Sim... eu tenho.

– Então assim que pagar poderá voltar para casa. – Min respirou fundo e se sentou, me puxando para sentar com ele e segurou minhas mãos.

– Me diz que irá para casa comigo, e que vamos ficar juntos pro resto de nossas vidas.

– Isso só depende de você. Estou disposta a lhe dar uma chance, de confiar em você novamente... mas saiba, que se me fizer sofrer uma única vez, nunca mais me verá.

– Eu mudei. Voltei a ser o mesmo Yoongi pelo qual se apaixonou, e vou te provar isso a cada dia que se passar. Nem todo o dinheiro do mundo é capaz de tampar o buraco em meu peito causado pela sua ausência. – Levou sua mão até meu rosto, onde acariciou levemente – Eu te amo.

– Eu também te amo. – Sorri e selei nossos lábios.

Não acredito que haja um limite para o perdão, quando o assunto é sentimento. Eu tinha noção do que Yoongi fez comigo, e viveria com isso para o resto da vida. Mas viver sem ele era muito mais doloroso. Estava disposta a tê-lo de volta, mesmo que me machucasse novamente. Não acredito que isso aconteceria, pois, depois desses anos amargurados, Yoongi percebeu que o dinheiro não é tão valioso ao ponto de ser o suficiente para substituir o amor que sentíamos um pelo outro.