História Apocalipse - Saidinha

Alex e Piper estavam na sala do diretor, procurando pelo contato da Dra. Wright, nas fichas de funcionários.

- Tem que haver, em algum lugar por aqui. - Piper dizia. - Por que você não está me ajudando, Al? - Olhou pra morena, que estava encostada na porta fechada, de braços cruzados.

- Desculpa. Eu me distraí, te olhando. - Sorriu, se aproximando. Piper sorriu também, deixando os papéis em cima da mesa, esquecendo-se completamente, o que estava fazendo.

- E me olhar, é tão interessante, assim? - Perguntou, ficando em frente a mesa.

- Pra mim, é. Você toda concentrada, nesses papéis. Vestindo esse jaleco branco. - A abraçou pela cintura.

- Eu vesti ele, porque está muito frio.

- Ele cai tão bem, em você. Oh... Você está com frio? - Piper assentiu, envolvendo seu pescoço, com os braços puxando -a para um beijo.

Começaram suavemente, ele foi ganhando mais intensidade com o decorrer dos minutos. Mas, pra elas, o tempo não passava. As mãos começaram a se mover. As da Alex apertavam a cintura da loira, que mantinha uma das mãos em sua nuca e a outra em seu ombro. Alex a levantou um pouco, colocando-a sentada na mesa. Piper abriu as pernas, pra que a morena ficasse ali.

E prosseguiram com os beijos quentes, de perder o fôlego. Logo, elas já estavam se despindo. Piper tirou o jaleco e Alex a jaqueta, que vestia. As mãos da morena, entraram por debaixo da blusa da Piper, alisando sua barriga, enquanto sua boca desceu pro pescoço dela. Piper inclinou o corpo pra trás e apoiou uma mão na mesa, se mantendo firme. Suas pernas se cruzaram atrás da cintura da Alex, prendendo-a bem próxima.

As mãos da morena subiram pro seus seios e os apertaram por cima do sutiã. Piper fechou os olhos, jogando a cabeça pra trás. Deitou mais ainda, o corpo, ficando com o cotovelo apoiado na mesa. Sentiu uma mordidinha no pescoço, e os dedos da Alex, tentando abrir o botão da sua calça. Mas, acabou se desconcentrando.

- Hm... Você... Ouviu esse barulho? - Perguntou, olhando para a porta, intrigada.

- An...? - Alex ainda, estava com os sentidos voltados pros beijos, que distribuía no pescoço da loira. Mas, afastou o rosto dali, pra abrir o botão da calça dela, que estava lhe dando trabalho.

- Eu ouvi, alguma coisa. - A loira garantiu.

- Relaxa. - Olhou pra Piper. Ela estava com o olhar fixo, na porta. A morena olhou pra lá, também. - Devem ser Nicky e Lorna, xeretando. Ou o Z, nos procurando. Vamos apenas continuar. - Disse lhe beijando, depois de finalmente abrir o botão e o zíper.

- Alex... - Riu um pouco. - Não. Depois, terminamos isso. Eu preciso encontrar a ficha da Dra. Wright, logo. Ela é a nossa esperança, de não precisar fugir do gás. Estando vivas, teremos bastante tempo, pra isso. - Fez um gesto com o dedo, apontando de uma pra outra.

- Você jura? - Alex apertou suas coxas, delicadamente, sorrindo.

- Sim. Quero tanto quanto você. - Sorriu, empurrando-a de leve, para descer da mesa e fechar o botão da calça.

- Eu acho que eu quero, bem mais do que você. - Se encostou na mesa, suspirando.

Piper lhe encarou. Entendeu o duplo sentido, mas levou a frase pro sentido em que falava. Queria que as duas ficassem juntas. Sentiu culpa, pois de acordo com o que planejava, Alex podia ter razão. Ela queria mais. Começou a pensar em falar com ela, sobre o que estava se passando, em sua cabeça.

- Okay. Agora, eu ouvi alguma coisa. - Alex olhava pro teto. - Será, que tem ratos zumbis, agora? - Piper também olhou, preocupada.

- Eu odeio ratos. - A loira voltou a procurar, as informações que queria, nos papéis em cima da mesa.

Alex ficou intrigada, com aqueles barulhos, no teto. Ficou bem atenta, andando de um lado pro outro. Porém, não ouviu mais nada.

- Achei! - A loira avisou, depois de uns minutos. Sacudiu a folha, sorrindo. Alex deixou de lado, os supostos ratos e foi comemorar com a loira.

- Então, vamos levar pra Nicky. Ela envia um e-mail. - Pegou sua jaqueta de cima da mesa. - Aí, é só torcer pra Dra. ver e responder, logo.

- Podíamos tentar ligar, primeiro. - Piper pegou seu jaleco, também. Alex assentiu.

- Nós nem vamos testar? Já enviamos, logo? - Piper a encarou rapidamente.

- Sim. Não vamos testar. - Caminhou até a porta.

As duas saíram da sala, olhando ao redor, para ver se o Z estava por ali. Mas, não estava. E o barulho, havia sido no teto. Alex estava convicta. A partir dali, ficaria bem atenta.

Foram direto pro laboratório, que havia se tornado o quarto.

- Encontramos! - Piper sorriu, balançando o papel. Lorna bateu palmas, contente. Nicky pegou o notebook, de dentro da sua mochila. E também, o seu celular.

- Vocês, em algum momento, foram até lá, nos procurar? - Alex perguntou pra elas, vendo Z dormindo no canto.

- Não. Por que? - Lorna lhe encarou.

- Ouvimos uns barulhos. - Explicou. - Mas, devem ser apenas ratos.

- E provavelmente, ratos zumbis. - Piper disse com cara de medo.

- Credo. - Lorna disse, sentando-se perto da Nicky em seus colchões. Alex riu das expressões das duas.

- Tá. Esqueçam os ratos. - Nicky chamou a atenção delas. - Vamos tentar ligar pra Dra.

- Alguém aqui, está ansiosa. - Alex brincou.

- Ah... Eu estou, sim. Morrendo de medo, de morrer. - Entregou o celular a Piper.

A loira discou o número e ligou. Nem chamava. Era esperado. Sacudiu a cabeça negativamente, pras outras três, desligando o aparelho.

- Então, tem que ser pelo e-mail, mesmo. - Nicky ligou o notebook e elas enviaram alguns e-mails pra Dra. Wright. - Que essa mulher veja, logo. Não aguento mais a sensação, de que ficaremos presas aqui.

- Não iremos.

- Você tem um plano? - Perguntou a Alex. - O caminho que teremos que percorrer, pra chegar no portão, está entupido de zumbis. E junto deles, aquele zumbi gigante. E o portão está fechado.

- Eles vão abrir. De qualquer forma, a gente arruma outra saída. Mas, não morremos por esse gás. Isso eu garanto. - Alex a tranquilizou.

- Pra onde estão indo? - Lorna perguntou vendo Nicky e Alex saindo da sala, bem armadas. Coçou os olhos, se sentando no colchão.

- Lá pra baixo. - Nicky disse, sem olha -la. Lorna estranhou. Piper ainda estava dormindo, abraçada ao Z.

- Pra que? Está cedo, não?

- Lor... - Nicky se abaixou, perto dela. - Vamos treinar. Alex está transformando essa mão, aqui... - Mostrou a mão a ela. - Em uma arma fatal.

- Vocês estão pegando leve, não é? - Olhava de uma pra outra. Elas confirmaram. - Acho bom. Aproveitem e preparem o nosso café da manhã. - Disse voltando a se deitar no colchão. Imitaria a Piper.

- Claro. Nós chamaremos vocês, quando estiver pronto. - Saiu com a Alex. Elas caminharam caladas, até o fim do corredor.

- Vamos pegar a sua serra. Aí corremos, para aquela lojinha. - Alex dizia o plano. - Cinco minutos lá, hein. Já sabe o que vai pegar?

- Não. Mas... Eu sou rápida com essas coisas. Garanto.

- Tá. Depois de lá, cortamos e trazemos aquela árvore pra dentro.

- Sim. - Sorriu nervosa.

- Vai dar tudo certo. - Piscou.

- Claro. Quando chegarmos aqui, faremos o café das madames e fica tudo certo. - Chegaram a sala onde estava a serra elétrica da Nicky. Ela pegou e elas seguiram pra porta dos fundos, rapidamente. - Que adrenalina. - Alex olhou pra ela e deu risada. - Que foi?

- Você está engraçada. Tá com medo dos zumbis, ou da Lorna descobrir?

- Os dois. Lorna odeia mentiras. E eu tenho medo, desses zumbis.

- Ah... Relaxa. Mentiu, por um bom motivo. Depois explicaremos, pra elas. Já os zumbis são moleza. Você consegue. - Estendeu a mão pra ela tocar. - Vamos, lá? - Tocou na maçaneta da porta de saída.

- Sim. Vamos.

Alex abriu e elas saíram, fechando em seguida. Não haviam zumbis ali fora. Começaram a caminhar, atentamente. Passaram pelo carro. Havia bastante neve, em cima dele. Seguiram, de forma rápida. Então, virão zumbis. Eram os lerdos. Deram uma corridinha, pra se afastar. Naquele ritmo, viraram a rua, em dois minutos. Logo, estavam na rua da lojinha, que avistaram do terraço.

Alex e Nicky iam ter que enfrentar alguns zumbis, pra conseguir entrar lá. E eles começaram a vim, em sua direção. Não conseguiam contar, quantos eram. Alex atirava, nos mais próximos. Usava sua pistola com silenciador. Recarregou a arma. Assistindo Nicky usar a serra elétrica em um zumbi. Ela deu uma corridinha na direção do zumbi altão, e foi com a serra, diretamente em sua cabeça, perfurando a testa. Alex se aproximou dela, sorrindo.

Depois de instantes, derrubaram todos os zumbis e se aproximaram da lojinha. Logicamente, estava trancada. Arrombaram e entraram. Havia muita coisa ali. Era uma loja de utilidades. Vendiam, de bijuterias até colheres.

- Se liga, naquela faca, Vause. Quero ela. - Nicky disse. Alex foi pegar a faca artesanal. Pegou duas. Eram lindas. - E... Parece que não precisaremos mais, daquela árvore. Tem árvore de natal, aqui. Olha... - Apontou. Eram pequenas mas, serviriam bem.

Andaram um pouco, passando de prateleira em prateleira. Nicky logo avistou o que levaria. Alex demorou um pouco mais de tempo, pra decidir. Elas chegaram a porta, encarando os presentes. Alex ainda levava a árvore de Natal e as facas.

- Bem que podíamos embrulhar, né? - Nicky olhou pro presente.

- É. Já estamos aqui mesmo. - Alex disse, olhando o movimento na rua. Estava vazia. Voltou pra dentro da loja. Foi até o balcão, saltou pra parte de dentro, procurando por papel presente. Devia ter.

Aquela foi a parte demorada, daquela missão. A morena encontrou e elas ficaram escolhendo o melhor. Então, fizeram um embrulho bem caprichado. E ao olhar pro lado, viram cartões. Se entreolharam sorrindo. Alex abaixou novamente e pegou uma caneta, escolheu um cartão, em seguida. Nisso, perderam a noção do tempo, até ouvirem passos na rua. Alex pulou pro lado de fora do balcão. Se aproximou da porta, com a arma em punho. Espreitou lá fora.

- E aí? - Nicky perguntou.

- Nah... São só dois. - Voltou pra pegar seu cartão, o presente da Piper, a árvore e as facas, de cima do balcão. - Porra. - Olhou pra sua situação. Nicky riu, guardando o presente, dentro do bolso, em seguida segurando sua serra elétrica. Alex deixou tudo ali e foi lá fora. Atirou nos zumbis e voltou. - Pronto. Agora, vamos.

Elas seguiram pelo mesmo caminho, que vieram. Tiveram que enfrentar poucos zumbis. Até entrar na Universidade e fechar a porta. Não deram bobeira por ali, sabiam que haviam demorado. Foram direto pra sala, onde preparariam a pequena celebração.