História Apocalypse (Em Revisão) - The Dictador

Taeyang estava sentado no banco do passageiro da pick-up que haviam acabado de pegar de um grupo de estranhos.

Fazia alguns dias que eles o observavam, eram apenas um bando de caras com armas de que não precisavam.

— Peço permissão para fazer uma pergunta senhor. — Falou Namjoon.

— Permissão concedida.

— Senhor, continuo achando que devíamos tê-los matado.  

— Você mesmo os viu. São apenas um bando de viadinhos. Não sei como sobreviveram tanto nesse mundo.

— Mas senhor, talvez eles sejam parte de um grupo maior. Ali poderia ser apenas um posto de vigia ou algo assim.

— Você mandou os caras verificarem toda a circunferência num raio de cinco quilômetros, não mandou?

— Sim, senhor.

— E havia alguma coisa? — Taeyang ergueu uma sobrancelha.

— Não, senhor.

— Se houvesse um grupo maior ele estaria perto, para que eles pudessem buscar ajuda quando necessário ou avisar de algum perigo. Não há logica colocar um posto de vigia a mais de cinco quilômetros da sede.

— Mas o senhor mesmo tem postos de vigia a mais de 30 quilômetros do QG. 

— Nosso exército é diferente, afinal, somos um exército.

Namjoon se calou.
Seguiram em silêncio até chegar a base do QG, onde deixaram as coisas que haviam pego do grupo de estranhos.

Taeyang então, seguiu para seus aposentos.
Deitou-se na cama e ficou encarando o teto.
Logo memórias começaram a invadir sua mente.

Memórias de quando o mundo não era cheio de mortos.
Um mundo onde ainda tinha seu irmão.

Mesmo com as brigas, discussões e todo o resto, ele sentia falta do irmão.
Taeyang se lembrava de ser agressivo as vezes com o irmão, quando ele era mais novo.
Lembrava-se das surras que dava no menor por ele ter feito algo que Taeyang via como errado. Embora na maioria das vezes Taeyang era quem estava errado e colocava toda a culpa no irmão.

Perderam seus pais muito cedo e Taeyang por ser o mais velho se tornara responsável pelo irmão.
Embora o pai de ambos ainda estivesse vivo na época, ter aquele homem como pai e nada eram a mesma coisa.
Era Taeyang quem tinha que cuidar da casa e do irmão. Ele era quem tinha que cuidar de manter tudo em ordem. Garantir que seu irmão sempre estive bem vestido, alimentado e que fosse pra escola.
E aquilo era um fardo gigantesco para o jovem.
Um fardo que ele não queria carregar.

Com o passar do tempo Taeyang começou a usar drogas e a se tornar muito mais violento com o irmão.
Tornara-se descuido e o pai o culpava por tudo o que acontecia.
E Taeyang usava as drogas para tentar esquecer um pouco os problemas da casa, mas não era suficiente. Nunca era.
E então seu irmão chegava da escola, e ele batia no menor.
Descontava toda a sua raiva e frustação em socos e pontapés no menor.

E o que o pai de ambos fazia? Absolutamente nada, ele quase nunca estava em casa pra presenciar as cenas de agressão, e mesmo que estivesse, provavelmente não daria a mínima.

Taeyang sacudiu a cabeça tentando afastar aquelas memorias de sua cabeça.
Então alguém começou a bater na porta.

— Entre.

Era Namjoon seu braço direito, e General de Exército.

— Senhor, os soldados que mandou para o leste retornaram e trouxeram notícias.   

— Onde eles estão?

— No pátio, senhor.

— Vamos.

Taeyang saiu porta a fora com Namjoon na sua cola.
Desceram alguns lances de escada e passaram por alguns corredores até chegarem ao pátio.
Os aposentos de Taeyang eram no último andar do prédio, de onde ele podia ter uma visão de todo o pátio e um pouco mais além.

Ao chegar ao pátio, haviam uma fileira de quinze homens, com um moreno pálido a frente dos outros catorze.
Era o Leeteuk, um dos Primeiros-Sargentos de Taeyang. 

Quando Taeyang se aproximou todos os presentes no pátio se ajoelharam e abaixaram a cabeça.

— Alto! — Falou Taeyang e todos se levantaram.

Ele deu alguns passos e ficou frente a frente com Leeteuk.

— Relatório da missão sargento. — Falou o Ditador dirigindo-se ao Primeiro-Sargento a sua frente.

— Depois de muitas buscas senhor encontramos um grupo a cerca de 120km daqui, inicialmente composto por sete homens em uma clareira no meio da mata fechada e próximo a um penhasco. São todos de aparência asiática e sempre estavam portando armas. Eles possuem vários tipos de armas e parecem ter bastante munição. Depois de alguns dias um pequeno grupo de três homens apareceu e com eles um dos membros desse grupo, era um garoto, expressão infantil e que sempre andava com outro, que tomei como o sniper, um rapaz alto e magro, com uma mochila sempre nas costas, embora não conseguimos ver seu conteúdo, e um M-16 sempre a tiracolo; quando o garoto foi embora com os outros, o sniper saiu pela mata e não voltou mais. O que tomei como sendo o líder, um homem alto e orelhudo foi atrás do sniper e voltou algum tempo depois sozinho. Restando então, apenas cinco membros. Um dos membros parece estar em algum tipo de relacionamento amoroso com o líder, já que o vimos se beijando. Aparentemente, um dos membros, um moreno baixinho, vem apresentando sintomas de gestação e dado o fato de ele dormir na mesma barraca com outro homem e de o Kangin ter dito vê-los se beijando, comprova a nossa teoria. Em resumo, o grupo está abalado com a saído do garoto, e estão mais fracos, dado o fato de o sniper ter desaparecido. Fizemos uma busca pelo sniper, porém não o encontramos, o que nós fez levantar três hipóteses: 1ª: ele foi morto por zumbis; 2ª: ele foi embora de vez; 3ª: ele foi em busca do jovem com quem sempre andava. Como estamos em maior número de soldados e armas, creio que não haverá nenhum problema em ataca-los e dada a situação em que se encontram, uma rendição seria inevitável.

— Descansar. — Falou Taeyang depois de alguns segundos após Leeteuk concluir o relatório da missão. — Namjoon!

O General logo se posicionou ao lado do Ditador.

— Quero que comece a preparar 100 de nossos homens. Não precisa necessariamente ser os melhores, porém certifique-se de que todos saibam manusear um rifle ou pistola com maestria. Prepare também os carros para leva-los. Deixe tudo pronto. Em exatamente uma semana a contar de amanhã, nós iremos até esse grupo.

— Pretende executa-los senhor? — Perguntou Namjoon olhando para o homem a sua frente que sorria maliciosamente.

— Só se eles tentarem resistir.

— O que pretende fazer a respeito do sniper desaparecido?

— Se esse sniper for quem eu estou pensando que é, ele não foi embora, está apenas se escondendo. E no momento que atacarmos o acampamento ele irá aparecer. E então a minha festa irá começar.