História Apology - Imagine Bobby - Sedative

Sabe quando a vida resolve fazer um incrível filme dos melhores momentos e tudo fica em câmera lenta? Então, foi assim que me senti quando vi Jiwon se sentar a mesa conosco, vi Mino voar em seu pescoço e começar a socar sua cara, ele realmente parecia uma fera selvagem totalmente fora de si, ninguém consegui segura-lo.

Bem e eu? Só ficava li observando tudo, chorando sem poder fazer nada, vendo Bobby com o rosto todo machucado, a cara de assombro das pessoas ao nosso redor, os meninos tentando tirar Minho de cima do Bobby, mas, era vão, Bobby estava quase inconsciente, seria um milagre se ele sobrevivesse.

Isso tudo por minha causa?

Acordei dos meus devaneios, quando senti a mão de Mino segurar a minha com força por de baixo da mesa, olhei em seus olhos e constatei que se eu não fizesse nada, toda essa minha alucinação iria se tornar realidade.

– O que foi gente? Pararam de falar só porque cheguei? Estou me sentindo um intruso agora – Fingiu estar magoado, até mesmo fez biquinho.

– O que você esta fazendo aqui Bobby? – Junhoe disse seco para o mais velho assustado.

– Não é obvio? Vim jantar também, ainda bem que me convidaram, eu estava morrendo de fome – Sorriu sínico.

– Jiwon, por favor, sai daqui, não vê que está estragando o clima? – Mino disse impaciente, já bagunçando os cabelos.

– E quem vai me tirar daqui? Você?

Mino se levantou depressa e eu lhe segurei pelo braço, fazendo se sentar de novo.

– Mino, não faz nada, por favor, ok? – Sussurrei passando uma calma que não tinha no momento.

– Escuta sua garotinha, Mino hyung – Jiwon disse debochado.

Vi Jinhwan atender o celular e sussurrar “ele está aqui com a gente” para alguém, deduzi ser ou Donghyuk ou Hanbin, que acabaram ficando para acalma-lo, o que obviamente não deu certo.

Senti olhares sobre mim e assim que me virei, vi que Bobby me encarava freneticamente, nem ao menos piscar ele estava. Acabei ficando desconfortável e abaixei a cabeça praguejando.

Ouvi seu riso e em seguida suas mãos apertarem as minhas por cima da mesa.

– O que foi _____? Ficou sem jeito porque o oppa ‘tava te olhando? – Perguntou convencido, acariciando minha mão com seu polegar.

– Bobby-ah, deixa ela quieta, por favor, não vamos discutir outra vez, estamos em publico – Jinhwan disse lhe apontando os hashis que usava para mexer o tteokbokki.

– Esse é o problema, ela está quieta demais, não disse nada até agora – Disse aproximando seu rosto do meu – Nem ao menos me xingar ela fez uh? Ora, vamos lá ______, cadê seus modos? Seus pais não lhe disseram que era feio ignorar os outros quando falavam com você? – Perguntou tirando uma mecha de cabelo do meu rosto.

– Acontece que ela não quer falar com você, ou ‘tá difícil pra você entender? – Questionou Mino, puxando minha cadeira mais para o seu lado.

– Estou falando com ela, não com você. Já percebeu que você se intromete demais no que não é da sua conta?

– Se você não agisse como um imbecil eu não teria me intrometido nessa historia – Respondeu Mino lhe apontando o dedo.

– Quem você pensa que é pra falar assim comigo? – Bobby aumentou a voz, levantando de sua cadeira.

– Antes de tudo, sou seu hyung e sunbae, e pelo que saiba você me deve respeito, coisa que você não tem feito ultimamente – E quem eu sou? Eu sou alguém que se preocupa com a ______ que ficou ao lado dela enquanto você andava por ai pegando todas da empresa, enquanto dizia que a amava e que iria ficar com ela.

– O que? – Bobby perguntou me olhando – ______ e-eu posso explicar – Me olhou desesperando quando viu que eu estava me levantando.

– Explicar? Explicar que você é...

– Mino, vamos embora, por favor, eu estou cansada – Pedi tentando não gaguejar.

– Me desculpa bae, vamos – Minho se levantou, colocando seu casaco e sua mascara me dando a mão logo em seguida.

– Não, não! A ______ fica – Gritou Bobby – ______-ah, por favor, me escute eu não...

– Não o que? – O interrompi pela primeira vez na noite – Não sabia que eu tinha visto? Achou que ainda poderia me fazer de trouxa? Ou que eu estava de evitando de graça? – Disse enfiando meu dedo em seu peito – Pouco me importa agora, eu só não quero mais falar com você Jiwon, me esquece, me deixe em paz – Disse com a voz embargada – Vamos Mino.

Quando saímos do restaurante, vi Hanbin e Donghyuk correndo em nossa direção e pela maneira que eles me olharam sabia que minha cara estava péssima e que indicava que o clima estava péssimo.

– ______ o que aconteceu? – Perguntou Hanbin preocupado.

– Aconteceu Bobby Kim, isso que aconteceu – Mino lhe respondeu nervoso.

– ______ você ‘tá bem? – Perguntou Donghyuk sorrindo para mim.

– 'To bem... É sério 'to bem mesmo... – Respondi com os olhos marejados – Só preciso descansar.

– Não fica assim ok? Vai ficar tudo bem – Respondeu Hanbin e Donghyuk me abraçou.

– hyung, leva ela ‘pro hotel ok? – Falou Donghyuk e Mino assentiu e fomos andando até um ponto de taxi. O caminho todo até o hotel foi silencioso, eu não dizia nada e Mino pareceu compreender que aquele não era um bom momento pra conversar.

xXx

Em frente ao meu quarto, Mino segurou minha mão e com o polegar acariciou minha pele, olhou para mim e sorriu triste, apesar de ter uma personalidade forte em cima do palco, Mino era um doce de pessoa, uma pessoa que demonstrava preocupação comigo, e além de tudo carinhoso.

– Desculpe por hoje, eu não sabia que isso tudo iria acontecer, que ele iria se comportar daquele jeito, me desculpe mesmo – Sussurrou me abraçando.

– Você não tem culpa de nada, ele que foi arrogante, egocêntrico... Não entendo como alguém pode ter mudado tanto – Disse seria procurando minhas chaves

– Às vezes ele ficou assim porque perdeu você, e esse foi o único jeito dele suprir a sua falta – Deu de ombros.

– Pra quem estava querendo bater nele há uma hora, você esta me saindo um ótimo advogado de defesa – Ri dele tentando descontrair.

– Não sou advogado, e nem defendo ele, longe disso, o que quero dizer é que se eu tivesse perdido a garota que eu amo eu ficaria abalado demais, não que eu fosse agir que nem um idiota igual ele, mas eu ficaria sem rumo sabe... Enfim não vamos falar mais disso né? – Sorriu e acariciou minha bochecha.

– Você esta certo... Bem eu preciso entrar e descansar um pouco, amanhã é um grande dia – ri abobalhada. 

– Amanhã? Vai fazer o que, pegar a mochila e a câmera, colocar um chapéu de pescador, camisa havaiana e vai sair por ai tirando fotos é? – Riu divertido.

– Não seu besta, vou trabalhar, acha que eu tenho essa banca toda, de viajar quando quiser? – Revirei os olhos dando um soquinho dele leve no seu ombro

– Trabalhar? Onde? – Arqueou a sobrancelha sorrindo sinico – Pintor de rodapé não precisa de câmeras.

– Eita, esqueci – Disse sem graça ignorando sua piadinha – Vou ser um das fotografas do concert da YGE – Sorri amarelo fazendo bico.

– VOCÊ O QUE? E NÃO ME CONTOU POR QUÊ? – Perguntou surpreso.

– Por que eu esqueci, desculpa – Cocei a nuca envergonhada por ter esquecido de contar algo assim para Mino.

– Aish, só você mesmo pra fazer essas coisas... Então amanhã nos vemos ok? – Disse já de costas pra mim.

– Espera, Mino! – Gritei indo ao seu encontro – Por favor, não diga nada a ninguém ok? – Pedi fazendo aegyo.

– ‘Tá eu não digo nada, ok? – Respondeu cumplice beijando minha cabeça.

– Ok! – Rimos e em seguida ele foi embora.

Fui em direção a minha cama me sentando lá e respirando fundo, aos poucos as lembranças daquele dia veio em minha mente. Como alguém podia mudar tanto? Ele não é mais o cara por quem eu me apaixonei, ele é como se fosse um personagem.

Talvez Mino esteja certo não é? Ou talvez Jiwon esteja só mostrando que ele realmente é.

Jogo-me na cama e estava prestes a dormir com aquelas roupas mesmo, mas sou interrompida por o barulho de mensagem no celular, pego aparelho esquecido em minha jaqueta e vejo que se trata de uma mensagem de um numero sem desconhecido.

Numero desconhecido:

Só queria dizer que sinto sua falta.

Fiquei encarando aquela mensagem, sem saber de quem seria provavelmente era de alguém que confundiu meu numero. Dei de ombros e fui dormir, pois o dia seria puxado.

xXx

Acordei com o despertador tocando, quando que diabos coloquei isso pra tocar?

Peguei o celular e vi tinhas varias mensagens do Mino, li algumas por alto, a maioria só queria saber se eu estava bem, e que horas chegaria ao Domo.

Depois de respondê-lo decidi sair do hotel, a procura de um lugar para tomar café mais próximo. Assim que fui andando encontrei uma cafeteria chamada Mojo Coffee e fiquei encantada com o lugar, era simplesmente maravilhoso e não estava lotado.

Resolvi fazer meu pedido, morrendo de medo já, mas a atendente era muito gentil e por sorte ela falava inglês fluente.

Peguei meu dos muffins – um de chocolate e um de banana, só pra me lembrar de casa –, e me sentei em uma mesa mais afastada, mas que tinha visão pra quase toda a cafeteria, menos das mesas perto de uma escada.

Estava tudo indo bem, quando comecei a me sentir desconfortável, me sentindo observada. Olhei para todos os lugares, tentando achar alguém e não achei nada, achei que fosse algo da minha cabeça, mas a sensação voltou novamente.

Olhei mais para frente, e vi que tinha uma pessoa – aparentemente um homem – usando um boné, mascara e óculos.

Resolvi ignorar e terminar meu café pra sair logo dali. Muitos tinham me alertado que Japão era um país cheio de pervertidos. Me apavorei mais ainda, ao lembrar da novela que minha vó via, Salve Jorge e o filme Busca Implacável, pensando que poderia ser um turco nojento querendo me levar.

Paguei minha conta o mais rápido que pude e sai apressada me enfiando na primeira rua que vi. Azar o meu, ter me enfiado em uma rua completamente vazia.

Senti alguém segurar meu braço e pulei já pedindo clemencia em todas as línguas que conhecia.

– Hey, calma, sou eu. Precisamos conversar – Disse alguém como uma voz abafada, me arrastando.

– E-eu quem? – Perguntei assustada já sentindo meus olhos aderem por contas das lagrimas que segurava, se eu fosse morrer que eu morresse não chorando.

– Ya, ______ – Ele sabe meu nome Jesus – Quem mais seria? – Disse abaixando um pedaço da máscara e tirando seus óculos – Precisamos conversar, pode ser em outro lugar? Não publico?

– PABO, QUER ME MATAR UH? FILHA DA PUTA – Exclamei em misturando o português com o coreano e quanto ele ria – Aish, vamos para o hotel que eu estou hospedada – Disse me soltando dos seus braços.

Andamos por mais alguns quarteirões até chegarmos ao hotel. Subimos até meu quarto conversando sobre trivialidades, e assim que destravei a porta, ele entrou rápido e tirou a mascara e os óculos.

– Desculpe por te assustado você, noona – Disse me abraçando – Eu não queria falar com você desse jeito, mas a rua esta lotada de fãs, miane – Disse sentando na cama me fazendo sentar ao seu lado – Enfim, eu queria dizer pra você, que depois que você foi embora ontem a coisa ficou bem feias.

– Como assim Chanwoo?

– O Bobby hyung surtou – Ele disse passando as mãos no cabelo – Teve uma crise ou sabe-se lá deus o que – Ele só não quebrou o restaurante todo por que os hyungs o tiraram de lá. Hoje ele provavelmente estaria na capa de uma revista com destaque na primeira capa.

– Chanwoo, eu não quero saber – Disse me levantando indo em direção à minha mala – Por que esta me falando isso, uh? Foi ele que mandou você vir aqui, pra eu ficar com dó dele?

– Os hyungs nem sabem que estou aqui noona, pedi ajuda pra um staff pra sair – Ele veio ao meu encontro me segurando pelos ombros fazendo o olhar – O que quero dizer é que muita coisa mudou durante esses seis meses, Bobby hyung não é mais o mesmo, ele esta infeliz ______ desde aquela noite. Ele não sorri como antes, ou fala com a gente como antes, é como se ele estivesse sendo forçado, eu não consigo ficar com ele sozinho mais que cinco minutos que já me apavoro – Chanwoo sorri triste ao terminar de falar – Até mesmo sua omma e o hyung dele perceberam que tem algo errado, Bobby hyung não é assim, mesmo que eu esteja com o iKon a pouco tempo, eu sei disso e eu e nem ninguém gostamos desse novo Jiwon.

– Ele nunca foi um novo Bobby para mim, Chanu-ya ele sempre foi assim, eu que custei a crer nisso – Suspirei me afastando – Além do mais que sou eu na fila do pão, não? Ele tem a Jinny agora, aposto que ela o faz voltar rapidinho.

– ______, esse namoro é pura fachada. Antes de te conhecer os dois haviam saído algumas vezes e nada mais que isso, mas ai o hyung te conheceu e não queria saber mais de nada e ela ficava atrás dele em todo lugar, ligando pra todos do grupo, indo no nosso dormitório, até mesmo disse pra omma dele que os dois iriam se casar. Ai quando ela viu que ele não queria saber dela, ela fez audição e “passou” na YGE, com muitas aspas, o tio dela é alguém realmente influente e com isso, nasceu esse namoro doido que ninguém esperava.

– Isso não explica porque dele estar com ela na academia da empresa Chanwoo – Disse exasperada – Infernos, eles estavam transando na academia enquanto eu estava esperando por ele feito idiota – Me joguei na cama tremula me segurando para não chorar.

– Isso eu não sei te dizer, você teria que perguntar para ele, mas, se eu estou certo de uma coisa, é que ele te ama demais, e só esta te tratando assim porque ele tá amargurado porque você o deixou e está com o Minho-sunbaenim...  – Chanwoo é interrompido pelo celular tocando – É melhor eu ir, parece que os hyungs já perceberam. Espero que o efeito do remédio tenha passado – Sussurrou a ultima parte.

– Remédio?

– Para acalmar o hyung, tiveram que dopa-lo, como eu disse, ele não estava nada bem – Disse triste indo até a porta – É melhor eu ir indo, tchau ______ noona.

– Tchau Chanwoo.

“Bobby hyung surtou...”

“... Ele esta infeliz______...”

“... Ele não sorri como antes...”

“... Se eu estou certo de uma coisa, é que ele te ama demais, e só esta te tratando assim porque ele tá amargurado porque você o deixou e está com o Minho-sunbaenim...”

Só de lembrar dos olhar do Bobby quando viu Minho e eu de mãos dadas, me doeu o coração.

Não. Não vou cair nessa de novo.

Tudo que Chanwoo disse ficou em minha mente a tarda toda me deixando desconcentrada e pra baixo.

xXx

Enquanto estava na van a caminho do Tokyo Dome, pude ver fãs de todos os tipos, desde as mais simples, até mesmo as mais estilosas e as que faziam cosplay dos idols. Havia uma quantidade absurda de V.I.P’s, mas ainda tinha bastante iKONics, Inner Circle’s e Blink’s e com certeza se eu não tivesse que trabalhar me juntaria a elas.

Já dentro do Domo em um dos corredores, vi alguns outros fotógrafos trabalhando, tirando fotos de alguns idols pra lá e pra cá, dos dancers e alguns fazendo filmagens para o DVD.

Pulei assim que senti uma mão em meu ombro quando ajeitava minha câmera.

– Calma ______-sshi, assim vai acabar tendo um ataque do coração – Riu Seunghoon sentando ao meu lado.

– Se não me assustasse desse jeito eu não correria o risco de morte – Respirei fundo tentando me acalmar enquanto Hoon dava risada.

– Mas me diga o que você está fazendo aqui?

– Vou trabalhar ao que parece – Apontei para as câmeras rindo dele.

– Você vai ser umas das fotografas? – Perguntou curioso – Posse te requisitar como fotografa particular?

– Loucura não? – Sorri me sentando no chão a sua frente, preparando umas das lentes da minha Nikon D810 – Até agora não sei como me contrataram, cara, sabe existe milhares de fotógrafos melhores e mais conhecidos que eu. Dá própria empresa até.

– Alguém deve ter te recomendado, não sei – Deu de ombros se levantando – Deixa eu ir, que ainda tenho que me arrumar, dei só uma fugidinha, nos vemos mais trade – Me abraçou e saiu correndo para se arrumar.

Continuei andando até um staff coreano vir me dar as instruções, dizendo que eu tinha que ir aos camarins e “fazer meu trabalho”, mas era encarregada principalmente do Winner e do Epik High, mas que se encontrasse algum idol pelo caminho, deveria tirar fotos dele.

Fui direto ao camarim do Epik High, fazer o meu trabalho como disse o staff. Eles foram super gentis e brincalhões quando viram que eu estava bem nervosa. Haru então nem se fale, ela era toda fofa e educada, chegou perguntando por que eu era diferente dos outros fotógrafos, por conta da minha pele mais corada e meus olhos mais abertos. Tablo que ‘tava por perto deu risada e disse era para ela me deixar trabalhar, meio contra a vontade Haru foi até o pai perguntando a mesma coisa o que me fez dar risada e seguir à diante.

Já na frente do camarim do Winner, pude ver Jinwoo andando de um lado para o outro nervoso, pelo que soube – por Mino, ele parecia àquelas vizinhas fofoqueiras – Jinwoo faria um dueto com o Seungri, por isso anda extremamente nervoso. Quando se virou e me viu exclamou um “Oh” surpreso e entrou, não entendi bulhufas. Mas logo em seguida, Mino saiu de lá de dentro usando uma regata preta colada – aqueles que eles usam por de baixo das camisas, para não mostrar demais –, junto de uma calça preta também justa, e os cabelos todos para cima, dando um ar sexy.

Mino se aproximou rindo e eu? Continuei só encarando ele.

– Se continuar me encarando assim, vou achar que está apaixonada por mim – Riu divertido piscando para mim.

– Muito engraçado você em Minho – Respondi debochada, ajeitando minha câmera.

– Ser engraçado é meu charme – Disse convencido enquanto me abraçando e me beijando na bochecha.

– A com certeza, inclusive, conheço um circo que ‘tá precisando de palhaço novo, devia se candidatar, quem sabe uh?

– Nossa ______, assim você me magoa – Limpou uma falsa lagrima andando ao meu lado – Mas ai, já começou a tirar fotos? Que tal umas minhas, hm? Sou um ótimo modelo – Começou a fazer poses nada sérias.

Comecei a tirar fotos de suas poses, às vezes tendo que parar para dar risada junto do moreno, até que sinto meu celular vibrar no bolso, o pego achando que seja o despertador do inicio do show, mas vejo que era outra mensagem de desconhecido.

Numero desconhecido:

O teu sorriso é a coisa mais linda que já vi em toda vida, quem dera eu, poder compartilhar ele com o mundo, ou não, só o tê-lo pra mim. Uma pena que ele não seja direcionado a mim, muito menos que eu seja o motivo.

Fiquei encarando o visor do celular sem reação, até que vi mãos passando em minha frente, acabo acordando de meus pensamentos, e olho para Mino que me encarava.

– ‘Tá tudo bem ______? – Perguntou preocupado chegando mais perto.

– Estou, é que desde ontem recebendo mensagens de um numero desconhecido, achei que fosse engano, mas a pessoa mandou mensagem agora, e eu não sei quem é – Disse desesperada.

– Me deixe ler essas mensagens – Mino pediu sério esticando a mão.

Mostrei as mensagens que havia recebido, era três no total, uma dizendo que estava frio e era para eu me agasalhar bem.

– Então? – Questionei pegando meu celular de volta.

– Deve ter sido engano, talvez alguém tinha a intenção de mandar para uma pessoa mais acabou errando algum numero e foi para você, isso já aconteceu varias vezes comigo – Deu de ombros encostando na parede ao lado porta do camarim.

– Se você diz – Sorri em resposta – Eu preciso ir ainda tenho fotos a tirar lembra? – Bati em seu ombro, ajustando a câmera para uma ultima foto dele.

– Claro que sim, baixinha – Disse indo na direção da porta – Alias, ia dizer para você tomar cuidado.

– Cuidado com o que? – Perguntei curiosa e meio preocupada, Mino raramente pedia para tomar cuidado, e aquele lugar era cheio de seguranças, não tinha como algo acontecer aqui.

Mino se aproximou do meu ouvido e sussurrou:

– Tek Tek – Me olhou com as sobrancelhas arqueadas rindo torto.

– Vai se ferrar Song Minho – Disse dando um tapa no seu braço enquanto ele entrava no camarim dizendo até mais tarde – Besta – Sussurrei para mim mesma.

Estava indo na direção do camarim do Epik High, quando lembrei que não tinha tirado fotos de todo o Winner, só de Mino me virei rápido e acabei esbarrando com alguém, quase fui ao chão, se não fosse pela pessoa me segurar.

Me desesperei e comecei a me desculpar em quanto me curvava ao máximo, torcendo para não ter machucado a pessoa e nem estragado minha câmera.

– Precisamos conversar.