História Apology - Suga?

A sala passou de um silêncio para um caos em segundos. Todos murmurando bem alto, por sinal. Bando de hipócritas.

Oh, então minha teoria estava certa. Quanto mais a pessoa é rica, mais mesquinha e ignorante ela se torna. Meus parabéns, a namoradinha de Park Jimin conseguiu ferrar com meu psicólogo e emocional por hoje. Mas se tem uma coisa que eu não levo pra casa é desaforo!

ㅡ Você tem razão. Eu sou uma caipira e este aqui não é o meu lugar, mas eu me esforço. Me esforço e me esforcei muito pra chegar até aqui. Se hoje eu frequento essa faculdade é por mérito meu e nenhum de vocês têm o direito de nem sequer pensar em especulações ao meu respeito ㅡ Devolvi as palavras com o mesmo tom de deboche que recebi.

Baek me olhava com a boca aberta e seu namorado parecia tentar acalma-la passando a mão por seus cabelos terrivelmente sedosos. Covarde.

Momo me falava algumas coisas que eu sinceramente não estava ouvindo. Só sai correndo dali. Eu não queria pensar em nada, não queria ouvir ninguém, só queria ficar sozinha.

Por que eu estava me sentindo triste? Já era algo esperado. Não entendo o motivo delas serem assim. As pessoas são tão rudes, são tão cruéis e preconceituosas com tudo que é diferente delas.

Comecei a andar pelo campus. Andei. Andei. Uau, como isso aqui é enorme! Talvez tenha um lado bom nisso tudo. Posso conhecer novos lugares e quem sabe um dia aprender com essas experiências. Fui chegando em um lugar com flores, grama e muita árvore. Aqui deveria ser o jardim, eu suponho. Ou só um paraíso perdido nessa pequena amostra do inferno.

ㅡ Caramba, aqui só tem girassol! Mas não tem problema, eu gosto mesmo assim ㅡ Resmunguei comigo mesma.

Deitei ali, no meio daquela grama toda, esperando a minha cabeça esfriar. Talvez eu estivesse precisando mesmo tomar um pouco de sol matinal. Ah, como eu vou olhar pra todas aquelas pessoas depois do que aconteceu? Acho que estou sendo dramática demais, como sempre. Só não sei lidar direito com as coisas ainda. Prometo me acostumar.


Quem apagou a luz?


Abri meus olhos com dificuldade e aquela figura estava tampando todos os raios solares.
ㅡ O que faz aqui? Quem é você? ㅡ Ele disse me olhando com curioso.
ㅡ Eu só vim tomar um pouco de ar. Por que? É proibido? ㅡ Falei sentando-me.
O cara estranho sentou ao meu lado e parecia pensar em algo sério. Ele era bonito. Tinha cabelos negros. Olhinhos de gato e um corpo magrelo, mas nada mal.
ㅡ Não, não é proibido. É só que ninguém além de mim vem aqui há algum tempo. Estranhei a sua presença ㅡ Finalmente me respondeu, sem muito entusiasmo.
ㅡ Por que? É um lugar tão lindo. Tão calmo ㅡ Disse, começando a desenhar coisas abstratas no chão. Era curioso.
ㅡ Boa pergunta. Acho que aos poucos as pessoas aqui foram perdendo o gosto pelas coisas simples. Elas estão em uma espécie de alienação, eu diria ㅡ Suspirou ao falar aquelas coisas todas. Ele parecia triste com tudo aquilo. Parece que nem sempre foi assim.

ㅡ Entendo... Mas o que você faz aqui? Ainda está em horário de aula. ㅡ Questionei, observando ele se levantar e limpar o fundo com as mãos.
ㅡ Você pergunta demais, mocinha. Tenho que ir. A gente se vê. ㅡ Disse piscando e correndo em seguida.
ㅡ Espera! Eu ainda nem sei seu nome! ㅡ Corri atras dele na esperança de que me falasse algo.
ㅡ PODE ME CHAMAR DE SUGA!! ㅡ Ele gritou e eu parei de tentar alcançá-lo.
Suga? Como alguém como ele poderia ter um apelido assim? De açúcar não tem nada. Mas eu queria ser amiga desse garoto. Gostei de conversar com ele. Suga parece ter uma vida diferente e parecida com a minha, talvez? Pode ser só coisa da minha cabeça. De qualquer forma, me senti em casa ao conversar com ele. Só pelo fato dele gostar de flores, já é um bom motivo pra me aproximar. Ou não.

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Sim, já estou no meu apartamento, deitada na cama e olhando pro teto. Decidi que seria melhor voltar pra casa antes que eu voltasse naquela sala e arrancasse todos os fios de cabelo daquela vagabunda sem alma. Sou vingativa mesmo. Meu nome é Kim Vingativa Dahyun. Prazer.
Agora mais do que nunca eu quero ferrar com aquela Beak, fazer ela provar do próprio veneno! Jimin parece ser inocente, deve sofrer nas mãos da víbora. Um pau mandado mesmo. Não sei porquê ainda tá com ela.
Vou fazer ele se aproximar da Momo, custe o que custar.