História Aposta - 09

Daniel eu te odeio, tipo muito, muito mesmo você tá me escutando? Eu realmente adorei fazer essa aposta com você mas olha, eu penei nessa e puta merda como foi difícil me controlar.

Seus pais inventaram de querer nos levar para um jantar mais chique e como pessoas normais nós deveríamos agir normalmente e nos comportarmos com o máximo de educação que nos foi dado.

Mas quem disse que nós somos normais não é mesmo?

Eu fui na sua onda como sempre e fechei essa aposta maldita com você. Não poderíamos agir como um casal em público, ou seja, nada de mãos dadas, beijos, abraços e nem nada do tipo.

Porém você não falou nada sobre provocar Daniel.

Nós mal sentamos à mesa e eu já dei a desculpa de que precisava ir ao banheiro. Quando passei pela porta fui direto ao espelho e baguncei um pouco dos meus recém pintados fios rosa e retoquei o batom vermelho em meus lábios.

Eu não estava mal vestida, estava um pouco simples, mas não mal vestida. Tinha colocado meu vestido preto de mangas longas e saia na metade da coxa e um salto baixo.

Eu sorri quando sua mãe entrou no banheiro e começou a fazer o mesmo que eu. Eu sempre achei engraçado como a senhora Kang é uma mãe muito mente aberta Daniel, aliás os seus pais são, e isso ficou provado quando ela veio até mim e subiu a saia colada do meu vestido, eu ri e saí do banheiro indo de volta para a mesa.

A sua cara chegou a ser impagável quando eu cheguei perto da mesa, seus olhos se arregalaram e sua boca estava ligeiramente aberta. Se um olhar queimasse eu provavelmente já não estaria aqui, porque o seu olhar era muito intenso Daniel.

“O que você está fazendo?”, você me perguntou ao pé do ouvido.

“Nada”, lhe sussurrei de volta e passei o nariz por seu pescoço sentindo seu cheiro.

Eu admito que achei que iria ganhar a aposta, isso até você colocar a mão sobre a minha coxa embaixo da mesa. Ah Kang Daniel, quem te olha pode até achar que você é uma das pessoas mais puras com esse rostinho bonito, mas só eu sei como você pode jogar sujo.

Você sorriu vendo que eu havia sido pega de surpresa e eu fiquei aliviada quando seu pai sugeriu que dançássemos um pouco com os outros casais na pequena pista de dança no meio do salão.

“Que garota má você se tornou”, falou sorrindo e se apoderando de minha cintura, nos balançando de um lado para o outro.

“Você também não vem sendo um santo”, disse me abrigando em seus braços, “Meus pais chegam domingo”.

“Quer ficar lá em casa?”

“Você não poderia ir pra minha?”

“Claro”

[...]

Madrugada à dentro eu me sentia perdida dentro de um sonho.

Você me pintava o vermelho e o roxo da cabeça aos pés, me levava a tocar os céus como um anjo e Deus sabe o quanto eu gostaria de me multiplicar, para sentir todas as sensações que você estava me proporcionando.

Despida e entregue a ti, cada canto de mim reagia a você de uma maneira diferente. Seu toque em minha pele é como uma poesia a qual eu não quero que você pare de escrever.

Porque eu quero sentir tudo, de todas as maneiras possíveis como você me ama e quero que você sinta em todas as fibras de seu corpo o meu amor por você.