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História Appa (Em Revisão) - Doces ou travessuras?


Escrita por: amongst

Notas do Autor


Aaa já tava com saudades <3
Bom, mas explicando, demorei pq minhas aulas voltaram e o tempo tá pouco
Mas voltei sz

Capítulo 2 - Doces ou travessuras?


Fanfic / Fanfiction Appa (Em Revisão) - Doces ou travessuras?

 

Seul, 31 de outubro de 2007 - 08.50pm

 

Com a permissão dos pais, Jimin diverte-se com seus amigos. 

— Doces ou travessuras? — questiona à terceira casa da noite, preenchendo um pouco mais de sua pequenina sacola. O sorriso aumentando a cada soar de campainha.

Enquanto movem-se até a próxima residência, o garoto flagra alguém desconhecido furtando algumas balas de um de seus amigos.

— Ei! —  segura a mão alheia, impedindo-o de dar sequência ao roubo — Você não pode fazer isso! — eleva minimamente seu tom.

— Por que não? — o estranho o encara com uma expressão divertida.

— Porque não é seu. Você não deve pegar as coisas dos outros, oras! — responde como se fosse algo incrivelmente óbvio.

— Como é o seu nome?

— Jimin.

— Isso não é errado, Jimin. É como pegar emprestado. — sorri — Além do mais, ele tinha muito e eu não tinha nada.

— Mas você não perguntou se podia. — lança um olhar confuso ao mais alto parado em sua frente, arqueando uma das sobrancelhas. 

— Não preciso perguntar, ele não vai perceber. — dá de ombros.

— O moço da igreja disse que isso é pecado. 

— Ele mentiu pra você.

— Então, desde que a pessoa não saiba, tudo bem pegar?

— Isso! — sorri novamente, ocasionando curtas e baixas risadas no menor.

— Seu sorriso é engraçado. Como se chama?

— Taehyung.

— Nós podemos ser amigos?

— Claro! Agora, vamos. — agarra-o pelo braço e sai às pressas para conseguir alcançar o restante, deixando Jimin evidentemente confuso.

 

(...)

 

Após muito caminhar, exatamente às 22h10min, o pequeno retorna ao seu local de descanso.

— Como foi, anjo? — a mulher senta-se na poltrona da sala e coloca seu filho sobre o colo, afagando delicadamente os fios negros.

— Muito legal! — responde-a com extremo entusiasmo, quase dando pulinhos — Eu fiz um novo amigo.

— Que ótimo! Quem é?

— Seu nome é Taehyung. Ele é engraçado! — gargalha ao lembrar-se do sorriso peculiar.

— Fico feliz em saber que foi tão bom pra você, mas já está na hora de ir dormir, rapazinho. 

— Ah, não! — molda um bico adorável — Eu não estou com sono, omma. — empenha-se ao máximo para alcançar seu tom mais manhoso.

— Basta fechar os olhinhos que o sono vem. — retira-o de suas pernas, depositando um beijo estalado em sua bochecha — O appa te colocará na cama, hoje. Vá chamá-lo.

Jimin sai em passos ligeiros, buscando pelo mesmo até encontrá-lo no local costumeiro.

— Appa! — abraça-o pelo pescoço, já que este encontra-se sentado na cadeira de seu escritório — Está na hora de me colocar para dormir.

— Aish, Jiminnie… — coloca a mão sobre o peito, encenando uma falsa indignação — Você me assustou!

O pequeno limita-se a soltar uma risada alta.

— Mas vou deixar passar, desta vez. Vamos lá.

Carrega o filho no colo até estarem no devido quarto. Ajeita-o em sua cama e o cobre.

— Eu ouvi sua conversa com a omma. Não aconteceu nada ruim? — Jungkook senta-se na beirada da cama, focalizando sua atenção aos olhos do que descansa. 

— Não. Foi tudo ótimo! Obrigado por me deixar ir! — um enorme sorriso é formado, como sempre, ocultando seus olhos. 

— Então, tudo certo. Ela me falou sobre a loja de fantasias. Vou te contar uma coisa, e preste muita atenção. 

Jimin contenta-se em apenas assentir. 

— Aquilo não deve se repetir. O motivo é muito simples; rosa é representativo das meninas. Você não pode gostar dessa cor, Jimin. Existem regras para diferenciar homens de mulheres, e essa é uma delas. Você entende? — finaliza seu breve discurso com uma carranca séria.

— Sim. Desculpe, appa. — permanece sem esboçar nenhuma reação.

Visivelmente uma perfeita concordância, mas não é o que realmente gostaria de responder ao mais velho. De fato, Jimin não compreende tal regra, nem mesmo ouvira sobre esta. Afinal, não há passagem na bíblia sobre o assunto. Mas, desde que seu appa está dizendo, não há o que contestar. 

— Desculpe se fui grosso, pequeno. Apenas desejo que não cometa erros. — acaricia as bochechas gorduchas do outro, ainda sério.

 

~

 

Quando Jeon menciona erros, refere-se à si próprio. As lembranças são frescas como um tomate recém colhido. É como se o dia anterior se tornasse o momento em que sua mãe o apanhou aos beijos com o vizinho no sofá de sua sala. Com certeza não fora seu melhor fim de tarde, porém abriu caminhos inexplorados em sua vasta mente. Começou a indagar-se a respeito do que lhe era ensinado. O que havia de tão horrendo em trocar carinhos com alguém do mesmo sexo? Por que ser condenado ao inferno por algo tão banal? Essas e outras inúmeras questões devastavam seus pensamentos dia e noite. Somente obteve um fim no instante em que a mulher tomou a atitude de ensiná-lo com ações. Não aceitaria ter um filho tachado de herege, tampouco frouxo. 

Jungkook foi forçado a aprender e aceitar algo que para si não detinha um sentido certo. Agora, não permitirá que o filho percorra a mesma direção. 

 

~

 

— Não se preocupe, appa. — sorri de maneira doce. — Cante uma música!

— Está bem. — força-se a mostrar um sorriso.

Mantém-se cantando uma canção de ninar até o de cabelos negros adormecer, agradecendo a todos os deuses existentes por Jimin ser uma criança ingênua.

 

~

 

Durante a madrugada, Jungkook acaba por acordar incontáveis vezes, com o suor frio escorrendo por toda a pele facial e a respiração descompassada. Pesadelos e mais pesadelos atormentaram o que deveria ser um sono agradável. Recordou-se da noite em que conheceu Hye, e de como fora patético por transar com garotas apenas para agradar sua mãe. Contudo, nada do que não possa simplesmente fingir se esquecer e retornar ao seu descanso. 

Na manhã seguinte, todos os presentes levantam-se cedo para um passeio até o parque mais próximo. Nada melhor do que um tempo em família para colocar as ideias no lugar.

Por mera coincidência, surpreendem-se com a presença do novíssimo amigo do pequenino.

— Taehyung! — corre em direção ao garoto no instante em que o vê.

— Jimin! — repete a ação do outro.

Ambos abraçam-se em um movimento rápido e logo viram-se para os adultos. 

— Ah, esse é o Taehyung! — Hye o lança um sorriso simpático.

— Você é a omma do Jimin? —  recebe um aceno positivo em resposta — Prazer! — estende a mão para a mais velha em sua frente, que a aperta sem hesitações.

— O prazer é meu! Esse aqui é o appa dele. — aponta para Jeon, esse que desperta de seus devaneios e vira-se de imediato para encará-los.

— Olá! Prazer! Eu sou o Taehyung. — repete o movimento anterior, sendo correspondido prontamente.

— Prazer! — o mais velho tenta falsificar um sorriso amarelo, o que não sai como o planejado.

Porém a surpresa maior ainda está por vir.

Logo atrás, marchando em passos exageradamente lentos, uma figura conhecida é avistada. Conhecida unicamente aos olhos de Jungkook.

É Kim Namjoon, o vizinho destruidor de lares. 

— Bom dia! — o recém chegado cumprimenta a todos — Meu nome é Namjoon, sou appa dessa criaturinha. — pousa suas mãos sobre os ombros do filho, sorrindo abertamente. 

— Bom dia, Namjoon! Eu sou a Shin Hye, e ele é o Jungkook. Nós somos pais do Jimin. 

— Jeon Jungkook? — aproxima-se mais do casal, analisando cada extremidade do rosto masculino — É você mesmo? — arregala os olhos — Quanto tempo! — gargalha.

— É, pois é... — o acastanhado sorri em desconforto, alisando a própria nuca com a ponta dos dedos.

— Vocês se conhecem? — a esposa o questiona, aparentemente perdida.

— Somos velhos conhecidos. 

Demasiadamente velhos.

 

 

 

 

 


Notas Finais


O que estão achando?
Até o próximo sz


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