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História Aprendendo a Amar - Klaroline - Atacando


Escrita por: SraWillTraynor

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 6 - Atacando


Fanfic / Fanfiction Aprendendo a Amar - Klaroline - Atacando

Atacando

— Você está diferente hoje — observou Klaus.

As palavras a atingiram como uma carícia, mas Caroline, disse por um instante. Sentia-se confusa, seus sentidos estavam à flor da pele e ela tentava aceitar que estava sozinha com um príncipe, no quarto recém-decorado. Ficou sufocada ao sentir que ele a olhava como se pudesse enxergar seu corpo através do uniforme apertado. E ali perto havia uma enorme cama, que ela mesma preparara! A bagagem deveria ter chegado antes dele, assim como uma pasta de papéis timbrados que estava em cima da mesa e outros objetos caros espalhados pelo quarto: um par de abotoaduras de ouro gravadas com um brasão complicado, e uma escova de cabelos de prata incrustada de pedras preciosas. Pareciam muito caros e antigos, e o fato de serem objetos pessoais os tornava intimidantes, lembrando que estavam num ambiente íntimo. Um roupão estava jogado nas costas de uma cadeira e suas dobras de cetim lembravam uma cascata de prata. O armário entreaberto deixava entrever camisas muito brancas e um chicote de montaria, com o cabo de couro gasto, estava encostado na porta. Caroline engoliu em seco e se perguntou quanto tempo teria considerado adequado para se retirar, embora soubesse que, no fundo, gostaria de passar o dia inteiro perto dele.

— Muito diferente — ele murmurou, continuando a examiná-la.

O coração de Caroline batia num ritmo frenético. Ela se consolou pensando que pelo menos ele não sabia disso e manteve uma expressão indiferente.

— Sim, alteza — respondeu automaticamente. — Estou com um uniforme novo.

Klaus olhou para os botões que desciam provocativamente pela frente da roupa e que pareciam perder a batalha para conter os magníficos seios.

— O que aconteceu? — Ele perguntou em voz trêmula. — Você engordou enquanto ele estava sendo feito?

Caroline desconfiava que Alaric mandara a costureira apertar o uniforme, mas ela jamais lhe diria isso. Por mais que Alaric merecesse, falta de lealdade com o patrão não é uma qualidade apreciada, como também não o seria responder à insolência do grosseiro príncipe, por mais que ele merecesse.

— Não que eu saiba — ela disse friamente.

Klaus correu os olhos pelas curvas onduladas do corpo de Caroline. Se ela engordara, fora um ganho, porque em seu corpo não havia um grama de carne que não devesse estar ali. Ela não estava na moda, ele concluiu. Era muito arredondada para o gosto moderno, mas provocava uma atração primitiva que permeava o desejo de qualquer homem: um imperativo biológico que inconscientemente anunciava que quadril macio e seios grandes equivalem à fertilidade. Ele sentiu a boca seca e uma contração nas entranhas. Aqueles seios magníficos jamais deveriam ser conspurcados pelo uso de roupas. Talvez ele lhes fizesse um favor removendo-as o mais rápido possível. Ela se parecia com uma das mulheres nuas que compunham o seu quadro favorito na sala do trono, em Astrid, e que ele costumava olhar com olhos ávidos, quando ainda adolescente. Entretanto, ela não reagira conforme ele esperava.

Klaus olhou-a com interesse. Hoje ela não mandava os deliciosos sinais de "venha me beijar" que o haviam levado a beijá-la sem pensar. Os olhos dela não lhe diziam que ele tinha permissão para fazê-lo de novo. Pelo contrário, ela olhava para ele com cautela, como se tivesse acabado de descobrir que estava sozinha no quarto com uma cobra. Por quê? Além disso, dessa vez eles não estavam num lugar público, e sim num local onde havia uma cama, e os seus guardas não os perturbariam a não ser que ele os chamasse... o que a detinha?

Klaus ficou intrigado. A não ser que ela tivesse desejado o homem que achara que ele era, e não o homem que ele era de fato! Uma mulher atraída por um operário, não por um representante de uma das casas reais mais prestigiadas da Europa! De uma forma inexplicável, aquela ideia o excitou mais que tudo que ele poderia pensar.

— Então, qual delas é você de verdade? — ele perguntou devagar. — Eu a peguei de surpresa no outro dia, toda suave e natural? Ou você costuma ter essa aparência de... corista?

Sem conseguir resistir, ele olhou para as nádegas de Caroline. — Talvez você tenha achado que um príncipe reagiria mais facilmente aos sinais mais óbvios que você está emitindo hoje. Estou certo, Caroline? Ele disse o nome dela de um modo diferente de todo mundo. Sua língua pareceu acariciar a primeira sílaba, como se a estivesse beijando. Embora percebesse vagamente que ele acabara de ofendê-la com seu jeito de falar, o corpo de Caroline a traiu e reagiu sem que ela pudesse controlá-lo, mostrando-lhe sua incapacidade de resistir. Ela sentiu o sangue latejar nas veias, sua garganta se fechou e mal conseguiu balbuciar:

— Eu... nem sonharia em ser tão presunçosa, alteza.

— Não? — ele perguntou, notando que ela corara. — É uma pena, porque talvez eu apreciasse um pouco de presunção neste momento. Talvez eu esteja cansado de pessoas que sempre me reverenciam e lisonjeiam, agindo como marionetes, dizendo o que acham que eu quero ouvir. Gostei mais do jeito que você se comportou comigo no outro dia.

— Senhor...

— Gostei da franqueza com que me olhou, do desejo evidente que demonstrou por mim e do jeito com que se entregou ao meu beijo, derretendo-se em meus braços... Do seu corpo delicioso que prometia prazeres imprevisíveis.

Caroline sentiu a garganta seca. Ela tentara esquecer aquele dia.

— Senhor...

— Se aquele maldito alarme não tivesse soado, quem sabe o que teria acontecido? — Ele disse em voz rouca, adorando o jeito como ela tentava não se entregar à sua sedução. — Mas nós dois sabemos como teria acabado, não é, Caroline?

Por favor, pare de olhar para mim desse jeito, ela implorou mentalmente. O olhar dele fazia seu sangue correr como se fosse mel, seu coração ameaçava derreter e ela se arrepiava como se estivesse numa tempestade de neve. Caroline tentou encontrar algo para dizer, mas a única coisa que lhe chegou aos lábios foi um som estrangulado e incompreensível.

— Eu...

— Não há nada que eu odeie mais que negócios inacabados — ele murmurou. — Portanto, acho que deveríamos fazer tudo de novo, não acha? Beije-me de novo, Caroline. Mas, dessa vez, não pare. — Ele a assustou, mas também a excitou. O corpo dela vibrava de ansiedade ao ser olhado daquele jeito e ela queria sentir os lábios dele sobre os seus novamente. Seria tão errado? Klaus ficou intrigado. A hesitação de Caroline o surpreendia. Ele tocou o rosto dela. Não se recordava de algum dia ter precisado pedir duas vezes. — A não ser que haja algo que nos impeça? Talvez você tenha algum compromisso com outro homem? — Ele falou com a arrogância de quem sabia não haver outro homem que não pudesse ser descartado em função de seus desejos: o desejo do príncipe tinha precedência sobre todos os outros. O único problema é que ele teria de esperar... E ele não queria esperar. Não quando seu desejo era inesperadamente aguçado e extraordinário.

Caroline balançou a cabeça. Seu coração batia descompassadamente. Como poderia pensar com ele olhando para ela daquele jeito?

— Não. Não tenho. — Ela mordeu o lábio e se lembrou da sensação de solidão e de rejeição que a invadira ao receber a carta de Tyler. — Havia.... Houve alguém. Eu estava noiva dele, mas... Mas...

— Mas o quê? — Insistiu Klaus, ansioso para eliminar o último obstáculo do seu caminho.

— Ele... Bem, está acabado.

Klaus se permitiu dar um sorriso de satisfação. Perfeito. Absolutamente perfeito. Um noivo significava que ela tinha alguma experiência, mas também que fora fiel. Ele se perguntou se o homem teria partido o coração de Caroline. Se fosse o caso, ele lhe mostraria que havia vida após o fim de um romance e que ela poderia desfrutar do carinho de outro homem... Ele passou o dedo sobre os lábios dela, pensativo, reconhecendo que, de certa forma, ela conseguiria o melhor e o pior ao tê-lo como amante: ele seria o melhor amante que ela poderia ter, mas Caroline passaria o resto da vida procurando, sem resultado, um homem que se igualasse a ele.

— Então, vamos fazer amor — ele disse simplesmente.

— Alteza! — Ela disse, chocada, percebendo que o protesto saíra sem convicção. 


Notas Finais


Olá meninas, o príncipe quer a Caroline de qualquer jeito XD


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