História Aprendendo a amar todo dia - SOLANGELO - Parabéns, di Angelo, você é um burro!

_ É ele?- Hazel me pergunta.

 Ela tinha vindo me visitar, então mostrei minha foto com Will pra ver se ela conhecia ele. Quando eu percebi que ele estava em todo o lugar, seu nome escrito nos papeis por toda casa, em meu celular, em meus áudios, em meu álbum, enfim, ele estava em todo lugar, logo tratei de revelar a tal foto que tiramos em nosso encontro.

_ Acho que é. Você nunca viu ele? Eu nunca te mostrei?

_ Não, não sei o porque de não ter me mostrado ate hoje seu namorado- arregalo o olho com o que ela fala.

_ Pera. Ele é meu namorado?- eu não acredito que eu não conheço meu próprio namorado. Droga de doença!

_ Bom, se não é com certeza ta perto disso, já faz um tempinho que se conheceram, e já ta na hora de contar pra ele, Nico, já te falei isso mil vezes e você não me escuta, depois, se ele descobrir de forma errada não vai da pra voltar atrás- ela caminha ate a janela e abre a cortina- e se aquele for o tal Will- ela sorri olhando pra janela- ele ta vindo pra cá agora, hora de contar, maninho. Eu vou indo porque não tenho vocação pra vela. Beijo e me conta tudo depois

_ Pera, Hazel!- olho pela janela e realmente é ele- Haz, me ajuda, ele não pode entrar aqui, olha essa bagunça com anotações pra todo lado- saio correndo desesperado pelo apartamento tirando todos os papeis.

_ Não vai precisar tirar, vai contar tudo agora- ela pega sua bolsa, vem ate mim e me da um beijo- tchau maninho, boa sorte.

_ Hazel! - grito ma ela já se foi.

 Volto a tirar as anotações pela casa, e quando estou indo tirar as da cozinha, batem na porta. Fecho a porta da cozinha e saio, mais uma vez, correndo pelo apartamento para abrir a porta. Quando chego, tento controlar minha respiração e abro a porta

_ Oi!- digo sorrindo nervoso.

_ Oi!- ele diz com um sorriso que vai se fechando, mas não sai totalmente de seu rosto- ta nervoso? Aconteceu alguma coisa?

_ Não! Claro que não, entre- digo dando passagem e ele entra.

_ Eu vim pra saber se recebeu meu presente ontem, e o que achou dele.- sorri nervoso.

_ Claro que gostei, Will, não teria como gostar.

_ Fico mais feliz e aliviado com isso.- sorrio pra ele e ele retribui.

_ Você quer alguma coisa? Uma água, um suco, um café...

_ Pode ser uma água.

_ Okay, já vou trazer.

 Caminho ate a cozinho e me lembro que não tirei as anotações de la. Entro sem que ele veja e tampo o lugar com meu corpo

_ Eu já volto- digo sorrindo e fechando a porta.

 Entro e tiro rapidamente os papeis colados na geladeira.

_ Eu não acredito!- ouço ele falar. Pronto, ele descobriu!

 Abro rapidamente a porta pra ver o que aconteceu.

_ O que foi? O que você viu? Olha eu posso...

_ Você também tem o livro do pequeno príncipe! Eu achei que era o único adulto que lia esse livro!

_ Pois é...- ele é tão lindo, com o sorriso tão lindo- Eu amo o pequeno príncipe.- digo sorrindo.

_ Bom, eu queria te fazer umas perguntas mas... Eu to mais curioso em saber sobre o que é isso- ele aponta para um quadro com minha ultima invenção, um veiculo explorador de Marte

_ É... Senta aqui- digo indicando o sofá- esse foi um ultimo projeto que fiz, é um veiculo explorador de Marte.

_ Uoou! Que legal!

 Nós conversávamos sobre tudo, depois de um tempo percebi que já tinha anoitecido. Ele tinha esse efeito sobre mim, eu não tinha noção de nada perto dele, ele roubava toda minha atenção.

_ Nico, você é incrível e fez coisas incríveis, por que deixou Nova Orleans pra trás e simplesmente parar com o seu trabalho que simplesmente ama, da pra ver nos seus olhos que você ama tudo isso- diz apontando pros meus cadernos.

_ As vezes não temos escolhas, Will, a vida nos obriga a largar o que queremos as vezes, mesmo quando estamos contra a vontade dela- sorrio triste.

_ O que aconteceu pra vida fazer isso com você? Não pode ter sido uma coisa boa.

_ E não foi, não foi mesmo...- okay, agora é a hora, Nico- o que aconteceu é que...

 Nessa hora meu celular toca. Sério? Agora? Olho e vejo que um cometa vai passar agora, deixei essa mensagem mais cedo pra mim ver.

_ Ei! Você disse que nunca viu um cometa, não é?- ele concordou com a cabeça- vem! Tem um cometa visível passando agora- digo o puxando pela mão.

 Levo Will ate minha varanda para vermos o cometa em meu telescópio.

_ Olhe só- digo apontando ora ele o telescópio.

_ É lindo!.

_ É sim. É incrível como , gás congelado e poeira que são atraídos pela gravidade do Sol, mas é realmente...- olho pra ele  vejo que ele me encara sorrindo, e que sorriso!- o que foi? To falando demais né? Eu não sou assim, do tipo falante, é só que...

_ Você se empolga com aquilo que realmente gosta, e não ache que ta falando demais, amo quando você fala, ainda mais quando fala do que gosta de fazer, é lindo seu amor pela astrologia- diz sorrindo- e você fica tão lindo falando assim, parece ate aqueles nerds de filme só que aqueles nerds gostosos, sabe- com isso que ele fala coro imediatamente- mas falando verdade, é lindo sua naturalidade pra falar sobre astrologia, você se sente em casa quando fala, eu posso sentir isso.

_ É, eu me sinto sim- digo abaixando a cabeça envergonhado.

_ Ei!- ele leva sua mão ate meu queixo e levanta meu rosto.

 Quando encontro seu olho me perco na imensidão azul, linda e azul. Will foi se aproximando de mim, cada vez mais perto, eu sentia meu coração batendo rápido, fecho meus olhos sem que eu perceba e então sinto os lábios de Will tocarem os meus, era tão bom, tão diferente, mesmo que nos meus áudios já tinha dito que tinha o beijado, mas agora, agora sentindo isso é muito melhor. Eu por instinto entreabri meus lábios e a língua de Will entrou calmamente e encontrou a minha. Sua mão, que estava em meu queixo deslisaram pelo meu tronco, rapidamente me arrepiei, sentido o seu toque, o melhor toque já senti, ela foi ate minha cintura e ficou ali, logo senti sua outra mão também em minha cintura, quando elas se juntaram ele me puxou pra mais perto, fazendo com que eu sentisse seus músculos sobre sua camisa. Minhas mãos estavam sobre seu macios e sedosos cabelos, fazendo um leve carinho ali, Will parecia gostar do carinho que eu estava o fornecendo. Enquanto isso, dentro de nossas bocas, nossas línguas trocavam simples e calmas caricias, nada rápido pois queriam aproveitar essa sensação. Quando ficamos sem ar nos afastamos, mas não muito, ainda podia sentir sua boca roçando na minha. Quando abro os olhos encaro novamente os olhos lindos e azuis de Will, ele sorri e me da vários selinhos e beijos pelo rosto. Isso me faz ficar vermelho, mas logo esqueço a vergonha e passo a aproveitar esse carinho que Will me fornece. Quando Will, se separa de mim eu sinto rapidamente a falta de seus beijos em meu rosto.

_ Pode para?- ele pergunta- porque eu queria poder congelar esse momento pra nunca mais esquecer.

_ Eu também queria, Will, não quero esquece isso- Já chega Nico, chegou a hora- Will, eu quero te falar uma coisa uma coisa muito impor...

_ Ah deuses! Como eu pude esquecer!- ele e afasta de mim e entra correndo pela minha casa- eu tenho um trabalho importantíssimo pra entregar hoje e eu esqueci!- ele pega sua mochila e coloca nas costas- eu tenho que ir, me desculpa- vem ate mim e me da um selinho rápido.

 Pronto, mas uma vez ele se vai e eu não contei.

_ Parabéns, di Angelo, você é um burro!- digo pra mim mesmo.