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História Aprendendo a Viver - Prólogo Você não vai cursar Física


Escrita por: ValotDeadly

Notas do Autor


Olá!!
Mais uma fic e essa não é de concurso (finalmente).
É um presente para o Príncipe Herdeiro do Instituto Butantan, já que hoje é seu aniversário!!!

Eu desejo tudo de bom pra vc Gabu, muita felicidade, amor, miojo, bolacha, chocolate, bolo, muitas realizações e sucesso!!!

Pros outros leitores, eu sei que parece estranho eu estar escrevendo ChanBaek, mas é aniversário do Gabu, e está sendo muito divertido!!!

PS.: Revisei por cima, qualquer coisa me gritem! <33
Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

~~ Boa leitura! ~~

Capítulo 1 - Prólogo Você não vai cursar Física


Chanyeol estava animado, como a muito tempo não ficava – na verdade desde o lançamento de Diablo III ele não ficava tão eufórico -, e o motivo disso tudo era a sua entrada na universidade com o curso que amava, pelo menos era o que acreditava.

O coreano que residia no Brasil, havia estudado como louco, mas ao contrário dos que os pais queriam, na hora de se matricular no SISU, decidiu-se pelo curso que amava, o curso que sonhava dia e noite, escolhendo uma universidade federal longe de casa pela tão sonhada e distante área de pesquisa, não aquela que os pais haviam recomendado, e estava eufórico por ter conseguido.

Mesmo sabendo que a nota de corte daquele curso era baixa, sentia-a orgulhoso com o seu primeiro lugar, queria imprimir o e-mail que havia recebido do Mec e colar em todos os postes, muros, pontos de ônibus para mostrar que havia conseguido chegar mais perto do seu sonho.

O pequeno garoto sonhava em estudar astrofísica: analisar os astros e seus comportamentos, assim como calcular cada mudança no espaço, encantava-se com teorias, decorava os livros de Stephen Hawking, assim como sabia cada fala do seriado cosmos com Carl Sagan.

A ciência sempre o havia encantado.

Escolheu o bacharel crendo que seguiria nas pesquisas e um dia, como seus idols cientistas, levaria suas teorias, mostrando como o universo expande e é infinito, mostrando que todos eram parte dele.

Idealista e cheio de sonhos, imprimiu o e-mail sorrindo ao ver o “Parabéns!”, foi andando até seus pais, para informa-lhes sobre sua pequena realização.

Ainda sorrindo com o papel nas mãos, observou a sua mãe sentar à mesa com toda a elegância que era digna dela, seguido de seu pai que logo pegava a xícara e servia-se com uma dose exagerada de café.

- Sente-se querido, - A senhora Park Bora disse com a voz delicada, notando a euforia do filho. – Vamos, Chanyeol sente-se e conte-nos o que te deixou com esse sorriso de orelha a orelha.

Chanyeol sentou-se à mesa, ainda com o sorriso de orelha a orelha.

- Já sei, passou na faculdade? – O senhor Park Heechul perguntava com seu jeito extrovertido, olhando para o filho que sorriu mais ainda. – Daqui alguns anos pode assumir a nossa empresa desse jeito filho, - Deu três tapas nas costas do filho. – Já vai começar a estudar administração.

O sorriso do garoto morreu na hora. Como assim, administração? Sabia que os pais queriam que ele continuasse com a empresa deles no Brasil, mas o garoto sempre havia deixado claro as suas preferências.

- O que foi filho? – O homem de meia idade enrugou a testa. – Você não passou, tudo bem, ano que vem você faz o cursinho de novo.

- É querido, você ainda tem tempo, acabou de completar dezoito anos. – A mulher disse sorrindo amarelo ao garoto.

- Eu passei, - Chanyeol disse olhando para a folha que estava levemente amassada pelo seu nervosismo. – Vou fazer Bacharelado em Física, consegui o primeiro lugar. Olhem! – Colocou a folha sobre a mesa, e viu o pai engolir o café quente quase que instantaneamente.

- Física? – A mãe sorriu. – Chanyeol querido, você pode fazer o que quiser depois que assumir a empresa, inclusive esse curso, mas agora não vai te levar a nada.

Chanyeol olhou para a mãe, incrédulo das palavras dela. Claro que ele sabia que a profissão de “físico” não era regulamentada no Brasil, mas era uma linda profissão.

- Chan, - O pai em um tom mais doce continuou. – Você pode tentar novamente esse ano, tudo bem, sabemos que é difícil decidir o que quer fazer assim que se saí do colegial, você pode estudar esse ano e pensar melhor.

- Eu não quero pensar. – Respondeu grosseiramente. – Eu vou cursar física, vou ser um cientista! – Disse como uma criança, batendo as longas pernas embaixo da mesa. – Nunca quis cursar administração, vocês dois sabem o quanto eu amo isso!

- Chanyeol, nós sabemos, e por isso mesmo estamos lhe dando uma chance. – A mulher disse em um tom sério, olhando para o marido. – Você pode ter o hobbie que quiser, mas não assumir um hobbie como profissão!

- Vocês são egoístas demais, tudo que querem é que eu faça tudinho exatamente do jeito de vocês!! Já pararam para pensar que eu tenho meus sonhos, minhas vontades? – Levantou da mesa, deixando os pais para trás. – Eu não vou assumir a empresa, tenham consciência disso!

Bora pensou em subir atrás do filho e ensiná-lo sobre boa educação, mas começou a pensar nas palavras do filho, olhou para Heechul ao seu lado, ainda tentando organizar tudo na sua mente, o marido segurou na sua mão e disse que estava tudo bem, que era apenas uma fase adolescente e que logo o Chanyeol iria parar com isso.

- Heechul, você acha mesmo que ele vai entender? – Perguntou com um sorriso amarelo, pensando aonde havia errado na criação do único filho.

- Bora, ele é um mimado, claro que vai entender. – O homem sorriu diabolicamente. – Deixe ele se matricular, a faculdade é em outro estado, limitamos a mesada dele, e ele voltará em menos de um mês para casa.

- Talvez... – Recebeu um beijo na testa do marido que saía para o trabalho. – Ele é tão turrão quanto você.

Heechul sorriu audivelmente enquanto observava a mulher se levantar e pegar a bolsa para saírem juntos para o trabalho.

- Não dou um mês para ele. – Heechul disse abrindo a porta para a outra.

- Talvez três meses, dependendo da mesada. – Bora sorriu, entendendo o plano do marido.

 

—X—

 

Chanyeol não mediu esforços, procurou uma passagem de avião para a bendita cidade que ficava a – agora – sua universidade, e a comprou para a data do início de matricula com o cartão de crédito praticamente ilimitado.

Embarcou sorrindo feliz, nunca havia desobedecido os pais e agora seguia para outro estado deixando apenas um bilhetinho com os dizeres: “Pai, Mãe, amo vocês, volto ainda hoje!”.

Chanyeol não sabia que os pais estavam rindo dele, e fazendo apostas de quanto tempo o filho aguentaria com o plano que eles elaboravam meticulosamente.

O garoto chegou na cidade, pegou um táxi para a universidade, parando bem em frente a um ginásio, onde os veteranos pintavam a face dos calouros e sorriam após a matricula.

Sentiu um frio percorrer sua espinha, queria muito encontrar alguns veteranos e falar sobre o seu amor pelo curso, pelo seu amor pela ciência.

Chegou e não achou ninguém com a testa marcada com os dizeres “Física”, entrou no enorme ginásio onde estavam fazendo a matricula, levou seus documentos, assinou tudo e saiu sorrindo, ainda procurando alguém de seu curso.

Nada.

As pessoas perguntavam qual seu curso e quando ele respondia feliz elas apenas faziam uma careta incrédula e desejavam boa sorte.

Chanyeol não teve a testa pintada, e quando estava desistindo de sair dali, viu um rapaz, aparentemente asiático como ele, com a camiseta escrita: “Física” em letras garrafais e em uma fonte menor os dizeres: “onde os fracos não têm vez”, sorriu e correu meio estabanado atrás do seu possível veterano que não entendeu por que aquele garoto corria atrás de si.

- Oi! – Chanyeol disse animado com um sorriso de canto a canto da face.

- Oi?! – O garoto de cabelos negros respondeu, tentando sair de fininho de perto daquele ser estranho.

- Você é meu veterano! – Chanyeol disse sorrindo. – Eu me chamo Park Chanyeol, estou muito animado para começar o curso, apesar de estar com um pouco de medo do trote e essas coisas, você me entende?

O garoto riu, riu com vontade, o seu calouro era engraçado, falou com tanta pressa que o sotaque coreano era evidente, mas riu mais ainda do medo do tal Chanyeol.

- Calouro, - Disse limpando as lágrimas do canto dos olhos. – O nosso curso não tem trote, o trote é o próprio curso, esteja preparado.

Continuou rindo e se afastou, precisava levar alguns dados da pesquisa mesmo estando em férias pois seu orientador não tinha dó ou paciência com o pequeno.

- Hey, - Chanyeol não desistiu e ainda seguia o outro. – Qual o seu nome?

- Byun Baekhyun. – Responde seco, vendo que o outro ainda o seguia. – Vai continuar a me seguir?

- Meu voo só sai à noite, queria conhecer a faculdade. – Não tirava o sorriso do rosto e ainda seguia os passos do seu veterano. – Você é meu conterrâneo, poderia me mostrar.

Baekhyun percebeu que o outro iria insistir, e não negaria, gostou de ver o brilho nos olhos dele quando conversaram sobre o curso e sobre os sonhos. Diferente de outros calouros e até mesmo colegas de turma do Byun, o Park habia escolhido esse curso por que gostava, não para simplesmente entrar em uma universidade e depois tentar mudar para uma engenharia com as provas internas.

O calouro era divertido, gostava de jogos tanto quanto o veterano, e eles seguiam conversando, sobre os lançamentos e sobre as expectativas que estavam criando nesse início de ano.

Baekhyun entregou os dados ao seu professor e apresentou o calouro, que sorriu abertamente, o professor disse que esperaria animado por ele na turma de física I, Baekhyun sorriu, já sabendo que Rogério – o professor – estava planejando fazer a turma sofrer e pedir para sair, um a um.

Levou Chanyeol para o Giga e juntos dividiram uma Coca-Cola, conversando animados.

- Então, você viu que vai sair um novo Final Fantasy? – Chanyoel perguntou animado.

- Vi cara e em realidade aumentada, - o outro respondeu sorrindo. – como eu queria um ps4 agora.

- Eu tenho um, - Chanyeol disse pensativo. - só falta o jogo agora.

- Caralho, tu tem um ps4? – Baekhyun perguntou eufórico enquanto o calouro respondia com um manejar de cabeça. – Tu vai trazer, né?

- Claro que vou, agora que tão lançando os jogos que eu quero! 

Assim o tempo passou rápido e logo se despediram, sem antes trocar os números de telefone e contatos online, afinal Baekhyun havia prometido dar qualquer informação ao calouro sobre apartamentos e repúblicas.

Chanyeol embarcou feliz, havia se matriculado e conhecido um de seus veteranos, que era seu conterrâneo, iria gostar muito dessa nova fase de sua vida.

Adormeceu no avião e mal percebeu que já havia chego em sua cidade, pegando um táxi e indo para casa.

Seus pais não estavam o esperando, já estavam dormindo, o garoto dormiu, pensando na vida, nos jogos, na faculdade e tudo que viria a viver dali para frente.

 

—X—

 

Chanyeol desceu as escadas animado, dali uma semana começariam as suas aulas, já havia visto em bom apartamento para morar, queria ir logo e mobiliá-lo, mas ainda precisava convencer seus pais, que insistiam que o garoto deveria cursar administração.

- Chan, querido, vejo que está animado! – Heechul disse sorrindo junto a esposa. – Vi seus planos sobre a faculdade e o apartamento, e conversei muito com a sua mãe sobre isso, assim decidimos que você poderá cursar o que quiser, no lugar que quiser.

Chanyeol não resistiu e abraçou o pai, para logo em seguida abraçar a mãe dizendo inúmeros obrigado, o que fez o pai segurar a gargalhada na garganta.

- Mas com uma condição. – A mãe separou o abraço e continuou. – Você vai viver com apenas um salário mínimo por mês, e seu cartão de crédito está bloqueado.

- Co-omo? – O garoto perguntou, só o apartamento que havia visto com a ajuda de Baekhyun custava mais que isso. – Pai, - Olhou para o homem que sorria. – Mãe, - a mulher não estava diferente. – Como eu vou fazer isso?

- Bom, eu não sei, mas veja, ainda te daremos uma mesada! – A mulher disse servindo-se de suco. – E muitas famílias vivem com isso mensalmente, você é mimado e ainda terá tudo isso só para você, será uma boa lição.

- É bom que já vai acostumando com a faixa salarial depois de formar meu filho, estamos pensando em você.

Chanyeol deixou a mesa em que os dois riam sem parar, ironizando a sua situação, porém ele não se daria por vencido, conseguiria viver e provar aqueles dois que sabia muito bem se cuidar.

- Dou duas semanas para ele desistir. – Heechul disse ainda sorrindo.

- Oh, querido, uma aposta? – Bora entrou no jogo, conhecia o filho e sabia que esse poderia mais. – Dou dois meses, ele é teimoso.

- Vou querer uma segunda lua de mel, em uma ilha paradisíaca, se ganhar. – Heechul disse sorrindo selando os lábios da mulher.

- Vou querer uma viajem a Paris!

E os dois apertaram as mãos, selando o destino do garoto que tentava entender em seu quarto como as pessoas sobreviviam com essa quantidade de dinheiro.


Notas Finais


Enfim é isso,
Vão ser capítulos curtos, pq eu tô escrevendo junto com o concurso do Kai e tá td bem corrido, final de bimestre e eu passando e fechando nota...
Gabu, espero que tu tenha gostado, de verdade, eu não costumo fazer comédia, mas tô tentando pra vc!

~~ Obrigada por lerem! ~~


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