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História Après des Années. - Capítulo Único


Escrita por: Belly360

Notas do Autor


Oie meus lindus ! Tudo bem com cês ? Então... Aqui está a One que eu disse que faria ! Ela ficou enorme, eu queria fazer algo pequeno, mas eu acho que não sou exatamente boa nisso... ;-;

Hum... Eu não exatamente muito o que falar, mas sobre a história, eu gostaria que vocês imaginassem que a história se passa após oito/nove anos depois que eles receberam os Miraculous, levando em consideração que eles tinham quinze anos quando isso aconteceu.

Espero que gostem, a fic é narrador-observador, ou seja é diferente da minha etern-shoot (parece que ela é eterna mesmo, nunca acaba aquilo meu Senhor)

Aproveitem, divirtam-se e inspirem-se, vocês são livres pra tudo ! Boa leitura !

Capítulo 1 - Capítulo Único


Adrien e Marinette, Chat Noir e Ladybug, pessoas iguais, sentimentos e estilos diferentes. Já haviam anos que não caminhavam por Paris, ambos viviam suas vidas no exterior, mas por conta de ironias do destino eles voltaram para a cidade do amor, para o lugar onde se conheceram. Pensavam se em algum momento reencontrariam amigos, professores, colegas, seu parceiro de batalha... As batalhas que deixaram saudades, mesmo depois de derrotarem Hawk Moth eles continuaram a defender a população, mas nunca foi a mesma coisa. Só lutavam contra fracos ladrões e nada mais, ficavam felizes pois a população não sofria mais, mas também viviam na tristeza já que nunca mais sentiram a mesma adrenalina de sempre.

Chegaram em Paris, foram para suas respectivas casas, arrumaram suas coisas e foram redescobrir a cidade, queriam ver o que havia mudado nos anos em que passaram longe. Sentiram que estavam em uma cidade completamente diferente, não reconheceram quase nada. A única coisa que reconheceram foi a chuva, que era típica naquele mês, sabiam que tinham pouco tempo antes de a chuva os encharcar, então foram para casa.

E como tantas outras vezes eles acabaram por se esbarrar, como conseguiram fazer isso? Estavam em uma rua praticamente vazia, já era tarde da noite, foram sortudos em encontrar uma pessoa naquele momento. Ambos caíram com o encontro, estavam correndo, afinal a chuva apertava a cada segundo que passava, já estavam encharcados, tudo o que mais queriam era chegar em casa e descansar. Se levantaram rapidamente, juntando os pertences caídos, limparam e arrumaram as roupas rapidamente e, somente no momento seguinte, se encararam, observando um ao outro. Estranharam, pareciam familiares. Correram para um lugar coberto, para enfim se desculparem.

Sentiam que se conheciam, mas, de onde? Isso já não importava, só queriam sair dali.

 – Desculpe por ter derrubado suas coisas, nunca fui muito boa em andar apressadamente, sempre esbarro em alguém. – a mulher de negros cabelos disse com certa vergonha, era verdade que quando mais nova corria para a escola por causa de seus atrasos, sempre esbarra em alguma coisa e derrubava tudo, mas isso não acontecia mais, agora era uma pessoa pontual, nunca mais se atrasara para nada e tinha orgulho daquilo.

 – Sem problemas, desculpe por ter te derrubado, mas eu preciso ir, se me dá licença. – o homem com seus cabelos tão dourados como ouro falou, sempre fora algo de esbarros com sua antiga amiga, Marinette, tinha saudades dela, tinha saudades de todos, ele nos últimos anos havia se mudado para o exterior, a mando do seu pai, sempre foi contra essa decisão, mas não pôde fazer nada, apenas obedecer.

Se separaram ali mesmo, sem se importarem com a chuva, já estavam encharcados mesmo, o que mais algumas gotas d’água poderia fazer? Chegaram em suas casas, se jogaram na cama, a viagem foi ótima, mas muito cansativa, tirando ainda o fato de que ainda haviam acabado de andar por toda a cidade. Mesmo só querendo dormir eles não conseguiram parar de pensar um no outro, se conheciam? Sim, sentiam isso, mas a real pergunta era, de onde?

Tomaram um banho e foram dormir, ainda pensando no encontro que tiveram, queriam se encontrar novamente, mas não sabiam se aquilo aconteceria.

Foram acordados pelo carteiro, cada um havia recebido uma carta, o que fora estranho, não havia nem um dia que moravam ali e já tinham recebido uma carta? Chegaram a pensar que eram para os antigos donos da casa, mas ficaram estáticos ao ver para quem eram aquelas cartas. Não havia remetente apenas estava escrito que eram para eles, para os seus alter-egos. Sabiam quem eles eram? Sabiam que eles um dia foram os salvadores e protetores de Paris? E sabiam onde moravam? Não sabiam escolher qual pergunta os deixava em um maior estado de choque.

Tinham receio de abrir o envelope, tinham receio de lerem o que estava escrito, mas queriam saber o que tinha ali, o que estava escrito, a ansiedade tomou conta de ambos, queriam e iriam descobrir o que tinham ali. Abriram o envelope com cuidado e deram de cara com uma simples carta, escrita à mão. Leram o que estava escrito.

Caro portador,

Você pode não me conhecer, mas eu te conheço desde antes de você receber o Miraculous. Eu sou o portador de todos os Miraculous e lhe escolhi pois achei que você seria digno de receber tal poder. Depois de muito tempo necessito falar com você, o assunto é de extrema importância, então lhe peço que compareça na hora e local marcados. Nos vemos às 10:00, no Musée de l’Armée, creio que sabe onde ele se localiza.

Mestre Fu.

Não sabiam se deveriam confiar em tal carta, mas se nela havia tantas informações verdadeiras ela não poderia ser apenas uma brincadeira. Deveriam ir no local marcado, mas como iriam? Transformados ou não? E como reconheceriam o homem que dizia ser o guardião dos Miraculous que eles usavam há anos? Poderiam perguntar aos seus kwamis, mas eles não saberiam responder as suas perguntas, já que não viam o Mestre Fu há anos. Teriam que encontrar um modo de identificar o Mestre.

Dado o horário marcado eles entraram no museu, era um museu não tão conhecido como o Louvre, mas era bem cuidado, mostrava a história de guerras, lutas, batalhas, de certa forma ambos sentiam que faziam parte daquele lugar, eles também participaram de uma guerra, mas uma guerra interna, uma guerra que apenas os portadores conseguiam ver, o povo apenas via aquilo como uma simples batalha, mas era algo muito mais profundo do que isso.

Andaram por todo o museu e em momento algum se encontraram, ambos usavam algo que lembrassem a sua verdadeira identidade, Marinette usava uma roupa vermelha com bolinhas pretas, idênticas ao seu uniforme, já Adrien usava uma camiseta preta com patas de gato verdes.

Mestre os avistou, ao longe, e andou até eles, primeiro ele foi em direção ao Adrien, cumprimentou-o e pediu para que ele fosse na área das armaduras, que naquele dia em especial estava sendo limpada para uma exposição que teriam naquela mesma semana. Adrien foi, com certo receio, entrou na tal sala e esperou para que o Mestre fosse falar com ele. Após falar com Adrien Mestre foi em direção à Marinette, a menina logo se lembrou dele, ela havia dado um livro a esse mesmo senhor há anos, mas Tikki nunca lhe explicara o motivo de ele ser o escolhido para receber tal livro. Ela o seguiu até a mesma sala em que Adrien estava.

As luzes da sala estavam apagadas, o lugar tinha todas as janelas tampadas com panos e mais panos, parecia que haviam esquecido que aquela parte do museu existia, mas como já foi dito eles apenas estavam limpando e preparando o local para a exposição que já estava em uma data próxima. Com a baixa luminosidade tudo o que conseguiam ver eram suas silhuetas, levemente definidas.

Após andarem até o final da sala Fu e Marinette encontram Adrien, tentando observar uma armadura negra com pequenos detalhes em um verde escuro e denso. Assim que ele escutou a aproximação do Fu seu coração começou a bater mais forte, ficou ansioso imediatamente, pensou se sua Lady, que ele amou durante anos, havia mudado muito, será que ela ainda se encontrava solteira? Poderia já estar namorando, noivando, ou, em um caso mais extremo, encontrava-se já casada? Ela se sentia da mesma forma, ao perceber a silhueta de seu antigo parceiro ela esqueceu-se de como respirar por um segundo, seu coração falhava em algumas batidas e ela começara a sentir borboletas em seu estômago, após a derrota de Hawk Moth ela havia começado a sentir algo por ele, não tão intensamente como o que sentia por Adrien, mas algo especial e não poderia ser simplesmente ignorado. Imaginou, também, como ele estaria agora, depois de mais de cinco anos sem se ver, em cinco anos tantas coisas podem acontecer, namoros, noivados, casamentos, talvez ele já fosse pai!

Acabou deixando escapar uma pequena gargalhada com seu último pensamento, imaginou Chat Noir, em seu traje com um bebê no colo, a cena pareceu-lhe engraça e cômica, riu mais uma vez, mas desta vez mais alto, Mestre a olhou com um olhar confuso e a silhueta de Chat virou-se para eles. Estavam frente a frente, cara a cara, depois de tantos anos. A leve risada que ela dava há poucos segundos foi cessada imediatamente, mas em seu lugar um sorriso sincero apareceu.

 – My Lady. – ele disse o nome que há anos não falava em voz alta, pegou levemente a mão de Marinette e depositou ali mesmo um leve e delicado beijo. O toque dos lábios de Chat em sua pele a fez sentir um leve arrepio que lhe percorreu pelo corpo. A voz dele agora era mais grossa, mas não muito diferente do que ela se lembrava, o corpo agora parecia mais alto, mais forte, não enxergava direito, mas ele lhe parecia alguns centímetros mais alto do que quando eram mais jovens.

 – Chat, senti saudades. – ela disse e depois lhe deu um forte abraço, tal ato fez com que o herói ficasse surpreso, não sabia ao certo como sua Lady agiria depois de tanto tempo separados. Retribuiu o abraço e ficaram daquela mesma forma por um bom tempo, depois se separaram, mesmo que fosse contra a vontade de ambos. Ao se separarem ele pôde olhar melhor para a mulher que sua Lady havia se formado. Ela continuava mais baixa que ele, mas não tanto como há alguns anos, seus cabelos pareciam mais compridos e não eram mais presos em duas chiquinhas, mas eram soltos e isso a deixava ainda mais bela, mesmo que ele não a enxergasse completamente. Ela também parecia ter mais curvas, mais corpo... Ele corou e se repreendeu internamente por ficar observando esse tipo de coisa, nunca fora esse tipo de pessoa e não começaria a ser agora.

 – Que bom que já puderam matar a saudade. – Mestre disse, os heróis sentiram suas bochechas arderem, haviam esquecido a presença do sábio senhor naquela sala – Mas eu preciso conversar com ambos.

 – Não me diga que há um novo Hawk Moth por aqui. – a jovem disse, com certo receio, mas ao mesmo tempo animação. Ela não deveria se sentir assim, isso era errado, era ruim, a cidade poderia estar correndo perigo. Mas a adrenalina falava mais alto do que sua consciência, as lutas e batalhas nunca saíram de sua mente, deseja, mesmo que inconscientemente, que um dia ela voltasse a enfrentar um vilão tão poderoso quanto Hawk Moth.

 – Sabe, eu sempre quis voltar a lutar, sabe como é difícil parar de pensar nas nossas miautásticas lutas e de como você lutava bem My Lady? – ele disse com um trocadilho que há muito tempo não falava. Depois da mudança ele nunca mais pode se libertar totalmente, ainda se transformava, mas nunca mais teve uma amiga e companheira tão excepcional como Ladybug, nunca mais pôde ter alguém como ela para poder desabafar, ou para dar e ouvir conselhos, nunca existiu outra pessoa como sua Lady na vida dele, tê-la encontrado novamente fora a melhor coisa que poderia ter acontecido com o mesmo.

 – Mesmo depois de anos você ainda continua com esses trocadilhos terríveis! – ela disse segurando a risada, não teve um amigo que a fizesse rir como Chat fez. No fundo sentia que, independentemente do que Mestre fosse lhes contar, nunca mais se afastaria de Chat, não conseguiria viver sem seu parceiro de anos, ele sabia mais sobre ela do que ninguém, ela já havia lhe contado segredos que ninguém naquele mundo, nem mesmo Alya sua melhor amiga, sabia, conversava mais com ele do que com qualquer outra pessoa. A vida sem ele era impossível.

 – Está dizendo que meus trocadilhos são catastróficos? – mesmo que já tivessem anos que ele não usava tais trocadilhos ele ainda se lembrava de alguns, mas seu repertório era muito maior nos seus tempo de adolescência – Bem, isso já não importa. O que seria tal coisa Mestre? É mesmo um novo Hawk Moth? – antes de responder Mestre deu um longo suspiro e puxou o ar que agora lhe faltava.

 – Após vários anos de paz nós tivemos um Miraculous que foi corrompido, vocês foram os designados a lutarem contra ele. – ambos os jovens sabiam que ele falava sobre Hawk Moth, o vilão que tiveram que enfrentar por três anos, mas que por fim foi derrotado – Esse mesmo Miraculous foi purificado após anos de corrupção e hoje está salvo e guardado, esperando o momento correto para ser ativado. O que acontece é que, os demais Miraculous absorveram parte dessa corrupção e sumiram, eu tenho o receio de que logo nós iremos... – a fala do sábio Mestre foi cortada por uma explosão.

 – Pelo visto o que o senhor temia acabou de se realizar. – a jovem disse, já ouvira tantas explosões em sua vida que já sabia que o momento do confronto estava próximo – O senhor tem mais alguma coisa para nos falar? Quais Miraculous foram corrompidos? – ela estava calma, mas a animação era transparecida por sua voz, ela queria ir lutar mais do que tudo.

 – O Miraculous da abelha e da raposa. – Mestre falou com tristeza na voz, perder um Miraculous já era algo terrível, mas perder dois era inaceitável. A vergonha, tristeza e ânsia que ele sentia eram maiores do que tudo.

 – Queen Bee e Volpina? – o jovem disse, antes de perder o livro ele havia lido sobre essas heroínas, eram poderosas, mas não tanto como Ladybug e Chat Noir. Eram da segunda linha de força dos Miraculous, a Lady e o Chat eram da primeira e o antigo vilão da terceira.

 – Exato. – Mestre decidiu não prolongar aquela conversa, ele apenas se virou e começou a andar em direção a saída, deixando dois jovens confusos com tal ato, mas determinados e animados a lutarem contra as novas mal feitoras da cidade.

 – Há quanto tempo eu queria repetir essa frase aqui na França! Tikki, transformar! – logo a jovem foi tomada pela luz da sua transformação e, em poucos segundos, Marinette já não se fazia presente, mas sim Ladybug.

 – E há quanto tempo eu estava com saudades de ver a sua beleza pessoalmente, My Lady. Plagg, mostrar as garras! – agora foi a vez do jovem ser tomado pela luz, em pouco tempo já não se via mais Adrien, o jovem modelo, mas sim Chat Noir, patrulheiro e herói de Paris e, nos últimos anos, do mundo.

 – Mostrar as garras? – Ladybug soltou uma gargalhada – Combina com você. – ela disse e então se virou em direção a janela mais próxima, tinham que enfrentar o mais rápido possível os atuais vilões.

Chat Noir a seguiu, abriram a janela e logo sentiram a brisa que ventava levemente. Saltaram e começaram a seguir a direção oposta que as pessoas corriam. A manhã estava bela, os pássaros voavam livres, o sol brilhava e iluminava os arredores, as nuvens estavam brancas e pareciam algodões, as flores estavam desabrochando e o cheiro de pães era perceptível à distância. Seria o cenário perfeito para a manhã perfeita, se não fosse o ataque das duas ameaças.

Viram de longe uma jovem voando e tacando algo nas pessoas, ela parecia familiar aos jovens heróis, mas quem poderia ser a menina que agora era a causadora de tantos problemas? Escutaram uma leve melodia e logo viram algo brilhante vir em sua direção, desviaram na última hora, quase sendo acertados pelo ataque de Volpina.

 – Dessa vez é a original pelo menos e não uma cópia barata de Hawk Moth. – o gato disse, sempre gostava de dialogar durante as batalhas e conflitos, sempre fora assim e pelo visto sempre será. Ladybug apenas deu um suspiro e revirou os olhos, mostrando a sua desaprovação perante o ato de seu parceiro.

 – Ladybug e Chat Noir, os heróis que deixaram Paris a mercê de mais vilões... – Volpina disse se aproximando deles, atrás dela vinha Queen Bee – Como se sentem sabendo que agora a cidade é atacada não só por uma, mas sim duas poderosas damas?

 – Eu sinceramente fico horrorizado ao perceber que o nível baixou tanto assim. – Chat disse e logo um sorriso brotou em seus lábios ao perceber que sua alfinetada deu certo. Ele não conseguia descrever o que sentia ao ver que, mesmo depois de anos, ele ainda conseguia irritar um vilão, ou no caso, uma vilã.

 – As duas sabem que os Miraculous foram feitos para a proteção da justiça, da paz e da igualdade. Nos deem os seus Miraculous e vamos evitar conflitos desnecessários. – Ladybug disse colocando a mão em seu ioiô e o apertando com força. Sabia que elas não iriam se render tão facilmente assim, nunca se rendem facilmente assim, mas ela queria acreditar que aquilo poderia ser evitado, mas infelizmente ou felizmente não foi o que aconteceu.

 – E perder a chance de me divertir com vocês? Não, não, eu sempre quis lutar contra os dois e vejam só, o meu sonho finalmente será realizado! – Queen Bee disse e em seguida pegou o seu pião – Prometem lutar de verdade? Eu ficaria tão decepcionada se vocês pegassem leve... – o sorriso carregado de sarcasmo era perceptível a quilômetros de distância.

 – Já que é o que as damas preferem... – Chat estende o seu bastão – Quem sou eu para ir contra as vossas autoridades. – terminado o dialogo a batalha é começada. Chat vai em direção a Volpina, que estava mais próxima, ele tenta acertar algum golpe na mesma, mas ela se defende com sua flauta.

Ladybug taca seu ioiô na direção de Queen Bee, mas a mesma usa o seu pião e se defende do ataque. Ladybug chega mais perto de Queen Bee e quase acerta um chute em suas costelas, mas a mesma se move para o lado e enrola a perna da heroína com a corda usada no pião.

Chat tenta acertar um soco no rosto de Volpina, mas a mesma desvia e usa o peso do seu corpo para derrubar Chat que, por pouco, consegue não cair. Ela usa a sua flauta e cria várias cópias idênticas a ela, todas, sem exceção, vão em direção a Chat e tentam atacá-lo, mas toda vez que uma encostava nele ela era desfeita em uma nuvem, por terem várias Chat não se dá conta que a verdadeira está se aproximando por suas costas.

Ladybug abaixa sua perna com força e faz com que Bee, que ainda segurava a corda que a prendia, caísse. No chão a heroína tenta pegar o Miraculous, mas percebe que Volpina está prestes a tacar seu parceiro.

 – Chat, atrás de você! – ela grita e ao mesmo tempo lança o ioiô. Volpina e Chat olham para a heroína, Volpina usa a flauta para se proteger e o fio do ioiô se enrosca nela. Volpina puxa com força a flauta e faz com que Ladybug saísse de cima de Bee e caísse em sua frente.

 – Não se deve gritar quando se vai atacar um inimigo Ladybug. – Volpina disse, quando ela iria acertá-la com a sua flauta Ladybug dá um chute em sua barriga, o que faz com que a raposa soltasse sua flauta.

Chat pega a mesma e a coloca no mesmo lugar onde prende seu bastão. Bee se levanta e logo começa a atacar Chat, seus chutes e socos são velozes, mas Chat desvia da grande maioria. Em dado momento Bee pega o seu pião e tenta acertar Chat com ele, mas o gato é mais rápido e usa seu bastão como um taco de beisebol e taca o pião para fora de vista.

 – Já ouviram dizer que os heróis sempre vencem? – Chat disse quando derrubou Bee no chão e a prendeu com seu bastão, a guerra havia sido vencida.

 – Já ouvi várias coisas nessa vida e sempre escuto novas, então eu lhe pergunto, já ouviu dizer que no final, os últimos serão os primeiros? – Volpina disse quando desviou de um chute que acertaria sua face em cheio.

 – Já sim, mas eu não acreditaria muito nisso não, o mal sempre foi o último e depois de milênios continua sendo o último. Não acredito que um dia vocês irão nos vencer... – Ladybug ia dizendo enquanto tacava o ioiô na direção de Volpina, enfim ela a prendeu – Até porque vocês não existirão mais. – ela retira o cordão de Volpina.

 – Faço as palavras delas as minhas. – Chat disse enquanto retirava o Miraculous das longas cabeleiras de Queen Bee.

A luz que as envolveu foi fortíssima, demonstrando o imenso poder corrompido que era quebrado naquele momento. Logo as suas formas heroicas foram trocadas por duas jovens, confusas e com a memória falha, resultado da corrupção do poder do Miraculous.

 – Mas o que eu estou fazendo aqui ... Chlóe? Por que nós estamos aqui... – a jovem que até poucos segundos atrás era Volpina olhou em volta e percebeu a presença dos dois heróis – Espera, Ladybug e Chat Noir?! Estão aqui novamente? Desde quando? Aconteceu alguma coisa? Chlóe você disse que nunca mais faria mal a ninguém!

 – Eu não fiz nada Alya, eu só estava na minha casa e... Agora eu estou aqui. E eu tenho que perguntar o mesmo que ela, por que estão aqui? E como eu cheguei aqui? Eu não me lembro de ter saído de casa hoje... Espera, já está de manhã? Mas não estava de noite? – a loira parecia mais confusa do que a outra menina, Chat e Ladybug estavam paralisados, suas amigas eram as vilãs? Por que foram escolhidas para exercer tal coisa?

 – Não se preocupem, tudo será explicado ao decorrer do dia. – Ladybug disse saindo do transe, ela estendeu a mão para o parceiro como há anos não fazia, o mesmo bateu o punho com sua parceira e disseram a única palavra que não diziam há tanto tempo – Zerou!

 – Eu preciso sair daqui de cima e ver o que está acontecendo... – Alya disse abrindo uma porta que dava em direção a uma grande escadaria – Você não vem Chlóe? – a loira olhou mais uma vez para os heróis, se levantou, limpou suas roupas e desceu as escadas com Alya.

 – Nunca achei que venceria alguém assim tão facilmente, nós nem usamos os nossos poderes! – Ladybug disse para Chat, que concordava, em tantos anos de luta, mesmo que estivessem lutando contra o mais fraco akuma, sempre usavam seus poderes, será que depois de tantos anos eles se tornaram bons o suficiente para que não precisassem mais deles?

 – My Lady, eu acho que devemos devolver isso ao Mestre. – Chat disse mostrando o Miraculous da abelha – Você sabe como encontrá-lo?

 – Sei onde ele mora... Vamos, eu quero acabar com isso logo. – eles seguiram em direção à casa de mestre em silêncio, suas mentes viajam pelos seus infinitos pensamentos. E agora? Derrotaram mais um vilão, mas daqui pra frente, vão fazer o quê? Continuar lutando contra o mal? Não sabiam se era isso que iria acontecer, mas resolveram não pensar tanto nisso.

Chegaram na casa de Mestre, Ladybug bateu à porta três vezes e ele a abriu, deu um sorriso largo e pediu para que ambos entrassem. Os heróis assim fizeram. Entrando naquele lugar Ladybug logo se lembrou da primeira e também última vez que estivera ali, o lugar parecia intacto, se encontrava da mesma forma como há anos atrás.

 – Aqui estão os Miraculous mestre. – eles entregaram os objetos que continham grande poder para o idoso, o mesmo os guardou na caixa original da qual vieram – Creio que o nosso trabalho está feito, foi muito bom poder reencontrá-lo mestre. – Ladybug disse indo em direção a saída – Espero que nós possamos nos ver de novo, mas sem nenhum desastre acontecendo. – a mesma saiu da casa do homem, mas ficou esperando pelo parceiro do lado de fora.

 – Digo o mesmo, foi ótimo poder conhecê-lo e saber que foi o senhor que me escolheu, fico honrado e grato por isso, até um futuro mestre. – ele sai da casa do mestre distraído e acaba esbarrando na sua amada Lady – My Lady? Achei que já tivesse ido...

 – Percebi, pelo jeito que você esbarrou em mim nem me percebeu... – a heroína disse passando sua mão no local do impacto, doía levemente, mas nada que fosse insuportável, pelo contrário, era uma dor quase imperceptível.

 – E por que My Lady estava aqui parada? – o gato disse com charme, sempre fora assim e morreria da mesma forma, sempre que ele tiver uma oportunidade irá lançar charme para a mulher que roubou seu coração e a sua mente.

 – Estava te esperando, para nos despedirmos. – ela disse com uma voz triste, era pouco provável que ambos se encontrassem novamente, já não tinham mais motivos para ficarem se transformando todos os dias, não existiam mais vilões, não existiam mais akumas, não existiam mais motivos.

 – Então vamos fazer isso com estilo My Lady, que tal na Torre? Sei como gosta da vista de lá. – ele disse inclinando levemente o corpo na direção da heroína, para que pudesse encará-la olho a olho.

Puderam encarar os seus magníficos olhos. Os dela azuis como os profundos oceanos, tão azuis como o céu em um dia de verão e tão brilhantes como uma estrela. Os dele, tinham aquele verde familiar, uma cor que a lembrava das várias florestas que vira pela janela do avião, densas e profundas, misteriosas e cultas, ela tinha o desejo de descobrir mais sobre aqueles olhos, queria poder observá-los mais profundamente, mas naquele momento não era possível, a resposta tinha que ser dada, e logo.

 – Certo. – foi apenas o que ela disse, uma curta e rápida resposta, mas que mudaria uma história de vida entre ambos. Como uma palavra tão pequena e insignificante pode ter tanto poder assim? A resposta é desconhecida até pelos mais sábios, mas os mais simples dizem, há tempos, as melhores coisas são as mais simples. E ela conseguiu confirmar aquela tese naquele mesmo dia.

Foram para a tão famosa Torre Eiffel, a magnífica atração de Paris, que podia ser vista há quilômetros de distância. Subiram-na até o ponto mais alto, que tinha o acesso negado aos simples visitantes e até mesmo para os funcionários. Era o lugar perfeito para uma despedida, era belo, era calmo, era privado e eles poderiam conversar a vontade.

Se eles tivessem palavras, obviamente. De algum modo as palavras sumiram-lhe a mente e eles se viam em momento um tanto quando constrangedor, passaram tanto tempo um longe do outro e agora não tinham nenhum assunto para conversar? Como isso era possível? Essa deveria ser uma conversa especial, já que, na teoria, era a última de ambos.

 – My Lady, essa é a nossa última conversa, não é? – ele perguntou, com um tom de tristeza perceptível, não queria que aquele momento chegasse, depois de tantos anos juntos, lado a lado eles iriam simplesmente sumir um na vida do outro?

 – Acho que sim Chat, por quê? – a heroína que até agora observava Paris se virou para o companheiro de anos. Ela tinha uma feição de tristeza e ele também, mas no fundo estavam felizes, felizes por terem momentos juntos, felizes pelas lembranças, felizes por estarem ali, por estarem vivendo o agora.

 – Eu sempre quis dizer que... Eu sempre te amei, não foi só um ‘gostar’, ou se apaixonar. É o amar, o que eu sinto por você tem vivido comigo há anos... Desde o primeiro dia em que eu te vi e me persegue até hoje... Mesmo durante esses anos em que a gente não se viu, não se falou, eu me pegava pensando em você, pensando no seu sorriso, na sua voz, nos seus olhos, nos seus cabelos, no seu cheiro, nas suas atitudes, nas suas manias, pensando em você por completo.

As belas palavras pegaram a jovem de surpresa, todos esses anos o parceiro a amava? Ela sabia que o mesmo gostava dela, mas achou que era algo passageiro, coisa da idade, apenas mais uma paixão da adolescência... Mas não, era algo muito mais intenso do que um simples gostar, era o amor na mais pura intensidade que se pode ver.

Se antes ela estava sem palavras agora ela estava sem o fôlego, por que a vida sempre lhe pregava peças? Sempre tinha algo que a abalava, por que ela achou que naquele momento seria diferente? Deveria imaginar que algo aconteceria... Mas mesmo em todas as suas especulações ela nunca poderia imaginar que aquilo aconteceria.

 – Cha-Chat, vo-você está falando sério? – ela ainda tentada digerir as palavras ditas pelo parceiro – Todos esses anos, você sempre me-me amou? Mas, e nunca... Nunca percebi isso, como que eu... Como que... – as ideias ainda estavam embaralhas na cabeça dela, como não viu isso? Ela o fizera sofrer por todos esses anos e nunca realmente soube disso... Lágrimas começaram a sair pelos seus olhos que já estavam marejados – Me, me desculpa Chat, eu-eu não sabia disso.

 – E do que adiantaria se soubesse antes? – ele disse enxugando as lágrimas de Ladybug – Pelo visto o sentimento não é recíproco, melhor, nunca foi, então do que adiantaria se eu te falasse isso há cinco, seis anos atrás? – eles se encararam novamente, os corações de ambos batiam apressadamente, ansiedade, medo, não sabiam o motivo das apressadas pulsações, mas não se importavam com isso.

 – E quem disse que-que nunca foi recíproco? – ela disse tocando as mãos de Chat que limpava as últimas lágrimas que haviam caído – Eu não consigo me lembrar de te dizer que não te amava... – ela lutava para que parasse de gaguejar, esse era um dos seus problemas, a gagueira, por que ela tinha que ter isso? Apenas fazia com que ela se atrapalhasse em momentos importantes.

 – Ora, não me diga então que eu poderia ter passado todos esses anos do seu lado, recebendo seu amor, seus beijos e seu carinho? Eu não acredito que perdi isso! – ele fez uma careta que fez com que a jovem desse uma risada, Chat por vezes era dramático e isso arrancava, por várias vezes, risadas da menina, risadas que eram o som mais belo que Chat poderia ouvir.

 – Parece que eu perdi o mesmo... imagine quantas risadas eu poderia dar, mas não dei? Só de pensar nisso me dá vontade de voltar ao passado pra resolver isso, é uma pena que não podemos mudar o passado, mas... Podemos sempre mudar o presente, para enfim podermos ter o futuro que desejamos. – ela disse com um sorriso nos lábios, eles já estavam de mãos dadas, frente a frente – O que você faria para poder mudar o presente e enfim ter o futuro que deseja?

 – Sabe My Lady, dizem que é mais fácil falar do que fazer, mas eu sempre, sempre, pensei o contrário. Acho que e por isso que eu pagava vários micos na sua frente... Mas veja só, pelo visto você gosta de micos, já que se apaixonou por mim!

 – Você ainda não me respondeu Chat Noir, o que você faria? – eles se aproximavam lentamente, como se cada um fosse um ímã, se atraindo cada vez mais.

 – Eu já disse, fazer é mais fácil do que falar. – dita tais palavras o beijo foi formado. Calmo, sereno, tranquilo e com paixão, com amor. Assim era o beijo que eles davam, um beijo puro, com amor, saudade, medo, com sentimento, com anseio, com tudo e mais um pouco. Uma explosão acontecia dentro de cada um, depois de tantos anos era assim que terminaria? Bem, poderiam enfim dizer que seria um bom final.

Se separaram, ofegantes, não pelo fato de o beijo ter sido longo, mas sim pela sua intensidade, mesmo tendo sido calmo foi intenso, foi um beijo que envolveu anos e mais anos de emoções, de sentimentos, de segredos, de amor e paixão, tantos anos sendo expostos por um simples beijo.

 – Sabe o que eu imaginei isso durante toda a minha vida? – ele perguntou, Ladybug riu, achando graça das palavras do homem a sua frente – E foi muito melhor do que eu poderia imaginar.

 – Você continua sendo um bobo Chat, a vida toda? Só nos conhecemos há nove anos, isso não é uma vida toda. – Ladybug apoia seus braços nos ombros de Chat, continuava observando e descobrindo aqueles profundos e verdes olhos.

 – Só se for pra você, porque eu só comecei a viver de verdade quando te conheci e descobri que te amava. – as palavras acertaram Lady como um tapa, fazendo assim suas bochechas ficares vermelhas imediatamente. Como seu parceiro podia ser tão romântico assim? Até pouco tempo atrás ele era apenas o seu amigo bobo, que tinha péssimas piadas e cantadas horríveis – E eu acho que depois de toda essa vida ao seu lado nós podemos saber quem somos...

 – Bem... – ela cogitou sobre a ideia, já não existiam mais riscos, seus trabalham já haviam acabado, quais motivos tinham para manterem suas identidades secretas? – A-acho que não temos mais motivos de nos mantermos em segredo, não é mesmo? – ela riu nervosa, deu um forte abraço em Chat e fechou os olhos, ele fez o mesmo – Tikki, desligar!

-Plagg, desligar! – a luz que emanou daquele lugar foi imensa, mas poucas foram as pessoas que perceberam. Os heróis agora tinham suas respirações descompassadas, sentiam o coração do outro batendo apressadamente, ficaram mais alguns minutos abraças, aproveitando os últimos minutos de identidades secretas. S separam ainda olhos fechados e foram os abrindo gradativamente – Espera... Você é aquela menina da chuva não é? Quem diria, My Lady. – ele deu um beijo na mão de Marinette.

 – Parece que agora você não tem nenhum compromisso, não é Chat? – ela deu uma risada se lembrando do dia anterior – Bom, deixe eu me apresentar. Prazer, Marinette Dupain-Cheng. – ela fez uma pequena reverência e só depois percebeu a feição de seu amado, o que teria acontecido com o mesmo?

 – Ma-Marinette? Meu Deus, como eu não percebi que era você?! Eu sou um idiota mesmo... – ele disse passando as mão nervosamente sobre seus cabelos, os deixando ainda mais bagunçados.

 – Vo-você já me conhece? – ela estava confusa, mesmo ele lhe parecendo familiar ela não conseguia se lembrar dele...

 – Prazer em revê-la Mari, se não se lembra eu sou o Adrien, e aquele adolescente modelo... – Marinette quase deu um grito quando escutou o nome “Adrien”. Então os seus amores eram a mesma pessoa? Ela se considerava muito sortuda por isso.

- O meu Deus Adrien! Eu não acredito que é você! Como você mudou, meu Deus do céu, eu não consigo acreditar! – ela pula em cima do modelo animada, ele pareceu se divertir com a reação da menina. Ela afastou a cabeça levemente e dei mais um beijo nele.

Outro beijo que envolvia muito amor, muita paz, muitas emoções, eles sentiam que seus beijos sempre seriam assim, cheios de emoções e sentimentos, cheios de vida e de amor.

Mas o momento é cortado por uma explosão, no mesmo instante os olhos de ambos brilharam, não era o fim ainda. A adrenalina logo correu pelo corpo de ambos, seja o que fosse eles estavam prontos para enfrentar, bastava apenas a famosa frase.

 – Tikki, transformar!

 – Plagg, mostrar as garras!

E lá se foram os heróis, em direção ao mais novo vilão que viria aterrorizar Paris, mas nesse momento tudo era diferente, sabiam quem eram por debaixo da máscara, sabiam que se amavam, sabiam que era recíproco e sabiam que, independentemente do que acontecesse, eles sempre iriam vencer, juntos.


Notas Finais


Espero que tenham gostado meu lindus <3

Deu pra perceber que a minha escrita está bem diferente não é ? Eu espero que sim, porque eu achei isso...

Mesmo depois de anos eles continuaram trouxas... Mereço ¬¬ uahuahuaHuahauhaUahhauh

Beijinhos de estrelas <3 Bye, bye !


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